Cap. 1 Sozinha na Ilha

Tinham passado seis meses desde a última vez que o vira.

-olha para o Horizonte"- disse ele, mas isso fazia ela todos os dias e até agora nada.

Elizabeth pouco ou nada tinha mudado continuava igual, apenas um pouco mais magra. Numa ilha desabitada nunca há muito k comer a não ser fruta e peixes e com alguma sorte se souber caçar, algum animal que apareça. Das vezes em que se via no reflexo da água parecia que todos os dias ganhava mais um ano e isso dava-lhe ataques de fúria. Amava Will e prometeu-lhe que lhe guardaria o coração e estaria à sua espera dali a 10 anos. 10 Anos!! Sabia que não os aguentaria.

-2 ou 3 anos pode ser - pensou quando soube o destino que a esperava. Mas passados 6 meses, Elizabeth estava pelos cabelos. Os dias eram iguais, passava-os a "contar cocos" e a falar com tudo o que lhe aparece à frente, mesmo que não passassem do mar, areia e palmeiras!

-Se aparecer um navio eu juro que me vou embora! – Gritou depois de passar o dia a fazer desenhos na areia.

Mas ao mesmo tempo ficou angustiada. E se Will aparece de repente? Não k possa vir a terra mas pode aparecer ao largo e mandar alguém a terra. Afinal ele é seu marido e poderá querer aquilo que n foi capaz de fazer: consumar o casamento. Nesse dia, Lizzie quase o fulminou em pensamentos:

- Fazes-me descer de um navio, vir a uma ilha que nem Deus sabe o nome e depois só me dás um beijo na perna? – Pensou Elizabeth. Esteve quase a dizer-lhe mas ao ver a tristeza nos olhos de Will calou-se e apenas o beijou.

- Talvez ele apareça – disse sentando-se num rocha. Mas imediatamente se calou. Uma ideia horrorosa lhe passou pela cabeça: e se Will tivesse ficado com cara de peixe? E se deixou de ser um homem bonito? Afinal ele anda debaixo do mar! Mas sossegou ao lembrar-se do que Calipso lhe disse quando ainda era tia dalma: Will só ficaria mau e com cara de peixe como Davy Jones se sofresse um desgosto de amor.

Voltou então à sua grande rotina do dia-a-dia: acordar, lavar-se numa cachoeira que ficava na ilha, comer, passar o dia a pasmar, jantar, dormir (quando não lhe dava crises de insónia). Estava farta daquilo. Porque Will me pôs nesta ilha? Porque não numa ilha movimentada, divertida, com gente viva? Esta nem sequer gente morta tem quanto mais viva.

- O meu coração tem que estar num local seguro com a mulher que amo. – Disse Lizzie imitando Will com ar inocente e sonhador, no dia da despedida.

- O que é que eu vi nele? – Pensou. Realmente Will Turner realmente era tudo menos divertido. Nunca quis ser pirata, antes era um ferreiro que levava uma vida pacata. Concluindo era um pão sem sal. Talvez o facto de saber que seu pai lhe iria propor um noivo mais tarde ou mais cedo.

A ideia de se casar com alguém que não gostava e de passar o resto da vida em casa aterrava-a. Queria viver aventuras, resolver mistérios, conhecer o mundo da pirataria. Queria alguém divertido, aventureiro. Alguém como Jack Sparrow!

- JACK SPARROW?? – Gritou sobressaltada.

- Nem pensar! – e apesar de o achar sexy demais, de ser o pirata com o carácter com que sempre sonhou, mesmo quando o beijou (e diga-se não foi nada mau) não sentiu a chama da paixão. Aliás nem quando beijava Will sentia isso!

- Quem me dera que aparecesse alguém que me fizesse sentir feliz de uma vez por todas. – disse. Tinha pela frente 10 anos sem Will e dava tudo por tudo para sair daquela ilha.

Deixou a areia e foi-se recolher numa cabana que construiu com muito esforço, alias sempre que vinha alguma tempestade tinha que a construir quase toda outra vez. Deitou-se e adormeceu mal sabendo que um navio se aproximava e que transportava a tal pessoa que lhe poderia mudar a vida.