Por quê? Por que você se foi? Olho para a sua lápide e toco levemente o seu nome: LINK HOWARD.

Você não devia ter me deixado, não desse jeito. Podia ter terminado comigo, falado que tudo o que a gente viveu foi uma brincadeira para você, que nunca me amou. Eu ia ficar com raiva? Ia. Nunca mais olharia na sua cara? Nunca mais. Mas me abandonar desse jeito? Um jeito que eu nunca mais vou ver o seu sorriso, por quem me apaixonei? Que nunca mais vou poder ver o homem corajoso que tanto amo entrar em ação para proteger aqueles que são importantes para você?

Nunca me esquecerei de quando eu te vi. Dou um riso. Enquanto eu estava boba por causa do Kanda, você observava tudo com atenção, sem deixar nenhum fato lhe escapar. O homem calado, que lutou até o fim para proteger a mim e ao Timothy dos akumas. Ele ainda não sabe de sua morte, mas quando souber vai ficar muito triste, Link.

Também nunca me esquecerei da primeira vez em que nos beijamos, em frente à torre Eiffel.

Nossa Link, adorei o nosso passeio. – Fala Emília, sorrindo – Paris é uma cidade muito linda.

Dizem que é a cidade do amor, sabia? – Pergunta Link – Muitos casais passam sua lua de mel aqui por causa disso.

Nunca soube. Parece ser um homem muito romântico. – Responde Emília, levemente vermelha –

Link fica vermelho com o comentário de Emília e arrisca tudo, beijando-a.

Nosso beijo foi maravilhoso. Ainda sinto o gosto dos seus lábios nos meus. Eram doces e macios. Era engraçado quando você me pegava e me dava beijos escondidos, já que ninguém da Ordem sabia do nosso romance. Eu brigava com você, falando que alguém podia ver e você com aquele sorriso que eu tanto amava.

Minhas lágrimas começam a rolar pelo meu rosto ao me recordar da nossa primeira noite de amor. Seus toques em minha pele, seu jeito carinhoso, nossos corpos juntos, pele com pele. Meu primeiro homem. Chorei ao ouvir você dizer o seu primeiro "EU TE AMO" depois de nos amarmos. Chorando, eu também disse que te amava e prometemos um ao outro que nada iria nos separar.

Caí no chão chorando. Acabei de me lembrar de quando me pediu em casamento.

Link, você está falando sério? – Pergunta Emília, olhando o anel que Link lhe mostrava –

Nunca falei tão sério em minha vida. – Responde Link, rindo –

Ele pega o anel e coloca no dedo de Emília.

O representante já sabe da minha decisão e já pediu as papeladas no Vaticano. – Diz Link, dando um selinho em Emília – Nos casamos assim que os papéis saírem. Eu te amo, minha linda.

Eu também te amo. – Chora Emília, emocionada, beijando seu noivo –

Até que aquele padre Fajuto te mata. Não sei se conseguirei seguir sem você ao meu lado.

Mas que eu tenho um motivo, eu tenho. Dou um sorriso e acaricio minha barriga. Nosso filho, que está em meu ventre. Link Galmar Howard, em sua homenagem.

– Emília! – Ouço Lenalee me chamar –

– Já estou indo, Lenalee. – Eu respondo –

Olho mais uma vez para a sua lápide. Eu te amo, Link. E sempre te amarei. Para todo o sempre.