Ter ou não ter
Fora um dos momentos mais difíceis de minha vida, pois após ter cumprido a tarefa a mim confiada há muito por meus pais e depois pelo diretor Dumbledore, lá estava eu caminhando com passos decididos para a torre de Gryffindor.
No caminho me recordava de tudo que acontecera, mas uma lembrança – na verdade menos que isso – não me saía da mente. Como eu desejava que minha mãe estivesse aqui hoje, como eu necessitava ouvir uma palavra de consolo. Afinal, de que valeu isso tudo se não consegui salvar aqueles que me eram mais caros? Remus, Sirius, Papai, Mamãe, Tonks, Fred e tantos outros. Meu coração estava negro agora e pesava sobre mim todas essas mortes. Esse era o momento ideal de se lembrar como era um colo de mãe? Daqueles cabelos ruivos, sua expressão preocupada de eterna monitora. O calor dos seus braços e toda força de seus verdes olhos.
Sim. Ela me lembrava totalmente uma outra ruiva, bem mais alegre, um sorriso divertido. Ela, sua vassoura, seu abraço quente e beijo alegre. Não eram verdes aqueles olhos, mas tinha força, se não era de demonstrar muita preocupação não era por que não a tinha, mas simplesmente por que tinha medo de se mostrar frágil. Mas depois de algum tempo no sofá pensando, cheguei a maior diferença entre as duas: Ginny estava entrando na torre e sorria para mim.
