Lentamente
"Você é lento até para cair." Estas foram as primeiras palavras que o nobre moreno, capitão do 6º esquadrão da Gotei 13, disse ao jovem de cabelos laranjas, um simples substituto de shinigami . Entretanto, tais vocábulos, utilizados com o intuito de ofensa ou na função de provocarem dor, não obtiveram préstimo. Claro, uma vez o que o ruivo era alguém com uma determinação inigualável. Alguém que não fraquejaria perante termos tão... Singelos.
Outros encontros ocorreram entre eles. Por coisas que podem ser denominadas destino, acaso... Ou simplesmente, coincidência. Mesmo assim, tais peculiares esbarrões criaram algo dentro deles que não facilmente seria denominado. Afinal, o amor é um sentimento muito complexo para tão rápido entendimento. Algo muito complicado para uma instantânea compreensão.
Então, chegou o dia da guerra. Os Shinigamis combatiam seus inimigos com todas as suas forças, e o mesmo acontecia inversamente. É claro que o chefe do sexto esquadrão e o substituto de shinigami não eram exceções.
Agora, o mesmo garoto estava parado em meio a um caos de sangue e dor. Ruínas estavam à sua volta, pessoas localizavam-se ao seu redor... Tudo o que ele podia ver, porém, era um homem altivo. O qual trajava um sobretudo branco com o símbolo do grupo o qual governava. Todavia, a postura superior não mais habitava sua expressão. Ele estava, agora, parecendo cansado. Desgastado. Como se um fardo muito difícil de carregar houvesse sido deposto sobre suas costas.
Os olhos acinzentados do homem focalizaram-se, por breves segundos, nos castanhos do menino. Sim, porque ele não era nada mais do que um menino. Um menino que havia mudado a forma arrogante daquele homem de coração de gelo agir, mas, ainda assim, nada mais que um garoto.
Contudo, o tempo de descuido ocasionou consequências. Um golpe fez o ar escapar dos pulmões do shinigami, e ele ceder sobre seu próprio peso. Não havia volta, ele sabia. Ele iria para sempre, não restavam alternativas para serem escolhidas.
- Me perdoem... – As palavras foram sussurradas contra o vento, mas apenas ouvidas pelo jovem de fios alaranjados, o qual pareceu desacreditado por uns momentos. Então, correndo até o lado do capitão, percebeu que já era tarde demais. Logo o mesmo se iria em cinzas, para se juntar àquele mundo espectral que era a Soul Society.
- Isso é tão irônico. Quando nos encontramos pela primeira vez, me dissestes que eu era lento. Então, na última vez que o vejo com vida, você cai, ou caiu já não sei mais, lentamente. Enquanto profere palavras desnecessárias. As tais: "Me perdoem...". Entretanto... O que temos a perdoar se sua magnitude e perfeição não permitem erros ou enganos? – O jovem de cabelos alaranjados sussurrou, enquanto uma lágrima fazia a tentativa vã de escorrer por seu rosto. Vã, pois não importando o quão difícil fosse, ele nunca a deixaria rolar por sua face. Ela ficaria presa para sempre, assim como as últimas palavras mantiveram-se presas na garganta do moreno, sendo impedidas de saírem pela morte da pessoa que as diria.
- "Sumimasen, Ichigo. Aishiteru, shikashi... Sayonara."
N/A: Yo, minna-san.
Como estão vocês? Eu estou muito bem. (Não perguntaram nada, mas... Beleza. =])
Quer dizer... Não exatamente bem, uma vez que estou tendo provas, mas... Releva.
Bom, espero que vocês gostem da fic. Eu sei que é um casal meio inusitado, mas... Eu tive essa idéia e foi simplesmente impossível não coloca-la no papel.
Beijos, Di-Lua Black Snape.
Ps.: A frase que tem em japonês no final significa: "Desculpe-me, Ichigo. Eu te amo, mas... Adeus."
