Disclaimer: Esta fic é baseada na obra de Rumiko Takahashi e não possui fins lucrativos

N/A: Bem eu sei que é muita cara de pau aparecer aqui sem um capitulo para "Quando você sorriu pra mim", mas o problema é que não estou conseguindo encaixar algumas cenas lá e talvez o fato dessa fic ficar me martelando na cabeça tenha atrapalhado um pouco o andamento das coisas u.u'. Por isso, eu peço mais desculpas as pessoas que gostam da minha outra fic, mas eu prometo que não passa de quarta feira ela terá atualização. Essa fic é uma idéia sem noção que tive lendo umas outras fic e é uma idéia insistente que foi tão latejante em minha cabeça que eu tive que bota-la pra fora '¬¬. Então espero que gostem .

:: Capitulo 1 :: O desejo de Kingo

Encarava o espelho sem realmente vê-lo, seu pensamento era talvez a única coisa que o grande objeto não podia refletir. Usava um smoking com gravatinha borboleta na cor vermelha, o traje feito perfeitamente para seu pequeno corpo, os sapatos bem polidos chegavam a brilhar e eram negros como o tecido que contrastava com seus cabelos de um prateado quase branco que lhe caiam na altura dos olhos de um amarelo dourado. Porém aqueles olhos sempre tão brilhantes e cativantes estavam sem brilho, sua mãe se casaria naquele dia, tudo porque queria dar um pai ao filho.

Não que ele fosse contra que a mãe se casasse, pois sabia, mesmo que por conversas escutadas nas sombras e pelas orelhas de audição extremamente sensível, que o pai jamais apareceria. Havia abandonado-a por outra mulher, e esse era o motivo de nunca perguntar a ela sobre o ente desconhecido, não tinha motivos para querer saber sobre um homem que não havia nem tido a decência de lhe assumir. E ainda mais, não havia amado sua mãe, que para ele era a pessoa mais linda, bondosa, forte e admirável que aquele mundo podia ter.

Ele era contra aquele casamento em particular, pois sabia que sua mãe não sentia nada pelo futuro marido, um sujeito bobão e babão, na opinião do pequeno, já que o futuro padrasto só sabia falar sobre o bem estar de todos lhes abarrotando de cuidados desnecessários. Saiu de seus pensamentos e fitou a imagem no espelho soltando um suspiro. Uma cabeça morena apareceu pela porta do antigo quarto da mãe onde ele estava se arrumando, logo depois um adolescente sorriu meio forçado para ele.

-Temos de ir Kingo, partimos em 10 minutos, sabemos que sua mãe atrasa, mas isso não nos dá o mesmo direito não é?

-FEH!!!

Kingo se limitou a fazer um sinal afirmativo e soltar aquela expressão tão estranha que era quase uma marca do garoto. O jovem sorriu para ele como se vagasse por lembranças olhando o garoto, e então balançando a cabeça se retirou. A criança pegou uma almofadinha branca muito enfeitada que continha duas alianças dentro de uma caixinha transparente em forma de coração e foi em direção ao andar de baixo, já estava do lado de fora se dirigindo para as grandes escadarias do templo quando sua visão foi desviada para a árvore sagrada.

-Vovô sempre diz que você vê o que tem dentro do coração das pessoas e as ajuda a realizar seus desejos, mas parece que dessa vez você falhou...

Suspirou e voltou a caminhar, mas sua atenção foi atraída para uma pequena construção por onde um gordo e velho gato entrava, fazendo o garoto dar um pequeno salto e olhar para os lados como procurando ajuda.

-Ai ai Buyo, você não podia ter escolhido outro lugar, justo o templo proibido...

Continuou olhando para os lados a procura de ajuda, aquele era o lugar proibido, se sua mãe sonhasse que ele estava apenas olhando para aquele local, ele estaria em sérios apuros. Ele nem sabia o que tinha lá dentro e se Buyo se machucasse? Não gostava muito do gato, mas a mãe praticamente o amava, ele poderia ser acusado de não prestar socorro ao animal. Procurou alguém por mais uma vez, não achando decidiu ir até a porta.

-Hey Buyo, venha aqui seu pulguento! Buyo ai não é lugar pra brincadeira! BUYO SAIA DAÍ AGORA!!!!

Mas por mais que o garoto gritasse o gato não saia, bufou e empurrou mais a porta permitindo que a luz adentrasse no ambiente, ergueu uma sobrancelha ao notar que havia apenas um poço.

-Feh, por que por Kami, mamãe nunca me deixou entrar aqui, por causa de um poço? Ela deve ter ficado maluca, primeiro isso e agora aceita se casar com o pateta, eu mereço.

Cruzou os braços e entrou no lugar olhando para os lados, uma pequena curiosidade para saber o que havia dentro do velho poço atingiu o garoto, ele se aproximou e tentou olhar para dentro, mas era muito pequeno para fazer isso apenas espiando na ponta dos pés. Chegou um pouco mais perto e se escorou nas velhas paredes do poço olhando para dentro, a única coisa que pode ver foi à escuridão sem fim. Colocou um pouco mais de peso na velha madeira para ver se realmente não era possível ver nada, mas aquela estrutura era tão antiga e sem cuidados que acabou cedendo com a força que o garoto exercia. Com a inevitável queda o garoto fechou os olhos e nem percebeu que Buyo em um canto brincava com um pequeno papel onde estava escrito alguma coisa com kanji.

Alias, não teve muito para pensar, achou que morreria ali naquele poço escuro, mas antes de chegar ao chão foi como se a densidade do ar ali muda-se e o garoto se viu flutuando. Abriu os olhos e reparou que ao seu redor tudo era azul como o mar à noite e havia floquinhos brilhantes ao seu redor e bem lá no fundo uma luz intensa, a única idéia que teve é de que havia morrido antes mesmo de se espatifar no chão e que agora estava indo para o outro mundo, bem ele não estava assim tão errado.

Sentiu o chão firmar-se sobre seus pés e se surpreendeu ao ver que ainda estava dentro do poço, mas havia algo que parecia raízes subindo até a abertura que, refletia o céu quase escurecido? Ficou pensando se as pessoas iam para a outra vida por um poço, mas por um momento a lembrança da mãe lhe veio à mente e ele sentiu uma pequena pontada no coração. Ela ficaria arrasada quando soubesse que o filho morreu no dia de seu casamento, por outro lado, ela estaria livre para procurar um homem que realmente amasse, não precisaria casar com o pateta apenas para lhe dar um pai, que ele não queria.

-Feh! Kingo pare de pensar tanto e arranje um jeito de sair daqui.

Segurou-se nas raízes e até se espantou com a facilidade que teve em escalar até a abertura. Analisou tudo a sua volta, parecia uma clareira ou algo do tipo, meteu-se por entre as árvores e algo o fez parar. Imponente e majestosa, cercada de outras árvores menores estava a Goshin Boku, a árvore sagrada ou árvore de Deus, a mesma árvore que ele havia insultado antes de entrar no templo do poço, será que aquilo era uma vingança da árvore? Bom se era, ele não podia mais mudar os fatos, tarde demais para arrependimentos, mas era engraçado e estranho ver a árvore anciã de sua antiga morada ali. Passou as mãos nervosamente pelos cabelos e voltou a caminhar, passou algum tempo assim e cada vez parecia se embrenhar mais na floresta, que com o cair da noite começava a ficar fria e sombria.

Às vezes ele pensava ouvir sons ou ver pontos luminosos, que lhe lembravam olhos, em meio a arbustos ou no topo das árvores.

-Quem ousar entrar nos domínios de Maru... terá uma morte lenta e dolorosa.

Uma voz fria e sibilante ecoou pelo topo das árvores fazendo o jovem congelar, ele olhava de um lado para o outro sem saber o que fazer ou para onde correr. Pensou se não tinha ido parar no inferno por ter desobedecido à mãe e morrido por causa disso. Porém o que se seguiu à voz assustadora era algo que ele não poderia esperar, gargalhadas. E logo depois disso, dois jovens, um menino e uma menina, aparentando ter a mesma idade que a sua desceram das árvores e foram até ele que os fitava pelo canto dos olhos com raiva.

-Ah desculpe, mas a sua cara foi algo cômico.

-Feh!!!

Kingo emburrou ao comentário do garoto que riu mais ainda e depois se aproximou mais fazendo um cumprimento formal.

-Bem meu nome é Kohaku e esta é minha irmã Saori, você parece um pouco perdido andando pela floresta à noite com essas vestimentas estranhas, não tem medo dos Youkais?

O jovem analisou as duas figuras a sua frente, ambos tinham os cabelos castanhos, embora o garoto tivesse olhos castanhos também, ao passo que a garota os tinha de um azul muito escuro. Ambos vestidos com simples kimonos e usando getas, pensou se haveria algum festival ocorrendo naquele estranho lugar, mas a última palavra do garoto lhe chamou atenção.

-Youkai? Tem Youkais nesse mundo?

Os irmãos se olharam inquisidores e a garota finalmente resolveu falar alguma coisa.

-Como assim, existem Youkais nesse mundo? É obvio que existe youkais. De onde você veio e porque disse nesse mundo?

Kingo a olhou confuso, será que as pessoas esqueciam que tinham morrido depois de um tempo?

-Bem vocês sabem, eu vim do mundo dos vivos, caí num poço e quando sai estava aqui.

-Vo..você veio do poço come ossos? – os dois falaram juntos com os olhos arregalados.

-EEEEEE... poço come osso? Por que desse nome?

O outro os olhava intrigado, mas eles não responderam começando a correr e berrar em uma direção qualquer.

-PAIIIIIIII, MÃÃÃÃÃEEE, TIO INUYASHA, TIO INUYASHA, TIO INUYASHA!!!!!!!!!!!

Logo depois do inicio do fiasco dos jovens, um homem grande e forte com cabelos brancos e longos e um haori vermelho apareceu empunhando uma espada gigantesca.

-KOHAKU, SAORI... QUAL O PROBLEMA?

Olhava para os lados esperando ver algum youkai a mexer com os afilhados, mas tudo que pode ver foi o pequeno garotinho de vestes estranhas que lhe fitava com curiosidade ou choque. Guardou a katana gigante que pareceu diminuir em contato com a bainha, andou até Kohaku e lhe deu coque na cabeça, formando um galo no lugar.

-Feh!!!Já não disse que era para me chamar apenas quando fosse algo realmente importante, seus pais já devem estar chegando também, ficaram preocupados quando ouvi vocês berrando.

Quando terminou de falar isso, um casal adentrou a clareira, a mulher tinha longos cabelos e olhos castanhos, carregava consigo um enorme bumerangue, e o homem tinha cabelos ligeiramente grandes, presos em um curto e fino rabo de cavalo e seus olhos eram do mesmo azul escuro da pequena Saori, ele carregava um estranho cajado com ele. Ambos olharam para o grupo e soltaram suspiros e depois a jovem mulher foi até os dois pequenos e os abraçou.

-Já disse para não nos assustarem desse jeito, alias, nem deveriam estar andando por aqui há essas horas, pensei que os tivesse deixado dormindo.

Disse a mulher apertando mais os filhos contra si e suspirando e Miroku analisava o estranho garoto, havia alguma coisa nele que lhe lembrava alguém (baka u.u', desculpem eu realmente não me contive agora), mas foi Inuyasha que resolveu descobrir o que estava acontecendo.

-Então já que quase nos mataram de susto, poderiam ao menos explicar o porquê?

Quem deu um passo à frente foi Saori que apontou para Kingo que ainda fitava aquelas pessoas estranhas com receio, era impressão sua ou aquele cara estranho dos cabelos brancos tinha orelhas de cachorro na cabeça? Tudo ali parecia ter saído de um dos seus mangás mais malucos.

-Ele, ele disse que veio do poço...

Demorou algum tempo até que os adultos presentes pudessem digerir o que a menina havia dito, mas quando isso aconteceu Inuyasha fez menção de ir até o garoto com uma cara não muito boa, sendo impedido pelo outro homem antes que encosta-se no garoto. E foi o estranho sujeito segurando o cajado que dirigiu a palavra ao confuso Kingo.

-Qual o seu nome criança?

-Higurashi Kingo.

Foi aí que as coisas ficaram ainda mais estranhas, todos ficaram chocados com o nome do garoto e nem mesmo o amigo foi capaz de segurar o ser de orelhas caninas que pegou o jovem pelo colarinho erguendo-o no ar e o trazendo para bem perto. Estranhou ao notar que o menino tinha olhos dourados e o mesmo aconteceu a Kingo em relação ao estranho.

-Pirralho, conheces uma jovem chamada Kagome??? Responda logo!!!

E chacoalhou o garoto que não entendia nada, se estava realmente morto, como aquelas pessoas podiam conhecer sua mãe? Aquela história estava cada vez mais estranha e ele tinha que admitir aquilo estava lhe dando medo, queria a mãe, queria que ela lhe abraçasse e dissesse que tudo ia ficar bem, preferia estar no casamento dela com o pateta. Engoliu em seco sentindo a garganta apertar pelo modo como o estranho lhe segurava.

-Cla..claro que conheço... Kagome... é o nome da... minha mãe.

OoOoOoOoOoOoOoOOoOoOoOoOoOoO

N/A: Hoho desculpem por aquela besteirinha ali no meio, não gosto de interromper na metade do capitulo, mas o Miroku ta realmente muito tapado, o Inu até vai, mas o Mirolu '¬¬... nem a Sango pareeu perceber alguma coisa. Mas e agora o que vai acontecer? Como eles reagiram a descoberta? Kingo realmente morreu? Kagome vai mesmo se casar sem a presença do filho? E afinal aonde ela está? O que aconteceu no passado? Naraku está vivo? Porque Inuyasha ficou tão nervoso? Por... ta acho que já chega né xD... bem respostas no próximo capitulo "A noiva miko".

Façam uma autora feliz, deixem rewiens nem que seja pra dizer que não me perdoam e que odiaram a fic xD.

Kissus, ja ne o/