Esta fanfic tem postagem original de 2006 ou 2007, não me lembro exatamente. Na época ela foi postada por outro pen name (Akuko no Oni).
Eu a editei para respostagem, mas algumas coisas eu tive que manter, por exemplo, eu não uso o marcador POV mais em minha escrita. Eu tentei rescrever onde dava para tirar, mas em tudo foi impossível de tirar, visto que eles guardam os "sentimentos" das duas na narração.
Por ter tão poucas fanfics em português de Kannazuki no Miko, resolvi posta-la novamente, mesmo ela sendo tão ruim.
Atenção essa fic é melosa, muito melosa, diabéticos cuidado.
(Notas originais da fanfic)
Legenda: "aspas" = pensamentos
Fic dedicada a Sailor H
Chikane está meio (meio Setsuna?) OOC.
Kokoro No Miko – by Akuko no Oni
Himeko POV
Na vila de Mahoroba o tempo passa muito devagar. As pessoas, a natureza, tudo segue seu ritmo calmamente. Passaram-se alguns anos desde meu aniversário de 16 anos. Era um lindo dia de sol, eu esperava o sinal de pedestres abrir pacientemente. Foi quando a vi, meu coração bateu mais forte e por um momento o tempo parou. Meu coração acelerado, sim eu sentia, só poderia ser ela. A pessoa que eu esperava. A pessoa que me esperava nesse mundo. E sem querer, ao atravessar a rua, a abracei.
— Senhorita, o que foi, está bem?
— Me-me desculpa. É que você me lembra alguém muito querido.
"Que tonta eu sou, abraçando estranhos no meio da rua"
As buzinas finalmente chegam aos meus ouvidos. Tiro aquela visão dos meus pensamentos e saio correndo atravessando a rua. Quase sou atropelada, mas uma delicada mão me puxa para a calçada.
— Você está bem? – a garota que abracei momentos antes pergunta.
Coro imediatamente e aceno que sim com a cabeça. Do nada um sentimento profundo chega ao meu coração, esse olhar. Eu o conheço, de onde? Lágrimas escorrem por minha face. Dor. Uma profunda dor sobe ao meu peito, junto de uma alegria imensa. Minha cabeça começa a doer fortemente, perco minha consciência lentamente, mas aquele lindo sorriso não sai da minha mente.
Chikane POV
Está entardecendo, vejo isso através da janela do meu quarto pelo jardim. O sol se pondo ao longe. Essa estranha garota, ela está dormindo até agora desde que desmaiou no meio da rua. Estou preocupada, mas os médicos disseram que ela está bem. Puxa eu ainda não sei o nome dela.
Ela também tem a mesma conchinha que eu. Rio baixinho lembrando da lenda delas. Para uma concha de dois lados, há apenas uma concha que combina com a outra. Apenas um par, um único par pode ser formado com essas duas conchas. Vejo a que está em seu colar e fico imaginando onde estará à outra concha do meu...
Ela suspira um pouco mais alto, despertando-me dos meus devaneios.
— Ai minha cabeça, hum? Onde estou?
— Quem bom que acordou!
Pego em suas mãos, não sei por que fiquei tão preocupada, mas ao ver seu lindo sorriso meu coração se enche de alegria.
— Oh! – ela fica vermelha – Meu deus, me desculpe senhorita!
Ela tenta se levantar bruscamente, estava tão envergonhada, suas bochechas vermelhas a entregavam. Então comecei a rir de seu jeito atrapalhado enquanto a seguro antes que ela caia no chão.
— Calma, você esteve muito tempo deitada. Se levantar de uma vez não é uma boa ideia.
Não resisto a outra risada ao vê-la mais vermelha ainda, ajudo-lhe a sentar na cama.
— Bem-vinda a minha casa. Sou Chikane – sorrio ao ver sua cara surpresa – Você desmaiou na rua.
— Chikane-chan... – ela sussurra.
— Disse algo?
— Ah nada, nada. É que seu nome me pareceu familiar.
Ela se levanta pronta para ir embora, uma tristeza repentina abate meu coração. Acho que eu não queria que ela fosse embora.
— Espere, talvez seja melhor você descansar mais pouco.
— Não se preocupe, estou bem. Agradeço pela ajuda e desculpe pelo transtorno.
A guio até porta, não quero que ela vá embora. Aquele sorriso, sinto que preciso dele.
— Tem certeza que está bem?
— Sim, obrigada, Chikane-san.
Mais uma vez, ela dá aquele sorriso maravilhoso que preenche meu coração. Não, ela não pode ir embora.
— Aqui – ela me estende um cartão – Sou fotógrafa. Se precisar de algum favor me procure. Será uma honra ajuda-la. Mais uma vez obrigada.
— Esper...
Não dá tempo de chamar. Ela sai correndo com pressa ao ver um táxi pela rua. Oh não! Eu nem ao menos perguntei seu nome. Mas olho com mais atenção o cartão em minhas mãos.
xXx
— Kurusugawa, aff onde você estará? Por que não atende o telefone?
Um jovem rapaz impaciente caminhava de um lado para o outro na porta de uma casa. Ele já estava desistindo, quando uma loira chega correndo.
— Me desculpa Ohgami-kun. – ela arfava.
— Hunf, Kurusugawa espero que não tenha esquecido da hora novamente. Por que não atende o telefone hein?
Himeko pega seu celular na bolsa, cinco chamadas não atendidas. Ela fica sem graça e pega o capacete entregue por Ohgami.
— Obrigada Ohgami-kun. Depois conto a você o que aconteceu. Vamos logo, a apresentação da Mako-chan vai começar!
Após uma longa noite de apresentações esportivas Himeko chega em casa. Sua amiga Makoto Saotome foi a campeã novamente nesse ano. Himeko estava muito feliz, já era a terceira vez que sua amiga ganhava. Além de trabalhar em eventos, seu hobby era fotografar seus amigos Souma e Makoto.
Estava muito cansada, ainda pensava naquela garota que viu na rua. Algumas lágrimas teimavam em cair, mas ela ouviu latidos de seu cãozinho. Ele era preto, com as patinhas e o pescoço branco.
— Oh! Querido Mi, que mamãe esquecida eu sou. Me perdoe. Venha vou colocar comida para você.
A noite passou longamente. Aquelas jovens senhoritas que se encontraram na rua custam a dormir, pois em seus corações sentem algo as chamando.
xXx
— Au! Au! AU! AU!
Himeko desperta preguiçosa com os latidos ao longe de seu querido cãozinho.
— Mi que cedo, ah o despertador ainda nem tocou. Mas claro hoje é sábado. – resmungou aborrecida.
Os latidos continuam insistentes. Ela resolve se levantar para abrir a porta para Mi, os latidos vinham da porta da frente, estranhou, mas acaba indo abri-la.
— Está bem Mi você ganh...
Himeko não terminou a frase, seu cãozinho pulava alegre ao redor de uma jovem. Vermelha por ainda estar de pijama convidou-a para entrar e pediu para que a mesma esperasse ela trocar de roupa.
— Obrigada por esperar, Chikane-san.
— Não se preocupe, eu que peço desculpa por chegar tão cedo. Pensei que trabalhasse hoje. Perdoe-me.
— Hihihi não se preocupe, eu devia estar mesmo trabalhando. Mas estou de folga. É bom ter companhia para o café da manhã. Venha!
Chikane fica vermelha com a espontaneidade da jovem loira, não estava acostumada com pessoas tão enérgicas. Mas aquele sorriso a fascinava. Tomaram café alegremente, Chikane adorou Himeko, pois ela sabia arrancar boas gargalhadas, algo que ela não costumava fazer.
— Venha Chikane-chan! Posso lhe chamar assim? Vou mostrar meu estúdio.
— Cla, claro. Pode me chamar assim. – ficou vermelha.
Himeko morava sozinha em uma grande casa. Montou no maior cômodo da residência seu estúdio de fotografias, mas o utilizava apenas para trabalhos pessoais, já que sempre era contratada pelos estúdios profissionais da cidade para trabalhar. Nele possuía várias fotos pelas paredes de variados temas. A casa toda na verdade tinha seus trabalhos pendurados.
— Sinta-se em casa, não repare a bagunça.
— Não se preocupe, não vou.
Himeko procurava algo nas gavetas de sua mesa, Chikane ficou observando melhor. Duas pessoas tinham destaque em suas fotos, uma garota de olhos verdes e um jovem rapaz.
"Será seu namorado?" – indagou a si mesma Chikane.
— Chikane-chan!
A jovem virou sorrindo ao ouvir a voz de Himeko, sendo pega de surpresa com um flash.
— O que?
Mais flash foram disparados. Himeko ria com a surpresa de Chikane e com a face vermelha da morena ao tentar pegar a máquina da mão de Himeko.
— Pare com isso!
— Hahaha você fica linda zangada Chikane-chan.
Ambas ficaram sem graça, Himeko sentou em frente ao seu computador ligando-o.
— Desculpe. Mas fotos surpresas são as melhores Chikane-chan. Vamos ver como elas ficaram?
— Err... Está bem, mas não faça mais isso por favor.
Himeko voltou a rir com a cara vermelha de Chikane. Elas conectaram a máquina digital ao computador. Além de verem as fotos de Chikane, Himeko mostrou um pouco de seu trabalho.
O dia nunca tinha passado tão depressa, mas logo chegou o entardecer.
— Obrigada pela diversão de hoje, Himeko.
— Eu que agradeço, sempre é muito bom fazer novos amigos não é Chikane-chan?
— Si-sim. Bem eu já vou indo.
— Espere, você não quer levar uma foto? Pegue pra mim nessa gaveta aí perto de você os papeis de fotos, que vou edita-la.
Himeko ficou distraída em frente ao PC, Chikane ao procurar os papeis achou um álbum de fotografias de capa branca. Sem querer o deixou cair e viu fotos de Himeko mais nova. A loira ao ouvir o barulho olhou para ver o que estava acontecendo.
— Tudo bem?
— Me desculpe, caiu no chão.
— Não se preocupe é um álbum velho.
A loira começa a folhear o álbum, as duas se sentaram juntas para ver melhor.
— Agora que percebi Himeko, você não me mostrou fotos suas.
— Err, não gosto de tirar fotos de mim mesma, essas são de quando estava na escola.
— Seu cabelo era comprido.
— Sim...
Seu olhar se tornou distante, parou numa página que tinha fotos dela sozinha, nunca descobriu o porquê, mas sempre que as admirava tinha vontade de chorar. Mas perto de Chikane, as fotos pareciam trazer uma imensa alegria.
— Himeko?
— Oh, me perdoe. Eu me distraí né?
A morena balançou a cabeça negando.
— Não, eu só ia dizer que essas fotos suas sozinha são lindas.
— Obrigada, Chikane-chan - abriu um largo sorriso - Ah é mesmo sua foto.
Após Himeko arrumar a foto de Chikane elas foram para fora se despedir.
— Obrigada pela companhia, Chikane-chan.
— Eu que agradeço pela foto Himeko.
— Não foi nada, considere um presente por ter me ajudado ontem.
Chikane caminhou para a rua, para pegar o táxi, quando ouviu Himeko gritar acenando:
— Chikane-chan! Obrigada, por favor, volte sempre que quiser!
Seu coração encheu de alegria, poderia ver aquele sorriso novamente e uma sensação agradável preencheu seu corpo. Não sabia bem o que sentia, mas pensou que tinha encontrado a pessoa que a esperava nesse mundo.
Continua...
