~ Nenhum desses personagens me pertence D:
~ Classificação 18 mas que deveria ser 21.... hehehe ;D
Essa é a minha segunda fic! A primeira em realidade alternativa! xD
AVISO: Dramas e lemons à frente!! xD
E a história vai ser bem complicada!! o/
** ESSA FIC FOI BASEADA EM "NOTHING BETTER THEN A NIGHT AFTER ANOTHER", DA MARAVILHOSA TE-CHAN, E PUBLICADA COM A DEVIDA AUTORIZAÇÃO **
Muito obrigada Te-chan, por me deixar postar essa história!! *faz reverência*
Espero que gostem! o/~
Capítulo 1 – Noite Vazia
Ruki não estava conseguindo dormir. As lembranças da última noite ainda estavam muito nítidas na cabeça... Até demais. Olhava para o relógio constantemente, esperando a hora passar, esperando a hora chegar. Mas... qual hora ele mais gostaria que chegasse?
Logo chegaria a hora de levantar-se para tomar seu remédio, tinha esquecido de deixar o copo d'água no criado-mudo. De novo. E logo chegaria a hora da... promessa. Promessa? Tinha sido uma promessa? Estava com um mau pressentimento... Mau...?
1:00
Faltava meia hora. Virou-se de barriga para cima e voltou a fitar o teto. Desistiu de tentar dormir. Porque dormir agora para levantar dali a 30 minutos não dava mais. Será que agüentaria? Sentiu o suor escorrer pela testa. Passou a mão no rosto e quando retirou, a viu molhada. Ajeitou os cabelos loiros para trás, molhando-o todo... Sentiu também uma gota de suor escorrendo pela barriga. Estava quente, muito quente... Ou era ele que estava se sentindo quente? Descobriu-se e levantou a camisa do uniforme de futebol que usava como pijama até a metade. Respirava pela boca. Passou a mão pelo peito úmido, marcado, que subia e descia...
Não, não, pára com isso, Ruki.
Levantou as mãos e deu uma olhada rápida no relógio, antes de pô-las sobre o rosto...
1:02
Será que o tempo não poderia andar mais devagar...?! Ficou com as mãos ali, afastando as pernas lentamente, fechando as pernas lentamente. Deveria parar com isso... Definitivamente não estava ajudando em nada... Só em sentir mais calor ainda. E em não perceber que uma das mãos já estava sobre seu membro, ereto, fazendo leves carícias. Abriu os olhos e olhou para baixo. Não conseguiu segurar um pequeno "ah!" abafado, de surpresa, talvez? Pois tinha se assustado e arregalado os olhos, retirando a mão que sobrara da testa, deixando-a parada no ar.
Olhou para o teto de novo e tirou a mão de dentro do calção, colocando-a de novo no mesmo lugar por cima deste. A mão que estava no ar pousou levemente sobre seus lábios entreabertos, secos... ansiosos...
Voltou com as mãos para o rosto, apertando-o, contraindo seu corpo com um grunhido de insatisfação e dor, pelas manchas roxas. Não estava agüentando mais...
Virou-se de lado, o contrário do relógio. Encolheu uma das pernas e a abraçou. Mas aquela disposição das pernas também não ajudava. Sentia-se cada vez mais quente. Expectativa, talvez? Encolheu um pouco a outra perna. Mas logo percebeu que nenhuma posição que ficasse alteraria o estado de seu baixo ventre.
Fechou os olhos. Para quê? Logo toda a história da noite passada se repetia em sua cabeça...
PÁRA COM ISSO, pensou para si mesmo, apertando os olhos e a testa contra o joelho. Não adiantava, aquela voz não saía de sua cabeça... Aquele cheiro...
"Sabe o que eu quero fazer com você?"
Sim, sabia... e ele não imaginava o quanto... também queria...
Apoiou-se na cama, levantando o tronco. Estava pingando de suor. Não queria olhar o relógio. Por que caralhos essa merda de remédio precisava ter um horário tão rígido?!? Virou a cabeça o mínimo possível para que desse pra ver a luzinha vermelha piscante...
1:14
MERDA!! Tudo isso para passar míseros DOZE minutos?!?!
Bateu com força a testa na parede. Não sentiu dor... Levantou a cabeça esfregando o rosto na parede, de boca aberta. Então será que... Tudo aquilo aconteceu em... 11 minutos? Tinha lembrado de tudo, todos os detalhes, todas as falas, todos os movimentos... E somente 11 minutos se passaram? Ele estava assim, nesse estado, nesse desespero, por causa de... 11 minutos...?
A parede estava fria. Sim, o tempo estava frio... Claro, ele estava de cobertor... Mas a temperatura do corpo dele... Estava longe disso. Ficou com metade do rosto encostado na parede, e subiu seu corpo, encostando também o peito. Finalmente pôde sentir uma ponta de frio...
Estava tão necessitado assim?! Lembrou-se que fazia mais de um mês que não saía com ninguém.. Nem homem nem mulher. Desde que tinha percebido sua estranha atração por pessoas do mesmo sexo, diminuiu e muito sua vontade de sair com mulheres. Mesmo elas se jogando em cima dele. Estava mais interessado nos homens. Percebeu que podia conseguir qualquer um, o mais bonito, o mais gostoso que quisesse. Ninguém resistia.
Mas... esse... Nunca tinha visto alguém parecido com ele... Não achou que pudesse existir. Aquelas mãos...
De repente, quem sabe por causa da cabeça mais fria, ocorreu-lhe um pensamento de que talvez estivesse agindo como uma mulher. Uma mulher necessitada. No cio...
Trocou a bochecha que estava em contato com a parede. Não estava agindo como mulher. Afinal, estava com medo também. Aquele medo tinha, sim, um fundamento. Aquele homem poderia muito bem estar com uma arma, em virtude das circunstâncias. Podia machucar-se, podia tê-lo machucado... Muita sorte não ter se deparado com algum tipo de faca. Sempre adorou armas brancas. Apontada para o pescoço... Ou qualquer outra parte do corpo... Quem sabe se ele o estivesse ameaçando com uma faca não tivesse sido mais... Interessante?
Afastou o corpo da parede. Estava com principio de torcicolo devido à posição e à força que aplicava contra a mesma. Teve um leve pensamento de que aquela mania de masoquismo poderia algum dia ter uma séria conseqüência.
Mexeu o pescoço com dificuldade, a fim de olhar o relógio...
1:19
PORRA!! Esse relógio tava de sacanagem!! Ficou horas pensando em zilhões de coisas, e só se passaram CINCO minutos?!? Tá, não tinha ficado horas. Mas que foi bastante tempo, foi. Deu até pra viajar em algumas coisas.
Sentiu vontade de ir ao banheiro. Olhou pra baixo e viu que estava quase normal novamente. Engatinhou então para fora da cama, pondo os pés naquele chão frio. Estava sentindo frio, finalmente...
Correu nas pontas dos pés até o armário, pegou um par de meias grossas, vestiu-as em pé mesmo e correu para o banheiro. Aliviou-se apoiando um braço na parede e a testa nele. Ficou ali parado, nesta posição, por um tempo.
Quando o braço começou a doer, sentiu também um frio bem incômodo nas partes. Pôs tudo para dentro do calção rapidamente. Fechou o vaso e sentou-se em cima, dando descarga e prestando atenção em todos os detalhes do barulho que aquilo fazia. Não dá pra dizer quanto tempo ficou ali fitando a pequena traça invasora no chão do banheiro.
Apoiou a testa nas costas das mãos quando imaginou quanto tempo devia ter se passado até ali. Talvez... Uns 3 minutos? Mesmo demorando, cada minuto que passava chegava mais perto da hora fatídica...
Levantou-se devagar, as pernas tremiam, lavou as mãos mas não as enxugou, preguiça? Pode ser. Dane-se.
Quando abriu a porta do banheiro, quase caiu para trás.
1:37
PUTA QUE PARIU!!!! Colocou as duas mãos na cabeça e correu como pôde até a porta do quarto. Tinha ficado sem fazer nem pensar em nada no banheiro e passou mais tempo que quando estava se desfazendo na cama??? Constatou que preferia ficar pensando em coisas legais revirando-se na cama a ficar passando frio no banheiro.
Abriu a porta bem devagar... Estava com medo de fazer algum barulho. Estava tremendo... Estava respirando rápido... Para quê tudo isso? Entendia e não entendia ao mesmo tempo.
Olhou com cuidado o corredor. Já estava com os olhos acostumados ao escuro, podia ver tudo claramente, mesmo com a pouca luz que passava pelas cortinas brancas da sala.
Andou devagar, apoiando-se nas paredes, até o final do corredor. Parou ali e respirou fundo, tentando ajeitar a respiração descompassada. Agarrou-se à quina da parede e olhou pelo canto, devagar.
Não tinha nada na sala nem na porta da cozinha. Continuou grudado na parede, que agora nem parecia estar tão fria, deslocando-se. À medida que chegava mais perto da cozinha, mais tremia. Talvez estivesse tremendo de frio também. Mas isso agora era o que menos importava. Parou na frente da porta, sem olhar para dentro. Estava tomando coragem...
Finalmente, de um impulso, meteu a cabeça pra dentro da cozinha.
E não viu... nada. Entrou no cômodo, agora mais rápido. Ainda estava tremendo, mas... Olhou para um lado, nada, olhou para o outro... nada.
A janela estava aberta, foi até lá, apoiou-se na ponta dos pés, tentou olhar por ela. Mesmo estando no segundo andar, não conseguia ver o chão lá embaixo. Devia ter mandado abaixar a altura dessa merda. Não percebeu nenhum movimento, até onde podia ver... Será que ele tinha vindo por ali?
Afastou-se da janela olhando para ela. Seu coração estava disparado e ainda tremia. Por causa da... Decepção?
Andou devagar até o filtro, pegou o copo ali do lado, encheu-o de água... Sem tirar os olhos da janela. Mordeu o comprimido dividindo-o em dois, engoliu primeiro a parte que tinha ficado menor e depois a parte maior, como sempre fazia.
Sentou-se no chão de frente para a janela, terminando de beber a água do copo. Já estava mais tranqüilo... Não iria acontecer nada...
Ficou ali um tempo, fitando a janela, mas sem vê-la. Sua visão estava em sua imaginação. Tudo o que ele tinha pensado que aconteceria hoje... A expectativa tão grande... Misturada com medo... Droga!! Por que tinha que gostar dessas coisas??
Levantou-se, colocou o copo no lugar, andou em direção à porta. Olhou uma ultima vez para trás... Nada.
Voltou para o quarto cansado, agora sim estava morto de sono. Podia deixar seu corpo descansar em paz, sem a mente pervertida atrapalhar...
Deitou-se na cama e viu as horas.
2:14
Merda... Ele sabia que tinha que acordar cedo no dia seguinte... Cobriu-se olhando o teto e tentou lembrar-se uma última vez daquele rosto... Mas dormiu antes disso.
~.~.~
Espero que não esteja muito confuso... É o Ruki lembrando de coisas....
Coisas que explicarei no próximo capitulo~! o/
Se gostarem, deixem reviews~! \o\
