N/A: Bem, aqui estou eu, com a minha primeira fanfic deste casal. A verdade é que não sou muito dada a publicar o que escrevo, mas desta vez me encorajaram, por isso aqui estou. A história está ambientada na Terra do Nunca, ou seja, depois da segunda temporada de Once Upon a Time. Espero que gostem e me deixem reviews com as suas opiniões. Obrigada !

Disclaimer: Esta história é baseada nos personagens da Série Once Upon a Time, e que não me pertencem. Esta fic é escrita sem fins lucrativos, de fãs para fãs.


N/T: Esta fic também não me pertence, ela é uma tradução da fic "Déjame Amarte", de LadyYellow. A autora me autorizou a traduzi-la.


DEIXE-ME AMAR VOCÊ

"Deixe-me ver... sim, isto é um beijo. Tem algum efeito poderoso, sem sombra de dúvidas".

Nunca é muito tempo...

O pirata observava, com o semblante abatido e sério, como aquele barco afastava da sua vida a única mulher que tinha conseguido tirá-lo daquele buraco negro no qual uma vez ele tinha estado preso. O Capitão Gancho podia amar de novo ? Ele mesmo recusou-se a acreditar, pelo seu próprio orgulho, e, além disso, disse a si mesmo que em honra à finada Milah. Honra ? Orgulho ? Tudo aquilo perdia o sentido e a importância quando Emma sorria; quando ele via o brilho naquelas safiras azuis que tinham lhe roubado a razão muito antes de ele mesmo ter percebido. Sempre fora um homem libertino e egoísta, que se rodeava de mulheres quando precisava, e jamais pagando, muito encanto pessoal tinha para se lançar por esses caminhos.

Uma vez ele dissera que o sexo, a vingança e a pirataria seriam o seu único meio de vida, mas quão equivocado estava o capitão do Jolly Roger. O destino foi mais cruel do que antes ao cruzar o seu caminho com o daquela mulher de cabelos dourados, que agora se afastava da sua vida, deixando-o mais destroçado e ferido do que em toda a sua maldita existência.

Milah ? Um sorriso irônico surgiu em seus lábios ao ousar fazer comparações. Ela, Emma, era o amor da sua vida. Agora ele sabia, e a estava perdendo.

Ele queria continuar olhando-a se afastar até desaparecer, mas foi incapaz. Prendeu a vista no gancho, apertando os dentes e segurando uma lágrima. Uma solitária lágrima que umedecia o seu olho esquerdo, inundando-o. Gancho chorando ? Há anos, talvez séculos, que ele não o fazia, e, pelos sete mares, desta vez não seria diferente.

- Emma, você está bem ? - uma voz a fez voltar a si. Apertou as mãos na amurada do barco, de onde estava vendo o navio se afastando das terras que os tinham acolhido, a ela e à sua família, durante longas semanas.

- Sim, eu estou bem... - ela mentiu. Como ia estar bem ? Deixava para trás parte da sua alma e, que diabos, todo o seu coração estava com ele, e assim seria até que desse o seu último suspiro.

- Você estava...

- Eu estou bem, Mary Margaret, de verdade.

Mas Branca de Neve era mais astuta do que Emma imaginava, e, acima de tudo, conhecia a sua filha mais do que ninguém. Uma careta de amargura apareceu nos lábios da loira, que, apertando os punhos, deu meia-volta e voltou o olhar para a praia; ela não queria ser descoberta por Mary Margaret, nem tampouco perder de vista aquela que, provavelmente, seria a última imagem do seu Killian...

Mary Margaret suspirou, pousando, por trás, uma mão no ombro direito de sua filha.

- Emma, querida... lembre-se de que todos a apoiamos, mas foi você quem decidiu, e agora deve carregar isso. Você sabe que tem a nós, e que jamais estará sozinha - ela deu-lhe um aperto no ombro e se afastou - Estarei na cabine, se você precisar de mim...

Decidiu deixá-la a sós, perdida em meio aos seus pensamentos. Sua mãe tinha razão, ela tinha escolhido assim, e as palavras criaram atiradeiras invisíveis que fizeram-na recordar perfeitamente aquele momento...


Flashback

- Então você vai voltar com ele, não é verdade ? - Gancho não podia acreditar no que estava escutando. Depois de tudo o que tinham passado, depois de ambos finalmente terem aceito que se amavam, após sofrimentos e milhares de rejeições, ela, sem mais nem menos, decidia voltar com Neal. Como era possível ? Ela o tinha usado ?

- Eu sinto muito, Ki... Gancho - ela se corrigiu. Agora não podia atrever-se a usar o nome dele, aquele que, há pouco tempo atrás, ela havia pronunciado enquanto ele se tornava dono do seu corpo e da sua alma. Enquanto a boca do pirata percorria a sua fina pele, preenchendo-a de beijos e prometendo-lhe um amor tão sincero e passional, que Emma pensara estar sonhando. Ela tinha emaranhado os dedos em seus cabelos negros, prometendo-lhe, entre deliciosos gemidos, que sempre seria dele.

- Você sente muito ? Não venha me dizer que está arrependida, Emma ! Maldita seja ! - a raiva se apoderou dele, que martelou com a mão a primeira coisa que alcançou: uma mesa de madeira.

Emma achou que a caverna dos Meninos Perdidos viria abaixo se Gancho não se acalmasse, mas o pirata tinha perdido o controle. Ele batia e chutava os antigos móveis, e qualquer adorno acabou despedaçado no chão.

- Você mentiu para mim !

- Não !

- Claro que mentiu ! - com a mão, ele agarrou-a por um dos braços, atraindo-a violentamente até ele - Você se deitou comigo, não uma, mas incontáveis vezes, durante semanas, me garantiu que me ama, e agora... - ele soltou-a com relutância - Como você pôde ? Como pôde fazer isso comigo ?!

Emma jamais vira a dor refletida naquele rosto de gelo, mas agora estava presenciando isso em primeira mão. A culpa era dela, ela sabia, e não ia deixar que o orgulho, daquela vez, a fizesse pensar o contrário.

- Neal é o pai de Henry, Gancho... depois de tudo o que passamos para encontrar o meu filho e para que o pai dele fugisse da Floresta Encantada, não posso simplesmente largar tudo e ficar... com você - ela sentia que seu coração se partia em mil pedaços, mas tinha que ser forte.

Ela tinha estado pensando, e sabia que era o melhor. Não podia se arriscar a perder a sua família, depois de vinte e oito anos completamente só, por amor a um homem. Tinha de ter em mente que Neal era a sua outra metade, a pessoa que complementava aquela peculiar família, por ser o pai de Henry.

- Você deveria vir conosco...

- Não. Ficarei na Terra do Nunca.

- Mas, Gancho... você disse que odiava essas terras...

- E o que me importa ? Eu perdi a única coisa que me importava, tudo o mais não tem importância. Vão embora daqui, eu farei com que preparem outro barco. Direi a Sininho para dar-lhes o feijão mágico para abrir o portal...

- Gancho, por favor...

- Não, Emma. Acabou. Não quero ouvir mais nenhuma palavra.

E, sem dar tempo para mais nada, Killian saiu da residência, deixando uma desolada Emma amaldiçoando-se por dentro. Estaria fazendo a coisa certa ? Deixando-o ali, fazendo-o acreditar que o tinha usado por todo aquele tempo... talvez fosse melhor assim. Se ele conseguisse odiá-la, a dor desapareceria.

Fim do flashback


- Emma ?

A loira pestanejou, inclinando a cabeça e deparando-se com o pequenino que olhava-a com olhos minuciosos, examinando a sua mãe com evidente suspeita.

- Você não deveria estar jantando, rapazinho ? - ela sorriu-lhe debilmente, apoiando-se de costas na amurada.

- Não estou com fome. Além do mais, o Sol ainda não se pôs totalmente. É daqui a pouco.

Os olhos da loira contemplaram o alaranjado céu da Terra do Nunca, onde o Sol se despedia para passar o bastão à Lua. Ela engoliu em seco, lembrando-se daquela noite, aquela primeira noite em que Killian e ela, deitados na areia da praia, olharam para o céu estrelado. Ele ensinou-lhe o nome de cada uma das estrelas, enquanto ela, como uma garotinha entusiasmada, escutava-o, atenta e atônita.


Flashback

Naquela noite, era a vez deles ficarem de guarda, e, depois de uma longa caminhada pela ilha, decidiram tirar um merecido descanso.

Emma desabou diretamente na areia, suficientemente afastada da margem para não se molhar. Gancho sentou-se ao seu lado, respirando um pouco aceleradamente, cansado depois de andar por metade da selva. Ainda arriscando-se a receber uma rejeição por parte da loira, decidiu deitar-se ao lado dela.E, para sua sorte, Emma não lhe dirigiu nenhuma palavra hostil; algo muito comum entre eles.

- Cansada, Swan ? - ele sorriu, jocoso.

- Oh, temos um adivinho entre nós. Que sorte a nossa ! - ela ironizou, revirando os olhos.

O capitão ficou em silêncio, franzindo o cenho. Passaram-se minutos, longos minutos em que ambos não disseram nem mais uma palavra. Não fazia mais do que quatro dias que tinham pisado na Terra do Nunca, e ainda tinham que encontrar Henry, portanto Gancho sabia e compreendia o estado de angústia da mulher que estava deitada ao seu lado. Procurava não fazer comentários que pudessem ofendê-la, mas Emma se ofendia muito facilmente na maioria das vezes. Suas personalidades conflitavam-se e as faíscas saltavam até mesmo antes que qualquer um dos dois chegasse a abrir a boca.

Killian pigarreou, e, apontando para o céu, disse:

- Sabia que as estrelas, aqui, são diferentes ? - ele tentou quebrar o gelo.

Ema alçou uma sobrancelha, olhando para onde o pirata estava apontando. O céu inteiro brilhava como se as estrelas estivessem banhadas em ouro. Era lindo e deslumbrante.

- Está vendo o desenho formado por aquelas ? Se você prestar bem atenção, vai ver que parece a figura de uma sereia.

- Uma sereia ?

- isso mesmo... diz a lenda que as estrelas do céu da Terra do Nunca na verdade não são estrelas, e sim figuras reais, de pessoas, criaturas ou objetos, que voam banhadas pelo pó mágico das fadas.E que, se em qualquer outra parte do mundo você acreditar, será capaz de vê-las.

Emma pestanejou, repentinamente intrigada. Sem nem mesmo se dar conta, encostou-se mais a Gancho, deixando-se envolver por aquela fascinante história.

- E... sempre estão voando ? - ela franziu o cenho. Como aquilo era possível ?

- Não sei, talvez abandonem o céu durante o dia para se alimentar, vai saber - ele encolheu os ombros, sem dar maior importância.O que realmente era belo naquele relato era a história, independente dos motivos pelos quais estavam ali. Mas Emma sempre tinha que dar um passo à frente, é claro - E, bem, você já sabe que aqui a vida é eterna e que nunca se envelhece.

- Nunca é muito tempo...

- Não quando você tem um motivo para viver... - ele nem sequer parou para pensar, as palavras fluíram sozinhas, e, inevitavelmente, foi a imagem da Salvadora que veio à mente do pirata, ao dizê-las.

O que aquela mulher tinha feito com ele ? Tinha mudado-o de alguma forma que ainda não conseguia explicar. Quando a via durante as manhãs, seu coração dava um salto. Quando não sabia onde ela estava, a preocupação e o medo ao pensar que algo de ruim poderia acontecer-lhe se apoderavam dele. E, às noites, quando cada um tomava um rumo diferente, desejava poder segui-la e refugiar-se com ela entre os seus lençóis. E, por Tritão! Não estava louco, podia perceber o que provocava em Emma quando a tinha por perto. Via as suas bochechas enrubescidas e quentes e aquele brilho especial nos seus olhos. Talvez ela o odiasse, mas gostava dele, ele sabia que ela gostava.

Emma continuava com o olhar fixo no céu, negando-se a olhar para Gancho. O coração dela batia com força, explodindo no peito. Dentro de si, ela estava consciente de que morria de vontade de ser esse motivo para Killian, mas pensar naquilo era absurdo e patético. Ao contrário do pirata, a Salvadora não enxergava o mesmo nele; nem por todo o ouro do mundo poderia imaginar que ele sentisse algo por ela.

- Ei...

Ela sem sequer teve tempo para continuar falando, quando Gancho levantou-se o suficiente para meio que deitar-se sobre ela. Apoiou sobre um cotovelo o braço do gancho, e, com a mão, afastou-lhe uma mecha de cabelo do rosto. Tinha se deixado levar por um impulso, porém já não agüentava mais. Emma olhava-o perplexa e atordoada, incapaz de se mover.

- Eu vou fazer uma coisa; uma coisa que tenho desejado fazer desde o primeiro dia em que te vi na Floresta Encantada - antes que ela lhe respondesse, ele pôs-lhe dois dedos sobre os seus lábios - Depois você pode me odiar e me lembrar do quão desprezível eu sou, mas agora... por favor, cale-se... - ele sussurrou, à medida que se inclinava e substituía os dedos pelos seus próprios lábios.

Assim que ambas as bocas se roçaram, Emma soube que estava perdida. Entrecerrou os olhos involuntariamente, deixando que um pequeno suspiro fosse testemunha daquele esperado beijo. Killian e Emma beijaram-se intensa e apaixonadamente, deixando que o desejo que guardavam um pelo outro se apoderasse deles. Suas línguas se encontraram e certificaram-se de que estavam há anos se mãos da loira acariciaram o pescoço e os cabelos do pirata, enquanto ele percorria a figura feminina dela.

E, quando se deram conta, o Sol começava a sair no horizonte. As horas tinham se passado voando, enquanto os dois devoravam-se sem piedade, com verdadeira fome e necessidade.

Fim do flashback


- Você o ama.

- O quê ? - Emma franziu o cenho, voltando à realidade. Percebeu que Henry dava-lhe um divertido sorriso.

- Você o ama, a Gancho.

Emma se enrubesceu, negando repetidas vezes.

- Não diga bobagens, Henry. Por que você diz isso ?

- Ontem à noite, eu escutei você chorar... sei que os dois discutiram - a loira desviou o olhar, incapaz de replicar - Por que você o deixou aqui, mamãe ?

- Ele decidiu ficar... é a vida dele, eu não sou ninguém para interferir - ela suspirou.

- Sei que eu sou um menino, mas não me tome por idiota. Você está voltando para Storybrooke por minha causa, não é mesmo ? - Henry afastou os cabelos da testa, agitados pela leve brisa.

- Não quero que você se sinta culpado, Henry. Esta é uma decisão que eu tomei baseando-me no que é melhor para todos. Eu tenho que estar com você, com os meus pais, e com... Neal.

- O melhor para todos, sim, mas o que é melhor para você, Emma ? - ele alçou uma sobrancelha, perspicaz.

Emma ficou sem palavras, pois um nó tinha se formado na sua garganta, impedindo-a de falar. O melhor para ela ? Voltou a se virar, olhando para a praia onde ainda estava Killian, ao lado de Sininho e de dois dos Meninos Perdidos. O barco havia se afastado apenas alguns metros, e, por isso, embora não pudesse ver o rosto do pirata, a sua imagem ainda era bastante nítida.

- Fique.

- O quê ? - ela franziu o cenho.

- Fique com ele, mamãe. Faça isso por si mesma, faça isso por Gancho.

Emma virou-se e inclinou-se até o filho, olhando-o nos olhos.

- Meu lugar está em Storybrooke.

- Não é verdade ! Todos nós merecemos o nosso final feliz. Branca de Neve e o príncipe se encontraram, eu encontrei você... e você, vai renunciar à sua felicidade por nós ? Sabe que nós nunca iríamos nos perdoar.

- Mas...

- Por favor... eu vou ficar bem. Meus avós irão cuidar de mim, e minha mãe; Regina estará comigo - ele sorriu, encorajando-a.

Naquele momento, David saiu para o convés, vestindo novamente a jaqueta.

- Vamos lançar os feijões mágicos. Estão prontos ? - trocou olhares com ambos, terminando em sua filha.

Henry mordeu o lábio, nervoso, esperando que Emma fizesse a coisa certa, mas ela, indecisa, ficou com o olhar perdido em um ponto indefinido. Não podia ir embora, não podia deixar tudo para trás por... ele.

Ou talvez sim ?

- Emma, querida - David colocou uma mão no rosto da filha, examinando-a; começando a se preocupar ao ficar sem resposta e ao vê-la naquele estado - Rumpelstiltskin vai lançar o feijão mágico, nós temos que...

- Não - sentenciou ela. As lágrimas não tardaram em invadir o seu rosto de porcelana, e, com toda a dor de seu coração, ela deu o sorriso mais doce que podia ao seu pai - Eu lamento, David, mas o meu lugar não está em Storybrooke... não sem ele.

- Emma... do que você está falando ? Quem é...? - mas não foi preciso acabar a frase, pois instantaneamente ele soube: Gancho - Você deve estar brincando, não pode estar falando sério ! Esse desprezível canalha !

- Eu nunca falei mais sério. Por favor, papai... - ela suplicou. Assim que ela o chamou de papai, David soube que sua filha estava falando sério. Em situações mais críticas, Emma sempre o chamava assim, e não pelo seu nome - Eu o amo... - ela soluçou, cabisbaixa.

O Príncipe Encantado não hesitou em abraçá-la fortemente, demonstrando o seu apoio.

- Você irá voltar para casa algum dia ? - ele murmurou, enquanto beijava a cabeça dela.

- É claro... - assegurou ela, olhando-o nos olhos - Eu te amo, papai... por favor, cuide de Henry e de Mary Margaret. Ela sorriu-lhe uma última vez, antes de se virar para Henry, a quem abraçou com toda a sua força, desatando-se a chorar em silêncio.

- Eu voltarei, Henry. É uma promessa.

David estava prestes a pedir parra que mudassem o curso do barco, para voltarem a praia, quando, sem aviso prévio, Rumpelstiltskin lançou longe o feijão mágico. Logo o buraco abriu-se em meio às águas, e o capitão do navio segurou o leme para ir em direção ao local.

Emma viu toda a esperança perdida, mas então, sem pensar duas vezes, e valendo-se de um impulso, lançou-se na água, ante os gritos da sua família.

- Homem ao mar ! - gritou um membro da tripulação, e o pânico foi instalado.

- Emma ! Emma ! - Mary Margaret correu até a amurada, disposta a saltar atrás da filha sem hesitar por um único instante, mas seu marido a deteve, consciente do que Emma pretendia.

A água a empurrava de um lado para o outro, molhando as suas roupas e deixando-a mais pesada. Ignorando o enorme barco situado atrás dela e os gritos da sua mãe, Emma nadou e nadou, usando todas as suas forças, até à margem. Uma margem que realmente não estava tão distante, mas que parecia afastar-se à medida que ela avançava.

Killian viu perfeitamente alguém saltar e escutou os gritos da praia. Assim que percebeu que era ela, correu até o mar e se atirou, nadando em sua direção com total desespero e angústia. Ambos se encontraram no meio do caminho, onde a água chegava-lhes na altura dos ombros. Abraçaram-se como se fosse o último dia deles na Terra, e ela chorou, enterrando o rosto em seu peito.

- O que você está fazendo ? Maldição, Emma, você está louca ? Você poderia ter se matado... tem idéia da quantidade de criaturas perigosas que há nestas águas ? - Gancho não parava de tocá-la no rosto, nos cabelos e nas costas, certificando-se de que sua princesa estava bem, que era real e estava com ele.

- Não importa... eu não me importo com nada, eu não podia ir embora, eu... - ela levantou o rosto, que ele embalou na mão - Eu te amo, Killian... te amo tanto que dói... me perdoe, por favor. Tudo o que eu lhe falei sobre Neal, nada daquilo era verdade... era você, sempre foi você... deixe-me amar você - ela confessou e suplicou entre soluços, ante o atônito rosto do pirata.

Killian não respondeu, ao invés disso, sem poder se conter mais, beijou-a desesperadamente. E aquela solitária lágrima que negava-se a escapar do seu olho, deslizou pelo seu rosto, demonstrando que de felicidade, sim, se podia chorar.


Seis meses depois...

David entrou no quarto de Henry, e viu-o sentado no parapeito da janela.

- O que você está fazendo, rapaz ? É tarde, você deveria estar na cama.

- Eu sei, só... me dê um instante. Estou esperando por alguém.

David Franziu o cenho, aproximando-se.

- Alguém ? Quem ?

- Minha mãe e Gancho.

- O quê ? Mas, Henry, eles... eles estão...

Um amplo sorriso apareceu nos lábios do garotinho, que, entusiasmado, apontou para o céu. E ali, no firmamento, a figura de um barco apareceu, como se as estrelas tivessem decidido mudar de forma; dourado e reluzente, navegava entre as nuvens.

- Nas estrelas... eles estão nas estrelas - assegurou Henry, e, assim que David viu o Jolly Roger, teve a impressão de que retrocedia alguns anos, até ser apenas um garoto, despreocupado com a vida e com os problemas.

- Tenho a sensação de já ter visto esse barco antes... há muito tempo, quando eu era uma criança... - ele murmurou.

Henry abraçou-o, e ambos continuaram a contemplar o céu noturno, deixando que milhares de agradáveis sensações tomassem conta deles. E sabiam que Emma e Killian finalmente tinham encontrado o seu final feliz. Juntos.


N/A: E por hoje é só. O que você achou ? Eu vejo um final assim para eles, mas não sem renunciar a algo, pois a vida de Emma e Gancho nunca é fácil. Aceito opiniões de qualquer tipo, e, se forem críticas, construtivas, por favor, já que todos nós temos que aprender e melhorar ! ( :


N/T 2: Bem, e aqui está a minha terceira tradução de setembro, e a minha primeira tradução de Once Upon a Time - mais um fandom no qual eu me aventuro pela primeira vez. Como já foi dito lá em cima, antes da fic começar, esta fic originalmente foi escrita depois da Season 2 da série, para quem por acaso é fã da série e acompanhou ou está acompanhando todas as suas temporadas. Mesmo assim, foi uma fic que eu gostei e achei que valia a pena traduzir. E espero que vocês gostem dela.

E, no caso de vocês terem gostado dela... reviews, please ?