Fic dedicada à Caroline Evans Potter - Querida, valeu pela paciência em esperar eu finalmente postar! Espero que goste, viu? XD~
Disclaimer: Nem o James, Lily, Sirius, Remus e Peter são meus, como todo mundo sabe. Eles pertencem à Tia Jô, obviamente. Assim como o Vovô Dumbie, a Tia Minnie e o Filch. A Suzzy é minha. Mas só. Essa fic não tem fins lucrativos.
Resumo: Desde pequena, eu tenho um fraco por leite. Tudo bem, eu sei que é idiota, mas é a mais pura verdade. E a Suzzy sabia disso. E usou como desculpa. Golpe baixo. Muito baixo mesmo. Além do subsolo. Tipo uns dez andares abaixo. Eu não tenho culpa! Foi o leite!
Foi o Leite!
Capítulo Um: Abrindo os olhos
Narrado por Lily Evans
Okay. O que posso dizer? Ela me pegou de surpresa, tá bom? Não é como se eu quisesse realmente ter deixado ele entrar. Mas a Suzzy, minha querida amiga, entrou com ele na sala dos monitores. Simplesmente assim. Bateu. Perguntei quem era. Ela respondeu. Disse que estava trazendo leite. Pensei: ah, que amor, Suzzy, você é uma boa amiga! Eu abri. Má, muito má, Suzzy. Muito má mesmo. Muito, muito, muito...(continua até atingir a 634574ª palavra muito. Multiplicada por infinito. Por aí...) má! - Ah, ela vai ver só uma coisa, e espero que ela saiba rezar. E reze bastante para que os restos mortais que eu jogarei no lago da Lula-Gigante sejam encontrados. E identificados. Mas eu não sou sádica (sorriso assustador). - Não posso deixar de comentar o fato de que ela não me avisou que havia um Maroto com ela. E nem era o Maroto monitor, não! Era o Maroto apanhador. Isso mesmo. James Potter. Merlin, proteja essa garota e me segure bem, senão não sei o que vou fazer com ela. Aliás, ainda estou avaliando a opção da Lula-Gigante. Mas também posso causar uma pequena explosão no calderão dela na aula de poções. Não que eu queira explodir ela (sorriso assustador de novo), imagina!
E adivinha? Ele simplesmente entrou. Isso mesmo. Assim. Sem pedir permissão nem nada. Ah, se o ódio matasse... Bem, se matasse, não existiria mais ninguém nesse mundo. Mas deixando isso de lado...
– Lily, - falou a desgraçada, me empurrando um copo de leite. Ah, pelo menos ela trouxe o leite. Okay, diminui o número de pedaços que eu ia cortar do seu corpo pela metade. O que não significa que sobraram poucos. Não mesmo. - eu preciso que você me faça um graaande favor.
Isso, amiguinha. Sua morte já está marcada mesmo. Qual o seu último desejo?
– Eu preciso mesmo, mesmo, mesmo que você busque uma coisa pra mim.
– Que coisa? E porque você mesma não busca? - Perguntei desconfiada.
– Sabe o que que é, Lily... É que essa coisa está na sala do Filch. E, bom, você sabe, ele não é meu amigo nem nada.
– Não, ele odeia você, Suzzy.
– Exatamente. Pois é, e essa coisa é muuuuito importante.
Meu Deus. Eu odeio com todas as minhas forças esse tom dela. Simplesmente porque vem bomba pela frente. E uma bomba beeeem grande.
– Suzzy, o que estaria na sala do Filch? Não me meta em problemas, Suzannah!
– Não, Lily, imagina! - riu ela sem graça.
Olhei pra ela e depois pro Potter. Acho que assim ela compreendeu.
– Pois é. Na verdade, esse favorzinho não é pra mim. É pros Marotos.
Olhei incrédula para ela. Ah tá. Além de invadir a sala com o Potter, ainda quer que eu faça um favor pra ele? Tive que tomar meu leite. Muuuito leite. Ah, só isso para me acalmar. Apoiada na mesa em que eu estava sentada antes deles aparecerem, perguntei:
– Okay, Suzannah, só me dê uma resposta convincente: Porque eu ajudaria os Marotos?
Olhei fixamente para o Potter. Ele havia olhado divertido para a nossa conversa até agora, mas de repente ficou sério. Voltei meus olhos para a minha amiga, esperando.
– Porque você me ama? - tentou ela.
Eu apenas encarei-a.
- Porque você é amiga de um maroto? - tentou de novo.
Continuei encarando ela.
– "Porque você é uma monitora e tem o dever moral de ajudar a quem precisa, seja quem for, seja para o que for."
Ah não. Tudo menos isso. O feitiço virou contra o feiticeiro. Nesse caso, contra a feiticeira. Ela simplesmente usou o que eu digo para ela toda santa vez em que eu tinha que fazer um trablho de monitoria, o que resultava em passar menos tempo com ela e as outras meninas. Fiquei sem palavras. Como ela ousou? Não dá, depois dizem que eu sou a inteligente.
– Porque não pedem ajuda pro Remus? Ele é tão monitor quanto eu. - tentei.
Potter ficou meio estranho, mas logo camuflou isso com um sorrisinho.
– Bem, digamos que ele não está disponível no momento.
Certamente. O Remus é um ótimo amigo, mas sempre que eu preciso dele, ele some. Onde você está quando eu mais preciso de você? Isso acontece praticamente todo mês. Na verdade, isso acontece todo mês. Que estranho... Tá, Lily, pense no Remus mais tarde. Okay, me rendo. Suspirei.
– Tá bom. O que é?
Os rostos dos dois simplesmente se iluminaram. Lily Evans, você tem um coração muito mole.
– É um pergaminho.
Caí sentada na cadeira. Como assim? Tudo isso por um pergaminho?
– Vocês querem um... Pergaminho?
– Não é um pergaminho qualquer. É muito importante para os Marotos. Por favor, Evans.
Opa. Alguém pára o mundo que eu quero descer. James Potter me chamou de Evans? E pediu por favor? O mundo enlouqueceu.
Fiquei tão boba que esqueci totalmente da idéia do lago da Lula-Gigante.
Olhei para os dois. Suzzy parecia comovida. E o Potter... Meu Deus, é uma miragem. Ele está desesperado!
Evans, Evans, você ainda se dá mal por ter um coração tããão mole.
– Tudo bem. Mas como vou saber que pergaminho é? Vocês sabem quantos têm naquela sala?
– Bom, Lily. Foi por isso que o James veio.
Olhei para o copo de leite, que descansava ao lado do livro que eu lia com tanto entusiasmo antes de ser rudemente interrompida. Logo depois olhei para o relógio. Lá se vai a minha agradável tarde de domingo.
– Okay. O Filch está de babá do primeiro ano, já que o professor deles está doente. Só volta em uma hora. Vamos logo.
Resolvi não olhar, mas tenho certeza que os dois sorriram. Fechei o livro com cuidado e peguei meu casaco de algodão. Devo acrescentar o fato de que, como estamos em pleno inverno, esse casaco não seria o suficiente. Pena que não pensei nisso na hora. Coloquei-o e saí pela porta. Olhei para trás.
– Não vem, Potter?
– Claro.
Tudo bem. Aqui estou eu, andando sorrateiramente em Hogwarts para ajudar James Potter. E o pior: estou quebrando regras para isso. Ai, Deus. Será que a Suzzy colocou algo naquele leite?
– Tudo bem. – falei quando chegamos na sala do Filch – Os pergaminhos normalmente ficam no arquivo.
Falei me aproximando do arquivo perto do armário.
– Quando ele confiscou o tal pergaminho?
– Há dois dias.
Enquanto eu procurava o bendito pergaminho, ouvi passos no corredor. Logo havia alguém em frente à porta.
– Sim, Madame Norra, aqueles pestinhas irão pagar por isso.
Olhei para o Potter. Não sei se ele estava tão apavorado quanto eu, mas eu sei que não poderíamos ficar ali por muito mais tempo. Olhei em volta. A única opção era o armário do Filch. Suzzy, você me paga por isso! Não acho que o Filch tenha algo contra mim, mas aposto que ele não acharia divertido me encontrar com o Potter na sala dele. Ainda mais em um momento em que ele estava ausente. Puxei Potter para dentro e fechei a porta no exato momento em que Filch entrava.
– Você não disse que ele só voltava em uma hora? - sussurrou ele.
– Era pra ele estar cuidando do primeiro ano! - me defendi.
Logo tivemos a resposta. Filch estava conversando com a Madame Norra.
– Aqueles alunos estúpidos do primeiro ano! Ah, porque baniram as detenções nas masmorras, Madame Norra? Era tão bom, pendurá-los pelos tornozelos...
Legal. Realmente interessante. Passei os últimos sete anos da minha vida fazendo duas coisas em especial: Não quebrar regras e evitar o Potter. E onde estou agora? Escondida no armário do Filch com o Potter! Estou perdida!
– O que faremos agora? - sussurrou ele de novo.
– Teremos que esperar ele ir embora. - suspirei.
Não sei se foi impressão minha porque estava escuro, mas acho que o Potter gostou disso. Claro, Evans! Potter é, e sempre será o Potter!
– Acho que ele saiu. - sussurrei.
A minha desesperada esperança se foi, infelizmente, no momento seguinte.
– Madame Norra, acho que estamos atrasados, tem toda aquela papelada para arrumar - resmungou ele.
E para meu desespero total, ouvi passos em direção ao armário. E adivinha? Sim, eu estou dentro dele!
Graças a Deus, Merlin, Jashin e todas as entidades existentes, ele simplesmente jogou o casaco pra dentro. Nem reparou em dois alunos do sétimo ano encolhidos ali. O problema era que ele jogou aquele casaco fedorento em cima do Potter. Não agüentei e ri da expressão dele. Logo reparei que Filch poderia ouvir e lancei um Abaffiato. Depois, nós dois caímos na risada. Não dava pra agüentar! Não sei porquê, mas era engraçado.
Assim que me recompus, parei para olhar o Potter.
Pela primeira vez reparei como ele era lindo. Logo ele parou de rir também e ficou me encarando com ar de dúvida.
– Porque está me olhando assim? - sussurrou ele.
– Bem... Estou impressionada.
– Pelo quê?
– Em outra ocasião qualquer, você já teria tentado alguma coisa... Sabe... Comigo. - sussurrei de volta, apesar de não haver necessidade.
Ele parou e olhou para mim. Olho no olho. Senti uma coisa estranha, não sei explicar. Simplesmente senti que ele lia os meus pensamentos, tamanha a força que aquele olhar exercia sobre mim. Comecei a sentir frio.
– Evans. Você pode não acreditar, mas eu mudei. Há semanas eu não tento nada, não te chamo de Lily, não te convido pra sair. Você não reparou?
Realmente. Ele havia mudado. Mas eu pensei que ele simplesmente tivesse resolvido encher o saco de outra. Devo, porém, acrescentar o fato de que eu sentia falta dele correndo atrás de mim. Era impressão minha ou aquele armário estava cada vez mais gelado? Me encolhi antes de responder.
– Você cansou de mim, ué. - disse baixinho. Não sei a quem eu estava tentando enganar, a ele ou a mim mesma.
– Evans. - começou ele - Eu não cansei de você, sabe o porquê?
Permaneci encolhida em silêncio. De repente me senti tão baixa, tão suja por dentro.
– Porque eu não canso de quem me faz rir. De quem persegue os meus sonhos à noite. De quem eu penso vinte e quatro horas por dia. Eu não canso de quem é amiga, companheira e fiel. Eu não canso dos olhos mais lindos. Da risada mais bela. E principalmente, Evans. Eu não canso do amor.
Fiquei sem palavras. Aquele era James Potter? Aquele que eu conheci? Que quebrava sete corações por semana? Ele simplesmente parecia outra pessoa. E eu não sei como, mas novamente ele leu os meus pensamentos. Nesse ponto eu já tremia de frio.
– Eu não sou quem você pensa que sou. Se você pensa que me conhece, Evans, está muito enganada. Você não conhece nem a mim, nem ao meu coração.
A essa altura, meus olhos já estavam banhados em lágrimas. Cada vez ele chegava mais perto. E a cada milimetro que ele se aproximava, eu queria mais e mais tocá-lo, senti-lo.
– Você estava certa em uma coisa. Eu cansei. Mas não foi de você. Eu cansei de ser ignorado. Eu cansei de você pisar em mim, como se eu fosse uma barata, sem sentimentos. Eu cansei de esperar por um amor que não viria. Talvez eu tenha cansado de mim mesmo. De ser quem eu não sou. Evans, eu cansei de tentar. Resolvi que se você não quer, então eu também não iria querer. - agora não era apenas eu quem estava chorando. Lágrimas saíam dos olhos dele. Lágrimas solitárias e silenciosas. - Mas eu estava muito errado em pensar que eu conseguiria esquecer você, Evans. Eu juro por tudo que é mais sagrado que eu queria ser como você pensa e achar que garotas são apenas mais um prêmio. Que você é só mais um prêmio. Mas não posso.
Nesse momento, nós já dividíamos o mesmo ar. Eu sentia o seu hálito fresco perto do meu, sua mão tocava o meu rosto. Merlin, eu acho que amo esse Maroto.
– Eu realmente não iria mais encher o seu saco, mas surgiu uma emergência. Esse pergaminho é muito importante para os Marotos. Eu simplesmente tinha que resgatá-lo. Passamos umas duas semanas de noites em claro até completá-lo. E você era a única que podia ajudar.
A voz dele estava baixa, tão baixa que eu só podia escutá-lo pela proximidade. Eu realmente esperava que ele fosse me beijar nesse momento. Eu queria que isso acontecesse. Eu desejava.
Mas ele fez exatamente o contrário. Ele jogou seu casaco em volta dos meus ombros e se afastou. Apesar de isso ser difícil, dados os curtos limites daquele armário. Mas ele se afastou. E o pior: retirou o Abaffiato, fazendo com que eu não ousasse falar mais nada, afinal o Filch poderia ouvir.
– Acho que ele já foi – sussurrou ele.
Me encolhi no casaco dele. Eu desejava com todo o meu ser que fosse mentira. Eu realmente queria que o Filch estivesse ali. Infelizmente não estava. Pudemos ver isso ao abrir a porta depois de alguns silenciosos e angustiantes minutos terem passado. A sala estava vazia.
Assim como o meu coração.
Yay, people!
E aí, o que acharam? Foi um cap bem longuinho. Mas não se acostumem, os próximos são beem mais curtos.
Bom, como deu pra pperceber, a fic eh meio mutante. Começou com uma comédia leve, porém interessante. Passou para um draminha que Deus me livre agora pro fim. Nos próximos caps, vai ficar pulando entre drama e romance.
Então posso classificar a fic como Romance/Comédia/Drama - mas o FF não tem tres opções, então foram as mais importantes: drama e romance. Espero que tenham gostado e que apertem esse botão aí em baixo.
Bjss
Nanda Evans
(Prima Originalmete - Falsificada - de Lily Evans)
