Nome: Dark Star
Autor: Fla Doomsday
Gênero: Romance/Drama
Classificação: NC17
Personagens/Casais: Sirius/Hermione - Remus
Capa da fic: -
N.A.: Olá, pessoas. Bom, veio por meio dessa fic falar que não consigo falar tchau! É, isso mesmo, não consigo ficar sem escrever nesse fandon ou esse casal lindo.
Essa fic surgiu de uma vontade de escrever algo antigo e delicioso, e como sempre, eu não resisto a ideias assim. Ainda bem... ;D
Sem betagem, sorry, mas fiz o máximo que eu consegui. xD
Boa Leitura, pessoas!
Nada aqui me pertence, apenas as situações que escrevo. Não ganho nada com essa fanfic, apenas comentários lindos e leitores maravilhosos.
Prólogo
Revisou aquela pasta verde talvez pela quarta vez em meia hora. Hermione passou a ponta do dedo indicador e do dedão pelos olhos fechados e suspirou alto. Estava há 17 horas dentro de Saint Mungus e o cansaço começava a mostrar-se. Recostou-se na cadeira e abriu os olhos, observando sua pequena sala. O dia estava quente como há anos não ficava, queria ter usado outra blusa mais leve, não aquela de gola alta.
"Dra. Granger?"
Sorriu com a voz lhe chamando da porta à esquerda. Olhou para Ron, que estava com o ombro encostado no batente, as mãos dentro dos bolsos da calça. Levantou-se e andou até o amigo, abraçando-o.
"Já lhe disse que não precisa me chamar assim."
"Estamos no hospital, não quero te deixar sem graça."
Ron passou os dedos por entre os fios ruivos e longos, sorrindo sem graça e olhando para o chão. Fazia meses que não via Hermione, e isso não era algo que tivesse feito por querer, a vida de ambos estava atribulada demais. Viu-a cruzando os braços, mas olhando o relógio antes. Teria que ser rápido.
"Eu pedi."
Hermione achava que nunca tinha visto Ron ficar tão vermelho de vergonha. As maçãs do rosto estavam escarlates, mas os olhos brilhavam felizes e orgulhosos. Sabia sobre o que ele falava, estava ciente de que ele queria pedir Luna em casamento há meses. Andou até ele, seu jaleco flutuando atrás de si, e o abraçou novamente, apertando-o contra si. Fazia tempo que não ficava tão feliz por seus amigos.
"Ah meu Deus, Ron, parabéns!"
A abraçou também e sorriu, sabia que ela ficaria feliz, só precisava falar apenas mais uma coisa para poder ir embora e liberá-la para voltar ao serviço. Afastou-se brevemente dela, mantendo seus braços ainda em volta dela, como ela ainda fazia consigo. Sorriu. Hermione era uma das mulheres mais lindas que já conhecera, e tê-la como amiga era algo que ele tinha muito orgulho. Uma mulher forte, guerreira, inteligente e muito bonita.
"Sei que é incomum, mas Harry já aceitou... e... acha que seria... minha madrinha?"
A expressão de confusão de Hermione foi o suficiente para que Ron risse e decidisse se explicar.
"Quero que você e Harry sejam meus padrinhos... mas você seria madrinha, não?"
Começou a rir e o abraçou novamente. Não era como se fosse recusar, mas era uma ideia muito estranha. Porém, aceitou. Com toda gostaria de ser a madrinha do casamento de seu melhor amigo. Concordou avidamente e então soltou-se dele, olhando-o sorrir mais aliviado.
"Vou lhe deixar trabalhar." Ela assentiu sorrindo e viu-o virar-se para ir embora. Porém, ele se virou e voltou para a porta. "Te mando uma coruja em casa hoje á noite." E antes que ele fosse embora, ouviu-o dizer baixo. "Foi bom te ver sorrindo, Mione."
Sorriu ainda mais de tal afirmação e viu-o indo embora pelo corredor de consultórios. Respirou fundo e passou as mãos nos cabelos, verificando se ainda estavam presos. Olhou o relógio novamente: 15:34. Ainda tinha mais algum tempo dentro do hospital e precisava ver alguns pacientes. Para Hermione alguns dias simplesmente não passavam.
Acendeu outro cigarro, seus olhos cinza observando sérios a janela a sua frente. As nuvens eram poucas e o céu estava azul. O apartamento estava quente, mesmo com o feitiço que tinha lançado horas atrás. Sua mão tombou pelo braço da poltrona, seu rosto virou-se para a direção da porta do quarto que não estava totalmente fechada. Conseguia ver o quarto escurecido pela janela fechada, mas a claridade do dia escapava pelas frestas da cortina. No chão em frente da cama estava sua calça da noite anterior e um de seus sapatos virados. Colocou o cigarro na boca e tragou longamente, os olhos subindo para a cama e vendo-a desarrumada, o lençol com que se cobrira parcialmente caído pela beirada da cama.
Desviou seus olhos de lá e voltou a fitar a janela e o dia quente. O centro muggle de Londres era barulhento, entretanto Sirius não hesitara em vender Grimmalud Place e comprar aquele apartamento em um dos prédios na rua principal da cidade. Tragou novamente e soltou a fumaça devagar, vendo-a rodopiar pela sala até desaparecer. Buscou com a outra mão, na mesa do outro lado da poltrona, um copo com firewhisky e um pergaminho do Ministério.
O mesmo Ministério que o condenara, todo ano lhe enviava uma carta de desculpas e lembrava-o da inocência. Sorriu enquanto tragava novamente, não era mais tão difícil viver. Não tão difícil. Mesmo sozinho.
continua...
