Quero dizer que nosso amor deu certo

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Capitulo Um

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Nada melhor do que férias em família, as crianças se divertem enquanto os adultos se reúnem para colocar os assuntos em dias. Para a família Tasho, não é diferente. Para ela é sagrado se reunirem nas férias ou em qualquer momento que seja especial, sendo, as férias, a melhor época para passarem tempo juntos.

Bankotsu e Inu Tasho são primos inseparáveis, desde crianças são sempre unidos e por coincidência do destino ou proeza do mesmo as irmãs Hashi, Izayoi e Kikyou, se envolveram com eles, ao qual namoraram, noivaram e casaram. Izayoi e Inu Tasho têm dois filhos, Sesshoumaru, o mais velho, com dez anos e Inuyasha, o caçula, com cinco anos, mas Kikyou e Bankotsu, foram com mais calma, esperaram o momento que acharam certo para se casar e ter seu primeiro filho.

Bankotsu, sua esposa Kikyou e sua filhinha de oito meses Kagome estavam a caminho de mais um momento em família, pois seria a primeira vez que a menina iria ser apresentada aos seus tios depois de seu nascimento. Já que as últimas vezes que viu o primo e sua esposa foram no seu casamento e na maternidade quando sua filhinha nasceu.

Entretanto, nesse dia tinha chovido bastante durante a noite e a estrada estava escorregadia, sem contar que a mesma é muito perigosa por ser estreita e com muitas curvas. Bankotsu não dirigia em alta velocidade, estava cauteloso, por causa de seu bebê que estava no banco de trás, Kikyou ao seu lado no bando do passageiro ora conversava com seu marido ora brincava com Kagome.

- Não vejo a hora de chegar à casa do meu primo para comer aquela comida que sua irmã faz? – Bankotsu revelou a esposa.

- Assim você me deixa com ciúmes, Bankotsu. – fingiu está com raiva dele. – Mas sabe, eu não tenho o que reconhecer, Izayoi cozinha muito bem.

- Hu hum... – afirmou ele esboçando um belo sorriso.

- Izayoi deve está muito ansiosa para conhecer nossa menina. – Kikyou alisa o cabelo do marido dando um beijo em sua bochecha que prestava atenção na estrada. – Ela só a conhece por fotos e seu primo não fica muito atrás não.

- Mais do que você? – desviou os olhos para ela rapidamente voltando sua atenção. – Duvido muito. – sorriu - Aqueles dois, só por que tiveram dois meninos, vão tratá-la como uma princesa. – balançou a cabeça imaginando os mimos que a menina receberá. – Lembro quando Iza ficou grávida do Inuyasha, ela dizia que seria uma menina.

- Lembro sim, mas não tem problema, ela é a única menina da família. Vai ser assim até a próxima menina aparecer. – virou para o acento traseiro onde ela estava sentada para crianças da sua idade balançando um dos dedinhos do pé. – Não é meu amor? Vai conhecer seus tios e seus priminhos. É sim...

A menina sorria da brincadeira da mãe na sua frente soltando gargalhadas chamando atenção de seu pai sorrindo admirado, tentado ao máximo ver o rostinho sapeco dela virou o rosto rápido voltando em seguida para estrada, soltou uma das mãos do volante segurando um dos pezinhos de sua filhinha. Segurou a mão de sua esposa beijando-a em seguida, retornando a dirigir com as duas mãos.

- Eu te amo muito, Kikyou. – confessou. – E esse foi o maior presente que já me deu.

- Eu também te amo, não conseguiria sem a sua ajuda. – alisou mais uma vez os cabelos dele. – Ela também é um presente seu.

Kikyou voltou sua atenção para a menina que brincava sozinha, no entanto, um carro aproxima-se e alta velocidade e em seguida outro como tivessem competindo, Bankotsu percebeu do que se tratava diminuindo mais a velocidade e dando sinal de alerta indicando a presença deles. Não adiantou muito, ambos os carros seguiam lado a lado invadindo o sentido da pista que a família seguia. Não deu tempo para Kikyou perceber o que estava acontecendo a sua frente, o carro que estava no mesmo sentido deles bate violentamente contra o deles, fazendo-os rodar e bater em um dos postes de energia devido à velocidade que se encontravam. O lado do passageiro foi que mais sofreu com o impacto fazendo Kikyou ter graves ferimentos assim como Bankotsu.

Tonto pelo acidente e devido à perda de Sangue, Bankotsu acorda com o choro de sua filha, olha para o lado e vê sua esposa desmaiada e com sérios ferimentos, tremendo, ele toca no pescoço de Kikyou verificando o estado dela. Ele sente que os batimentos estavam fracos, soltou seu cinto de segurança, sentindo respirava com dificuldade, o choro de Kagome não parava, voltou para o banco traseiro notando que sua filhinha não tinha muitos ferimentos, apenas leves cortes por conta do pára-brisa quebrado.

Retirou a menina do acento infantil com muita dificuldade tentando acalmá-la, olhou mais uma vez para sua esposa beijou-lhe os lábios sussurrando: - Não vou abandoná-la, meu amor, estamos aqui do seu lado. - se acomodou próximo a ela com sua filha nos braços enquanto esperava por socorro, pois não estava mais se sentindo bem, foi sendo tomado pelo cansaço do corpo e aos poucos não ouvia mais o choro de criança até que sucumbiu a vontade do corpo.

Alguns minutos depois um homem passa no local e vê o terrível acidente e se apressa a procura de sobreviventes, rapidamente, liga para a emergência contando sobre o acidente entre dois carros e o local. Entretanto, ele ouviu um choro de criança muito baixo e procura entre os ferros retorcidos, no meio de uma tragédia ele se depara com a imagem do casal e um bebê aos berros próximo a eles.

Aquele homem se comoveu ao ver a cena, pegou o bebê tentando acalmá-lo, e verificou se ainda o casal estava vivo, sem poder mexer muito para não agravar a situação ele percebeu que já era um pouco tarde, estavam mortos. Olhou para criança que ainda chorava.

- Como você se chama heim? – encostou a cabeça em seu ombro balançando-a triste pela sua perda. – "Tão pequena e tão sozinha" – pensou, mas logo percebeu que a criança tinha uma corrente em seu pescoço com uma medalha que dizia: "Kagome H. T. Com amor!".

- Esse deve ser seu nome. Kagome. – sorriu enquanto o bebê se acalmava, em seus braços, cansado de tanto chorar. – Bonito o nome, eu lamento pelos seus pais. – ela logo dormiu.

Tal homem esperou a ambulância chegar contou como os tinha encontrado aos policiais que faziam a pericia no lugar, alguns minutos depois foi embora com o lindo bebê nos braços.

A demora pelo casal estava preocupando os anfitriões, já que a última vez que se falaram por telefone, Bankotsu havia dito que chegaria hoje perto da hora do almoço, era noite e nem sinal deles. Izayoi estava preocupada, não podia ouvir o som do telefone ou um carro entrar no condomínio que achava que eram eles, Inu Tasho também estava preocupado, mas não demonstrava tanto quanto sua esposa.

A noite se prolongava e nada de Kikyou e Bankotsu, as crianças já dormiam e o casal se preparava para dormir.

- Aconteceu alguma coisa, Tasho, tenho certeza. – Izayoi sentou na cama passando a mão nos cabelos.

- Calma, minha querida, deve ser apenas um atraso. – beijou a fronte dela sentando ao seu lado. – Acalme-se, vamos. – abraçou-a – Logo, logo estarão aqui.

Ela o olhou suspirando preocupada. – Está bem. – disse por fim. – Vamos dormir.

Era quase dia quando o som do telefone incomodava o silêncio daquela casa, Inu Tasho levantou para atender sendo seguido por sua esposa, mais nervosa do que se encontrava anteriormente.

- Alô?... Sim, é ele... Como assim?... Sofreu um acidente?... – olhou para sua esposa que se encontrava muito aflita, ela levou à mão a boca em sinal de espanto. - Estão em qual Hospital... Sim, conheço sim... Como eles estão? Está bem, estamos indo. Obrigado.

- Quem foi? O que aconteceu, Tasho? Vamos me diga? – Izayoi perguntou com aflição. – Como eles estão? E Kagome?

- Não sei. – segurou as mãos dela. – Só sei que sua irmã e Bankotsu sofreram um acidente e estão no hospital.

- Mas... – tentou interromper.

- Vamos, para lá. Troque de roupa. – Izayoi saiu às pressas ir onde seus entes estão.

Rapidamente chegaram ao Hospital que sido revelado ao telefone, a angústia por não saber que tinha acontecido ao certo piorava a situação. Inu Tasho tentava ao máximo manter-se calmo, pois sua esposa necessitava de seu apoio. Abordaram a recepcionista dando a ela um susto.

- Desculpe. – Izayoi percebeu que tinha a assustado - Por favor, onde está o casal que sofreu acidente? – perguntou Izayoi.

- Senhora, se acalme, por favor. – pediu a recepcionista. – Eu vou chamar o médico que os atendeu.

- Muito obrigado. – Inu Tasho agradeceu pela esposa.

Alguns minutos depois o médico chegou à recepção, pois já aguardava a presença do casal, que estavam sentados nas cadeiras abraçados. Ele os olhou por um pequeno instante, apesar de dar tal notícia quase todos os dias, essa iria ser a pior de todas, por causa do modo como foram encontrados no local que acabou comovendo os paramédicos.

- Com licença. – perguntou o médico. – São os parentes do casal que sofreu o acidente?

- Sim, como eles estão? – Inu Tasho se antecipou a perguntar. – Eles estão bem?

- Bom... – tentou dizer sem rodeios. – O acidente que eles sofreram foi muito grave, pelo que indicava o carro bateu ao deles e... – suspirou forte – O lado do passageiro foi que sofreu mais impacto...

- Ai, meu Deus! Kikyou. – Izayoi abraçou o marido que a apertou passando conforto.

- E o motorista também teve fortes lesões... Desculpe-me, mas eles... Não suportaram e faleceram, me desculpe.

- E a menina, a filha deles? – Inu Tasho perguntou abraçado a sua esposa que chorava fortemente.

- Filha? – indagou o médico. – Não foi encontrada nenhuma criança no local.

- O que? – Inu Tasho interveio, pois sua esposa não tinha recebido bem a notícia da morte de sua irmã. – Como assim não tinha nenhuma criança? Kagome é apenas um bebê, não tem como ela ter sumido do nada.

- Sei que o senhor acabou de receber uma péssima notícia, mas tente se acalmar. Vamos cadastrar o desaparecimento dela, tem alguma foto com vocês? – o médico perguntou – Faz apenas algumas horas que tudo aconteceu, então podemos encontrá-la mais rápido. – antes de sair ele prosseguiu – Vou acionar a vara infantil e a polícia.

Neste mesmo dia foram à residência do casal, pegar alguma foto que identificasse sua sobrinha perceberam como era vida deles, tudo organizado. Próximo a porta encontrava-se um aparador com fotos do casal, amigos e família, mas uma chamou a atenção deles a foto da sua sobrinha. Ela aparentava ter mais características da mãe e da tia, o pouco de cabelo é negro e a cor dos olhos ainda não definida, mas notava um tom azulado como os do pai. Izayoi pegou o porta-retrato, passou os dedos como se tivesse alisando o rosto de seus parentes, deixando algumas lágrimas mancharem seu rosto, tal gesto foi percebido por seu marido.

- Iza. – a chamou carinhosamente por seu apelido. – Você está se sentindo bem? – Inu Tasho perguntou um pouco preocupado.

- Oh! Sim, estou sim é que... – levou uma das mãos ao rosto tentando limpar as lágrimas. – Não acredito que tudo isso aconteceu, foi tão de repente...

- Eu sei, também sinto a mesma coisa, mas temos que ser forte para encontrarmos Kagome. – ele a puxou delicadamente para sentar no sofá próximo. – Ela vai precisar muito de você. E como só a conhecemos por fotos... – virou o porta-retrato mostrando a fotos deles. – Não será muito difícil já que ela parece com vocês.

- Tem razão, vamos superar essa grande perda juntos. – sorriu olhando para a foto carinhosamente - Só nos falta encontrar Kagome.

Inu Tasho enxugou as lágrimas dela. – Vamos pegar as coisas dela e voltarmos para nossa casa, os meninos devem está a nossa espera. – Izayoi balançou a cabeça afirmando as palavras de seu marido.

Eles pegaram as roupas do bebê e alguns brinquedos, arrumou a residência de uma forma que pudessem conservar os móveis e as poucas lembranças que restaram do casal. Cada ponto do lugar que mexiam as lembranças do casal era surgido, imaginando o quanto eram felizes ali com seu filho, o quarto do bebê é típico do primeiro filho. Algumas fotos da Kikyou ainda na maternidade amamentando, Bankotsu segurando sua filha, os três juntos, entre algumas outras. Com certeza eles amavam a menina.

Izayoi pegou o que queria, seu marido conversou com o zelador sobre o ocorrido dando o número do seu telefone por causa do local, ajudou a esposa a recolher os objetos. Antes de sair dali, mais uma vez olhou para os cômodos, trancando a porta.

Izayoi tentou se conformar com a morte de sua irmã e seu cunhado, mas não com o desaparecimento de sua sobrinha. Não podia aceitar que também não teria Kagome por perto. Inu Tasho também não aceitava o fato de perder o melhor amigo e primo por um acaso da vida, mas não pouparia forças para encontrar Kagome.

Alguns anos se passaram sem ter nenhuma notícia de Kagome, mas o casal Tasho não podia perder as esperanças de algum dia encontrar sua sobrinha que tanto ama. Inu Tasho contratou uma dupla de detetives que agiam juntos e mesmo assim não tinham obtido muito sucesso, pois não sabiam o que poderia ter acontecido a um bebê naquela circunstância.

Seus dois filhos foram bem criados e são bem casados por sinal. Sesshoumaru se tornou o melhor advogado criminalista e devido aos seus conhecimentos na área tornou-se professor universitário, é casado com Rin Takemaru que é professora do jardim de infância. Está conseguiu uma proeza, além de conquistar o coração o transformou numa pessoa mais amigável e, principalmente, com seu irmão mais novo. Devido ao seu jeito meigo, cativava a todos, seus sogros a amavam e seu marido mais ainda.

Já Inuyasha é um famoso ator de novela e cinema, e marido de uma modelo de lingerie Kaguya Hitomi, contratada recentemente por uma grif reconhecida em todo o mundo, casou-se ainda muito jovem sem saber ao certo a intenção de sua esposa, por se tratar filho de um dos maiores empresários do país, soube amarrá-lo em sua teia. Entretanto o casal não tem um bom relacionamento, apesar dele ser apaixonado por ela, constantemente brigam por qualquer banalidade. Diferente do relacionamento de seu irmão, que é de compreensão e amor mútuo.

Apesar disso, Inu Tasho e Izayoi não interferem nos relacionamento de seus filhos, apenas os aconselham, pois são adultos o suficiente para tomar as próprias decisões. Além de estarem à procura de sua sobrinha, seus filhos entendem a preocupação de seus pais. Tanto Sesshoumaru quanto Inuyasha não têm o que reclamar, seus pais sempre deram a atenção e o carinho que sempre quiseram, não faltaram como pais.

Izayoi estava ansiosa a espera do seu marido com o envelope dos investigadores nas mãos escrito urgente. Tinha a certeza que as notícias são as melhores, não tinha como está errada, seu sexto sentido nunca falhava. Ouviu um carro parar "Com certeza é Tasho" pensou, nem esperou ele entrar em casa e foi logo abrindo a porta.

- Inu, veja o que chegou. – entregou o envelope a ele – É dos investigadores, o que diz?

- Calma Iza. – beijou-lhe os lábios – Deixe-me entrar primeiro e veremos o que contém nela.

Entrou calmamente deixando que sua esposa pegasse sua pasta seguindo para o quarto dos dois, sentou em frente a sua escrivaninha. Olhou mais uma vez o envelope com certo receio de abri-la, suspirou profundamente algumas vezes, abrindo-a. Izayoi sentou na cama que situava no meio do quarto, colocou em qualquer lugar a pasta.

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"Caro Senhores Hashi Tasho,

Após quase vinte anos de investigação a respeito do desaparecimento de sua sobrinha, viemos por meio desta correspondência lhes comunicar que temos notícias concretas. Sabemos o nome do casal que a adotou e o lugar onde moram, por meio de fonte segura. Como não temos mais idade para nos aventurar nessa busca, enviaremos nossos filhos para continuar em nosso lugar. Eles são tão capacitados quanto nós, além de ter energia de jovens, sabem cada linha da nossa investigação sobre o caso. Eles estão a caminho de sua residência com maiores informações, dentro de três dias.

Eles não nos desapontarão.

Atenciosamente

Houshi e Hiraikotsu."

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- E então? O que diz? – perguntou ela, mexendo as mãos uma na outra. – Não é o que esperávamos? Vamos Inu me diga algo.

Ele sorriu aliviado, puxou sua esposa fazendo-a sair da cama e sentar em seu colo abraçando forte. – Após quase vinte anos, de procura finalmente a primeira prova concreta sobre o paradeiro de Kagome... – falando baixo o final - ...e a sua localização.

Izayoi o olhou espantada, sabia o tempo todo que aquele envelope continha uma boa notícia, mas como ter certeza que é ela e não se iludir? Seus olhos rapidamente ficaram tristes.

- O que foi? Não gostou da notícia, meu amor? – alisou seu rosto.

- Não é isso? É que... – tentou não pensar no assunto, mas não tinha como não pensar. – Como vamos ter certeza que é ela? Nós nunca a vimos, a não ser no dia que ela nasceu. – Inu Tasho sorriu.

- Simples. – respondeu ele – Do mesmo modo que reconheceríamos nossos filhos. – ela não respondeu confusa. – O que não mudou em nossos filhos?

- Os olhos. – ela disse por fim.

- A aparência e o olhar podem mudar, mas não seus olhos. – ele a abraçou – É através dele que certamente dirá se é nossa princesa. – Inu Tasho a abraço sentindo que Izayoi chora feliz por ter notícias concretas de Kagome.

Finalmente os anos de espera e aflição para encontrar sua sobrinha tão querida estariam chegando ao fim. Como ela estaria? Será que puxou a Kikyou? Como era menor? E qual a característica que herdou do Bankotsu? Nenhuma dessas perguntas poderia ser respondida no momento, apenas quando a encontrarem. Mas uma pergunta não podia deixar de ser feita: Será que ela irá nos aceitar como família?

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Nota da Autora:

Oie! E aí gostaram? Bom, estou de volta com outra fic. Espero que gostem como gostaram das outras.

Beijos a todas (os).