Emma já estava se acostumando com aquela imagem que via todo dia ao acordar. Bem... Quase todos os dias, mas esses encontros que antes eram espaçados começaram a aumentar de intensidade. Era sempre a mesma coisa. Havia uma aura misteriosa que cercava a morena de intensos olhos castanhos.

De soslaio e sem Regina perceber, Emma abria seus olhos lentamente e via a morena sentada na beira da cama afivelando sua sandália. Sensual... Sempre sensual. A cada passo que a morena dava exalava uma sensualidade natural. Ela não precisava forçar nada. Aquele fator certamente já fazia parte de sua genética.

A moça de olhos verdes pensava no tanto que a morena podia ser metódica em sua vida. Tudo isso apenas numa análise pelo pouco que via de Regina ao acordar. Tudo o que ela fazia de manhã seguia sempre o mesmo ritual. Não havia um dia que ela fazia algo de diferente. Ela acordava e envolvia o seu corpo nu no lençol. Deslizava da cama e ia até o banheiro do motel, sempre com um pedaço do ombro descoberto e uma parte do lençol arrastando pelo chão. A altivez dela era tanta que Emma podia desvendá-la apenas pelas costas. De seu olhar irônico até o safado. Ela procurava desvendá-la por inteiro.

E deitada na cama com os olhos semiabertos, a loira ouvia o barulho de água exatamente por trinta minutos. Aproximadamente vinte minutos depois ela já saía vestida e com parte da maquiagem feita. Ela analisava o modelito social pelo espelho e a atenção de Emma só conseguia ser atraída para a bunda que aquela mulher tinha e a vontade que sentia era ir ali e puxá-la para a cama de novo onde poderia fodê-la mais uma vez.

Emma tinha que controlar seus instintos carnais. Apesar da vontade cada vez maior de ter a morena em seus braços, mas não era assim que a conseguiria. Na verdade ela não tinha ideia do que fazer para conquistar Regina que sempre se mostrava tão inacessível. Ela tinha noção que aquelas noites não valiam de nada para a morena.

Depois ainda olhando no espelho ela passaria o batom com a cor vermelha como o sangue. Pegava suas sandálias de salto 15 e sentava na beirada da cama enquanto a afivelava. Levantava e toda vestida ela conseguia a façanha de ser mais imponente ainda. Era quando Emma escutava a voz dela. Aquela voz rouca que exalava poder ressoava pelo quarto. Era sempre a mesma frase que enviava arrepios a coluna da loira e um desejo incontrolável de possuí-la novamente.

– Nem pense em se levantar e muito menos falar nada. Eu sei que está acordada. Pude sentir seus olhos me comendo desde que acordei... Sabe de nosso acordo, né? Sem palavras e sem contato. – e dizendo isso ela deixava várias notas em cima de uma mesinha do quarto. E a loira ficava na cama com o seu sexo clamando por mais daquela morena um tanto incógnita.

Não sabia mais nada dela. A não ser seu nome... Regina.