Alastor Olho-Tonto Moody: A lenda.

Nota do autor: Não, eu não criei Hp, eu não sou uma loira inglesa rica, eu não tenho direito algum pelos personagens, só faço fics por diversão sem querer lucro algum, então espero que vocês gostem da fics... Embora ela seja um pouco dark para o meu gosto... divirtam-se.

Resumo: O que aconteceu com o treinamento que Harry recebeu de Olho Tonto Moody? O que fez o menino se afastar de todos os seus amigos? Nessa história você conhecerá o que aconteceu realmente no treinamento que Harry recebeu do velho auror e tudo que se passou anteriormente na fics "Pedaços de um passado esquecido."

Capitulo I - A Confissão.

Eu sinceramente não sei o porque estou fazendo isso, talvez a idade finalmente chegou em mim e estou pensando no futuro, coisa que eu não tinha feito antes, mas eu vejo como Alvo anda reagindo ultimamente a esta nova guerra e acho que decidi deixar algo além de uma lenda de um auror paranoico que ataca qualquer um que tenta apertar a sua mão.

Isso é o que conduz a tudo isso, muitos me vêem como uma lenda, um bruxo poderoso que fez coisas incriveis sem se importar consigo mesmo, eu preenchi a maioria das celas de Azkaban, não me importando se morreria no meio do processo.

Talvez eu realmente não me importasse mesmo.

Para aqueles que lerem isso, vocês devem compreender que a minha vida como auror não foi uma coisa grandiosa, que eu brandi a minha varinha e coisas incriveis aconteceram e eu sai ileso e tal.

Muitas noites eu encarava a foto da minha esposa morta por alguém que eu prendi e fugiu por imcompetencia de alguém e terminava com uma garrafa de uisque de fogo e a varinha apontada na minha testa com apenas duas palavras me separando do que eu realmente desejava.

Estar com ela novamente.

Minha querida Hilda.

Fomos para Hogwarts no mesmo ano, ela era realmente uma bruxa poderosa e sempre me desafiou nas classes, embora na epoca eu era infantil e adorava provoca-la para minha diversão, eu sempre poderia ver um certo orgulho em seus olhos azuis quando eu fazia a coisa certa.

Muitas vezes terminei na mesma posição, bebado e com a varinha na testa esperando criar coragem para terminar com a minha vida, apenas para ter um vislumbre dela me mandando um olhar repressor que eu conhecia muito bem.

Ela não aceitaria que eu terminasse daquela forma.

Eu estava em mais uma das reuniões da Ordem vendo Alvo entrando em desespero sobre as proteções que tinha que fazer com Potter, eu conheci o menino e pude ver algumas coisas que ao que parecia Alvo não via.

O menino era um guerreiro.

Desde que o menino conseguiu ajudar os professores em me achar no meu tronco depois daquele ano vergonhoso, eu tive uma certa divida para o menino, ele parecia estar sempre com problemas e queria poder ajuda-lo como qualquer um dos adultos dessa sala, mas ninguém parecia aceitar que o menino não era mais uma criancinha que tinha que ser protegida, ele era alguém que precisava lutar.

Todos pareciam discutir sobre o que fariam para guardar a casa do menino quando Fawkes apareceu alarmado no meio da reunião gritando uma canção alarmante que eu até poderia entender.

Problemas.

Rapidamente Alvo me encarou e ambos seguramos a cauda do passaro que nos transportou para o problema em si.

Eu sabia depois que terminaria bebado novamente depois do que eu vi.

Chegamos na rua dos Alfeneiros e todos poderiam sentir uma onda de poder impressionante vindo da casa de Potter, meu olho mágico poderia acompanhar a aura do menino e se eu já não estivesse me apoiando em meu cajado, eu teria problemas com a minha perna.

Alvo rapidamente corre para a casa enquanto eu tentava procurar possiveis comensais da morte, mas parecia não haver nenhum na area, de repente eu escuto uma batida e percebo que Alvo estava parado alguns metros de mim encarando uma barreira de puro poder que nos impedia de prosseguir.

Potter tinha nos trancado para fora de onde deveriamos o proteger.

Se a situação não fosse seria eu acho que teria molhado minhas calças ao ver o olhar de Alvo.

Tentamos de todas as formas conseguir desmantelar as proteções para saber o que estava acontecendo, mas nada que faziamos conseguia penetrar naquela proteção, de repente a casa dos Dursleys parecia gemer e uma das janelas explode com uma força impressionante, tentamos descobrir o que estava acontecendo, mas ainda nada de sucesso.

De repente um silencio recai sobre todos e a proteção parecia vislumbrar por um momento antes de desaparecer.

No mesmo instante Alvo já corria para a casa, mas não era mais preciso.

Um menino saia pela porta com sua mala e por incrivel que pareça uma fênix branca e prateada no ombro, ele tinha os olhos verdes brilhantes como o de Alvo, mas este não era o brilho de felicidade que o diretor irradiava quando estava contente com algo.

Era um brilho de determinação e vontade de lutar que eu muitas vezes dizia para Alvo que o menino possuia.

Os dois discutiram por um breve momento, Alvo falava algo e apontava para os Dursleys, a medida que ele ia falando eu poderia sentir a magia do menino se elevando, a fênix ao lado de Potter tentou cantar algo para o acalmar, mas o menino estav longe de ser calmo por isso, de repente o menino encarou fixamente o diretor e então falou.

-Eu, Harry James Potter, Declaro que não aceito mais a rua dos Alfeneiros numero quatro como minha casa, eu já não voltarei mais para aquelas pessoas desumanas e se você não quiser outro Tom Riddle que volte para matar os parentes trouxas dele eu sugiro que você nunca mais pense em me mandar de volta Alvo Dumbledore -Eu tenho que dar esta para o garoto, eu nunca tinha visto Alvo tão alarmado e chocado, eu estava começando a achar isso tudo interessante quando o menino se vira para mim e fala em um tom fixo -Eu preciso de sua ajuda Sr Moody, eu sei que ainda tenho muito que aprender, mas eu não ficarei mais no banco vendo as pessoas que amo morrerem por mim -ele lança um olhar fixo para o diretor que abaixa a cabeça -A profecia me faz ser o unico que pode matar Voldemort e vou precisar de todo conhecimento, ajuda e treinamento possivel para isso -Ele fixou os olhos em mim e eu senti algo diferente de quando Alvo fazia isso, era mais poderoso e incontrolavel.

Eu fechei meus olhos por um momento e me perguntei o que Hilda iria querer que eu fizesse.

Eu abri os olhos novamente e pude ver as mãos de Potter tremendo, não era de raiva ou de estresse como muitos imaginavam.

O menino estava com medo.

Eu sabia o que tinha que fazer, mas eu tinha certeza que não ia gostar do que isso me levaria.

-Certo Potter, eu vou lhe ajudar, mas você vai ter que fazer tudo que eu mandar e se você quebrar no meio do treinamento você vai desistir e voltar depois de um ano fui claro? -Eu acho que uma parte de mim desejava que o menino desistisse logo de cara, todos tinham medo do meu treinamento e eu sabia que este conhecimento tinha chego no menino, mas de repente o medo parecia virar determinação e ele cabeceia, mas logo fala algo que me deixa um tanto intranquilo.

-Eu gostaria de manter isso dos meus amigos, então gostaria que você não contasse para Remo e Tonks também -Eu fixei meus olhos nele, isso era um pedido estranho, desde que me uni na Ordem eu tenho ouvido falar das historias dele com os amigos, o trio dourado como Snape sempre falava desgostoso sobre como os Três quebravam as regras, mas quase sempre ajudavam a economizar o traseiro daquele comensal idiota.

Eu sabia que o homem era um espião para a gente e sabia o por que, mas isso não mudava minha opinião sobre ele ser um tirano idiota.

Eu cabeceei ao pedido de Potter e logo a Fênix (que parecia um tanto decepcionada com Potter) esparrama suas penas e voltamos novamente para a Ordem onde muitos ainda se perguntavam o que tinha acontecido, ainda bem que Remo e Tonks estavam viajando pela Alemanha onde Remo tentaria falar com alguns Lobisomens e a menina foi junto para manter um olho no homem.

Aquele lobo velho deveria abrir logo os olhos e aceitar que a menina estava apaixonada por ele e não o deixaria facilmente.

Sem dizer uma palavra para qualquer um, Potter saiu comigo em reboque para a sala de estar da mansão da familia Black, eu poderia sentir o menino estremecer ao voltar para aquela casa, mas quem poderia o culpar?

Demorou um ano para eu voltar para a casa que eu compartilhava com Hilda.

Nos sentamos de frente um para o outro e ele parecia esperar sobre a rotina que eu deveria ter para ele, eu o encarei por um longo tempo tentando o analisar para saber qual forma melhor para o quebrar.

Ele ainda estava magro, pelos relatorios que eu tive ele nunca recebeu muita comida dos Dursleys embora aqueles trouxas o colocassem para fazer todas as comidas, ele parecia agiu por tentar evitar as batidas do primo e eu ainda tinha que descobrir algumas coisas, mas minha mente já estava formando um treinamento pesado para o menino.

Uma parte de mim estava excitado com o treinamento, não existiam muitos bruxos poderosos que eu poderia treinar sem restrições, mas ainda existia uma parte de mim que queria sinceramente que o menino quebrasse e desistisse daquela loucura de entrar na guerra com ainda dezesseis anos.

Conversamos por umas três horas sobre o que eu esperava que ele fizesse, eu entreguei alguns livros da biblioteca dos Black que poderiam ajudar o menino, principalmente Oclumencia, se ele fosse levar o treinamento a serio, Voldemort não poderia saber sobre isso.

Ele aceitou tudo quietamente e subiu para o quarto, nem dez minutos depois a porta se abriu e Alvo entrou com um olhar pesado sobre mim, eu sabia o que ele iria dizer então levantei uma mão e disse antes que ele pudesse abrir a boca.

-Foi a decisão do menino, Alvo, você mais do que ninguém deveria saber que não podemos parar ele de querer isso, a profecia declarou que ele tem que fazer o serviço, então vamos dar ferramentas para que ele consiga fazer isso e sair bem dessa guerra infernal -Alvo parecia cair pesado na poltrona onde o menino tinha deixado e murmura.

-Eu tinha medo que contando a profecia faria isso com ele -Eu encarei Alvo incredulo, ele realmente era espesso dessa forma?

-Você esta brincando comigo não? -o homem me encarou com surpresa e eu soltei um gemido -Aquele garoto nunca teve uma chance de ser uma criança, ele foi abusado, sofrido fome e forçado a agir como adulto desde que entrou na casa daqueles trouxas, eu vejo isso em como ele fala com as pessoas Alvo, depois de tudo que você me contou eu achei que você tinha percebido que Potter nunca teve uma infancia, que ele precisava de algo para soltar tudo que ele tem preso dentro dele, eu não sei o que aconteceu hoje, mas eu sei que foi a ultima gota para o garoto e agora ele quer agir, ele não quer depender da sorte ou do destino em deixar a guerra acabar da maneira dele, ele quer assumir o destino dele e sobreviver -Alvo parecia me encarar fixamente, depois do olhar de Potter eu sabia que o olhar do diretor não me afetaria tanto -Ele não quer mais sofrer Alvo, ele quer conseguir sobreviver... Uma parte de mim esta assustado com o fato que ele não quer envolver os amigos dele, eu sei que ele sempre precisou deles para fazer tudo, mas se ele não quer contar quer dizer que ele tem um bom motivo e eu apoiarei ele nisso -o diretor parecia envelhecer na minha frente e fala.

-Isso era o que eu temia... -Eu apenas tremi a cabeça e me levantei, precisaria aprontar tudo para começar amanhã -Eu espero que você não se arrependa do que você começou hoje Alastor -Eu me virei para meu amigo e suspirei.

-Eu também Alvo... Eu também... -Assim começou o meu treinamento naquele verão com Harry Potter.