Hetalia não me pertence, mas Portugal será meu (ou minha) quando Himaruya tiver a boa vontade de terminar o design dele... dela, sei lá.
O ano era 1825 e já não havia muito que se pudesse fazer.
A guerra se arrastava há três anos além-mar, mas já era mais do que claro quem sairia triunfante. Já não tinha mais a glória de quando fora uma grande nação para servir-lhe de apoio quando, tão recentemente, vira sua capital destruída, seus territórios invadidos e seu rei fugindo às pressas.
Ainda assim, Portugal gostava de sentar-se à beira do cais para observar as embarcações que iam e vinham - embarcações essas que vagavam pelos mares que ele outrora chamara de seus. Observava também as pessoas que saíam dos navios, uma a uma, mesmo tendo certeza de que Brasil não estava entre elas. Este, provavelmente, também não teria vontade de vê-lo além do estritamente necessário por algum tempo.
Já fazia tempo, ele sabia, que sua quase ex-colônia deixara de ser aquela criança inocente que vinha esperá-lo com os pés na água salgada e um sorriso no rosto, e que as histórias de antes de dormir tornaram-se conversas curtas e distantes. Só não tinha idéia de quanto, exatamente, havia se passado desde que começara a deixá-lo de lado em prol de seus próprios - e então muitos - problemas. Pensando assim, não era tão difícil imaginar porque ele lutava para libertar-se.
Pois bem. Brasil quisera tornar-se livre, e dali em diante seria. Portugal já sabia, de um jeito ou de outro, que aquela era a hora de deixá-lo ir viver sua vida como bem entendesse. Afinal, havia explorado-o por todos aqueles anos, e era só isso, não era? Tentava convencer-se de que as coisas eram exatamente daquele jeito, mas nunca funcionava. Não conseguia desapegar-se daquele que agora lhe virava as costas.
Brasil teria toda uma chance para recomeçar, muito embora ainda não fosse capaz de ser completamente independente. Quem sabe até se saísse melhor que ele, pensou.
E assim, Portugal ficou a ver navios.
[N/A] Duas coisas sobre essa fic: muito, mas muito incorreta no quesito histórico (vide 1822, que eu ainda preciso terminar de ler, oh dear. D8) e muito, mas muito velha.
Achei largada no meu HD e deu vontade de postar... vou ver se fico mais ativa aqui, deu saudade. E ah, essa fic foi escrita há muito tempo, por isso Portugal aparece como um homem. Ainda gosto de vê-lo assim, mas a Portugal que o Himaruya desenhou foi me conquistando aos poucos, então... yep.
