Título: A Razão na Emoção
Autora: Lab Girl
Beta: Thais
Dedicatória: MLSP - Nina do meu s2
Categoria: Bones, B&B, 6ª temporada, angst, hurt/comfort, drama, romance
Advertências: Muito sofrimento emocional (mas não se preocupem, como sempre meus finais nunca são trágicos), spoilers de toda a sexta temporada – mais especificamente dos episódios 6.09 (The Doctor in the Photo) e 6.11 (The Bullet in the Brain)
Classificação: NC-17 por segurança
Capítulos: ?
Completa: [ x ] Não
Resumo: E se os acontecimentos da sexta temporada tivessem ocorrido de uma forma beeeem diferente? Reescrevendo a sexta temporada de Bones a partir do episódio 6x11.
Notas da Autora: Hello, people! Mesmo sendo a autora enrolada que sou, estou de volta em uma nova long fic. Ou seja: tenham paciência comigo =)
Esta fanfic não é minha... na verdade, pode-se dizer que eu sou apenas o instrumento que dá vida às palavras que a trazem até vocês. Sim, porque a ideia (toda, todinha!) saiu da mente brilhante da minha querida amiga e companheira, Nina
Foi numa das nossas trocentas conversas pelo computadorque, um belo dia, num desabafo sobre sua revolta com os rumos da sexta temporada de Bones, sem saber ela começou a me dar prontinho um plot maravilhoso que se tornou esta fanfic.
E, naturalmente, assim que ela começou a descrever tudo o que gostaria de ter visto na série e não aconteceu, meus olhinhos brilharam e a inspiração bateu - eu puxei a língua dela (no caso, seria mais os dedos) pra me contar tudinho que ela achava que não foi mas deveria ter sido, já pensando "isto dá uma bela duma fanfic!" e, claro, eu logo pensei em escrever para ela como presente de aniversário.
Como sou enrolada não pude começar a escrever antes confesso que minha intenção era escrever toda a fic e começar a postar quando estivesse pronta, mas não consegui fazer isso a tempo do aniversário da super Nina.
De qualquer forma, aqui estarei, tentando manter uma regularidade nas postagens. Espero sinceramente que vocês, que estiverem dispostos a acompanhar, gostem da leitura e curtam a história.
E você, Nina *.* tomara que eu não desaponte e consiga desenvolver as suas brilhantes ideias em forma de fanfic. Esta é para você, com muito carinho s2
/*/ Nota sobre a introdução da fanfic: Nossa aventura começa imediatamente após o ocorrido no início do episódio 6.11 (The Bullet in the Brain), ou seja, após a morte da Coveira – quando a cena do crime já foi cercada e os trabalhos preliminares no local terminados. Tenham em mente os acontecimentos do 6.09 (The Doctor in the Photo).
PRÓLOGO
Aquilo havia sido horrível. A cabeça da Coveira explodindo, sangue voando pelos ares... horrível! Mas, no fundo, Seeley Booth sentia-se aliviado por saber que ela não estava mais viva. Que já não poderia causar nenhum mal.
O mundo já estava cheio de monstros. Um a menos fazia alguma diferença.
Mesmo sabendo que aquele monstro em particular não havia sido eliminado da maneira mais correta. Tinha de pensar assim. Afinal, ele era o sistema. Fazia parte de como a justiça funcionava e precisava acreditar que a vingança particular não era a forma ideal de solucionar a criminalidade.
Era assim que pensava o agente do FBI, dirigindo-se ao carro preto estacionado próximo à Corte de Justiça, a poucos metros do perímetro interditado pelas faixas negras e amarelas.
"Vou para o FBI, Bones. Deixo você no Jeffersonian no caminho" ele olhou por cima do ombro para falar com a parceira que estava alguns passos atrás.
A antropóloga forense, sua consultora nos casos de homicídio, apenas balançou a cabeça e o seguiu. Talvez ela ainda estivesse impressionada com a cena que acabavam de presenciar, pensou o agente. Era natural. Até mesmo ele, que já presenciara horrores de guerras estava chocado com a violência do ato repentino e inesperado. Um tiro apenas. Certeiro. Decepando a cabeça de Heather Taffet.
Booth abriu a porta do veículo e o som rompeu seus pensamentos. Ele entrou pelo lado do motorista, observando a parceira entrar do outro lado. Eles se sentaram em silêncio, cada um em seu assento.
As mãos habilidosas do agente colocaram a chave na ignição, dando a partida. O motor do carro ganhou vida e em segundos eles estavam se afastando do local cheio de agentes policiais e curiosos.
O silêncio no interior do veículo logo se tornou espesso o suficiente para que Booth começasse a perceber que era estranho... incomum. Seus olhos atreveram-se a abandonar a via e espiar a companheira de viagem.
"Tudo bem, Bones?"
A resposta não veio de imediato. Ela olhou para ele primeiro, como se houvesse sido pega de surpresa com a pergunta. Piscou. E mexeu-se no assento.
"Incomodada com alguma coisa?" ele perguntou, voltando os olhos para a rua movimentada.
Esperava um desabafo, uma admissão de que o evento que presenciaram havia pouco menos de quarenta minutos atrás tivera algum efeito sobre ela. Ver a assassina morrer, a mesma que havia tentado matá-la anos antes.
Mas o que veio em resposta não foi nada parecido.
"Você contou sobre aquela noite à Hannah."
Simples assim. Objetivo assim.
Os olhos de Booth saíram mais uma vez da via para espiar a mulher ao seu lado. "Como?"
Como se ele não houvesse entendido bem.
"Sobre o que aconteceu há duas noites. Sobre o que eu lhe disse aqui mesmo, neste carro."
A garganta dele trancou. Suas mãos se apertaram em torno do volante. O semáforo vermelho à frente o obrigou a parar e não o ajudou em nada a disfarçar e enrolar uma resposta.
Engolindo em seco, Booth olhou para as próprias mãos sobre o volante.
"Eu... bem... como sabe que eu contei a ela?" ele se virou rapidamente para Brennan.
Ela estava impassível. A expressão firme. Inescrutável.
Mas ele sabia que ela não estava feliz.
"Sabe que somos amigas, não?" ela contra-atacou, incisiva.
Os olhos de Booth correram até a luz vermelha do semáforo, como implorando para que o libertasse daquela encruzilhada.
"Bom... você sabe, Bones. Temos uma relação, eu e Hannah. E, bem..." os dedos apertaram o volante mais uma vez, escorregadios de suor. "Eu estou com Hannah e tenho que dividir as coisas com ela agora. É natural."
"É natural" Brennan repetiu.
Curiosamente as palavras soaram estranhas pronunciadas pelos lábios dela. Aos ouvidos de Booth foi quase como se ela as estivesse testando.
"Sim, é algo natural. Entre casais" ele balançou ligeiramente os ombros, tentando parecer menos incomodado do que realmente estava com a própria observação.
"Então é natural que daqui para a frente tudo o que eu lhe disser você dirá à Hannah" Brennan soltou as palavras com calma e como se estivesse unindo as peças de um jogo. "Portanto, é natural que eu não possa lhe confiar mais nada."
A luz verde do semáforo à frente finalmente se acendeu, liberando o tráfego. Porém Booth logo percebeu que a atenção com o trânsito não ia libertá-lo do estrago iminente.
Não havia resposta. Não havia palavras capazes de contradizerem a lógica de Brennan.
Após uma manobra rápida de conversão à esquerda, Booth atreveu-se a olhar de esguelha para a parceira. Ela estava com o olhar fixo no caminho à frente. E não havia aborrecimento em seu perfil. Raiva ou indignação.
Apenas frio. Distância. E racionalidade.
E, em questão de segundos, ele tornou a ver a Temperance Brennan de seis anos atrás.
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