Era com certeza uma noite bela, há tempos não havia visto um céu como aquele. As estrelas brilhantes; a lua; cativaram os olhares das pessoas que caminhavam, cada uma com sua própria história podiam ter uma sensação diferente naquela noite, cada uma interpretava aquele céu de uma forma. Eu, observava ele. Sherlock Holmes. Da mesma forma que as pessoas admiram estrelas. Era um céu romântico, e segundo meu amigo eu tendia a romantizar demais as coisas. Ele, com certeza, havia de estar se preocupando com qualquer coisa científica, tecnológica, coisas úteis, sob nenhuma circunstância admiraria o céu que pairava sobre nós.
No fundo é enigmática como as estrelas. A pessoa linda que ele é. É como uma delas, brilhando no céu. Distante e inalcançável. Quanto mais a observa mais se quer observa-la, mas você quer saber sobre ela, você quer entende-la, mas não pode. A nós só é permitido observar. E ama-la em silêncio. Por que em silêncio eu não encontrei rejeição, em silêncio, ela não pertencia a mais ninguém.
- Belo, não é?
Olhei ele, sem entender da onde aquilo tinha surgido, ou lia meus pensamentos. Ou então.
Embaixo da sua máscara habitual ele se sentia como eu naquele momento.
Mas não poderia ser isso. Poderia? - Sim.
Não precisei deixar de olha-lo para responder.
