Disclaimer: Inuyasha não me pertence. Se pertencesse o casal seria Sesshoumaru e Kagome.
Sinopse: Tudo não passava de um jogo. Um modo de se vingar do seu ex. Mas poderia se tornar algo muito maior. Muito melhor. Kag/Sess. UA.
Doce Vingança
- Vá embora – ela suplicou enquanto tentava disfarçar as lágrimas que teimavam cair. – Por favor. – pediu novamente ao notar aquela tão conhecida sombra se aproximar ainda mais. – A última coisa que preciso agora é de seu sarcasmo, Sesshoumaru.
- Eu sei. – respondeu e ela o agradeceu imaginando que esse a deixaria agora, - mas não vou a lugar nenhum. – anunciou o youkai. Kagome estava sentada em um banco de metal no jardim dos fundos de um grande salão de festas com os olhos inchados e cotovelos sobre os joelhos agora escondendo o rosto nas mãos.
- Insensível! – ela atacou sem se dar o trabalho de levantar o rosto da concha que havia feito com as mãos.
Ele deixou que um sorriso singelo escapasse. Ela não estava olhando mesmo.
- Sim, - ele concordou, - completamente. Agora pare de chorar. – sua voz não continha nenhuma emoção.
- Ele me trocou, droga! E ainda a trouxe aqui!
- Ele nunca te amou. – rebateu o youkai friamente. Ele se sentou ao lado dela. Por que ela teimava em esconder o rosto? Ele podia sentir o salgado das lágrimas furtivas de qualquer forma. E ela já deveria saber disso a essa altura.
- Ótimo! Me sinto muito melhor agora. – ironizou se virando para ele por alguns segundos com um olhar de raiva antes de enterrar o rosto nas mãos novamente.
- Não seja ridícula, Kagome. Não estou aqui para que você se sinta melhor.
- E por que está, posso saber? Por que não pode deixar a mim e minha miséria em paz? – "A festa estava chata" pensou ele imaginando o tapa que ela o daria se dissesse isso.
- Estou aqui para evitar que faça papel de idiota... – ele pausou e ela levantou o rosto - pelo menos um maior do que já fez. – completou. Um sorriso torto se formou no canto dos lábios dele.
- O que seria da sua vida sem mim, Sesshoumaru? – perguntou retoricamente, deixando as lágrimas de lado e permitindo que formasse um pequeno sorriso no canto de seus lábios também.
- Só posso dizer que seria bem mais monótona.
- E sem graça. – completou a humana.
- Redundância, Kagome, conhece?
- Não seria no nosso caso. – ela riu. Talvez ele estar ali não fosse tão ruim assim.
- Vamos entrar?
- Mas eu acabei de sair de lá! - pigarreou a humana. "Pior que criança." pensou ele se esforçando contra a vontade de revirar os olhos. – não volto tão cedo. – concluiu. Sesshoumaru realmente acreditava que ela voltaria para festa onde seu ex-noivo estava se agarrando com sua prima?
- Não posso deixar que você dê ao meu irmãozinho o gosto de saber que você se sentiu atingida por aquela ceninha que ele e sua prima estão fazendo lá dentro. – "Eles deviam é arranjar um motel!" pensou a garota com uma careta. Ela precisava se vingar!
E então a idéia a atingiu como um raio. Um sorriso malicioso se formou no seu rosto. Mordeu o lábio. Sesshoumaru viu aquela mudança e se sentiu apreensivo. Ela queria alguma coisa, e por experiência ele sabia que quando ela queria alguma coisa com ele a vida dele seria atrapalhada no final.
- Sesshoumaru... – sussurrou suplicantemente fazendo a voz mais doce que conseguiu – eu preciso de sua ajuda...
- Não! De jeito nenhum! – ele disse já se levantando.
- Qual é? Você nem ouviu o que eu tenho a dizer! – ela foi atrás dele.
- Eu não preciso ouvir o que você vai dizer pra saber que a única resposta segura para mim é não.
- Por favor, Sesshy! Eu te ajudei com Kagura!
- Não me chame assim!
- Finja estar comigo! Apenas essa noite. – ela continuou, o ignorando, - Pense só: é sua chance de deixar seu irmão com cara de idiota, retribuir meu favor e sair da seca. – ela disse maliciosamente. Sabia que estava mentindo em relação a "seca". Sesshoumaru tinha qualquer uma em sua cama em um estalar de dedos e não tinha vergonha de se aproveitar disso, mas Kagome não podia deixar a oportunidade de tentar irritá-lo passar.
- Kagome... – rosnou em resposta.
- Do que você tem medo? Se apaixonar por mim? – zombou a morena.
- Mais do que já sou, impossível. – respondeu pingando sarcasmo.
- Então pronto! É só uma noite, você não perderá nada. – ela mordeu o lábio inferior. Já haviam se aproximado do salão de festas novamente e era possível se ouvir a música da boate e os zumbidos de conversas. – A não ser que não seja capaz de fazer algo assim... – ela agora estava duvidando da capacidade dele, e o conhecia bem o bastante para saber que seu enorme ego não deixaria aquilo barato.
- Que seja! Mas se vamos fazer isso, vamos fazer direito. – ele disse. Ela não entendeu o que ele quis dizer com aquilo mas no segundo seguinte ele já a havia puxado pelo braço para a entrada do salão de vidro. Ao entrarem no salão o youkai não perdeu tempo a prensando contra uma pilastra. E no momento em que seus lábios se encostaram, Kagome sentiu seu coração pular duas batidas. Pelo susto que levou, ela tentou se convencer.
Kagome parecia ter um gosto doce para o youkai. Tão delicioso, tão viciante. Lembrava morangos, mas infinitamente melhor. Talvez fosse algum brilho labial da garota, ele disse para si mesmo.
Passado o susto inicial, Kagome começou a retribuir o beijo, movimentos suaves e controlados, que logo com uma naturalidade incrível se tornaram rudes e selvagens. Como um beijo poderia ser tão bom? Com Sesshoumaru ainda por cima? Aquilo não estava certo. Ela tentou empurrá-lo. Ele sentiu a pressão fraca da humana em seus ombros, mas mesmo que nunca admitisse que estava aproveitando estar com uma humana, ele estava, e não a soltaria tão facilmente. Ela tentou novamente, dessa vez cravou as unhas no ombro do inu youkai.
- Colabore comigo, Kagome. – ele rosnou com uma voz rouca ao pé de sua orelha. Ela lutou para não soltar o gemido involuntário que havia crescido em sua garganta. E agradeceu a Deus mentalmente por ter sucedido. Não podia dar aquele prazer à Sesshoumaru. Não à Sesshoumaru.
- Oi! O que vocês dois estão fazendo? – perguntou Inuyasha com a voz elevada se colocando em frente ao casal que levantou um sobrancelha simultaneamente. Não se lembravam de Inuyasha ser retardado mental. Pelo menos não a esse ponto.
- O que parece que estamos fazendo? – perguntou Sesshoumaru em seu tom natural. Frio e sarcástico.
- Parece que você está se aproveitando da Kagome! – replicou para o meio irmão. – Kagome, você sabe que não agüenta bebida! Não devia ter tomado aqueles martinis! – a garota apenas se deu ao trabalho de arquear a outra sobrancelha em resposta. Ele achava que ela tinha quantos anos? Doze? – Não devia se aproveitar de humanas como Kagome. – disse mais uma vez olhando para o irmão que mantinha um olhar de desprezo no rosto. - Vem comigo, Kagome! – ele terminou puxando a garota pelo braço.
- Tire suas mãos sujas de mim, Inuyasha! – gritou a garota inconformada com o que estava presenciando. Inuyasha apenas a olhou estático. Desde quando ela falava com ele assim? – Estou com Sesshoumaru, ok? Nos deixe em paz.
- Você está doida? Ele não é bom pra você! – Kagome riu e Sesshoumaru continuou ao seu lado com um ligeiro olhar de desprezo para o irmão.
- Você não pode estar falando sério! – Kagome revirou os olhos e elevou a voz. – Você me trocou, Inuyasha! Você me traiu com a minha própria prima e tem a cara de pau de vir aqui e me dizer que Sesshoumaru não é bom pra mim? Você está tirando uma com a minha cara não é?! – ela riu novamente. Dessa vez uma risada mais sinistra. Inuyasha deu um passo pra trás. Sesshoumaru se aproximou.
O inu youkai a pegou pelo braço e sobre os protestos dela, a arrastou para fora do salão novamente. Estavam começando a causar uma cena no local e ela iria se arrepender disso no dia seguinte. Por mais que ele gostasse de ver a humana finalmente enfrentando o ex-noivo.
- Eu devia bater aquela cabecinha dele contra a parede até que o cérebro minúsculo dele explodisse! – disse ao finalmente voltar para o lado de fora do salão.
- Eu já pensei nisso. Não vale a pena o tempo na prisão. – comentou o youkai como se fosse totalmente normal. Um pequeno e singelo sorriso se formou no canto dos lábios da garota. Às vezes Sesshoumaru sabia como diverti-la. Agora, se aquilo era intencional ou não, era por sua vez, algo que ela nunca sabia dizer ao certo.
Se conheciam desde sempre. E ela podia dizer que haviam sido unidos por uma força maior do que todas as outras quando se é criança: a geografia. Eram vizinhos, a família de Sesshoumaru e Inuyasha morava na casa ao lado da sua e ambas eram muito amigas. Quando pequenos Kagome e Inuyasha eram inseparáveis, logo foi inevitável um romance entre os dois quando já estavam no colegial mas agora já haviam se formado na faculdade e o noivado havia ido por água abaixo.
- Pelo menos agora eu sei por que você ainda não matou seu irmão. – brincou enquanto continuava a andar pelo jardim. Ele não respondeu e continuou a andar. Kagome tentava não pensar no beijo que haviam partilhado minutos atrás e se concentrar na raiva do ex-noivo mas a sensação dos lábios macios de Sesshoumaru contra os seus teimava em persegui-la. Ela se perguntava se havia alguma chance, por menor que fosse, de Sesshoumaru ter apreciado o beijo do mesmo tanto que ela e acabou por morder o próprio lábio. Ele continuava em silencio e depois de alguns minutos ela já estava desconfiada de que ele havia esquecido de sua presença.
- Me leva pra casa?
- Pode ser. – ele respondeu seguindo mais uma vez em direção ao salão. Kagome deu passos mais largos e cuidadosos em cima dos saltos agulha que havia comprado na vespera para impressionar Inuyasha e rapidamente o alcançou. Fechou os olhos, fazendo uma careta e evitando contato visual com o youkai, entrelaçou uma de suas mãos na dele. – O que você pensa que está fazendo, humana? – questionou ele.
- A noite não acabou. Nós ainda estamos juntos. – respondeu olhando para os lados enquanto adentravam a salão e o cruzavam em direção a porta principal.
- Você vai ficar me devendo, Kagome. E muito. – acentuou.
- Oh me poupe. Você está adorando a cara do Inuyasha e eu sei. – ele não respondeu.
Chegando ao carro ela percebeu que ele ainda não havia soltado sua mão.
- Sabe, pra quem estava reclamando você está levando bastante tempo pra soltar minha mão. – e foi aí que ele finalmente o fez.
- Só entre no maldito carro. – ela riu e ele a repreendeu com um olhar frio fazendo com que ela risse ainda mais adentrando o carro esporte do "amigo". A viagem estava mais uma vez silenciosa, afinal, eles não tinham exatamente o que discutir quando não estavam trocando insultos e insinuações. Depois de um tempo pelo transito, ela finalmente se cansou do silêncio.
- Dizem que homens com carros assim e que dormem com tantas mulheres quanto você, fazem isso para supercompensar alguma coisa. O que você tem a dizer sobre isso, Sesshy?
- Não me faça te provar minha masculinidade, Kagome Higurashi. - rosnou.
- Quero dizer, carro esporte, roupas chiques, uma grande empresa, inúmeros casos amorosos, porque Deus me proíba de chamar qualquer uma daquelas suas loiras vazias de namoradas,—
- Ciúmes? – cortou ele.
- e ainda dirigindo a 200km/h em plena madrugada. – ela continuou o ignorando. – alguma coisa tem que estar errada aí.
- Isso porque está acostumada com meu irmão. Não sabe o que um homem de verdade é capaz. – apontou aumentando ainda mais a velocidade do carro.
- Seu irmão pode ser um idiota, mas acredite, ele é um homem de verdade.
- Isso em comparação a quem? Houjo? Admita Kagome, você não tem exatamente os melhores dos parâmetros para comparar Inuyasha.
- Idiota. – tossiu a garota e ele revirou os olhos. – Não revire os olhos para mim!
- Não desconte sua frustração em mim. Não é culpa minha se nunca foi possuída por alguém que soubesse o que estava fazendo e agora precisa ficar insinuando sobre a minha sexualidade. – respondeu parando em frente à casa de seu pai. Estariam presos na vizinhança durante todo o festival de inverno que deveria durar mais uma semana. Se não fosse pelas ameaças de deserdação do pai, Sesshoumaru não estaria ali naquela semana.
- Ótimo! – exasperou se soltando do cinto de segurança e se virando para o homem ao seu lado com clara irritação. – Me prove então. Me possua, Sesshoumaru.
E então? Gostaram? Só um pedaçinho pra vcs decidirem se eu devo continuar a postar ou nao.
Como The Filthy Rich já foi postado e já estou trabalhando em Something Borrowed não achei que postar a historia agora traria problemas. Honestamente estou com ela no pc já a alguns dias mas estava sem coragem de postar. Me digam o que acharam, ok? Obrigada todo mundo que leu até aqui.
Beeijos ;*
