Olá pessoas! só quero desejar boa sorte HAHA e que gostem dessa minha 1° fanfic e esse 1° capítulo :)
A fanfic é sobre o Anime Naruto, terá contexto yaoi variando de 16+ a 18+.
PS: Essa fic será baseada na música 'Baby, don't cry' do EXO. Por enquanto, essa é apenas uma introdução; Assim que começarem a entrar no contexto, colocarei os trechos da música sobre o Capítulo :D HaveFun~
Betagem: TKitsunne
Estava correndo em um corredor que parecia não ter fim. Pequenos flashs de luz mostravam a única cor que podia identificar: O rubro. Logo à frente, viu outra pessoa adiante. Apertou o passo, inconscientemente levantou uma arma, fechou os olhos e Bang! Bang! Bang! Três tiros. Abriu os olhos, um rosto pálido manchado de sangue, os olhos em puro pavor olhando diretamente dentro dos seus, os lábios finos e agora lúridos movendo-se fracamente, vocalizando com a pouca força que ainda lhe restava o tão conhecido nome:
—Sa...Sa-suke.
Acordou abruptadamente, banhado em suor, com a respiração falha e os olhos em desespero, tal como a mente. Olhou ao redor com avidez, reconhecendo aos poucos o quarto luxuoso em meio à fraca luz ambiente. Sentou-se na lateral da cama, e, apoiando o rosto nas mãos, lutou internamente para recuperar o ritmo da sua respiração, bem como recompor seu semblante, levando-o novamente à aparência apática e corriqueira. Após cerca de dois longos minutos, já recuperado, olhou de soslaio para trás, suas esferas negras encontraram e fitaram a vítima da vez: Uma mulher magra, seios fartos, cabelos negros e pele tão alva quanto a sua própria. Nada de incomum, afinal estavam no japão.
Levantou-se e andou pelo chão acarpetado em um tom nude com pequenos detalhes em dourado, seguindo em direção ao banheiro. Adentrando neste, ligou o chuveiro e parou em frente ao imenso espelho da parede de ladrilhos brancos observando seu rosto banhado num misto de suor e manchas de batom; viu pequenas linhas escarlates traçadas em seus ombros, provavelmente pelas unhas finas da mulher que se encontrava no outro cômodo. Sorriu orgulhoso de si mesmo, pois sabia que estas eram marcas de um bom desempenho. Desceu um pouco mais os olhos e o sorriso desapareceu, dando lugar a uma aura melancólica. Levou os dedos longos e pálidos a tatear a cicatriz diagonal que marcava a pele e seu abdômen.
— MERDA!
Fechou os punhos e bateu-os com força na pia de mármore negro, encarando o reflexo dos seus olhos ônix. O relógio, também refletido sob a pia, marcava 4:22 da manhã. Concluiu que teria cerca de três horas e meia antes do encontro com o novo cliente, portanto, sem delongas, se dirigiu ao chuveiro que desperdiçava água a toa.
Sasuke era um bem sucedido jovem advogado. Devia parte de sua proeza à influência do seu sobrenome Uchiha, o que ajudou a ganhar sua fama, além de sua boa reputação de ter pouquíssimas causas perdidas. O Uchiha era considerado um prodígio pois, em menos de 3 anos, conquistou uma quantia absurda de dinheiro (além de sua herança), clientes, renome, e, como se não bastasse, a sua idade juvenil impressionava ainda mais a sua capacidade: apenas 27 anos. Sasuke era excêntrico, sarcástico, apático, frio. Seu vocabulário fora do trabalho se resumia a meros flertes e incontáveis "hn's". E era essa aura de "mantenha distância" que aproximava as "vítimas", a qual ele chamava suas prováveis parceiras (ou parceiros) para a noite.
Após um relaxante banho, saiu do box e vestiu o terno que estava cuidadosamente colocado em uma cadeira. Saiu do quarto, mas não antes de dispensar uma última espiada na mulher adormecida. Tendo o feito, entrou no elevador e desceu ao térreo, pagou a balconista o valor da noite e pediu que esta acordasse a moça do quarto de manhã e, logo em seguida, chamasse um táxi para ela. Dirigiu-se ao estacionamento e encontrou sua mais nova aquisição: Um Lambourghine Veneno em preto e vermelho. Entrou no carro e olhou novamente o relógio antes de dar a partida: 5:06. Ainda havia tempo, pensou. Saiu em direção ao centro da cidade, onde residia sua mansão. Passaria lá apenas para poder colocar uma roupa limpa e imediatamente seguiria ao Café Gourmet, onde marcou o encontro.
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Chegou ao destino com 30 minutos de antecedência. Olhou minuciosamente cada canto do local, à procura de qualquer vestígio de que seu cliente fosse tão dotado de precedência quanto ele. Como esperado, não era, portanto, concluiu que poderia ler novamente o caso do qual iria tratar com tranquilidade, já que o seu cliente, na melhor das hipóteses, chegaria no horário combinado.
Adentrou a sala privada e, dessa vez, reparou preguiçosamente no local em si : três das paredes do cômodo cúbico tinham um tom pêssego misturado com desenhos sofisticados em âmbar, enquanto uma era um vidro que permitia ver o que acontecia do lado de fora do aposento, mas não o que se passava dentro deste. No centro da sala estava uma mesa estilo colonial com superfície de vidro circular, e, ao redor desta, três cadeiras de ferro envelhecido contorcido artesanalmente, com estofados estampados, semelhante aos detalhes das paredes. Por fim, o chão tinha azulejos que imitavam mogno com uma semelhança exuberante.
Sentou-se na cadeira estofada, pediu um café expresso e começou a ler o caso. O cliente da vez era um cardiologista famoso, Minato Namikaze, que administrava o maior hospital de Konoha. Tratava-se de um processo desconexo contra seu cliente, onde culpavam-no da morte de um paciente baseado em conceitos sentimentais e provas incoerentes. Seria um caso fácil de se ganhar, pensou sorrindo para si mesmo.
Olhou de relance pelo vidro e viu 2 homens loiros. O primeiro aparentava ter um pouco mais de quarenta anos, a pele era bronzeada, os olhos azuis cansados e o semblante calmo; estava vestido de branco da cabeça aos pés, provavelmente seu cliente. Já o outro, parecia ter no máximo 18 anos de idade, vestia uma camiseta num tom vibrante de laranja que fazia contraste com sua calça e sapatos pretos; tinha três riscas paralelas e exóticas em ambos os lados do rosto bronzeado, lembrando uma feição lupina. Mas o que realmente chamou a atenção do moreno foram os olhos: Um tom de azul que faria o próprio céu ter inveja, olhos esses que completavam perfeitamente o sorriso largo que adornou os lábios do loiro depois de algum comentário do homem que, provavelmente, era seu pai. Alguém bateu na porta e ele se obrigou a desviar o olhar que mantinha fixamente naquele que chamou mentalmente de "a próxima vítima".
— Entre — Disse num tom indiferente.
— Senhor Uchiha, seus convidados chegaram. Posso permitir que eles entrem? — Perguntou um garçom.
— Sim, e permaneça aqui até que eles tenham feito seus pedidos. — Disse Sasuke focando sua atenção novamente aos papéis.
— Sim, senhor. — Assentiu o garçom antes de fechar a porta para trazer os convidados ao recinto.
Sasuke olhou indiferente para os homens que entraram. Sua suposição de que estes seriam seus clientes estava, como sempre, correta.
— Olá, Dr. Uchiha, meu nome é Minato Namikaze, sou cardiologista e cirurgião chefe no Hospital Central de Konoha, e este é meu filho. — disse gesticulando indiferente para o menino atrás de si, — Naruto Uzumaki.
Sasuke se apresentou - somente o profissionalismo necessário, nada mais além disto, afinal, modéstia parte, sabia o quão boa a sua reputação era, como esperado de um Uchiha -, fizeram seus pedidos e começaram a discutir o caso enquanto Naruto sentava despojado na cadeira, conversando com alguém no celular. Sasuke olhava discretamente para o loiro mais novo e, pelo o que pôde notar, os rubores e os sorrisos perversos que passavam pelo rosto do outro eram sinais de que tais assuntos não eram muito decentes para alguém que não parecia ter nem 18 anos ainda.
Com a parte que precisava ser tratada com o Minato em pessoa terminada, este se levantou.
— Bom, Dr. Uchiha, espero que o preço do seu trabalho seja equivalente à eficiência. —Olhou de relance para o relógio. — Se me permite, tenho que ir ao hospital pois tenho algumas consultas marcadas para hoje. Assuntos relacionados à próxima reunião e outros detalhes você pode dizer ao meu filho. Por ora, é isso, muito obrigado e até um próximo encontro.
— Posso lhe garantir minha eficiência, Doutor Namikaze. Até a próxima reunião. — Estendeu a mão, recebendo um aperto firme do médico, que logo em seguida se retirou da sala. Sasuke então voltou suas orbes negras ao adolescente sentado ao seu lado, e fitou o rosto marcado por alguns segundos, até este perceber que estavam sozinhos na sala.
— Ei! — disse confuso. — Cadê o meu pai? — indagou virando o rosto freneticamente a sua volta, antes de pousar os olhos azuis nos orbes negros que o fitavam. Desviou o olhar sentindo a pele queimar.
— Ele foi para o hospital e me pediu para lhe dar os detalhes desta e das próximas reuniões. — Sasuke disse com indiferença, ainda fitando o rosto que ficava cada vez mais vermelho.
— Okay, Uchiha, agora será que poderia parar de me encarar? isso 'tá estranho, 'tteba. — Resmungou quase virando de costas pra evitar sentir o olhar que era um misto de indiferença e sensualidade. Um pequeno sorriso brotou no canto dos lábios de Sasuke, "isso vai ser divertido. ", pensou enquanto observava o menino hiperativo.
— Tudo bem. — Sasuke desviou o olhar com relutância. — Poderia me dizer a sua idade e seu grau facultativo? — indagou, como se tal informação realmente tivesse alguma importância para coisas do trabalho. Naruto sequer podia desconfiar que, na verdade, a real intenção era saber se poderia flertar ou não, afinal, sedução de menores mancharia seu nome.
— E o que isso tem a ver com as informações? — Naruto perguntou confuso, olhando para o rosto do mais velho. Sasuke, não tendo intenção alguma de responder, precisou de cinco segundos encarando o loiro para que este desviasse novamente o olhar e desistisse.
— Tá, tá! eu tenho 22 anos e estou no terceiro ano de enfermagem. Tá bom assim, 'ttebayo? — Virou o rosto com o semblante fechado, resmungando algo inaudível.
— ...
Com a falta de resposta, Naruto olhou de soslaio para o moreno e o viu com uma discreta expressão de surpresa.
— O que foi? — perguntou preocupado. — Sr. Uchiha? — se aproximou e estalou os dedos na frente dele.
Sasuke, que estava imerso nos seus pensamentos, "acordou" com o barulho do estalo, percebendo logo em seguida que não havia respondido ao mais novo. Como alguém que aparentava estar com no máximo 18 anos poderia ter 22? isso... isso era... maravilhoso!
— Hn. — disse se recompondo na cadeira. — Okay, sr... Posso chamá-lo de Naruto? —perguntou com a habitual indiferença, encarando-o mais uma vez, enquanto o loiro sentava novamente e, com o celular na mão, apenas concordou com a cabeça.
— Okay, Naruto, sobre o processo do seu pai, ele será... — Sasuke observou a grande atenção que o menino prestava enquanto ele falava. Claro que a atenção não estava voltada a ele, e sim ao celular. Irritado por ser visivelmente ignorado, Sasuke tomou o celular das mãos de Naruto e começou a ler as mensagens, empurrando o loiro, agora histérico, com a outra mão enquanto passava os olhos ágeis pelos pixels.
— ME DEVOLVE! ME. DEVOLVE. AGORA. ESSE. CELULAR. TEEMEEEE. ME DE... devol... — A voz sumiu assim que Sasuke encontrou uma foto dele, tirada durante a reunião e enviada com a seguinte legenda:
" Se eu soubesse que existissem advogados sexys assim na faculdade, eu com certeza ''faria Direito'', haha :9'. "
" Interessante. " Pensou o moreno, olhando para o mais novo com um sorriso sensual.
— Sexy, é?! — disse se levantando enquanto o loiro, vermelho como um pimentão, olhava ao redor do recinto, tentando escapar para algum canto. Com a porta focada no seu campo de visão, Naruto seguiu em direção desta, porém, antes que pudesse chegar ao seu destino, Sasuke o pressionou contra o canto da parede e encostou a testa na sua, sentindo a sua respiração quente e descompassada.
— Por favor, me desculpa. Dá meu celular, sério, prometo que você nunca mais vai me ver. — o loiro disse, a voz trêmula, os olhos voltados ao chão e as bochechas coradas. Sasuke sorriu de forma luxuosa, levando a mão à orelha do mais novo, depois, em direção á clavícula deste. Aproximou os lábios frios ao ouvido do outro e sussurrou quase como um ronronar:
— E quem disse que eu não quero mais te ver? — Sentiu o corpo à frente do seu ficar tenso e estremecer quando a sua língua puxou o lóbulo da orelha do loiro, para o deleite de seus dentes. Desceu a mão e levantou a camiseta do mais novo até a altura do peito, sentindo o corpo tonificado, o peitoral forte e, por fim, os mamilos macios. Começou a acariciá-los até escutar os primeiros gemidos.
Deixando o pedaço de carne abusada, subiu, então, a mão livre até o queixo e chegou próximo a milímetros dos lábios do loiro. Ficou o observando até este abrir os hipnotizantes olhos azuis banhados em luxúria. Com isto, Sasuke depositou uma série de pequenos beijos e, em seguida, lambeu os lábios do mais novo pedindo passagem. Naruto entreabriu a boca, consentindo que a língua de Sasuke adentrasse; Sasuke continuou encarando-o, enquanto sua língua explorava a cavidade úmida do outro e dançava de forma apaixonada, lasciva, quase desesperada com a língua do loiro. Ainda acariciando o mamilo com a mão direita, desceu a que estava no queixo e começou a acariciar o membro já rijo do mais novo e...
— Ah...Ah... Sas-Sas-suke...
Sasuke paralisou.
Seu nome, seu maldito nome dito daquela maneira. É claro que não era a mesma entonação ou a mesma pessoa, mas o sussuro, quase que em desespero, trouxe a ele a lembrança que o tirou do sono naquela madrugada.. aquele maldito dia... aquele hom-...
Naruto, percebendo que o moreno havia parado com as carícias, primeiramente se alarmou. Entretanto, após encarar o rosto do mais velho, indagou:
— Sasuke? você está bem? — Os orbes azuis olharam excitados e preocupados nos olhos negros apavorados, tirando Sasuke de seu conflito interno. O moreno não disse nada, apenas empurrou o mais novo, de uma forma um tanto violenta, e saiu em direção ao banheiro com desespero. Ajoelhou-se no vaso sanitário e começou a despejar o café da manhã que havia tomado. Ouviu passos e sentiu uma mão em seu ombro.
— Sasuke? o que aconteceu? —Sem resposta. — Sasuke? — Nada. Recomposto novamente, Sasuke se levantou, lavou a boca, pediu desculpas e licença, pegou seu blazer e a maleta, saindo rápido do café, deixando para trás um loiro confuso e, bem, com um probleminha para resolver.
Entrou no carro e arrancou imprudentemente para sua casa, ultrapassando sinais vermelhos. Chegando lá, saiu do carro suando, subiu as escadas rapidamente e entrou no banheiro, onde ligou a banheira para encher de água fria. Enquanto esperava, pegou uma garrafa de conhaque e, então, tomou alguns copos; a respiração ainda descompassada, os olhos apavorados. A banheira encheu e, sem nem mesmo desligar a torneira, arrancou toda a roupa e entrou na água gélida, ficou completamente submerso; finalmente abriu a boca.
Gritou.
Gritou como se sua vida dependesse disso, como se com as ondas de som que saíam de sua garganta, sairiam também todas as lembranças que o vinha atormentando por esses malditos 10 anos: Aquela arma, aquele rosto, aquele líquido escarlate que manchou sua pele alva... aqueles olhos... aquela voz.
Quando seus pulmões clamaram por ar, não se deu ao luxo de respirar, não se permitiu sair. Não, queria acabar com tudo ali, queria morrer submerso no elemento mais essencial da vida. Fechou os olhos, permitindo que toda a escuridão habitada há anos em seu ser o abraçasse.
A escuridão... era tudo o que restava para si.
De repente, viu um facho de luz. Eram olhos, profundos e lascivos olhos azuis. Aquelas orbes eram como pequenos pontos de luz em meio à escuridão.
Levantou em meio a uma crise de tosse enquanto lutava para encher os pulmões de ar. "O que foi isso? Por que os olhos desse garoto agora? " Lembrou lentamente de tê-lo deixado sem explicação ou conclusão nenhuma.
— QUE MERDA! — Bateu na água como uma criança. Permitiu que aquele garoto visse uma de suas crises, mesmo que inconscientemente. Isto era inadmissível. Normalmente ele se forçaria a se focar na sua respiração, evitando os relances virem a sua mente.
"Por que baixei a guarda? POR QUÊ?!"
Saiu do banho e se dirigiu ao armário do banheiro, onde tomou um analgésico e um remédio para dormir. Foi em direção à cama queen size macia, enquanto se secava. Deitou nu no leito adornado por lençóis negros como a noite e fitou o teto alto.
Eram apenas onze horas da manhã, não tinha mais clientes no dia e ele estava dormindo. E se pudesse, dormiria até não acordar mais.
Notas da Autora:
Então, galera, é isso ai, início da primeira fic :D Espero que estejam gostando :)
Não tenho certeza quantos capítulos ela terá!Tenho algumas notas sobre este capítulo:
- Com quem o Naruto tava falando e a versão dele serão ditas no segundo capitulo.
- Sobre 'sedução de menores' é por que no japão a maioridade é 21 anos.
Queria agradecer a minha beta ( TKitsunne ) linda e perfeita que deixou a fic linda maravilhosa, sem ela isso estaria uma desgraça.
