Título: Todas as Noites
Autor: Yasmin
Categoria: Projeto BIPTHC! 32 NFF. Multitemporadas.
IMAGEM UTILIZADA: i47(ponto)tinypic(ponto)com(Barra)290r1uf(ponto)jpg - só substituir o que está entre parenteses por seu correspondente, no caso "." ou "/"
Advertências: None
Classificação: PG-13
Capítulos:1/ ?
Completa: [] Yes [X] No
Resumo: Ela tinha pesadelos. Por tantas noites seguidas agora, que sequer podia contá-las.
Nota: Queria postar só quando ela estivesse completa, mas quem disse que eu resisto? -aloka
Eu ainda não sei o que estou fazendo. E eu amo isso.
Minha Beta não reconhece este capítulo, talvez porque eu não tenha uma Beta... Não fique muito aterrorizado se houver um erro estilo " O.M.G. -medo ".
Noite número sete
You want to know the truth and there's nothing wrong
With thinking of all the ways you that turn me on
I... Feel your fingers flowing on me
And I... feel your breath like a warms breeze
(Stroke 9 – So Good)
-Bones, acorde. Vamos chegar atrasados ao trabalho – murmurou acariciando seus cabelos. A mulher abriu os olhos repentinamente, quase saltando da cama se não fossem os braços de um risonho Booth empurrando-a para cama outra vez. – É brincadeira. Domingo...
Brennan pronunciou indistintamente palavras feias em voz baixa, batendo levemente no peito do parceiro, apenas afetando desgosto. Então ela o deixou lhe puxar para si, seu corpo relaxando outra vez enquanto fechava os olhos imediatamente.
-Ainda com sono, Bones?
-Calado – resmungou contente, enterrando o rosto em seu pescoço, uma das pernas deslizando facilmente entre as dele. – Quente. - murmurou ela, sonolenta. Então o obrigou a envolvê-la num abraço, Booth riu, ainda que obedecesse. – Melhor.
[Flashback]
A sensação de impotência ainda estava lá quando acordava e, mais do que qualquer coisa, o medo de não conseguir parar aquela mulher doente - que a pusera sob a terra juntamente com Hodgins ou que sequestrara Booth com o intuito de deixá-lo morrer -, de não ser suficientemente inteligente a fazia estremecer e odiar cada vez mais a si mesma por tamanha fraqueza.
Provavelmente era isto que Taffet desejava: desequilibrá-la.
Brennan estava exausta. Parecia incapaz de dar um passo a mais ou deixar escapar qualquer som... Raciocinar estava fora de sua realidade porque toda sua mente fora consumida.
Enfurecida. Enojada. E acima de tudo, esgotada. Queria obliterar sua própria existência. Ou ser indolor. Seca. Indiferente. Porque sentir tudo a estava destroçando.
A sensação de descontrole a atingiu como um soco no estomago. Apoiando-se em Booth e absorvendo o tanto de seu cheiro quando possível, Brennan sufocou um soluço. Seu corpo todo doía e sua garganta queimava enquanto fechava as mãos ao redor da cintura dele com toda a força que tinha.
Sabia que o estava assustando e, por mais que quisesse dar um passo para trás, secar com indiferença as lágrimas que surgiram em seus olhos e sorrir sem emoção para o olhar que sabia que Booth iria lhe dispensar, Brennan não queria se afastar ainda.
Era fraqueza. Mas Brennan sempre soube que era uma mulher fraca, quebrada; por mais que lutasse contra isso, por mais que nunca fosse admitir em voz alta - não para qualquer outra pessoa que não fosse Booth. E o fazia apenas porque não podia evitar: ele a fitava com um misto de preocupação, ternura, força e dor por ela que sempre parecia ser a sua cura, então ela estava em seus braços, no seu abraço; como se estar em seu corpo pudesse encontrar segurança.
Porque ela era apenas uma farsa: uma caricatura de uma fortaleza intransponível, mas como poderia o ser realmente quando seu parceiro a tinha tão facilmente? Quando tomava a responsabilidade por ela ou era forte por ela? Quando a envolvia num abraço cálido que a fazia pensar que não estava só, nunca mais.
Era irracional a forma como ela confiava naquele homem. Ele a havia cegado de tal forma que tinha fé nele. Veja só, fé.
Booth a transformava oh tão facilmente numa massa indistinta de carência só satisfeita e segura na presença dele que era ridículo.
Brennan respirou fundo o perfume dele, acalmando-se. O principio do que lhe pareceu terrivelmente um ataque de pânico cedendo finalmente. Com os olhos ainda firmemente fechados, Brennan distraidamente se perguntou se Booth apenas com um abraço poderia aplacar seus temores e esmagar suas dúvidas, qual seria a sensação de tê-lo dentro dela?
Nirvana. O pensamento soou tanto como Angela, assim como se a artista estivesse ao seu lado, que Brennan se afastou do parceiro, chocada.
-Tudo bem, Bones?
-Eu estou bem.
Os olhos dele diziam que não acreditava nela, mas Booth foi esperto o suficiente para calar e não pressioná-la mais do que já o fizera. – Boa noite, Bones – ele apertou ligeiramente o braço dela.
-Booth – o moreno se voltou imediatamente sob a urgência na voz dela, fitando-a intrigado. Brennan piscou e suspirou. – Só... Dirija com cuidado.
Franzindo o cenho, Booth sorriu descontraidamente. – Eu sempre dirijo com cuidado.
-Eu, uh, eu sei. Mas é tarde.
-Certo, chefe – prestou continência brincando. – Nos vemos amanhã - ela assentiu, inconscientemente cruzando os braços sobre o peito ao vê-lo se afastar. – Hei, Bones? Nós vamos pegá-la.
Quando a porta se fechou, Brennan respirou fundo observando seu apartamento silencioso e odiando-o. Quase desejando ter feito o pedido que lhe ocorrera quando viu Booth se afastar: pedir que ficasse.
Irritada, se dirigiu ao quarto apagando todas as luzes no caminho, a exceção de seu abajur, era aterrorizante acordar à noite e ter a sensação de estar debaixo da terra novamente por conta da escuridão.
Brennan se deitou na cama, certa de que teria uma longa noite.
[Fim do flashback]
Infelizmente, os pesadelos não foram embora depois do julgamento e posterior condenação da Coveira... O que os levava a esta situação. Praticamente.
- x -
(continua)
Obs.: Nirvana: s.m. No budismo, é a última etapa da contemplação, caracterizada pela ausência da dor e pela posse da verdade, como decorrência da integração no espírito do Universo ou no seio da divindade suprema.
