Notas:
Todos os personagens apresentados nessa bagunça pertencem a Tite Kubo.
Fic escrita a quatro mãos! Autoria compartilhada com a Sandy Youko, que sempre me dá trela pras minhas ideias malucas. E pensar que isso tudo começou com uma piada interna no MSN...
P.s.: Essa história não pretende fazer o menor sentido.
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O barquinho estava apinhado e se equilibrava na correnteza do Rio. O calor era insuportável e mosquitos zuniam e irritavam os passageiros, circulando sem parar.
De vez em quando acontecia um solavanco. Parecia ser o casco da embarcação batendo em algum tronco de árvore.
- Mas como aqui tem tronco nesse rio, desse jeito vamos afundar! - reclamou um louro alto, chamado Ilfort Aporro Grantz, que se achava modelo/manequim e estava ali para adotar algum menino africano carente, com idade mínima de dezoito anos, com a intenção de chamar a atenção da mídia para sua pessoa, digo, para a problemática das crianças africanas.
- Não é tronco de árvore! São jacarés! - constatou apavorado o Cientista Szayel, expert em experiências de troca de sexo graduado no Marrocos.
Os outros assustados começaram a gritar apavorados. Mais jacarés apareceram em torno, cercando o barco, e quanto mais animais apareciam mais os rapazes se assustavam e mais faziam o barquinho balançar e quase virar.
Então o Dr. Szayel olhou novamente o Rio e deu o aviso que fez todos se alvoroçarem ainda mais, pulando, gritando e se estrebuchando de medo.
- Ah! O Rio tá cheio de piranha também!
Eles começaram a gritar e correr, apavorados e estabanados. Gesticulavam e gritavam rodeando o capitão do barco, o Intrépido Stark, Lobo dos sete Mares e nas horas vagas piloto de barco turístico nas Jângals do Sudão - Por que se Não Dão, no Sul Dão, com certeza.
- Ah, o que é? Estão com medo de uma piranhinha de nada? Que é isso...
Um rapazinho louro se desvencilhou da confusão com dificuldade e veio se refugiar junto do iminente professor Ichimaru Gin, um arqueólogo aventureiro que estava ali em busca de um tesouro.
- Professor Ichimaru! E agora, o que faremos...?
O homem de cabelo prateado apenas sorria. Passou a mão pela cintura do jovenzinho aconchegando-o para si.
- Cuidado, Izuru. Eu acho que vi uma cobra enorme bem ali...
O rapazinho pulou de susto e se agarrou em seu professor. Viera com ele para aquela expedição como assistente. Mal sabia ele que estava fugindo de uma cobra imaginária para se abraçar com uma cobra de verdade.
- Dr. Szayel, qual o nome dessa espécie de piranhas?
O rapazinho Ichigo indagou, já sacando um livro de anotações. Ele era muito dedicado em seu curso de faculdade afinal; excelente aluno.
- São Mary Suenses Insanis. Uma espécie perigosíssima ! se agarram em você e te engolem inteiro!
- Conheço essa espécie; Tive o azar de topar com um cardume delas, quando acompanhei uma expedição para estudar a tribo Aquidaoanus, na floresta Amazônica...
O comentário foi feito por outro rapazinho, Ulquiorra, um pouco mais velho e de uma turma mais adiantada que Ichigo, igualmente um excelente aluno. Apesar de não demonstrar pânico, também estava morrendo de medo das vorazes piranhas.
A revelação terrível, junto com outro solavanco mais forte do barco, fez com que os tripulantes sofressem outro surto de pânico. Na embarcação apenas um homem não se rendia ao apavorado escândalo. Ele se destacava dos outros naturalmente e pelas maneiras principescas.
Sir Kuchiki Byakuya.
Ele fazia parte da nobre e tradicional família dos Kuchiki, bem conhecida no meio histórico e científico por patrocinar expedições daquela natureza. Seus predecessores fizeram parte de preciosas descobertas como a tumba do Faraó Tudocom' Amaum.
O motivo aparente era esse: como o chefe da família, acompanharia a expedição. Mas o jovem tinha outro motivo, bem mais forte do que esse. Sir Kuchiki Byakuya havia se casado muito cedo, mas tragicamente perdeu a esposa num acidente,quando ela estava voltando de um show da Britney Spears. Mal a pobre esfriou o corpo debaixo da terra, seus parentes começaram a planejar um novo enlace para ele, com alguma moça casadoira de outras familia igualmente prestigiosa. Porém, esses não eram o planos de Sir Kuchiki. Agora ele queria aproveitar os anos que perdera com a responsabilidade do casamento viajando e se aventurando pelo mundo. E quando lhe apareceu o professor Ichimaru Gin em sua mansão com a proposta de sair a procura da lendária tribo Seme e a preciosa e raríssima pedra sagrada do seu deus "Só os Uke", viu a oportunidade de ouro pra escapar dos casamentos arrajandos por seus parentes interesseiros.
A tribo em questão era formada por homens grandes, fortes, altos e espadaúdos, movidos quase que unicamente a base de testosterona pura e que JAMAIS negavam fogo, o sonho de consumo de qualquer criatura que goste da fruta. Os relatos sobre sua existência e seu apetite insaciável são antigos,porém raros. Alguns anos atrás, um famoso estudioso, o professor Ukitake Juushiro, foi o primeiro a sair em expedição em busca da tribo perdida, só que nunca mais voltou.
- Capitão Stark, ainda falta muito para chegarmos a nosso destino? - perguntou educadamente Sir Kuchiki, sem deixar transparecer que o calor e os mosquistos o estavam incomodando demais.
- Talvez uma hora até chegarmos ao porto. A mais ou a menos...
Que ótimo! Mais uma hora de suplício! Byakuya se perguntava mentalmente por que não havia começado suas viagens por Paris ou pela Toscana, ao invés daquele fim de mundo. Isso era o que dava agir por impulso e seguir o primeiro idiota sorridente que aparecesse!
Seus pensamentos foram interrompidos por um grito grave e rascante que ecoava pela mata selvagem. Aquilo não parecia ser um animal. Todos na embarcação ficaram quietos diante do grito, até que o Capitão Stark teceu algumas palavras com sua voz arrastada.
- É o Homem Macaco Ruivo...
- Homem Macaco Ruivo? Mais uma lenda pra enganar turistas, Capitão? - o Professor Gin ainda quis brincar com o assunto, mas o olhar sério de Stark, o demoveu da ideia.
- Não é uma lenda, Dr. Ichimaru. Eu mesmo pensei que era, até que eu o vi com meus próprios olhos.
- E como é esse homem macaco?
- É enorme!
- Oh!
- Vermelho!
- Ah!
- Vive balançando pra um lado e pra o outro!
- Ih!
- Pendurado!
- Eh!
- Num Cipó!
- Uh!
- Isso não me parece tão assustador... Assustador mesmo foi quando enfrentei uma anaconda quilométrica no rio Cutabão! A sorte é que eu estava com meu chicote especial de longo alcance e...
O Professor Gin não teve tempo de terminar sua história,pois todos voltaram sua atenção para Stark , que começou a agir de maneira estranha :rodou, procurando algo em torno,meio desorientado. Ele tentou se esquivar de alguma coisa que o perturbava, talvez um mosquito ou abelha, um insetinho que o cercava, mas antes que conseguisse, foi picado e imediatamente tombou duro no convés.
Eles acharam que ele tivesse morrido, o que gerou nova onda de pânico entre os jovens. Afinal, sabe como é uke... Adora um escândalo. E afinal, se um homem grande e espadaúdo feito aquele Stark caía por causa da picada de uma mosquinha, o que aconteceria com eles, que eram jovenzinhos mais delicados? E que outras criaturas ameaçadoras não existiriam para picá-los por aquela floresta terrível?
- Estamos perdidos! O barco vai bater!
Sem o seu comandante, o barquinho era arremessado para lá e para cá na correnteza,ao sabor do acaso inclemente, sacudindo e apavorando os passageiros, que se agarravam no que podiam para não serem jogados fora da embarcação.
- Pode se segurar em mim, Izuru... - Um certo porfessor sugeriu, com um sorriso cínico
O rapaz corou de imediato...Olhou para o homem mais velho de cima a baixo e piscou.
- Oh, segurar onde?
- Aqui, ó...
Foi quando o barco bateu na margem, todos foram jogados,misturados, rolando e caindo e se embolando no terrivel acidente.
-Estão todos bem? Kira, você não quebrou nenhum osso?- falava o professor Gin enquanto apalpava o rapazinho louro com suas mãos cheias de dedos.
- M-mas Professor Ichimaru, eu estou bem...
- Não podemos nos arriscar meu bom Izuru!
- Tira esse peso morto de cima de mim! - gritava Ichigo vermelho feito um tomate embaixo do desacordado capitão Stark
-Jura que não está gostando desse peso todo em cima de você. Você tava olhando pra ele com segundas intenções, não diga que não... - falou maliciosamente o dr. Szayel, enquanto ajeitava a armação de seus óculos de grife.
- Nunca! Eu sou um rapaz direito! Não julgue os outros por si, seu tarado!
- Bobinho... não sabe o que está perdendo.
Todo o rola sem rala e sem rola parou quando Byakuya surgiu no meio da confusão, ohando-os do alto de sua soberba presença, repreendendo-os como olhar cheio de desprezo e uma reprimenda.
Afinal, era ele que estava financiando aquela expedição.
- Ichimaru! Pare de ficar aí praticando anatomia em braille com o seu protegido, e trate de arrumar uma solução para o nosso problema! O que houve com o piloto? e o barco? e Onde estamos?
- E eu é que sei?
- Como você não sabe? Eu exijo que você enconte uma solução! Veja bem, estamos atolados aqui, não tem sinal de celular, não tem ar-condicionado e o chá acabou! É praticamente o caos!
Gin olhou em torno. Era uma boa oportunidade pra se livrar de certos incômodos...
- Bem, voce tem razão... Eu, o meu lindo Izuru e os outros vamos sair do barco buscar ajuda. E você fica esperando aqui.
- E ficar a mercê de ser comido por algum animal selvagem? Ou pior ainda, por esse tal de homem macaco sei lá o que?
- Não acredito que um homem culto, de sua estirpe, acreditou numa lenda boba dessas, Kuchiki san... Mas em todo caso, se o homem macaco aparecer, tome, dê isso aqui pra ele! - Ichimaru tirou de uma das mochilas uma banana e a entregou solenemente para Byakuya.
- Tome.É uma arma secreta contra o Homem Macaco - aponte essa banana pra ele e ele vai sair correndo!
- Isso é ridiculo! Ninguém foge de medo de uma fruta!
- Ah, não? - Gin mexeu na mesma mochila, de onde buscou outro objeto meio escondido. - Izuru? Tome aqui! - Ele falou,mostrando um caqui para o lourinho.
- Ah! Tira isso daqui! - Izuru reclamou, se encolhendo todo e se afastando, com cara de nojo.
Quando viram rapaz estava lá do outro lado do barco, fugindo do pobre caqui.
- viu? Provei meu ponto. Se segure na banana e tenha fé! Vamos mandar o resgate vir te buscar.
-Pois então não perca mais tempo. Trate logo de sair desse barco e buscar ajuda... - falou Byakuya, indo se sentar de maneira grave e aristocrática num banquinho , segurando a banana em riste, como se fosse um rifle de caça.
- Muito bem pessoal, vamos nos organizar em fila. Vocês vão na frente, e eu fico atrás defendendo a retaguarda do Izuru, quero dizer, fico de prontidão para algum ataque traiçoeiro por trás...
Ele sentiu um puxãozinho insistente na sua roupa e se virou.
Era o tal Szayel de cabelo cor de rosa que lhe sorria com jeito de oferecido.
- Professor Ichimaru, o senhor só vai proteger o Izuru? Nos também queremos ser protegidos também, sabe?
Gin ficou sério. O sorriso sumiu quando ele afastou Szyazel com uma cara de desagrado.
- Ora Ora, se você quer proteção, toma isso aqui...
Szyazel pegou e revirou o pacotinho quadrado e colorido nos dedos, muito desapontado.
- Tamanho extralongo... - Ele murmurou, sonhador, enquanto Gin já se afastava dai com seu pupilo. - Vou guardar, quem sabe não tenho só pra isso mais adiante? Eu não desisto nunca!
- Me proponho a ir na frente Professor Ichimaru, sei praticamente tudo sobre trilhas.- Ulquiorra se ofereceu prontamente para o serviço.
Ichigo, que havia se livrado do peso morto do Stark com muito custo, se aproximou estufando o peito ao lado do Ulquiorra. Aquele almofadinha sempre queria ser mais esperto do que todo mundo, e o ruivo não ia ficar de jeito nenhum por baixo dele.
- Não vai ser preciso, Ulquiorra san! Tenho aqui comigo um GPS de alta precisão!- Ulquiorra direcionou o grandes olhos verdes para Ichigo, igualzinho a um psicopata de filme de terror "B", depois replicou calmamente:
_ Tecnologia pode falhar, a mente humana é o melhor GPS...
Um clima de disputa ferrenha se formou outra vez, pra enfado do professor Gin. Foi assim praticamente a viagem toda! Esses rapazinhos precisavam eram de um sossega uke de 13 quilometros. No mínimo.
- Os dois vão na frente se ajudando, sim? Agora vamos logo, que o Kuchiki san não pode esperar...
Eles vadearam o rio e foram se embrenhando na floresta e Byakuya se assentou na amurada do barco, na sombra, de pernas cruzadas, olhando a paisagem com ar de enfado.,
Até que era bom estar sozinho. Felizmente tinhao sossego necessário para algue´m de sua posição social. Aqueles garotos pareciam um bando de pobretões disputando a xepa na feira...
Pena que não havia ninguém ali para lhe servir um chá.
Ele usou o corpo inerte de Stark como descanso de pé, e recostou, a banana apontada para qualquer barulho ou movimentação estranha que visse a sua volta. E a medida que o escândalo dos outros membros da expedição ia sumindo pela distancia, ele ficava mais calmo, confiando no poder da banana para afastar qualquer perigo.
Uma hora havia se passado e nada do Professor Gin reaparecer. Byakuya achou aquilo um verdadeiro descaso com sua ilustre pessoa. Já saberia quais providências tomaria quando voltasse a civilização com relação aquele irresponsável de sorrisinho matreiro.
Um solavanco forte no barco fez com Byakuya ficasse em estado de alerta. Rapidamente ele se pôs de pé e apontou a banana na direção da cabine do barco. Houve um novo solavanco no barco seguido do som da louça inglesa do chá sendo quebrada.
- Só pode ser algum animal selvagem...
Tomado de coragem e indignação por terem quebrado sua valiosa louça, Byakuya se aproximou da cabine. Tamanha foi sua surpresa quando topou com um homem alto, musculoso, com o corpo coberto de tatuagens estranhas e uma farta cabeleira ruiva que lhe cobria parte do rosto, vestindo unicamente uma tanga minúscula de pele de macaco. Ele estava segurando o que sobrou de uma xícara em uma das mãos.
Os dois se entreolharam surpresos por alguns instantes. Pela descrição dada pelo Capitão Stark, só poderia ser o lendário homem macaco ruivo. Rapidamente Byakuya apontou a banana em direção ao abominável selvagem. Mas ao contrário do que imaginava, aquilo não o afugentou. O moreno resolveu ser mais drástico: descascou a banana e apontou novamente para o ruivo.
O selvagem em questão olhou para a fruta, olhou para Byakuya , depois olhou para a fruta de novo... E de uma bocada só, engoliu a banana, a única esperança de defesa de Sir Kuchiki naquele ambiente inóspito e selvagem.O que faria agora?
O enorme ruivo soltou um arroto estrondoso, assustando o nobre com tamanha falta de veio em direção a Byakuya, e sem nenhuma cerimônia, foi logo o apalpando, cheirando, fungando e querendo abrir a camisa que o moreno estava usando, na tentativa de encontrar outra banana. Se baixasse as mãos, logo encontraria uma, mas essa banana não seria de comer.
- O-o que pensa que está fazendo? Tire essas mãos imundas de cima de mim! - com um safanão, afastou o selvagem seminu de perto dele.
Sobressaltado, o ruivo grunhiu algo com um idioma que Sir Kuchiki não conseguiu decifrar. Então, ele se viu agarrado pelo silvícola , que o colocou nos possantes ombros e o levou embora pela mata adentro.
CONTINUA
E agora? Sera que o Homem Macaco Ruivo vai comer a banana de Lorde Byakuya? E o professor Gin? Conseguirá achar um refugio para abater seu franguinho? Sera que Ichigo e Ulquiorra vao levar um sossega uke? Essas e outras perguntas serão respondidas no próximo capítulo!
