Anil.
Sumário: "Como aqueles olhos poderiam ser tão lindos e ao mesmo tempo transmitirem tanta solidão de seu dono?" – Monólogo de James Wilson sobre House.
Indicação: +15
Disclaimer: House, MD. Não me pertence. Pertence a David Shore. Esta fic não tem fins lucrativos, feita apenas por diversão.
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"Ele, sempre assim.
Seus olhos azuis, tão encantadores e frios... Como aqueles olhos poderiam ser tão lindos, e ao mesmo tempo, transmitirem tanta solidão de seu dono?
Foi por aqueles olhos da cor do céu que eu me apaixonei. E quando eles fitavam-me, sentia que eles adentravam meu corpo, minhas entranhas, minha alma. Olhos tão tristes... E às vezes, por alguns segundos, durante nossas brigas sobre ética, eu sentia que aqueles olhos me pediam desculpas pelo seu dono, que era tão cretino, teimoso e amoral.
E... Deus! Pouco a pouco eu descobri que eu havia me apaixonado não pelos olhos, mas pelo dono dos olhos cor cerúleo.
Como pude?
Um homem tão tratante, grosseiro e amargo? Como pude gostar daquele cretino egocêntrico? Uma pergunta que em todos os dias da minha vida tento responder. Inutilmente é claro.
E os dias de trabalho ficavam cada vez mais maçantes. Eu evitava aqueles olhos azuis a cada dia. E no pouco que eu os via, eles pareciam cada vez mais tristes, melancólicos, perdendo o pouco daquele brilho anil. Eu sentia que eles me diziam: "Não me deixe, eu preciso que você fique comigo"
Porém, da boca daqueles ser não se ouviam pedidos, nem sequer uma palavra. Só havia o silêncio.
E esse silêncio me incomodava.
E em uma noite fui até sua casa para quebrar meu silêncio do modo que consegui. Beijei-o. Beijei-o com todas as minhas forças e coragem, despudoradamente, num estado insano. Logo fiquei sem ar. Parei o beijo e não tive coragem o suficiente de olhar em seu rosto. Esperei palavras, indagações. Porém, nada veio. Apenas aquele silêncio, torturante, outra vez. Respirei fundo e tomei coragem sabe-se lá de onde para fitar-lhe os olhos.
Eu me enganei. Não houve silêncio. Nunca houve silêncio.
Seus olhos encaravam-me, risonhos, dizendo-me algo que eu não conseguia decifrar. Todavia, eu sabia que era algo bom. E entorpecido, senti meus lábios serem tomados por outros, apaixonados, apressados.
Senti meu corpo acariciado por mãos, boca. De todos os modos, vicioso. E nessa série de carícias, acabei aqui, na cama do homem que amo, aninhado em seus braços, ouvindo sua respiração calma.
E nessa cama, eu descobri que eu não me apaixonei por aquele cretino egocêntrico.
Eu sempre amei Gregory House."
Início e fim: 04/01/2009
Comentários da autora:
Eu sempre quis fazer uma oneshot Hilson. E finalmente me veio a inspiração necessária pra isso. Bem, eu não tenho muitas experiências com monólogos, mas acho que até saiu bom. Pra quem não gostou do final, desculpem-me, já que eu não consegui pensar em coisa melhor.
HILSON 4EVER!
Bjobjo ^^
Ahh! Er...
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