N/A: Hey! *-* Sim, estou começando uma nova short-fic! \o/ Êêêêêêê! A boa notícia é que eu já tenho uma boa quantidade de capítulos pronto, apenas esperando para ser postado! Se a resposta for positiva eu pretendo postar duas vezes na semana.

Espero que vocês curtam esse meu pequeno draminha, e não se esqueçam de comentar! Isso é um ótimo incentivo — e cada vez que você priva um autor de um comentário, você é o responsável por um coração partido. =( hahaha *AnnieDramática* rsrsrsrs

Música citada no capítulo se chama My Faith In Love, do Air Supply. A letra e música são lindas, super recomendo! *-*


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There will come a time

Chegará um tempo

That is yours and mine

Que é seu e meu

When you must define

Quando você terá que definir

Your faith in love

Sua fé no amor

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Capítulo I, O Empolar dos Conflitos.

Era uma calma manhã de outono. Isabella despertou antes do nascer do sol. A morena, ajustando o quimono negro junto ao corpo, arrastou seus pés para fora da cama, sempre olhando para a feição serena do marido que ronronava ao seu lado na cama de casal.

Ao levantar-se, Isabella colocou a franja que teimosamente lhe incidia a face por trás da orelha, a sensação dos fios castanhos colidindo com seus olhos lhe dava sensações de tremores por todo o corpo. Talvez a trepidação tenha outra causa, contudo ela preferia acreditar que se devia ao fato de sentir o incômodo da franja ricocheteando sua tez pálida.

Colocou os braços ao redor do peito, tentando apaziguar o frio que entrava pela persiana cor de marfim que havia permanecido aberta por toda a madrugada, enquanto andava em direção à janela para observar a paisagem do lado de fora. Tudo parecia zombar de sua situação petrificada, ela costumava, ultimamente, a comparar-se a um zumbi. Talvez a feição até de um zumbi estivesse melhor que a sua. Passava a maior parte das noites submergida na insônia e quando conseguia driblar a falta de sono por breves minutos era assombrada por pesadelos.

A morena apoiou-se no parapeito da janela, os pelos do braço que não estavam cobertos pelo quimono imediatamente se arrepiaram ao sentir a brisa gélida que adentrava dentro do aposento. O vento fazia com que seus cabelos soprassem livremente, como que caçoando da sua falta de "liberdade". Quando se casara aos dezoito anos, acreditava que o matrimônio fosse algo como trocas e não aprisionamento. Contudo, era assim que se sentia ao lado de Edward durante dois anos, presa a um mundo em que, na mente possessiva do rapaz, existiam apenas os dois e mais ninguém.

No dia anterior estivera participando de uma festa de aniversário que a sua colega de faculdade, Rosalie, estava oferecendo em sua casa. Como em todas as oportunidades, oferecera o convite para Edward lhe acompanhar, mas o rapaz tão somente fizera uma careta com os lábios, desviara o olhar e afirmou que não tinha interesse em tal festejo. Isabella não querendo recusar o convite, acreditou que não seria "ilegal" se ela não levasse o marido em seu encalço. Entretanto, às onze horas da noite quando colocara a chave na fechadura e abrira a porta da sala, encontrando todas as luzes acesa, uma dúzia de garrafas de cervejas sobre a mesa de centro, soube que havia algo de errado. Edward estava sentado, sem camisa e com aparecência nervosa no sofá, zapeando por todos os canais de esportes da TV, sem, entretanto escolher algum. Ele ouviu o som da porta se abrindo e fechando logo em seguida, mas permaneceu tão silencioso e imóvel, como uma escultura.

— Onde você estava? — ele perguntou, sem jamais desviar seus olhos da tela de plasma.

Isabella pousou as chaves na bancada de mármore onde era a divisória da cozinha e sala, e respirou fundo já prevendo que Edward finalmente encontrara um ensejo para uma discussão sem fundamentos.

— Na festa da Rose — respondeu temerosa com a futura explosão de Edward, entretanto o timbre calmo dele era o que a assustava. De alguma forma estúpida, ela preferia quando Edward dava vazão aos seus acessos de raiva e extravasava gritando impropérios para ela, contudo, quando ele se mantinha tão impassível, era difícil compreender a amplitude de sua fúria.

— Você não avisou que iria sair. — Disse o ruivo, se esforçando para manter a tranquilidade, e não explodir, como era a sua maior vontade.

— Não avisei? — Bella riu, sem nenhuma migalha de humor. — Esqueceu-se de que eu o convidei, Edward? — perguntou enfadada, com a amnésia súbita do marido.

— E eu disse que não iria — ele replicou sabiamente, relembrando de dois dias atrás quando Isabella chegara da faculdade com dois convites em mãos. Eram os convites do aniversário de Rosalie, e ela estava oferecendo uma festa apenas para os familiares e amigos mais íntimos.

— Mas eu queria ir — confrontou, caminhando até o quarto para tomar uma ducha e vestir roupas mais confortáveis. Quando notou o afastamento de Isabella, Edward permitiu-se olhar para a esposa. Ela não estava espalhafatosa, como estava conjecturando horas atrás. Vestia uma calça jeans e um suéter branco e nos pés uma sapatilha. Os cabelos, como de costume, estavam soltos, e balançavam de um lado a outro conforme ela andava até o aposento do casal. Suspirou aliviado, quando ela fechou a porta do quarto, impedindo que o ruivo permanecesse a bisbilhotá-la.

Edward direcionou os orbes esverdeados de volta para a TV que no momento exibia um filme de terror que ele não se dera o desplante de procurar informações acerca do mesmo. Contudo, ao varrer com os olhos o cômodo em que estava inesperadamente ele avistou a bolsa de Isabella jogada estrategicamente no sofá do outro lado da sala. Como uma criança travessa, olhou novamente para a porta e escutou o barulho da água caindo do chuveiro, e Edward percebeu que ele tinha tempo de sobra para espiar a bolsa da mulher. Não que desconfiasse de Isabella, ou até mesmo desconfiasse, mas ele queria ter certeza que o único homem que havia em sua vida era ele — e apenas ele.

Quando buscara a bolsa e pousara em suas pernas, relutou por alguns breves segundos a abri-la, temendo por duas coisas: ser pego no ato ou descobrir algo que ele certamente não queria.

Abriu sem nenhum remorso a bolsa de Isabella e não encontrou nada que denunciasse qualquer ato ilícito por parte da morena. Havia apenas o celular, a carteira e algumas libras espalhadas pela bolsa; nada muito revelador.

Estava tão distraído que não percebera o momento em que o barulho da água caindo dissipara; ou o momento em que a porta fora a aberta minutos depois e Isabella saindo e estacando no batente da porta ao ver o marido remexendo seus pertences.

Sentia-se ultrajada com a constante desconfiança do marido acerca de sua fidelidade no matrimônio. Se a mente tão possessiva de Edward desconfiava de uma suposta traição, ele deveria parar um minuto do seu precioso tempo e verificar que os constantes atrasos de Isabella deviam-se unicamente às aulas extras e cursos que ela se matriculava periodicamente. Além da faculdade de Literatura Inglesa, nas horas livres a morena se dedicava ao aprendizado da língua francesa. Contudo, mesmo sabendo minuto por minuto do cronograma diário de Isabella, Edward reservava horas para dedicar-se a essa suspicácia.

Queria fazer algum sinal e informar que estava presente, apreciando todo o espetáculo que ele estava lhe oferecendo, entretanto preferiu se refrear e ver até que ponto o rapaz chegaria com tamanha insegurança. Cruzou os braços ao redor do peito enquanto observava o marido abrindo a sua carteira e olhar documento por documento, papel por papel, anotar cada número de bilhetes – quem sabe para ligar futuramente e descobrir quem era o dono? Cansada da expiação, Isabella apertou a ponte do nariz, e disse:

— Encontrou o que procurava?

Assustado em ser pego em flagrante, Edward deixou a bolsa e tudo o que estava em suas pernas cair ao chão.

— Sim e não. — O ruivo não confirmaria ou negaria. Estava envergonhado demais.

O que discorreu a seguir foi que uma longa briga iniciou-se, gritos poderiam ser ouvidos por quem passasse do outro lado da porta. Muitos até não se importariam com a briga do casal de jovens, visto que já estavam acostumados com as crises de ciúmes que o rapaz ruivo exercia sobre a mulher. No entanto, sabiam todos que o único a ter algo a questionar era Isabella, pois o marido trabalhava no escritório rodeado de estonteantes mulheres; sendo cortejado pelas solteiras e até as casadas queriam uma chance com o grande CEO de uma empresa de comunicações. A briga se estendeu por todo o final da noite e encerrou apenas quase ao amanhecer do dia, com uma Isabella segurando suas pernas ao redor do peito e com o corpo trêmulo devido às constantes correntes de lágrimas que tendiam apenas a chegar.

Edward estava em uma situação semelhante, mas ele estava cansando demais para sequer pedir desculpas.

Entretanto, sabiam os dois que apenas uma súplica de remissão não seria o suficiente. A ferida fora mais uma vez aberta, o fogo mais uma vez se alastrou, restava apenas saber qual dos dois daria o braço a torcer e juntaria todas as cinzas para descartar. Ou, quem sabe, juntá-las e esperar que, como acontece com a Fênix, que eles pudessem reviver mais uma vez das cinzas do fogo que se propagava pelo casamento de Edward e Isabella Cullen.

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N/A: E então? Gostaram? Odiaram? Próximo capítulo previsto para o dia 17/9, mas, para isso, vocês precisam comentar! Aquela troca básica, vocês conhecem? Eu escrevo. Vocês comentam. Eu posto mais!

Até breve!