Mesmo a forte chuva em Howling Abyss não inibia os dois campeões que lutavam ferozmente entre si. As magias luminosas utilizadas por Ezreal eram bloqueadas com certa dificuldade pelo imenso escudo de Pantheon. O grandalhão usava as suas lanças para tentar atingir ao seu oponente, enquanto não conseguia percorrer o espaço que ele colocava entre os dois.
Ezreal utilizava-se de sua boa forma física para desviar das lanças do soldado, mas a mira das lanças era muito boa, fazendo com que ele fosse atingido de raspão por diversas vezes. Após utilizar mais uma magia que apenas refletiu no escudo de Pantheon, Ezreal já sentiu que havia chegado ao seu limite. Estava cansado. Não conseguiria mais atacar e o seu oponente logo se aproximaria, vencendo o duelo.
Deu um passo para trás, não percebendo que atrás de si, havia apenas o buraco da ponte. Um pedaço de rocha se desprendeu debaixo do pé de Ezreal, fazendo-o pisar em falso e começar a cair. Pantheon jogou o escudo de lado, usando o máximo de força em suas pernas para se projetar para frente, se jogou no buraco atrás de Ezreal, fincando a lança em uma das colunas da ponte, usando-a para não cair.
Ezreal, envolvido pelo braço direito de Pantheon, notou bem de perto o quanto ele era musculoso. A pele grossa e marcada pela batalha, em comparação com o corpo frágil do rapaz. Ele podia perceber que a lança não iria aguentar por muito tempo o peso dos dois.
— Pantheon… não há como nós dois nos salvarmos nessa situação. Apenas me deixe cair, e você vai conseguir subir de volta para a ponte.
Ele balançou a cabeça negativamente.
— Me use como apoio para subir e se salve. Eu já vivi o suficiente, você ainda é jovem.
Ezreal mordeu o seu lábio inferior. Sabia que não restava muito tempo. Agarrou Pantheon com força, dando um impulso para subir, mas parou quando os seus rostos estavam no mesmo nível. Sem dizer uma palavra, o beijou apaixonadamente. Pantheon então abraçou também ao garoto, soltando a lança, e correspondendo ao afeto de Ezreal, enquanto caíam no abismo.
