Olá! o/ Bem, tive uma idéia meio louca e resolvi postar sobre esse ship que particulamente tenho muita curiosidade. Espero que vocês gostem e por favor deixem review ok? Posto logo o capítulo 2! beijos mil! o/
Feliz para Astória Greengrass foi o dia que se viu longe dos pais e da irmã. Ela não odiava sua família é claro, mas por isso mesmo que não queria conviver com eles. Eles eram como a maioria dos sonserinos. No dia que o chapéu seletor de Hogwarts gritara para que todos ouvissem que ela fora escolhida para a Corvinal, Astória sentiu como se pela primeira vez na vida tivesse outra opção. A partir daquele momento ela não precisaria ir para Sonserina, tirar ótimas notas e arranjar um bom marido sangue-puro para melhorar a sua descendência. Ela poderia viver a própria vida. E foi o que fez. A carta que a mãe mandou dizendo o quanto decepcionada estava por não ter a filha mais nova na casa que fora dos pais ou a vergonha que passou quando seu pai conversou com Dumbledore para saber o que poderia ser feito para que sua filha fosse para a sua verdadeira casa foram superados. É claro que Dumbledore fora muito educado (apesar da grosseria do Sr. Greengrass) dizendo que as regras não foram feitas por ele sendo impossível de serem mudadas.
Um mês depois de concluir seus estudos em Hogwarts, Astória disse à família que tinha um comunicado a fazer.
Passara todo o dia anterior arrumando todas as coisas que levaria consigo. Deixou todas as jóias que os pais haviam comprado em virtude dos seus muitos aniversários, mas levou as jóias de família que eram suas por direito.
O pai acabara de chegar em casa. O elfo doméstico correu para pegar sua capa e seu chapéu. Astória aproveitou que sua mãe e irmã também estavam na sala e disse:
- Tenho que falar uma coisa para vocês.
Desde que entrara em Hogwarts, sua mãe nunca mais fora a mesma. Tratou-a como se fosse culpada de ir a outra casa. O olhar que lhe lançou foi tão reprovativo quanto o que lhe dera no dia em que chegou em casa formada em Hogwarts com honras de melhor aluna da Corvinal. Sete anos lhe deram experiência suficiente para não se sentir mais magoada com a indiferença da própria mãe.
- Tenho uma notícia mais importante para dar – falou o pai.
Como sempre quando pai estava falando, todas deveriam ouvir.
- Me desculpe papai, mas vou ter que falar primeiro. – a mãe, irmã e o pai a olharam como se tivesse acabado de falar que era um aborto. – Estou saindo de casa!
Os olhares incrédulos aumentaram de intensidade e uma cor avermelhada de raiva preencheu o rosto do pai.
- Consegui um estágio no departamento de execução das leis da magia. Vou receber o suficiente para me sustentar sozinha.
- Você não vai a lugar nenhum! – o pai gritou – eu acabei de acertar seu casamento com o filho de um bruxo americano. Você vai esquecer todo esse sonho ridículo de trabalhar e preparar seu casamento junto com sua mãe entendeu?
- Entendi pai, mas eu não vou casar com ninguém. – sua voz era calma, aprendera há muito tempo como agir com o pai. – Já sou maior de idade e mesmo que quisesse me obrigar não poderia. Até qualquer contrato mágico que o senhor possa ter feito, não terá efeito, visto que não é da minha vontade cumpri-lo e nunca foi, portanto eu não estaria quebrando nenhuma regra.
Nesse momento, faíscas saíram da ponta da varinha do pai que estava dentro do bolso do paletó.
- Você quer matar seu pai? – a mãe gritou debulhando-se em lágrimas – Você sabe que um contrato não cumprido pode matar ou retirar a magia?
- Eu acabei de desfazer o contrato mãe.
- Como? – a mãe perguntou ainda chorando e gritando.
- Como acha que eu consegui um estágio no departamento de execução das leis da magia? Sou ótima em direito bruxo. Se algum dia em daqui a um ano e meio precisar resolver alguma problema legal no ministério, me procure, não vou cobrar à senhora.
A mãe pareceu indignada, como se tivesse ouvido que a filha ia matá-la.
- Desculpe papai, não posso aceitar a vida que planejou para mim. Sinto muito se estou acabando seus maravilhosos planos para uma vida terrível para mim, mas pense que não é culpa sua, eu nasci assim, diferente de vocês.
Dizendo isso se encaminhou para porta, antes que conseguisse sair, sua irmã levantou do sofá onde estivera sentada apenas assistindo toda a cena e tocou em seu braço.
- Você vai embora?
- Sim Dafne, estava me despedindo de vocês.
- Vai me deixar aqui sozinha?
- Você se casará em um mês não? Se você ainda quiser, posso ser sua madrinha, mas acho que mamãe não deixaria. Mas de qualquer jeito, seja feliz.
- Você pode desfazer meu... meu noivado também? – Dafne perguntou quase em sussurro para que o pai não ouvisse.
Um pequeno sorriso se fez nos lábios carnudos de Astória. Sua irmã sempre tão dedicada ao estilo de vida que sua família lhe preparara também não queria casar?
Sussurrando também respondeu:
- O ministério está fazendo vários exames para contratar estagiários de todas as áreas. Você só precisa fazer as provas e se passar em alguma e aceitar o curso, eles lhe darão um lugar para morar durante o tempo do estágio. È igual Hogwarts, você dividirá os espaços com outras garotas, mas, lhe garantirá seu sustento ou pelo menos durante um ou dois anos você poderá ficar longe dos nossos pais. É tudo que eu posso fazer por você, agora volte para lá e finja me odiar, ou melhor, continue me odiando.
Andou mais um passo e aparatou.
