Titulo: Presente

Autora: Ana Ackles

Fandom: Supernatural

Personagens Principais: Jensen, Jared e Mark Pelegrino

Gênero: Universo Alternativo, quase um PWP.

Rating: M

Beta: Angiolleto, a única que corrige seu próprio presente, mentira geralmente faço isso também! Acho que somos estranhas!

Resumo: Jensen viaja para Nassau, nas Bahamas, a trabalho, e nem desconfia das surpresas que o aguardavam ali. Era para ser uma one-shot, mas...

Essa fic é presente de aniversário da minha Arcanja, subiu de posto, aconteceu 15 de novembro e somente esses dias ela devolveu para postar, viram que quando eu demoro a culpa não é minha! Srsrsrsr Te amo Anja! Você sabe que te desejo o melhor! Mil beijos.

Jensen estaria totalmente feliz nessa ilha maravilhosa se estivesse de férias, mas estava ali a quilômetros de distância do seu namorado, não que sua relação estivesse as mil maravilhas, mas Ian era divertido, inteligente e bom de cama.

Se eles não tivessem meio estremecidos o teria convidado para ir consigo, porém por pura birra, preferiu viajar sozinho. Agora estava arrependido, não muito, afinal ele não estava de férias, mas nada o impedia de se divertir, pois em Nassau todo dia era dia de festa.

Iria se divertir, porém não hoje, pois estava cansado da viagem, e amanhã já estava com um jantar marcado, e ainda teria de ligar para Mark Pelegrino avisando que estava no lugar do Beaver, que na verdade era para estar ali. Mas o velho conseguiu convencer a Kim Rhodes, a mulher por quem estava apaixonado há anos, a acompanhá-lo em um jantar.

E apesar da importância do encontro com seu primo, Jim não quis perder a oportunidade, pois as chances eram melhores com a Rhodes, e mandou estrategicamente Jensen na frente para adiantar o processo, e ali estava o naquele pedaço de paraíso.

Tentou entrar em contato assim que chegou, mas o telefone não foi atendido, parecia que não tinha ninguém na casa ao lado, por tanto achou melhor deixar para o outro dia.

Depois de um banho relaxante naquele bangalô, onde foi recebido por uma senhora que tomava conta da casa, era responsável pela limpeza e preparar o local para visitantes, mas não residia ali, degustou a comida leve e saborosa preparado pela Senhora Ferris e com uma garrafa de vinho subiu para o seu quarto, após agradecer e se despedir da mulher.

Ao entrar acendeu apenas um pequeno abajur ao lado de uma poltrona, iria aproveitar e ler um bom livro, com o calor que fazia no lugar, foi abrir a outra janela, pois a que se encontrava aberta não conseguia refrescar o local.

Sem muita curiosidade olhou para a casa do lado, parecida com a sua, uns trinta metros distantes, mas o que viu não o deixou desviar os olhos.

Por uma janela aberta da outra casa, Jensen pode observar um ambiente à meia luz, parecia ser um quarto, mas o lhe chamou atenção foi um homem alto que se encontrava no meio do quarto olhando em sua direção, e parecia que estava retirando a sua roupa, o vento trazia uma melodia instrumental, que o advogado identificou como La Isla Bonita, de Madona.

Jensen não chegou a abrir a janela, ficou como se estivesse hipnotizado, pois realmente parecia que homem a sua frente lhe encarava, este não dançava, mas movia seu corpo lentamente e ia retirando peça por peça, primeiro o blazer que foi jogado em sua direção, pela distancia e iluminação o loiro não conseguia definir as feições do ser a sua frente, mas pode ver que o corpo era forte e deveria ser muito bonito.

Quando o homem abriu sua camisa começou a acariciar seu peitoral, antes de retirá-la por completo e mais uma vez a peça voou em sua direção, Jensen pode ver o contorno dos músculos, e seu membro pulsou dentro de sua calça.

Jensen prendeu a respiração quando o cinto e a calça foram abertos, e com gestos estudados a peça de roupa foi retirada. O loiro mordeu os lábios e se colou junto a vidraça amaldiçoando a distancia e a falta de iluminação, ele precisava ver aquele homem de perto, se assustou com o seu próprio gemido e percebeu que estava apertando o seu membro que pulsava querendo alívio.

Sabia que o primo de Jim era gay, mas não esperava um oferecimento tão explicito assim. Totalmente nu o homem se acariciava, se masturbava e não parava de olhar na sua direção.

O loiro estava quase para bater na porta do vizinho quando para sua surpresa uma pessoa se levantou do sofá, que estava próximo à janela, e Jensen estava tão envolvido na cena que se desenvolvia a sua frente que não enxergou aquele móvel e naquele momento percebeu que o show não era para ele.

Jensen identificou pela silhueta de que se tratava de outro homem, o que se confirmou quando os dois ficaram de lado para o loiro, o primeiro, mais alto, se ajoelhou e abriu a calça do outro colocando o membro para fora, acariciando para depois colocar na boca, fazendo o órgão sumir na cavidade.

O segundo homem segurou sua cabeça, intensificando o vai e vem, nessa altura Jensen já estava com a calça aberta e seu pênis entre suas mãos que se moviam em um ritmo acelerado, e gemia alto sem fechar os olhos e para não perder algum lance.

De repente o segundo homem parou e levantou o outro segurando pelos cabelos que pareciam ser compridos, e tomou posse de seus lábios em um beijo violento que deixou Jensen sem fôlego e com muita vontade de estar lá.

Jensen se engasgou com o próprio gemido e parou de se tocar quando viu o mais alto se preparando para ser penetrado, com uma das mãos se tocava atrás e com a outra se masturbava, o mais baixo apenas observava a preparação do outro, e quando decidiu que estava bom, conduziu o maior para o mesmo sofá que estava sentado anteriormente. E de frente para a janela outra vez Jensen teve a impressão que olhava para ele.

Jensen voltou a se masturbar quando o corpo do maior começou a se projetar para frente e para trás, mostrando que estava sendo penetrado de maneira vigorosa e sequenciada.

A respiração do loiro falhava, seu coração batia descontrolado o membro em sua mão pulsava e o ápice estava chegando de maneira intensa, quando Jensen sentiu seu sêmen entre as mãos, o segundo homem jogava sua cabeça para trás, mostrando que também tinha alcançado êxtase.

Jensen baixou a cabeça e segurou na borda da janela tentando não dobrar os joelhos, pois suas pernas estavam bambas. Quando o loiro olhou novamente para a outra casa a cortina estava fechada, ele ficou um pouco confuso. "Esperava um convite?", pensou balançando a cabeça sorrindo.

Na outra casa...

- O bode velho do Beaver parece que agora curte uma sacanagem entre homens. – Comentou Mark Pelegrino retirando a camisinha.

- Parece que você queria chocar, mas acabou dando um show particular para o cara. – Disse o Jared Padalecki fazendo uma careta pelo incomodo da recente penetração.

- Jurava que ele fecharia a cortina, indignado. Estava pronto para ouvir um sermão amanhã e depois mandá-lo para o mesmo lugar que me mandou há 27 anos. – Falou Mark. – Mas parece que as pessoas mudam.

- E agora? – Perguntou Jared.

- E agora vamos dormir, estou ansioso para o jantar de amanhã, quero olhar na cara daquele velho tarado e hipócrita. – Disse Mark, que nunca perdoou Jim.

Mark era filho da irmã da mãe de Jim, os dois eram primos legítimos, com uma diferença de idade de quinze anos. Pelegrino amava e admirava o primo, o seguia para todo o canto, e Beaver se tornou seu mentor.

Aos quinze anos Mark se declarou gay e Jim o rejeitou, o olhar de nojo do mais velho ficou marcado em sua memória. Voltaram a se falar no último mês, quando se reencontraram na leitura do testamento de Mark Sheppard filho da outra irmã da mãe de Jim, era apenas um ano mais velho que Pelegrino, morreu de desgosto com a morte dos filhos em um acidente de carro. E deixou seus bens para os seus únicos parentes vivos.

Em Nassau existiam essas duas casas e Mark demonstrou interesse em comprar a de Beaver, pois gostava do local, mas não queria o outro por perto. Então a solução foi fazer a proposta e para sua surpresa o primo disse que iria negociar pessoalmente. Marcaram um jantar, que ocorreria na próxima noite, e Pelegrino estava muito ansioso para reencontrar o seu primo, principalmente depois daquela apresentação homoerótica.

- Jensen? – Perguntou Ian no telefone.

- Sim. – Respondeu o loiro meio adormecido, depois do orgasmo, o cansaço da viagem se fez ainda mais presente.

- Tenho algo muito sério para lhe falar. – Disse o outro.

- Essa hora, pode ser depois? – Perguntou o loiro desanimado. – Estou muito cansado.

- Como sempre. – Respondeu Ian com raiva. – Mas o que tenho para falar é rápido. Estou terminando com você.

- O que? – Perguntou surpreso. – Terminando pelo telefone?

- Sim. Não aguento mais ser deixado para trás, poderia estar ai com você. – Disse o rapaz com a voz trêmula.

- E por isso resolveu terminar comigo, por que não esperou eu voltar? Já sei não teria coragem, e se renderia aos meus beijos. – Jensen sabia que estava sendo cínico, mas era isso mesmo que aconteceria. Ian era completamente apaixonado por ele, e a sua relação estava chegando ao fim, por causa dos ciúmes excessivos do moreno.

- Você se acha! Faz muito tempo que o meu amor já não é o mesmo. – Falou o outro com raiva.

- Ian, vamos conversar na próxima semana. – Disse Jensen sorrindo. – Se você continuar com essa palhaçada não tem mais volta.

- Eu não quero que tenha mesmo. – Ian desligou o telefone no rosto do loiro.

Jensen ficou olhando para o aparelho por alguns segundos e depois deixou na cabeceira da cama e foi dormir, realmente não estava preocupado. Se ele quisesse Ian iria voltar para seus braços assim que chegasse a Nova Iorque. Mas achava que aquele relacionamento já tinha dado o que tinha de dar.

Às 9hs Jensen ligou para Mark. – Sr. Pelegrino, bom dia, sou Jensen Ackles, um dos advogados do Dr. Beaver. – E o loiro explicou a situação para Mark. – Ele deve estar chegando depois de amanhã, tentou falar com o senhor mais não conseguiu.

- Tudo bem. – Mark não tinha atendido o primo de propósito, para evitar qualquer tipo de fuga.

- E quanto ao jantar...

- O jantar continua, gostaria de sua presença, mas não falaremos de negócio, é aniversário do 'meu garoto', posso lhe esperar às 19hs? – Falou Mark.

- Claro será um prazer, gostaria de dar um presente ao 'seu garoto'. – Falou Jensen sem conseguir esquecer a cena da noite anterior.

- Não se preocupe com isso, por favor. – Disse o outro.

- Faço questão. Bom dia Sr. Pelegrino. – Jensen se despediu.

- Bom dia Dr. Ackles.

Jensen aproveitando o dia livre foi passear na praia que era particular das residências do local. Levou uma toalha e um livro, depois iria a cidade comprar um presente para 'o garoto' de Pelegrino, sorriu com o jeito que o outro chamava o seu amante.

Vestindo apenas um bermudão verde escura e uma camiseta da mesma cor, apenas em um tom claro, se sentia livre longe do terno e gravata obrigado a usar todos os dias.

No percurso da praia existiam umas cadeiras e Jensen resolveu sentar por ali e ler o livro, estava distraído quando uma bola de borracha caiu em seu colo. O susto maior foi ver um cachorro enorme vindo em sua direção, sentado estava e assim ficou, começando a rir quando o animal lhe lambia o rosto.

- Sadie. – O cachorro parou de lhe lamber e correu para quem o chamava. – Me desculpe calculei mal a jogada. – Pediu um moreno alto, com um sorriso tímido e que foi classificado na mente de Jensen como um dos sorrisos mais lindos que já tinha visto. Os cabelos compridos de Jared estavam presos em um rabo de cavalo.

- Não tudo bem. – Respondeu Jensen também sorrindo e se levantando, ou melhor, tentando. – Obrigado. – Disse quando Jared o ajudou a ficar de pé lhe dando a mão. – Jensen Ackles.

- Jared Padalecki. – Respondeu o moreno, suas mãos ainda estavam seguras uma pela outra. Encarando os olhos verdes, e se encantado com as sardas do rosto do outro, pois lhe dava um ar de menino travesso. – A Sadie é uma boa menina. – A cachorra latiu quando ouviu o seu nome.

- Eu gosto de animais, gostaria de criar um, mas em apartamento, fica um pouco difícil. Você mora por aqui? – Disse Jensen soltando a mão do outro meio sem jeito.

- Não, estamos em uma espécie de férias. – Jared não queria entrar na questão e ter de explicar a sua vida para um estranho. - E você?

- A trabalho. – E o loiro riu junto com o moreno. E sem convite ou perceber começou a caminhar pela praia acompanhando Jared e a sua cadela. – Estou na casa do meu patrão, resolvendo negócios.

Brincaram com a Sadie jogando a bola um para o outro, conversaram coisas amenas e pouco falaram de suas vidas, mas descobriram que ambos eram do Texas e foram tentar a vida fora de seu estado natal. Porém não disseram o motivo dessa decisão, na verdade Jared não falou e se calou quando Jensen perguntou do atraso nos estudos do moreno, que estava com 23 anos, quatro a menos que o loiro, e ainda faltavam dois anos para se formar. Ackles com essa idade já estava formado e trabalhando para Beaver.

- Você tem compromisso para o almoço? – Perguntou Jensen, depois do seu estômago roncar.

- Tem alguém me esperando. – Respondeu Jared. – Vamos Sadie, temos de voltar. Foi uma manhã bem divertida, obrigado.

- Entendo, então a gente se vê por aí. – Disse Jensen, não querendo que o moreno fosse embora, gostaria de pedir o telefone, ou e-mail, ter algum contato, mas algo o impediu de fazer isso.

- É a gente se vê. – Jared não queria ir, mas não podia se envolver com o loiro ou criar expectativa, sua vida era um pouco complicada. Gostaria de ter conhecido Jensen em outra ocasião, de preferência no futuro.

Jensen ainda ficou observando o moreno seguir pela beira da praia com Sadie correndo a sua frente e de novo veio à sensação de que já tinha visto aquele moreno, mas não se recordava de onde. O loiro seguiu para um quiosque que existia ali, um dos poucos e pediu um taxi, iria a cidade, almoçaria por lá e ainda compraria o presente para 'o garoto' de Mark.

- Passeio demorado, parece que foi divertido pelo teu sorriso. – Disse Mark assim que viu Jared chegar.

- Realmente foi. – Disse Jared, ficando sério, mas logo voltou a sorrir. – E o teu primo?

- Aquele bode velho, não veio e mandou um advogadinho no lugar, com a desculpa de preparar os papéis logo, pois ele estaria chegando em dois ou três dias. – Disse Mark, parecia chateado. – Apenas não desisto do negócio por que fui eu que o propus; caso contrário... De qualquer maneira teremos um convidado para o jantar e comemorar o seu aniversário, será o tarado de ontem a noite, Jensen Ackles.

Jared deixou o copo cair quando ouviu o nome de Jensen, e Mark o olhou surpreso. – Eu o conheci, hoje pela manhã. – O moreno falou diante do olhar interrogativo do outro. – Posso faltar ao jantar?

- Não, o jantar é comemorativo ao seu aniversário, qual é o problema dele saber que você era uma das estrelas pornôs de ontem à noite? – Perguntou Mark, ele gostava de Jared, mas aquela situação pareceu interessante.

- Nenhuma. – Respondeu Jared, como explicar para Pelegrino que pela primeira vez sentiu que tinha uma vida... Normal. – Vou tomar banho.

- Ele é bonito? – Perguntou Mark.

- Muito bonito. – Disse Jared sem virar de frente. "Perfeito, seria a melhor definição."

"Se o agiu como se nada tivesse acontecido, não tenho o porquê de ficar constrangido ou tocar no assunto." Pensava Jensen se vestindo para o jantar. "E se ele me convidar para uma festinha a três? De repente... Veremos o que a noite nos aguarda."

- Boa noite. – Disse Jensen quando a porta foi atendida.

- Boa noite Sr. Ackles, entre o Sr. Pelegrino o espera na sala. – Respondeu uma moça morena com um uniforme preto, mostrando que era empregada da casa.

- Obrigado. – Jensen acompanhou a garota até a sala e ficou sem palavras ao ver Jared, em pé junto há uma lareira que se encontrava apagada, tendo seus cabelos acariciados por um homem loiro e muito charmoso.

Comentários da beta e homenageada:

(E põe bonito nisso... Nossa, só de imaginar a cena...) Quando jared retira sua própria roupa

(eu comecei a babar e...) Adivinhem por que?

(Com a visão que ele teve, não fica muito difícil)

(morenão... vai matar o loiro do coração! E eu também!) Quando o outro se prepara para receber o amante.

(ele deve ficar perfeito assim!) De cabelo amarrado.

(nos seus melhores sonhos... Ou melhor, nas melhores espiadas!) Quando o Jensen acha que já viu o moreno.

(Não... é tarado mesmo!) Sobre o Jensen

(hahahahaha ele não tem culpa. A visão era boa demais!)

Comentário final da beta, altamente controlado e sem nenhuma pitada de fanatismo: CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAA!