Autor: RoonilWazlib
Título: Pecatus
Capa: http : / img172 . imageshack . us/img172/8449/pecatusuj8 . png (tirem os espaços :D)
Sinopse: Draco havia tido o que merecia, uma vida subalterna. Mas alguém mais não estava satisfeito com seu destino. Pode o pecado desafiar e corrigir ao mesmo tempo dois homens?
Ship: Draco Malfoy/Ronald Weasley
Classificação: NC-17
Gênero: Drama/Romance
Spoilers: Pós-Relíquias da Morte
Notas:
- Gentilmente e lindamente betada por Mandy XD, a melhor beta do mundo evah.
- Capa desenhada por Deadpig e editada por Rapousa (a phodona).
- Todos os seis capítulos da fic foram escritos inspirados em músicas da banda ColdPlay (uma música por capítulo). Os trechos podem ser conferidos á cada começo de capítulo, e quem quiser mais informações sobre a banda, pode entrar em contato comigo através de reviews ou mensagens, terei um grande prazer em dar mais informações sobre essa banda HIPER cool.
- Participante do III Challenge Slash do Grimmauld Place, que além de seguir (ou pelo menos tentar x.x) o tema criatividade, foi escrita (ou pelo menos esboçada x.x) segundo a linha citada abaixo.
- Mais um auto-desafio que eu tento vencer. Escrever um Draco digno de Draco. xD E juntar amantes impossíveis (na verdade, nem tanto assim).
- Sim, eu gosto da Mione.
"Porque quem gosta de maçãs, irá gostar de todas. Porque todas são iguais." (A Maçã – Raul seixas)
para Lelyinthesky, a musa do pós-guerra.
Just because I'm losing
Doesn't mean I'm lost
Doesn't mean I'll stop
Doesn't mean I would cross...
(Só porque estou perdendo
Não significa que eu esteja perdido
Não significa que eu irei parar
Não significa que eu deva me render...)
I. Lost
Caminhou pela estrada de pedra escura até visualizar a carroceria em péssimo estado ao longe. Aproximou-se lentamente, observando todo o ambiente a sua volta, as pessoas entrando e saindo dos becos ao lado, o barulho de passos, ruídos, vozes. E, logo após dois homens passaram rapidamente pelo meio da rua carregando uma grande pilha de caixotes, o ruivo pôde vê-lo.
Séculos. Era esse o período de tempo que Ron imaginava ter visto o rapaz, há séculos.
- Abra a caixa, imbecil! – A voz era inconfundível. – Não tente me enganar, já lhe avisei. Essa safra ordinária do ano passado não me engana, onde estão meus treze anos?
O tom ameaçador deveria aparecer em conjunto com a imagem de alguém superior, bem vestido, sério, armado. Mas Ronald surpreendeu-se quando avistou Malfoy, o corriqueiro da escola, trajando roupas de alfaiataria, mas simples, segurando a mão não uma arma, mas sim uma garrafa de um vinho importado, ameaçando seu revendedor, um homem gordo e feio que fechava a cara para o loiro.
Parecia que Draco estava fazendo negócios com o carregamento de bebidas, mas o homem tentava empurrá-lo um carregamento com bebidas alteradas, tanto os rótulos quanto os conteúdos.
A aparência de Malfoy trazia dúvidas a Ronald: Se o loiro estava trabalhando como um condenado ou estava condenado ao trabalho indesejado. Sua pele continuava pálida como sempre, seu rosto aparentava traços de fundo pesar, seus cabelos, levemente compridos, continuavam penteados em um alinhamento perfeito, estava mais encorpado, mais homem. Talvez andara fazendo exercícios, talvez andara batendo em mendigos pra extravasar sua raiva. Patético, pensou Ron; e seu coração ardeu com esse pensamento.
- Cuidado com esse homem, senhor. – Disse o ruivo para o homem gordo quando se aproximou. O rosto magro, ostentando olhos vivos, encarou-o.
- Vou levar uma caixa de doze unidades somente pra contentar os vagabundos. – Largou a garrafa de qualquer jeito no colo do homem e, com um gesto da mão direita, mandou-o se afastar. – E volte com bebidas modificadas pra ver aonde vou enfiá-las em você! – Lançou para o homem que saía acuado, ainda de costas.
- Eu falei que era pra ter cuidado. – Ron abriu um sorriso amarelo. Parecia que ia ser mais difícil do que pensara.
- Então, Ronald Weasley veio para seu primeiro dia de novo emprego, que honra! – O loiro começou a caminhar lentamente pela calçada, as mãos nos bolsos, o olhar distante.
- È, a honra deve ser toda sua mesmo. Afinal de contas, você é o dono da espelunca. – Ron acompanhava-o.
- E você obedecerá às ordens do dono da espelunca.
- Você está se divertindo, não? – Ron parou seu caminhar de repente. – Você sabe muito bem o porquê de eu estar aqui, não sabe? Acho que...
- Weasley, ainda não chegamos no bar, ainda não começamos o trabalho, logo não precisamos conversar, o.k? – Draco disse-lhe exatamente quando o relógio marcou quatro horas da tarde e um vento frio inundou a rua, estavam num rígido inverno.
Ron permaneceu calado, digerindo sua recente pontada de raiva. Sabia que aquele serviço não prestaria, não se permitiu esforçar-se: apostou consigo mesmo que não suportaria dois dias. E de fato, foi o que aconteceu.
No mesmo dia, às seis horas, tomou a poção Polissuco como combinado e transformou-se no trouxa de quem havia furtado os fios de cabelo sorrateiramente. Olhou-se no espelho. Moreno, alto, atlético, face de traços fortes, sobrancelhas grossas, nariz pontudo, olhos verdes, sorriso encantador.
Já havia se disfarçado centenas de vezes durante todo o árduo curso de auror, mas gostava particularmente daquele trouxa. Havia o visto pela primeira vez durante um inverno em que refugiou-se num bar trouxa, por causa da tormenta perto do Natal. O homem em questão estava rodeado de amigos, bebendo, rindo, galanteador, era o centro das atenções. Fora uma das poucas pessoas que Ron reconheceu ser popular e legal ao mesmo tempo apenas de olhar. Conseguir uma mecha de cabelos do homem logo depois e fora presumidamente fácil.
O ruivo possuía em casa uma certa "coleção" de disfarces, fios de cabelo, para as mais diversas ocasiões. Para aquela missão atual em especial, escolheu Josh, como o tal trouxa chamava-se. Sua tarefa seria simples, de certa forma, se não houvesse o grande empecilho: Draco Malfoy.
O orgulho inabalável pendurado na ponta do nariz do rapaz, o ar de autoridade e a língua sarcástica acompanhada de uma voz arrastada e debochada continuavam fixamente entre as características detestáveis de Malfoy.
Mesmo após a guerra, após o escândalo e todos os boatos que levaram o nome dos Malfoys à lama, mesmo após toda vergonha que sentiu, Draco continuou ostentando a inatingível imagem de superioridade que projetava para qualquer um que conhecesse ou se relacionasse. Demorou muito para conseguir um bom emprego, e mais alguns anos para saltar de garçom para dono do Cabeça de Javali.
Estava acostumado desde pequeno com pessoas dos mais horripilantes tipos e rostos, não negou quando lhe fora oferecido, como a um mendigo, a vaga de garçom. Sorte ou azar, o dono sumiu, outros até dizem que morreu, mas o fato é que Draco legalmente começou a tocar os negócios do bar, conhecido por sua fama de "barra pesada" em Hogsmeade.
Talvez, com aquela posição miserável na sociedade, lidando com figuras das piores espécies, aprenderia a conter seu ego inflamado. Só talvez. Todos perceberam logo que Malfoy era mais que um sobrenome, era um estilo de vida, alguns diziam "uma praga!".
Ron teria que adaptar-se ao ambiente e identificar certos traficantes, que segundo o chefe dos aurores, Justin McCraker, estariam planejando uma grande negociação ilegal de poções proibidas; e a sede dessas reuniões de tráfico se centralizava em um único lugar: o bar "barra pesada".
Era como um curso intensivo aquele trabalho de espionagem, uma vigilância incansável, uma observação sagaz, e obviamente, um disfarce perfeito. E, para acobertar o novo garçom e guardar seu segredo, Draco recebeu uma intimação do Ministério. Aquele assunto era sigiloso ao extremo, fora caso até de Voto Perpétuo. A parte de Draco no plano era: guardar o segredo do disfarce de Ron e auxiliá-lo no serviço de camareiro e garçom do bar, bem como ser o alerta caso algo acontecesse ao ruivo.
A missão era de conhecimento apenas de Ron, o auror McCraker, o chefe dos aurores e organizador da missão e Draco, a testemunha e auxiliar do plano. Tudo fora muito bem planejado, calculado, encomendado. O ruivo sentia os joelhos tremerem várias vezes nas últimas horas, mas seguia em frente. Dormira quase nada nos últimos dias, mas sentia-se pronto para desvendar a rede de tráfico e prender todos os infratores, afinal de contas, a espionagem no bar, as escutas das conversas e a observação dos bandidos seriam apenas uma pequena parte do plano, mas era totalmente necessário para o resto da missão ser desenvolvido perfeitamente.
Claro que, inicialmente, relutou contra o fato de dividir um segredo e conviver diariamente com Malfoy mas "tudo era para um bem maior", como havia estudado tanto nos manuais de aurores. Nem Hermione, nem Harry sabiam de nada. Apesar de ser um auror altamente qualificado, Harry estava em missões mais perigosas ao sul das Américas e demoraria meses para voltar.
Desceu as escadas calmamente dando uma última olhada no pequeno quarto improvisado para ele no sótão.
- Está se rebelando contra a tradição familiar, Weasley? Onde estão as madeixas ruivas? – Draco disse enquanto saia de um aposento e entrava em outro.
- È, por que você é a melhor pessoa no mundo para falar sobre família, não? – Ron respirou fundo.
- Não. – Disse com ar entediado, enquanto flutuava copos de várias formas da secadora até o compartimento abaixo do balcão. Ron pode ter uma visão geral do bar quando saiu pela porta da cozinha, encaminhando-se para o balcão, ao lado de Malfoy.
- Bom, o bar abrirá logo. Haja o que houver, não fique parado ou andando pra cá e pra lá como uma barata tonta, atenda os clientes e basta. – O loiro soou impaciente.
- Ótimo, Malfoy. Mas estou aqui justamente para aprender a atender certo um cliente. – Ron girou os olhos.
- Não precisa atender certo. – Draco imitou-o num falsete exagerado. – Só basta vender bebida até ter que carregar o corpo do bêbado pra fora daqui. Eles não se importam com seu sorriso. – Não pôde deixar de sorrir debochado.
- Quer saber? Dane-se! Vou fazer meu trabalho o mais discretamente possível e ponto. – Ron sentiu as orelhas queimarem enquanto tirava as cadeiras de cima das mesas e as posicionava de maneira certa.
Anos! Quase sete anos desde a última vez em que se viram e o maldito continuava insuportável da mesma forma. Ele sabia que havia tentado ser amigável, Ron realmente tentara. Mas era quase impossível. Quase.
- Brilhante, Weasley! – E com essas palavras, abriu as portas para a rua com um movimento de varinha.
Seu trabalho estava sendo deveras simples. Pegar bebidas, acertar as contas, limpar as mesas rapidamente, providenciar cadeiras, lavar copos em massa e, é claro, atender as diversas figuras que despontavam da noite gélida para dentro do pub.
- Parece que alguém fracassou. – Foi a primeira coisa que Malfoy disse depois de horas de silêncio.
- È melhor você morder a língua, Malfoy. – Disse Ron num sussurro.
- Sério? Por que ainda não vi você tentando identificar algum criminoso super perigoso, aliás, como você faz pra perceber? Pela bebida que ele pede? Se pedir firewhisky é traficante, se pedir vinho é assassino, se pedir...
- Não devo satisfações do meu trabalho pra você. – Ron deu a volta no balcão e preparou-se para servir várias garrafas numa mesa próxima.
- E se eu te falar que quem você procurava acabou de sair? – lançou-lhe.
- Como? – Ronald olhou-o assustado.
- Exatamente isso que você ouviu. Acabei de presenciar. – Draco empinou o queixo.
Então Ron dobrou seus lábios em uma careta engraçada e logo gargalhou intensamente chamando atenção de algumas pessoas a sua volta. Draco amarrou a cara e entrou pra cozinha.
A madrugada chegou trazendo mais frio e levando mais pessoas bêbadas para a rua escura, longe do bar barulhento. O lugar aconchegava agora umas cinco pessoas, dispostas em três mesas diferentes.
Ron aguçou os ouvidos quando ouviu ao longe a palavra "Ministério" e tratou de passar perto da mesa onde um homem magro, de rosto comprido e cabelos escorridos falava sozinho. Ofereceu mais uma bebida e, enquanto pegava a garrafa vazia a um canto da mesa, observou dois copos próximos do homem; apertando o olhar rapidamente para o lado, identificou um vulto com mesma textura e cor dos objetos atrás do mesmo: a parede, uma outra cadeira e a janela.
Alguém estava usando um feitiço de desilusão.
- Conhece? – Ron apontou para a mesa ao longe.
- Qual é, idiota. São Roger e Serpio. – Draco disse enquanto recolhia tralhas de cima da pia da cozinha, espiando pela porta o homem supostamente sozinho e o vulto quase invisível.
- Reconheceu dois criminosos? – Ron perguntou debochado.
- Weasley, seu retardado, preste atenção se conseguir. Não comece a duvidar da minha capacidade de observação, entendeu? – Draco disse ameaçadoramente. – Não pense que fiquei apenas vegetando todos esses anos trancafiado aqui dentro!
- Isso é uma ameaça, então? – Ron coçou o queixo trouxa que continha uma pequena covinha.
- Entenda como quiser. – Draco espiou mais uma vez. – E eles não são criminosos, são gays.
- O que? – Ron permaneceu estupefato.
- Gays, Ronald. Você não sabe o que são... – Malfoy começou.
- È claro que sei! – Ron disse atrapalhado. – Mas... Mas como você sabe?
- Sabendo, oras. – Draco voltou a seus afazeres, Ron seguiu-o.
- È, imaginei. – Lançou uma risadinha sarcástica.
- Cala a boca, Weasley. – Malfoy encarou-o bruscamente. – Eu sei disso por que Roger balança levemente os quadris quando anda e por que seus pés permanecem retos e não um tanto tortos pro lado externo das pernas.
- E você fica olhando ele caminhar?
- Santa ignorância, Weasley. Não sei onde estava com a cabeça quando concordei com essa palhaçada toda. – Draco disse raivoso, controlando-se para não atacar o outro.
- Quem sabe estava no lugar onde você ficaria se não concordasse e...
- Chega! – Draco saiu espumando da cozinha. – Cansei de aturar pobretão metido a besta só por que virou auror e tem uma missão. Volte pra lá e ache logo esses seus criminosos e suma daqui!
- Você gostaria de repetir isso para McCraker? – Ron disse calmamente. Draco bufou e sumiu pela porta. – E é Holloway, Josh Holloway é meu nome. – Gritou enquanto voltava para o balcão.
Ron esperou todos irem embora horas depois, limpou tudo enquanto ouvia Draco fechando o caixa atrás do balcão, e sem dizer palavra guardou suas coisas e saiu para a madrugada fria.
O sol já nascia ao longe e só o que Ron desejava era uma cama quente e sua noiva amada. Casaria-se com Hermione no próximo outono, quando Harry voltava e, esperava do fundo do coração, sua nova missão acabava. Amava-a muito. Ou pelo menos acreditava que o fazia.
Já haviam começado a pensar nos preparativos. Na verdade, Hermione havia começado a preparar a cerimônia, encomendar a comida, a bebida, decidir o lugar, se contratariam uma banda ou não, as roupas, a lista de convidados, o convite... Infinitas medidas e detalhes que precisavam ser pensados e repensados por ambos, mas é claro, Ron julgou-se completamente incapaz e começou a fugir das decisões depois da décima briga sobre o mesmo assunto na noite de domingo.
- Mas você tem tempo de sobra agora com esse seu novo horário louco de trabalhar a noite! Se pelo menos você me contasse onde você...
- Hermione eu já lhe expliquei a gravidade desse segredo! – Ron explodiu. – É tão difícil de entender? Saco!
- Continue gritando comigo desse jeito, Ronald, e você verá para onde nosso casamento vai ir! – Hermione largou os catálogos cheios de noivas e noivos que brindavam sorridentes para longe e trancou-se no banheiro.
- Amor, eu já te disse que o que você escolher pra mim está de bom grado, não disse? – Ron bateu desanimado na porta do banheiro. – Com essa nova empreitada estou canalizando minhas energias totalmente ao trabalho, você sabe que eu adoraria escolher tudo juntinho de você mas infelizmente...
- Olha, me desculpa. – Hermione abriu a porta e, sem olhar nos olhos do marido encaminhou-se até a porta do quarto. – Eu não estou me sentindo bem hoje, vou tomar uma aspirina e me deitar, amanhã eu decido seu terno então.
- Tudo bem, amor. – Ron foi até a noiva e beijou-lhe os cabelos.
- Tente não cansar amanhã, está bem? – Disse-lhe desanimada e avançou pelo corredor.
O novo trabalho já havia estendido-se por uma semana sem mais nenhuma palavra trocada entre Ron e Draco, apenas alguns detalhes sobre o trabalho em si. Nada mais.
Foi na segunda-feira, madrugada de terça-feira, no início da segunda semana de trabalho de Ron, que houve o confronto problemático.
Malfoy começou a rir em alto e bom som quando Ron atrapalhou-se com um Búlgaro bêbado que coaxava e falava enrolando a língua. Acabou apertando a bunda de Ron e chamando-o de Glória.
Grande parte do bar viu a cena e as risadas de Draco, fazendo o mesmo. Logo Josh tornou-se uma piada.
- Eu faço o que bem entender, idiota. - Malfoy respondeu quando o ruivo disfarçado foi até a cozinha tirar satisfações com o "patrão".
- Você faz por que é um cretino nojento!
- E você um retardado completo. – Draco mantinha seu sorrisinho sarcástico. – Quem você procura veio hoje e já foi embora novamente.
- Quem você pensa que engana com esse papo de conhecer quem entra e sai daqui?
- Eu tenho olhos, Weasley. – Draco dilatou as narinas.
- Meu nome é Josh! – Ron tampou a boca quando percebeu o grito alto demais. - Olhos pra fazer todo mundo se sentir uma aberração?
- Mas você é uma aberração, Weasley. – O feitiço estuporante acertou-lhe em cheio no peito. Por sorte, nenhum cliente viu nada.
- Olhe pra você! Olhe-se bem no espelho, seu canalha! Enxergue-se bem antes de tentar me ofender! – Ron dizia descontrolado, num tom suficientemente baixo para que ninguém no aposento ao lado ouvisse.
Logo percebeu seu grande erro. Ele sabia que havia sido imaturo demais, e que maior parte de sua raiva vinha dos tempos de escola, quando não conseguia dar uma boa lição em Draco por que seus colegas o impediam ou o feitiço saía pela culatra.
Mas, naquela hora, estava sozinho, com uma varinha de alta qualidade e uma ofensa típica do linguajar de Draco. Não pensou duas vezes.
O fato era que precisava acabar de atender todo o povo que pedia impaciente por mais álcool em suas mesas. Virou as costas, fechou a porta, passou a mão levemente sobre seus cabelos morenos, curtos e levemente ondulados, tentando não pensar, e voltou a trabalhar.
Draco permanecia estuporado em meio as panelas num canto da cozinha. Finalmente teve o que mereceu, segundo Ronald, mas não aceitou assim facilmente.
Continua...
N/A: Well, Well, Well. Enquanto editava o primeiro cap, me lembrei de algumas coisinhas que não falei nas notas iniciais.
Sim, se você se perguntou se o ator que interpreta o Sawyer de Lost, se chama Josh Holloway, acertou. Mas não, eu não dei o nome pensando nele. NA verdade, sempre gostei de Josh e quando pensei num sobrenome, logo me veio á cabeça Holloway mas não associei de onde conhecia esse sobrenome, só fui fazer isso quando assisti um episódio esses dias x.x So, peguei emprestado inconcientemente o nomezin! xD
Como eu falei antes, a fic é um auto-desafio. Tentei deixar mais angst do que romance claro, por que Draco e Ronald ou é uma comédia, ou é angst (pelo menos pra mim). Ainda mais nesse cenário obscuro pós-guerra (L)
Espero que vocês tenham gostado, assim como espero ansioso por reviews!
Logo logo posto os outros caps.
o/
