Seus sonhos começavam intensos, era sempre assim. Encontrava-se num quarto escurecido, deitada entre lençóis brancos trajando absolutamente nada quando uma silhueta alta de ombros largos aproximava-se lentamente do leito, como se analisasse sua presa, o que não deixava de ser verdade.
Essa era a melhor descrição de Peter Hale que Lydia Martin conseguia ter naquele sonho. O homem mais velho, nu, de olhos azuis enganadores como a raposa, mas seu sorriso convidativo, toque possuidor e rosnados denunciavam que ali estava um lobo. O grande lobo mal que vinha devorá-la.
E ela se entregava para aquele lobo. Seus gritos de banshee ecoavam pelo cômodo aparentemente esquecido a cada estocada, e a cada beijo ardente, tudo parecia queimar ao seu redor. Quando suas pernas eram separadas e presas com firmeza na cintura dele, seus lábios e mãos marcavam tanto seus seios que chegavam a formigar, e isso apenas a deixava mais quente.
Lydia sentia-se arder, completa num êxtase que apenas Peter Hale poderia lhe proporcionar. Que sua maturidade sedutora, seus lábios e sorriso de demônio em contraste com seu ar jovial e doce, como se fossem opostos que se encaixavam com perfeição.
E então... Aquele sentimento se findava tão rápido quanto começara, com o despertador ao lado de sua cama fazendo barulho, avisando-a de que era hora de ir para a escola.
Lydia acordava triste, às vezes não tinha nem vontade de sair da cama e somente desejava voltar aos braços daquele Peter irreal, criado por sua mente para que ele a satisfizesse entre os gritos e rosnados, beijos ardentes e toques intensos.
