Numa relação dominada pelo ódio...
E ainda havia Bellatrix. Ah, ela sim era um problema. Uma tradicional Black, sem o que tirar nem por. Era tudo o que a família mais prezava, e, conseqüentemente, tudo que Sirius mais odiava.
E até mesmo num lugar terrível...
Não conseguia absorver o fato de estar novamente naquela maldita casa. Era assim sempre, como cair do céu direto no próprio inferno. Odiava aquele lugar com todas as suas forças. Tudo lá o sufocava. Sua família o sufocava.
O desejo, às vezes, encontra uma maneira de se fazer presente...
--
Você e essa sua mania irritante de andar sem camisa pela casa.
Sirius
virou-se para encará-la, e notou que a garota o observou de cima a
baixo, demorando-se em seu peito descoberto.
--
Sabe, você não parece achar tão irritante agora. -- disse, com um
sorriso vitorioso no rosto.
Em desafios perigosos e cheios de segundas intenções...
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Ah, Cale-se!
--
Só há um jeito disso acontecer. -- falou, aproximando-se
perigosamente.
--
É mesmo? E qual? -- desafiou, sem deixar transparecer o quão
incomodada estava com aquela proximidade. "Merlin, por que ele tem
que ser tão bonito?"
A insanidade toma conta...
--
Sirius... Isso é... Loucura. -- murmurou ela, ainda ofegante.
--
Então é uma loucura que eu pretendo cometer mais vezes. -- falou
ele, com um sorriso maroto no rosto.
E eles acabam por se render o algo maior...
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Eu te amo. -- ele murmurou, fazendo com que ela o encarasse se a
mínima chance de desviar.
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Ainda? -- perguntou, insegura. Sua voz soava mais trêmula do que
ela gostaria.
--
Sempre.
Até que o medo começa a aparecer...
--
Você não entende Sirius, tudo é tão simples para você. --
falou, no que ele revirou os olhos. -- Você não tem medo de
nada!
--
Você é quem não entende! Eu tenho medo sim, Bellatrix. Medo de
sair deste quarto e nunca mais sentir o que sinto quando estou com
você.
E escolhas precisam ser feitas...
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Venha comigo.
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Não brinque comigo, Sirius. Não brinque. -- respondeu, desviando o
olhar.
--
Se você vier comigo, nunca estaremos seguros. -- ele disse, sério.
-- Os comensais nos caçarão, os Black nos amaldiçoarão... Mas eu
te amarei. Até o dia em que queimarem meu corpo, eu te amarei.
Não importa à quem elas doam.
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A Lua... -- disse ele, olhando para fora através da janela -- Ela
ainda me lembra você.
--
Ainda me acha bela, priminho? -- a mulher falou, num tom
debochado.
--
Não. Fria. -- ele disse, virando-se para encará-la.
JUST A MEMORY
