Cap.1- Não me deixe!
Dezoito de março. Uma estudantes do terceiro ano do colegial está prestes a fazer seus tão esperados dezoito anos. Seu nome é Haruno Sakura. Na escola ela é considerada uma das garotas mais lindas e cobiçadas por causa de sua aparência exótica de raros cabelos rosa e olhos num tom de verde mais escuro. É também uma garota de personalidade difícil, sendo muito teimosa, mas ao mesmo tempo carinhosa, amorosa, gentil, brincalhona e muito sensível.
Namora Sabaku no Gaara há cinco meses. Para ela, tem sido muito bom os momentos que tem passado com ele, viajando de vez em quando nos finais de semana.
Agora, ela olhava de minuto em minuto para o relógio pregado na parede em cima da lousa. Para sua sorte, falta apenas vinte minutos para ir embora. Não suportava aquela classe apesar do pequeno número de vinte e cinco alunos, sendo noventa e nove por cento da sala mulheres.
-Ei Sakura, pare de ficar olhando tanto para esse relógio.
-Ah Ino, me deixa vai.
Ino era uma das únicas amigas que Sakura tinha naquela sala. Como ela, não suporta as pessoas daquela sala, por sempre querendo ser melhor do que o outro em tudo e muitas vezes sempre falando mal pelas costas, mas é claro que tinha suas exceções.
-Só me diz uma coisa, porque você está assim com tanta pressa?
-É aniversário da minha mãe. Eu estou ansiosa para dar o presente pra ela.
-E posso saber que presente é esse?
-Nossa Ino, como você é curiosa hein?
-Não sou não. Me fala, fala, fala i.i
-E depois você diz que não é curiosa. –Sakura estava se aproveitando da situação, mas resolveu não ficar mais judiando da amiga –Mas tudo bem eu te falo.
-Eba! E então, o que é?
-Um pingente e um par de brincos.
-Tenho certeza de que ela vai gostar. E o Gaara? Ele não vai com você?
-Não.
-Por quê?
-Não falei com ele esses dias.
-Por que Sakura? Vocês brigaram de novo? –perguntou, começando a ficar curiosa e ao mesmo tempo preocupada
-Não. Ele apenas disse que estava cansado por causa do treino de basquete.
O som do sinal ecoou por todo o corredor, anunciando o término das aulas naquele dia. Sakura saiu correndo, estava contente imaginando a cara que sua mãe faria ao ver o presente que ela mesma comprara. Estava quase chegando em sua casa quando diminuiu os passos, andando agora sem nenhum ruído, prestando atenção ao seu redor. Havia ambulância parada em frente sua casa. Sua vizinha Hinata – que por sinal era muito sua amiga – correu até ela, desesperada.
-Sakura-san!
-Hinata? O que aconteceu aqui?
-Sua mãe... –a garota agora estava com as mãos apoiada nos joelhos –Sua mãe passou mal.
-O que ela tem?
-Ela sofreu um infarto. Agora estão levando ela para o hospital.
Choque total. Não conseguia acreditar no que acabara de ouvir, sua mãe estava prestes a ir para o hospital e justo hoje no dia de seu aniversário. Ela não tinha mais ninguém além de sua mãe, todos seus parentes faleceram por causa de alguma doença ou acidente e seu pai morrera quando ainda era criança.
"Não... não pode ser... primeiro meu pai, agora... Isso não pode estar acontecendo!"
Antes que a ambulância fechasse as portas ela subiu para ir de acompanhante com a mãe deitada na maca, segurando fortemente sua mão. No hospital, colocaram-na deitada na cama, com alguns aparelhos ligados e por sorte conseguiram reanimá-la um pouco.
-Sa-Sakura...
-Mãe! Não fale, a senhora precisa descansar agora.
-Não... eu sinto que não passo de hoje...
-Não fale mais nada, por favor. –seus olhos estavam começando a se encherem de lágrimas
-Seja uma boa menina...
-Não, por favor, não me deixe!
-Desculpe, não consigo resistir mais... –seus olhos fecharam-se e a cabeça tombou para o lado
O aparelho começou a apitar insistentemente e os médicos correram para o quarto tentando fazer de tudo para salvá-la e Sakura chorava desesperadamente a cada segundo que passava e sua mãe não reagia.
-Sinto muito, mas não conseguimos fazer mais nada por ela.
-NÃO!
Sakura gritou o máximo que conseguiu e como estava fraca por não ter comido nada desde que saiu da escola e mais por causa do nervosismo que sentia acabou desmaiando ali mesmo no quarto.
Continua...
Confesso que esse primeiro capítulo foi um pouquinho complicado na hora de escrever, espero que não tenha ficado confuso, apesar de ter achado que corri um pouquinho em algumas partes n.n
