Venenoso, aquela, provavelmente era a melhor definição para aquele homem, desde seu cabelo, de um louro encantador, seus olhos, de um dourado espetacular, seus lábios, grossos e cheios, sua voz, máscula e hipnotizante, enfim, tudo naquele homem exalava veneno e masculinidade, como era de se esperar de uma pessoa em seu cargo. Ele era perfeito para o cargo. Tinha um censo de justiça e honra acima da maioria dos outros, ele chegava quase à ser obsessivo com isso, sempre querendo que tudo à sua volta estivesse correto e arrumado.
Eu apenas me contentava em admirá-lo, sabia que nunca chegaria aos pés daquele homem, por mais que eu tentasse, e acredite, Valentine de Harpia havia tentado chegar aos seus pés, mas, o máximo que conseguiu foi jurar a vida e lealdade àquele homem, ele o amava, sempre amou o que ele podia fazer se ele, Radamanthys, era incrivelmente venenoso e Valentine havia se afogado nele, e sabia que não podia mais livrar-se, então se contentava em apenas observá-lo cumprir suas funções de juiz e tentava ficar ao lado dele o máximo que era considerado o razoável.
Valentine não acreditava que um homem como Radamanthys, seria capaz de olhar para alguém como ele, um simples espectro, por isso havia quase tido um ataque do coração quando Radamanthys apareceu, como que por mágica à sua porta, sem sua armadura, com um olhar, que era, no mínimo, venenoso.
Entorpecido, era assim que Valentine se sentia quando os lábios possessivos de Radamanthys tomaram os seus num beijo possessivo, violento e cheio de luxuria, ele sentiu que suas pernas o trairiam e ele cairia no chão, mas, Radamanthys tinha outros planos para suas pernas e esses consistiam nelas envolvendo sua cintura durante a noite enquanto Valentine gemia e pedia por mais. E o juiz sempre conseguia o que queria.
