Tua espada de lâmina fria, sedenta por sangue,
As lágrimas vermelhas de tua face escorrendo...
Quantas vezes não o vi sangrar por dentro
Ao me ferir por fora.
Odiava o modo como eu me amedrontava, apenas
Sobre sua presença,
A face que carregava a ira de um demônio.
Não era assim que eu o via.
Tanto medo e compaixão,
A tanto tempo selados neste peito,
Como posso não te odiar, não querer derrubar o seu sangue,
Quando você, inúmeras vezes, já derramou o meu.
Não posso aceitar o que estou sentindo.
Vejo teus olhos, não um terror sem rosto,
Mas um terror a qual a verdadeira face só eu reconheço.
