Eu sei Eu sei Eu sei
Annabeth aprendeu que estar apaixonada significava ter muitas certezas e dúvidas ao mesmo tempo.
... encarava Rachel como se quisesse expulsá-la. Sempre soube que Percy a beijara uma vez. Imaginava como seria se Rachel nunca tivesse virado o Oráculo e ainda pudesse beijar garotos.
– Ei, você não tem motivos para ficar com ciúmes – Percy dizia a ela, pegando-a de surpresa ao reparar que era exatamente o que ela estava sentindo.
– Eu sei.
Mas por que ainda agia como se alguém fosse tirá-lo dela?
... lutava com aqueles monstros ao seu lado desde sempre. Ela conhecia todos os movimentos que ele fazia, sabia quando ele iria atacar. Podia até ler seus pensamentos durante uma batalha. Podia sentir a dor que ele sentia quando era apunhalado pelas costas por uma Dracaena insuportável ou por um telquine chato.
Sorriam para o outro quando transformavam aqueles monstros em pó. Voltavam para casa, satisfeitos.
Analisavam os hematomas que obtinham no final do dia. Quando via que Percy estava gravemente ferido, ela fazia de tudo para ajudá-lo, curá-lo, e ele soltava um sorriso afetado, tranqüilizando sua preocupação:
– Eu vou sobreviver, Annabeth.
– Eu sei.
Mas por que continuava sempre tão preocupada?
... chegava no acampamento depois de vários meses sem vê-lo. Percy a abraçava com força, arrancando-a do chão:
– Senti sua falta, sabidinha.
E Annabeth apertava seus braços ao redor dele, fechando os olhos de tantas saudades.
– Eu sei, cabeça de alga!
Ok, disso ela não tinha dúvidas.
... voltavam do encontro daquela noite, beijavam-se por vários e vários minutos, conhecendo seus sabores e se familiarizando com seus toques e lábios. Ele parava para dizer:
– Você está linda, sabia?
Ela piscou, sorrindo de lado e indicando que sim.
Mas por que ainda, no fundo, achava que ainda não era o suficiente?
... seu coração sempre disparava. Seus lábios sempre correspondiam os movimentos dos dele. Era gostoso, louco e divertido. Um tanto assustador, mas nada que a fizesse desistir de tirar sua blusa, a calça dele, receber o toque de mãos contra sua pele quente. Arfavam, apaixonados, arrancando as roupas como se o mundo fosse acabar amanhã.
– Por que tanta pressa? – ele a provocava, beijando seu pescoço. – Não vou sair correndo daqui, sabe.
– Ah, eu sei, Percy, mas...
Por que ela nunca queria perder tempo quando estava assim com ele?
... brigavam e discutiam. Parecia que eles nunca mais se falariam novamente. Mas no final das contas ele a puxava pela cintura e não queria mais parar de olhá-la. Ela sempre adorava aquelas ações imprevisíveis dele, aquelas palavras desajeitadas saindo de sua voz:
– Eu não quero ficar brigando à toa com você, Annabeth.
– Eu sei, Percy...
Mas por que não paravam de fazer isso?
Alguns hábitos realmente são difíceis de abandonar se você tem eles desde os doze anos.
N/A: Percabeth!
