DISCLAIMER: Relic Hunter pertence à Fireworks Entertaiment. Não pretendo receber nada fazendo isto, apenas diversão. Esta é uma TRADUÇÃO, a história original está em Inglês, escrita por Aryea (ID 473920), aqui mesmo. Esta tradução está sendo feita COM o consentimento da autora, conforme ela mesma deixou claro em suas histórias. Se você deseja deixar reviews e não conhece Inglês, deixe-as em Português aqui na tradução e eu traduzo e enviou em seu nome, ok? Não estou infringindo nenhuma das regras estabelecidas pelo site.
DISCLAIMER:The characters of Relic Hunter belong to Fireworks Entertainment. I´m not making money with them, just fun, OK? The story is authored by Aryea (Id 473920) and I am translating it with the her permission, as she wanted it to be. Not infringing any of rules.
Precisando de um amigo
Capítulo 1
Sydney permanecia sentada na pequena doca logo abaixo do vilarejo onde nascera, tentando colocar em ordem o caos emocional em que se encontrava; a água tocava seus pés descalços enquanto o vento movimentava o tecido suave de seu tradicional traje havaiano, o muumuu. Ela não queria perder o controle enquanto estava diante de Jenny, que já estava bastante devastada. Sydney precisava ser forte por ela, esta seria a vontade de seu pai. Ela sempre fora sua princesinha, mas ele a ensinara a ser forte também, a cuidar de si mesma e dos outros.
Ela ainda não acreditava que o homem e vibrante forte que fora seu pai, estava morto; pensava que ele era invencível, como ela própria se achava. Talvez fosse a hora de encarar os fatos: não importa quantas vezes ela tenha brincado com a morte, um dia ela teria que encara-la. Acontecia com todas as pessoas, mesmo a grande Sydney Fox.
Olhava para o mar azul que banhava o Hawaii, lembrando-se de quantas vezes nadara e surfara naquelas mesmas águas quando era menina. Sentira-se invencível, então, até que Deus levasse sua mãe, lembrando-a de quão tola era. Sydney tinha nove anos e acabara de vencer o campeonato de surf de sua categoria. O que parecia ser o melhor dia de sua vida, de repente se tornara o pior, e então, parecia que este seria um padrão estabelecido através de sua vida.
Seu mentor, Alistair Newell, morrera apenas um ano após sua mãe, quando ela acabara de decidir que estudaria História e se tornaria uma caçadora de relíquias como seu mestre sugerira. Sua avó morrera no dia de sua formatura do Ensino Médio; ela fizera um belo discurso sobre ser determinado não importa o que aconteça durante a sua vida. Sydney havia chorado por três dias quando seu pai chegara para dar a notícia de que sua avó morrera vítima de um derrame cerebral enquanto preparava uma festa para comemorar a formatura da neta.
Agora, quando ela estava para receber a maior honra que um professor universitário poderia receber, uma condecoração do presidente, por seu trabalho e de Nigel ao resgatar parte da história do mundo descobrindo relíquias. Novamente, Sydney se permitiu ser arrogante, e o que acontecera? Seu pai havia morrido.
A ela parecia que só lhe permitiam pequenos momentos de felicidade com aqueles a quem amava, então eles eram tomados dela. Queria chorar, seus olhos ardiam, mas ela não podia! Tinha que ser forte. Sydney recebera um telefonema de Jenny, e tomara o primeiro vôo para o Hawaii, onde o casal estivera fazendo os últimos arranjos para o casamento.
Sydney chegara e fizera o que fazia melhor: controlou a situação. Jenny não parecia bem para cuidar das coisas, já que não conseguia parar de chorar, então Sydney assumiu a responsabilidade nos preparativos para o funeral de seu pai, restaurando alguma ordem ao caos que se instalara antes de sua chegada. O único caos que ela não conseguia restabelecer era o que permanecia em seu coração, parecia que ia sufocá-la, queimando seu peito.
Uma sombra a cobriu, enquanto uma mão tocou seu ombro, confortando-a. Sydney piscou várias vezes, olhos fixos nas águas do mar. Finalmente, ela alcançou a mão sobre seu ombro, cobrindo-a com a sua própria, movendo-se para o lado, para que Nigel pudesse sentar-se ao seu lado.
Ele também estava descalço, a barra de suas calças enroladas logo abaixo de seus joelhos. Nigel sentou-se ao lado dela, seus ombros quase se tocando. Como sempre, ele estava respeitando o espaço pessoal de Sydney, coisa que ela nunca pensara em fazer por ele. Na verdade, eles não precisavam mesmo se tocar, já que calor e tranquilidade exalavam de Nigel, envolvendo-a. Ele seguiu seu olhar sobre o mar, até encontrar o pôr do sol, oferecendo nada além de sua presença e amizade, o que era o bastante para Sydney, enquanto ele aguardava pacientemente que ela resolvesse falar.
"Como está Jenny?" Finalmente Sydney perguntou, tentando parecer forte, mesmo na presença dele.
Ela estava agradecida por Nigel tê-la acompanhado ao Hawaii; claro, após presenciar sua reação, nem mesmo a Gural Nataz seria capaz de detê-lo. Ela percebera sua preocupação, mas realmente estava em choque, e Nigel se aproximara, fazendo seu melhor: cuidando de Sydney e protegendo-a. Ele a incentivou a comer alguma coisa durante o vôo, já que nenhum dos dois teve tempo de comer nada antes, fizera-a dormir, lembrando-a de que havia muito a fazer quando chegasse à ilha, permanecendo ao seu lado durante seu sono.
"Ela está dormindo. O médico deu-lhe um sedativo. Karen está com ela". Sydney assentiu.
Karen fez os preparativos da viagem para três, oferecendo sua amizade e conforto neste momento difícil. Sydney então notou como se tornara próxima de sua secretária neste ano que passara. Quando desembarcaram, foi Karen que conseguiu todas as informações que Sydney precisava, enquanto Nigel continuou ao lado de Sydney, sua presença dando-lhe forças durante todo o processo e preparativos para o funeral. Sydney era grata por tê-los por perto.
"Eu não consigo acreditar que ele se foi, Nigel" ela murmurou. "Parece irreal, sabe? Como se fosse um pesadelo".
"Eu sei" Nigel disse calmamente.
Sydney ia cair na real, e Nigel temia por ela quando isto acontecesse. Ela estava tentando parecer forte, e não ia se deixar perder o controle tão fácil. Nas poucas vezes em que ele a vira fora de controle, como quando estavam lidando com o assassinato de Alistair Newell, a fúria dela o deixou assustado. Mesmo assim, era melhor encarar a fúria, o desejo de matar que a acometera naquela vez do que o desespero e a dor que ele sabia que viriam neste caso. Há três dias eles haviam chegado, e durante este período Sydney não derramara uma lágrima sequer. Mas ele sabia, ela ia precisar liberar as emoções, e Nigel esperava estar por perto nesta hora.
"Eu..." Sydney olhou para ele timidamente "Quero agradecer por ter vindo, Nigel. Eu... você e Karen me ajudaram muito".
"Não poderíamos estar em nenhum outro lugar, Syd".
Sydney quase sorrira, mas estava tão triste, que seus lábios não fizeram mais do que tremer.
Uma pata e seus patinhos estavam nadando pelas águas, próximos a eles. Sem razão aparente, de repente Sydney não conseguia respirar. Por mais que tentasse, parecia impossível. Enquanto lutava para recobrar o controle, um saco de papel apareceu perto de sua boca.
"Respire, Syd" Nigel dizia, enquanto segurava o saco. "Respire fundo. Pra dentro, pra fora. Vamos".
Sydney envolveu as mãos de Nigel com as suas e começou a fazer conforme ele dizia, sentindo a cabeça girar, enquanto lutava para respirar. Segundos depois, os movimentos de sua respiração transformaram-se num grande soluço.
"Realmente, ele se foi!".
Nigel jogou o saquinho de papel no chão e a abraçou, acariciando suavemente suas costas. "Não, Syd. Ele sempre estará dentro de seu coração, Randall nunca vai deixar você."
O toque suave de Nigel era um alívio. Ela se encolheu dentro dos braços dele, e as lágrimas vieram. "Oh, Nigel! Isso dói tanto! Não é justo!"
Nigel assentiu, tentando conter as próprias lágrimas. Ele sabia o quanto isto era doloroso, sabia tudo sobre a injustiça de perder os pais; havia perdido o seus e apenas Preston restara para confortá-lo, o que na verdade não servira de conforto.
"Eu sei, Syd." Ele ofereceu a ela um lenço. "Eu sei, meu bem."
Sydney se afastou, envergonhada. Havia se esquecido da tragédia de Nigel. "Oh, Nigel!" Ela rapidamente secou as lágrimas e assoou o nariz. "Perdão. Não queria fazer você se lembrar dos maus momentos."
"Não se desculpe, Syd. É para isto que eu estou aqui." Ele a estreitou nos braços novamente. "Você tem todo o direito de chorar, então chore, deixe sair." Ele deu um sorriso triste. "Será nosso segredo, eu prometo."
Sydney apoiou-se nele, grata por poder chorar livremente, em silêncio, enquanto olhavam as águas do mar. Ficaram ali por muito tempo, em silêncio, cada um envolvido em seu drama pessoal, partilhando aquele momento e observando o pôr do sol sobre as águas azuis.
"Isso vai melhorar, Nigel? A dor vai acabar?"
Nigel queria dizer que sim, que o tempo cura todas as feridas, mas não podia mentir para ela, não para Sydney. "Não, não acaba. Você acaba aprendendo a viver com ela, ou deixa que ela fique num canto escondido de sua mente, tentando ignorar. Mas você vai continuar vivendo e encontrará razões para esquecer da dor por um certo tempo." Ele se afastou apenas o suficiente para poder olhá-la nos olhos. "Você fará novos amigos, encontrará novas pessoas para amar e, um dia, as noites parecem menos negras, e os dias não parecem mais tão longos. Você vai se adaptar e aproveitar toda a felicidade que você encontrar."
Sydney se aconchegou nos braços de Nigel novamente, grata pela honestidade dele. "Você ainda sente saudades deles?"
A voz de Nigel tremeu ligeiramente ao responder. "Todos os dias, Syd." Ele acariciou seu braço e a envolveu mais firmemente, apoiando o queixo na cabeça dela. "Mas já não é tão ruim como antes."
"Por que? O que fez diferença?"
"Você, Syd. Você, Karen, Claudia, todas você me ajudaram; procurar relíquias por todo o planeta também não me deixava muito tempo pra pensar nisso como no passado."
Sydney sentiu as bochechas esquentando. Assoou o nariz, enxugou o rosto, mas não se afastou de Nigel. "Estou tão feliz por ter você aqui, Nigel!"
"Aonde mais eu estaria?"
Sydney concluiu que ele não poderia estar em nenhum outro lugar, pois onde quer que ela fosse, ele a seguiria; ele sempre estaria lá para quando ela precisasse. Seja com uma mão amiga, com uma palavra na hora certa, mesmo quando ela pensava não precisar. Ele a deixava liderar, usar sua própria força e, quando ela realmente precisasse, ele estava sempre pronto. Seu herói.
Ela se afastou e assoou o nariz novamente, enxugando as últimas lágrimas e se levantando em seguida. De pé, estendeu-lhe a mão. "Caminha um pouco comigo?"
Nigel segurou sua mão e se levantou. "Sempre que você quiser, Syd."
Ela sorriu e se afastou da doca, levando-o pela mão.
Karen estava em pé na varanda da casa, olhando para a praia e para os dois amigos, de mãos dadas caminhando pelas areias douradas. Pareciam contentes, talvez discutissem coisas que jamais ousariam dizer a outra pessoa senão um ao outro. A loira sorriu; não precisava se preocupar com Sydney. Não enquanto Nigel estivesse por perto. Em seguida, entrou para dar uma olhada em Jenny.
Continua...
Tá vendo esse botãozinho aí? Review, ok? Ficarei feliz de encontrar outras pessoas que gostam de Relic Hunter e do Nigel.
