Disclaimer – O anime "Saint Seiya" não me pertence.


Notas da autora – Konnichiwa minna-san! Estou aqui novamente com mais uma história minha /o/. Não se esqueçam de comentar, pois é muito importante saber o que acharam, onegai!

A história pode estar meio confusa agora, mas nos próximos capítulos entenderão (Pelo menos eu espero que sim T-T). Espero sinceramente que divirtam-se, pois eu estou achando muito legal colocar a Saori como criminosa e o Seiya como policial. É algo BEM diferente para mim.

Bom, gosto muito de filmes polícias e resolvi fazer um fanfic com esse tema, mas tenho que avisar que terá cenas de violência (Na minha opinião, nada muito grave). Mas estou avisando antes, não quero que leiam, fiquem traumatizados e queiram mandar a conta do terapeuta para mim XD.

Acho que é só, até o próximo capítulo.

Kisu no Lis-sama
Ja mata ne


Atenção! Essa história terá cenas de violência. Classificação em T.


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Vida bandida

By Palas Lis

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Prelúdio

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Em uma das movimentadas ruas de Tóquio, um carro – totalmente blindado, com vidros negros que impossibilitava a visão para dentro do veículo – estacionou frente a um famoso bar da região. Do interior do automóvel saíram quatro homens vestidos com roupas pretas e se posicionaram prontos para agir em alguma eventualidade. Em suas mãos tinham armas automáticas, preparados para balear qualquer um que ousasse intrometer-se em seus planos.

Novamente a porta do carro foi aberta e desceu uma linda mulher, vestida também de preto, com botas de salto e um sobretudo que ia até a altura de seus joelhos e escondia duas armas que estavam em seu quadril.

Ela olhou para o lugar que estava e torceu o nariz, mantendo depois a expressão impassível. Fez um pequeno sinal com a cabeça e logo os dois dos homens que estavam com ela abriram a porta do bar violentamente, fazendo todos os presentes olharem assustados para eles.

O tumulto foi geral. Todos tentavam fugir da mira das armas dos homens, mas as pessoas calaram-se quando a mulher entrou e observou com desprezo a face temerosa das pessoas.

– Onde está Shidoki? – ela perguntou, olhando para o balcão, onde estava um homem que servia as bebidas.

Sem obter nenhuma resposta, ela estreitou os olhos verdes e passou a mão pelo cabelo, respirando fundo para não perder a paciência e mandar seus comparsas fazerem uma carnificina ali.

– Vou perguntar apenas mais uma vez: Onde está Shidoki?

Outros minutos passaram em silêncio. Podiam-se ouvir os choros abafados de algumas mulheres que estavam debaixo de uma mesa e o homem que estava atrás do balcão deixar alguns copos caírem no chão, fazendo um imenso barulho.

A mulher deu um passo para frente, esperando alguma resposta.

– Ou Shidoki aparece aqui agora ou vou matar uma pessoa por minuto!

Todos se encolheram em seus esconderijos com medo da ameaça da mulher, ela não parecia estar brincando ao dizer aquilo. Ela vasculhou com os olhos o ambiente, esperando Shidoki apresentar-se perante ela.

– Kazuo...

Cansada de perguntar e não ouvir resposta, ela acenou para o homem loiro que estava a sua esquerda e imediatamente ele segurou pelo pescoço uma das moças que trabalhava de garçonete no bar e apontou o revólver na cabeça dela.

– Começou... – a mulher disse com um sorriso, levantando a manga do sobretudo e olhou para o relógio em seu pulso, virando-se depois para a moça nas mãos de seu cúmplice. – Vocês têm exatos vinte segundos de vida.

A moça arregalou os olhos quando ouviu o clic do revólver sendo destravado, prestes a ser disparado em sua cabeça. Ela debateu-se tentando soltar do homem que a segurava, sem conseguir começou implorar por sua vida.

A mulher abriu a boca para mandar seu capanga atirar, mas, antes que dissesse alguma coisa, um homem saiu de uma sala e ficou frente a ela, a uma certa distância.

– Que bom que apareceu, Shidoki – ela sorriu. – Acabou de salvar a vida de sua empregada.

Com apenas um aceno de mão, o homem soltou a moça e ela correu para junto das outras garçonetes, alisando o pescoço que estava preso no braço do homem, sentido-o dolorido.

– Shidoki, quero o meu dinheiro – ela foi direto ao assunto, não tinha porque perder mais tempo naquele lugar.

– Do que você está falando, Athena? – ele se fez de desentendido. – Não estou entendendo-a.

– Não queira me fazer de idiota, Jabu! – ela disse alterada, estreitando os olhos para ele. – Sabe muito bem do que estou falando.

Ele virou-se e foi até o balcão, pegou uma taça e colocar alguns cubos de gelo, abriu uma garrafa de Whisky, servindo um drinque para si. Levou a taça à boca e deu um longo gole, apreciando além da bebida, o olhar mortal que a mulher lançava para ele e esboçou um sorriso cínico.

– Está servida, Athena? – ele disse, levantando o copo na direção dela, com um sorriso debochado.

– Não brinque comigo, Jabu! – ela gritou, tirando em segundos o revólver de sua cintura e atirou na taça que Jabu segurava. Um tiro certeiro que estraçalhou o vidro frágil e acertou também a mão dele.

Jabu olhou para ela incrédulo, não esperava essa atitude da mulher a sua frente. O olhar que ela lançava sobre ele era inexorável e o amedrontou. Ele agachou-se no chão, sentindo uma horrível dor aguda e viu o sangue escorrer por seu braço. Novamente houve gritaria no bar, mas o silêncio predominou quando Athena caminhou na direção de Jabu.

– Quero meu dinheiro, Shidoki.

Os olhos dela brilharam em raiva e esboçou um pequeno sorriso quando Jabu quase chorava devido à dor de sua mão que sangrava muito e latejava intensamente.

– Não estou com seu dinheiro, Athena! – ele disse, sem olhar para ela, preocupado com o ferimento de sua mão e apertava o pulso, numa tentativa de fazer parar de sangrar.

Perdendo o que restava de sua paciência, a mulher pisou na mão baleada de Shidoki, enquanto olhava para o rosto dele, que estava contraído pela dor que se multiplicou.

– Jabu, Jabu, acho melhor você não me deixar mais irritada do que já estou – ela disse, espremendo a mão dele contra o chão com sua bota.

– Já disse que não estou com seu dinheiro! – ele gritou.

Ela bufou, tirando a arma de sua cintura e apontando na testa dele. Aquilo já havia passado dos limites, perdera muito tempo com aquela criatura desprezível e provavelmente logo a polícia estaria ali e tinha que ir embora antes que isso acontecesse.

– Não faça isso, Athena – ele choramingou com medo de morrer. – Não sei onde está seu dinheiro.

Sem importar-se com lágrimas que formaram nos olhos dele, não pensou antes de apertar o gatilho e Jabu cair para trás. Athena soltou uma gostosa gargalhada – quase maligna – com a cena que viu.

– Imbecil, estava travada – ela disse divertida, vendo Jabu tremer no chão. – Vai me devolver meu dinheiro ou não?

– Não sei do que você...

– Dessa vez não será mais um aviso – ela disse, após apontar o revólver para ele e puxar a trava.

– Não está comigo! – ele gritou, entrando em desespero. Não duvidava de mais nada que ela viesse a dizer, sabia que ela estava disposta a tudo. – Quem ficou com o seu dinheiro foi o Solo! Está com Julian Solo!

– Hum... – ela pensou um pouco e travou o seu revólver, o colocando em sua cintura depois. Virou-se para Jabu com olhos assustadoramente estreitos. – Seu eu descobrir que está me enganando, vou vir aqui e você irá se arrepender do dia que nasceu!

Jabu olhou para Athena e concordou com a cabeça. A mulher tirou o pé da mão dele, vendo-o arrastar-se para o balcão e pegar um pano na intenção de estancar o sangue – que já formara uma pequena poça no chão. Ela olhou para sua bota, enojada com o sangue dele e deu um passo na direção de Shidoki, limpando seu sapato na calça bege que ele vestia.

Ela deu mais uma olhada com repúdio para ele e saiu do bar, seguida pelos dois homens que a acompanhava, deixando o pavor estampado no rosto de todos que presenciaram a cena. Principalmente Jabu, que tremia freneticamente ao chão, pressionando o pano na mão baleada.

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O telefone tocou insistente, fazendo o homem que dormia calmamente tatear o criado-mudo automaticamente, a procura do aparelho que não parava de produzir aquele ruído irritante. O som continuou, invadindo sua mente e o despertou.

– Alô – ele disse, sonolento, sem ao menos abrir os olhos. – Quem é?

Seiya!

Seiya afastou o telefone do ouvido e mesmo assim pôde ouvir seu nome ser gritado do outro lado da linha por uma voz grossa, em tom nervoso. Reconheceu a voz de quem o despertou e fez uma careta.

– O que você quer?

Quero que esteja aqui em quinze minutos!

Ele abriu os olhos e piscou algumas vezes, levantou um pouco a cabeça e olhou o relógio digital na estante de seu quarto, forçando as vistas para visualizar as horas.

– São três e doze da manhã! – ele murmurou, fechando os olhos de novo e deitando a cabeça em seu travesseiro. – Você não tem mais o que fazer do quê me ligar uma hora dessa?

Não tenho nada melhor para fazer não, idiota – o homem disse, zangado.

– Por que não vai dormir um pouco e me deixa fazer o mesmo?

Quero você aqui em dez minutos!

Ao ouvir o som do telefone ser desligado e o toque de ocupado da outra linha, ele respirou fundo e levantou. Foi ao banheiro e lavou o rosto, olhando depois no espelho os olhos vermelhos da noite que quase não havia dormido "Por que eu tinha que escolher logo essa profissão?".

Murmurou um palavrão, voltando ao quarto e vestiu-se. Foi até sua cama, levantou o travesseiro e pegou uma 380, abrindo logo em seguida o guarda-roupa a procura de munição. Carregou a arma e vestiu o coldre, colocando seu revólver nele. Pegou depois um casaco e desceu de seu apartamento para o estacionamento. Ligou o carro, saindo cantando pneu da garagem, dirigindo em alta velocidade pelas ruas desertas de Tóquio, bravo em ter sido acordada de madrugada.

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Seiya entrou na delegacia de cara fechada e bocejando. Andou pisando duro direto para a sala de reuniões – onde, certamente, o investigador já estaria para dar-lhe uma bronca pela demorar em chegar.

– Eu havia dito em dez minutos para você estar aqui e não em uma hora e dez!

– Sei muito bem o que você disse, Saga – Seiya disse, olhando para o investigador que estava no fim da sala de braços cruzados e com uma expressão nada agradável para ele. – Você me acordou de madrugada e fiquei com fome. Não tive outra opção, fui comer.

– Vamos deixar isso para depois.

Seiya deu de ombros antes de entrar na sala e passar pelas mesas no local, vendo todos os lugares ocupados, coisa nada comum para o horário.

– Deve ter acontecido algo muito importante – ele murmurou, sentando-se ao lado de um policial moreno.

Saga caminhou até Seiya com uma pasta em mão e lhe entregou, voltando depois para frente da sala, onde tinha uma visão geral da área com muitos policiais e recostou-se a sua mesa. Quando o investigador pediu que todos ficassem em silêncio, Seiya sentiu os olhos quase fechando de tamanho sono, levantou e foi até a pequena mesa que ficava no canto da sala. Saga parou de falar e o seguiu com os olhos.

– Você poderia me deixar explicar o caso?

– E você poderia me deixar tomar um café?

Seiya serviu-se do líquido quente, sem nem ao menos colocar açúcar e bebeu de um gole todo o café, fazendo uma careta ao sentir a boca ficar amarga com o gosto ruim da bebida.

– Agora que nosso caro colega Seiya terminou seu café... – Saga disse, vendo Seiya sentar e encará-lo. – Posso prosseguir?

Todos na sala viraram-se na direção do investigador Saga, calados. Ao perceber que o silêncio predominava, ele deu um meio sorriso, começando sua explanação do novo caso que teriam que resolver.

– Ela atacou novamente.

– 'Ela' quem?

– Posso primeiro terminar de falar, Shiryu?

– Claro – ele disse sem graça, desviando os olhos da direção de Saga e olhando para o pequeno caderno que tinha em sua mesa.

– Todos vocês, ou a maioria, devem estar sabendo de vários casos de assaltos a bancos que vem acontecendo ultimamente.

– E essa mulher que você falou está envolvida nos roubos?

– Sim, Ikki – Saga respondeu. – Parece que ela chefia uma quadrilha.

– Sabe alguma coisa sobre ela? – Seiya perguntou.

– Ela é conhecida como Athena, não temos nenhuma informação quanto ao seu nome ou sobrenome. Tem aproximadamente dezoito anos e está sendo acusada de assaltos a bancos, joalherias, interceptar caminhões de mercadorias e a carros-forte – Saga deu uma pausa antes de continuar. – Estamos desconfiados que todos os últimos roubos desse porte estão ligados a ela e seus companheiros.

– Ela tem um prontuário bem extenso para a pouca idade que tem – Seiya disse, folheando a pasta do inquérito que Saga lhe entregou.

– Sim, ela só envolve-se com roubos grandes.

– Alguma morte? – Seiya perguntou.

– Não, mas alguns feridos. Nada muito grave.

– E por que nos chamou essa hora aqui? – Seiya tornou a perguntar, sem tirar os olhos do papel em suas mãos.

– Ela atacou essa madrugada – Saga falou, rodando os olhos, percebendo que Seiya provavelmente não estava dando muita atenção ao que ele dizia.

Seiya levantou os olhos na direção de Saga esperando ele seguir com o que dizia, somente agora se interessando pelo que o investigador explicava do caso.

– Pelas poucas testemunhas que foram ouvidas, descobrimos que ela invadiu um bar com quatro de seus parceiros.

– Descobriram algo sobre eles? – Shiryu perguntou, anotando tudo o que ele dizia no pequeno caderno.

– Somente que um deles é conhecidos como Kazuo. Os outros três não temos dados nenhum, mas ela deve possuir outros companheiros.

– O que ela queria no bar? – outro rapaz perguntou.

– Disseram que estava atrás do dinheiro dela, Shun – Saga respondeu. – Queria conversar com Jabu Shidoki e acabou se irritando com ele e atirou em sua mão.

– Ela fez o quê? – Seiya surpreendeu-se.

– Atirou na mão de Shidoki porque ele tentou enganá-la.

– Jabu Shidoki tem algo a ver com isso? – um rapaz loiro, sentado na última cadeira, perguntou.

– O último assalto ao banco aqui em Tóquio foi semana passada e estamos suspeitando que estavam envolvidos Shidoki, Solo e Athena; porém, ainda não temos provas suficientes para mandar prendê-lo, Hyoga.

– Provavelmente Solo e Shidoki tentaram deixar Athena sem sua parte no roubo – Seiya disse, levando a mão ao queixo, pensativo. – E ela devia estar querendo receber sua parte.

– Seria uma explicação – Saga concordou. – Não podemos confirmar nada ainda, ela é muito ágil e não temos ainda nenhuma pista que nos leve a ela.

– Então como desconfiam dessa tão de Athena? – Seiya perguntou.

– Os assaltos parecem estar ligados todos a ela devido à perfeição de seus ataques noturnos, todos são muito semelhantes em sua estratégia – Saga respondeu, sentando-se em sua mesa. – Apenas precisamos encontrá-la o mais rápido possível. Atualmente, ela é a criminosa mais procurada do Japão.

– Ela não atacou somente em Tóquio?

– Não Shiryu, se todos os casos que pensamos serem realizados por ela forem confirmado, estão espalhado por todo o Japão.

– Como pretende fazer isso, já que não temos nenhuma pista? – Ikki perguntou.

– Quero nesse caso três grupos: você, Shun, Hyoga e Shiryu irão se encarregar de coletar informações sobre Athena, os demais podem sair e pesquisar algo que possamos usar contra Shidoki e Solo.

Saga não tinha nem acabado de falar e Seiya levantou-se para sair com os outros, pegou a pasta e levou até a mesa de Saga, caminhando depois em direção a saída da sala de reuniões da delegacia.

– Aonde você pensar que vai, Seiya?

– Você disse que o resto poderia sair, e isso me incluiu – Seiya deu um sorriso e virou-se para a porta, acompanhando os demais a saírem da sala.

– Tenho uma missão especial para você, Seiya.

Seiya parou e virou-se para Saga desanimado, pensou que poderia finalmente voltar para sua cama e o investigador vem com essa história de 'missão especial'.

– Fale logo, Saga – Seiya voltou a sentar junto com os outros quatro convocados para o caso, não muito contente em não poder ir para casa.

– Você é nosso melhor policial, por isso quero que você se encarregue de prendê-la.

Seiya arqueou as sobrancelhas. Pelo que ouviu do investigador Saga, a mulher que teria que prender seria uma missão quase impossível "Hum... Desafio...". Seria muito interessante capturá-la. Seiya esboçou um sorriso – quase que imperceptível. Enfim, teria um encargo que desse prazer executar.

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