- Katekyo Hitman Reborn® e seus personagens pertencem à Amano Akira;

- Os personagens originais pertencem a mim;

- Essa é uma fanfic yaoi, ou seja, contém relacionamento homossexual entre os personagens. Se você não gosta ou sente-se ofendido com esse tipo de conteúdo sugiro que vá ser feliz lendo shoujo.


Primo

Ele subiu a mão e deixou que seus dedos se perdessem nos curtos fios escuros. Os lábios se moviam em sincronia, uma dança perfeita que havia sido aperfeiçoada há quase dez anos. Seus antigos parceiros faziam parte de um passado tão longínquo que muitas vezes ele se questionava se realmente o havia vivido. A experiência, entretanto, denunciava que o modo como sua cabeça pendia para o lado, inclinada e procurando o melhor ângulo para intensificar o beijo, não fora aprendido de um dia para o outro.

Dez anos atrás ele era conhecido como um dos mais voláteis e famosos amantes de Roma. Não havia acompanhante, homem ou mulher, que não conhecesse seus charmes e encantos. Nos bares seu nome era mencionado entre sussurros e gracejos, e os donos dos hotéis noturnos sabiam que lucrariam nas noites em que ele aparecia. Às vezes com companhia, outras vezes com companhias.

Hoje, no entanto, ele era somente Mario.

O beijo terminou deixando um gosto de saudade, mesmo os lábios ainda próximos o bastante para uma segunda dança. Os olhos verdes se abriram devagar, embaçados e perdidos naquele íntimo momento. Sua companhia sorriu e a tarde maravilhosa que haviam compartilhado chegara oficialmente ao fim.

"Tem certeza de que não consegue colocar algum idiota no seu lugar?"

"Eles não são idiotas," a resposta acompanhou um charmoso levantar de sobrancelha, "e eu me prontifiquei a ficar no lugar de Alaudi. Nós sempre fazemos isso."

"Eu sei, mas com Alaudi na mansão eu não tenho nada para fazer, já que Ivan se recusa a trabalhar. Meus planos envolviam passar o restante da noite com meu amante, que claramente prefere a companhia de meia dúzia de investigadores idiotas do que estar comigo."

O comentário foi seguido por uma baixa risada.

"Seu amante é um tolo," Giulio inclinou-se, puxando uma das coxas e unindo os corpos nus, "você deveria deixá-lo. Eu tenho confiança de que sou muito melhor."

"Eu tenho minhas dúvidas," Mario sorriu, passando os braços ao redor de seu pescoço e suspirando, "Não importa quem eu escolha. Estou fadado a passar esta noite sozinho."

"Eu prometo que iremos recuperar o tempo perdido em breve."

Giulio o beijou de leve nos lábios antes de se levantar. O ruivo o viu se afastar, cruzando o grande quarto que ocupava basicamente o segundo andar inteiro daquela casa. A nudez do amante o fez morder o lábio inferior, assistindo-o ir até a caixa de madeira escura que ficava ao lado do guarda-roupa e onde eram guardadas as garrafas de vinho.

Se a ida havia sido tentadora, vê-lo retornar com nada, além da garrafa aberta de vinho, foi suficiente para entristecê-lo ao lembrá-lo de que não teria companhia naquela noite.

"Obrigado," Giulio encheu uma das taças que estava sobre a cômoda e a ofereceu em sua direção. O vinho era diferente daquele que beberam ao subirem para o quarto, isso no final da manhã. "Oh, eu quase me esqueci de um detalhe importante."

"Hm?" O moreno havia se sentado na beirada da cama e infelizmente cobria sua nudez com o lençol.

"Seu aniversário."

"Já estamos em maio..." Giulio parecia legitimamente surpreso e o ruivo tinha certeza de que ele havia se esquecido do próprio aniversário.

"Pode pedir o que quiser."

"Qualquer coisa?" Sua companhia esboçou um sorriso de canto que fez Mario se arrepiar, antecipando alguma fantasia sórdida que Giulio tivesse, mas que não houvesse tido coragem de compartilhar.

"Qualquer coisa..." Ele deu o último gole em sua taça e arrastou-se até o moreno, deitando-o novamente sobre a cama. Seus cabelos vermelhos foram jogados para trás evitando que ficassem no caminho. "Você pode pedir o que quiser, onde quiser e como quiser."

Giulio o olhou e por um instante ficou pensativo. Suas mãos subiram pela cintura pálida, puxando-a para baixo e fazendo com que os rostos estivessem próximos o bastante para que as respirações se tornassem uma.

"Se eu posso escolher meu presente..." Os lábios tocaram o pescoço de Mario, beijando-o de leve. A língua subiu por seu maxilar e os dentes mordiscaram a orelha direita.

"Hm..." O ruivo gemeu. Suas fantasias trabalhavam a todo vapor e por trás dos olhos fechados ele imaginava as posições mais ousadas possíveis e que envolviam roupas rasgadas e dias intermináveis de sexo.

"Eu quero que cozinhe para mim."

Os olhos verdes se abriram e piscaram longamente algumas vezes. As sobrancelhas vermelhas se juntaram e Mario ergueu-se devagar até encarar aquele que estava por baixo e que o olhava com um sorriso de pura satisfação. Espere um pouco... A expressão confusa demonstrava que ele havia se surpreendido e que não fora uma boa surpresa.

"O quê?" Mario não sabia sequer como começar a questionar. "Você quer que eu cozinhe?"

"Sim. Você disse que eu poderia pedir qualquer coisa, então quero que faça o jantar no dia do meu aniversário."

"Que tipo de pedido é esse?" A indignação o fez sentar-se na cama completamente perdido. "Eu estava esperando outra coisa, qualquer coisa menos isso! Eu estava pensando em sexo, Giulio!"

"Ah, mas isso é a sobremesa," o moreno não demonstrava, mas ele tinha certeza de que estava se divertindo.

"Você quer que eu cozinhe e ainda quer fazer sexo depois? Alguém aqui é ambicioso!"

"Eu aproveito cada oportunidade que a vida me oferece. E tenho certeza de que não serei o único a aproveitar a segunda parte da noite."

Mario cruzou os braços, remoendo o que havia escutado.

Realmente, não havia ninguém que apreciasse sexo como ele e fazer amor era basicamente obrigatório quando se encontravam, logo, seria impossível que não passassem a noite do aniversário de Giulio sobre a cama. Porém...

"Você sabe que eu não sei cozinhar. Todas as minhas tentativas foram um fiasco e se não fosse por Giuseppe eu já teria morrido de fome."

Giulio sentou-se na cama e pendeu o suficiente para que pudesse depositar um gentil beijo em seus cabelos.

"Esqueça, eu estava apenas te provocando," o moreno ficou em pé, "não existe nada que eu queira, mas se decidir me presentear eu ficarei feliz com qualquer coisa que venha de você, então não se preocupe. O que eu realmente quero é poder passar esse dia ao seu lado, como temos feito nos últimos anos."

Ele ainda disse mais alguma coisa, mas Mario não prestou atenção, notando apenas que havia ficado sozinho no quarto ao ouvir a porta do banheiro ser fechada. O sobrado onde o moreno vivia era grande para uma única pessoa e os cômodos principais, como cozinha, sala de estar e de jantar, ficavam no primeiro andar. O segundo andar era exclusivo para o quarto, sem divisórias, contendo a larga cama com pilares onde ele se encontrava, um guarda-roupa em uma das extremidades, a lareira na outra ponta e o banheiro principal.

Seus olhos fitaram o local e Mario se acomodou melhor na cama, enrolando-se ao fino cobertor vinho. A lareira havia sido acessa há horas e o quarto estava aquecido. Do lado de fora as janelas estavam embaçadas e molhadas, denunciando que além daquelas quatro paredes a temperatura continuava baixa, o que era peculiar naquela época do ano e no coração da primavera.

As palavras de Giulio vibravam em seus ouvidos e durante todo o tempo que o amante utilizou para tomar banho ele permaneceu fitando o teto e movendo-se apenas para pegar a garrafa de vinho que estava sobre a cômoda, terminando-a em alguns goles. O moreno surgiu de repente, o cheiro da colônia atiçando todos os sentidos de Mario, que sorriu largamente ao vê-lo perfeitamente arrumado, com a barba feita e os cabelos penteados para trás. Seu corpo arrastou-se para fora da cama, na direção do banheiro, e ele arrependeu-se de não ter se juntado a Giulio durante o banho.

x

"Eu deveria me preocupar com você, Mario?"

A voz baixa e calma veio ao lado e acompanhada por uma xícara de chá.

O dono daquela voz tinha olhos preocupados e encarava os livros sobre a mesa com curiosidade, sem conseguir esconder que vê-lo ali, na mesa de estudos da biblioteca, alarmava-o demasiadamente.

"Não, eu estou perfeitamente bem, obrigado." Ele ergueu a xícara antes de levá-la aos lábios.

"Você tem passado boa parte das noites aqui... é impossível que eu não me preocupe." Giuseppe esboçou uma confusa expressão. "E, além do mais, a literatura que você escolheu para passar o tempo é um pouco..."

O louro virou alguns dos livros abertos e juntou as perfeitas e finas sobrancelhas ao ler os títulos.

"Eu não pretendia me intrometer," o irmão segurou um dos volumes, "mas por que você está lendo livros de culinária?"

Mario deu um longo gole em sua xícara antes de pousá-la sobre o pires. Ele estava preparado para responder aquela pergunta e a resposta estava na ponta de sua língua. Quando trouxe aqueles livros da biblioteca dos Cavallone, ele tinha certeza de que chegaria o dia em que Giuseppe questionaria aquele súbito interesse em leitura, visto que, usualmente, Mario só entrava na biblioteca para degustar uma garrafa de vinho.

Giuseppe sempre foi a traça da família.

"Giulio me pediu para cozinhar. Eu farei o jantar em alguns dias."

Giuseppe manteve a mesma expressão, não aparentando surpresa.

"E aprendeu alguma coisa útil?"

"Mais ou menos. Tudo parece simples se os ingredientes e modo de preparo forem seguidos, mas sei melhor do que ninguém que a prática é diferente. Todos esses anos de fracasso me ensinaram que apesar de ter muitos talentos a culinária não é um deles."

O louro exibiu um meio sorriso, pousando o livro sobre uma das pequenas pilhas que estava sobre a mesa.

"Quando decidir praticar conte comigo. Eu ficarei feliz em ajudá-lo."

"Obrigado, eu estava pensando em pedir sua ajuda, mas você está bem ocupado ficando deprimido agora que Catarina começou a frequentar a escola."

O suspiro foi longo e o meio sorriso de Giuseppe se tornou pura tristeza. Mario gargalhou, não perdendo a oportunidade de provocar o irmão.

Há um mês Catarina começou a frequentar o mesmo centro de ensino que Francesco. O local era reservado para algumas Famílias de renome, mas significava um grande passo para uma garotinha de quase dez anos que cresceu no meio de adultos. Para ela a mudança foi significativa, embora Catarina continuasse petulante e um pouco avessa a eventos sociais obrigatórios.

Giuseppe, contudo, parecia a personificação do abandono, não sabendo o que fazer com todo o tempo livre que tinha em mãos. Uma das estantes da biblioteca dos Cavallone havia sido lida nesse último mês e Mario suspeitava que não haveria um único livro não lido até o final do semestre.

"Giulio me passou alguns endereços de exposições de arte para as próximas semanas. Você deveria cogitar ir, Giuseppe."

"Eu pensarei a respeito," a falta de confiança naquelas palavras denunciava a tristeza por não ter companhia. Eu gostaria de acompanhá-lo, mas meu compromisso é com Ivan. "De qualquer forma, ficarei feliz em ser de qualquer serventia."

O irmão deixou a biblioteca com a xícara de chá vazia e Mario depositou toda sua atenção no livro aberto e que era mais grosso dos que os demais. A decisão em ir até o fim com aquele inusitado presente de aniversário vinha roubando-lhe todo o tempo livre que tinha. Não havia muito trabalho nesses últimos dias, então suas tarefas basicamente se resumiam a supervisionar o trabalho dos demais membros da Família e garantir que o Chefe não fugisse para Roma com o objetivo de ver Alaudi. Ele é do tipo que negligenciaria o próprio trabalho somente para observar o arrogante trabalhar. Patético!

A opção por levar o pedido de Giulio a sério pareceu a coisa certa a ser feita. Em todos esses anos de relacionamento Mario lembrava-se de todas as vezes que o amante fez algum pedido ou exigência. Ele é uma pessoa bem simples e sei que estar comigo é mais importante do que qualquer presente, mas dessa vez eu quero que ele seja um pouco egoísta. O resultado daquela decisão foi que ele havia se animado em aprender a cozinhar, ainda que a ideia de acertar a receita parecesse um sonho distante.

A primeira semana foi reservada para a pesquisa da receita perfeita. O ruivo sabia quais eram os pratos favoritos de Giulio e optou por aquele que a falha não parecia tão iminente. Assados e cozidos estavam fora de cogitação, assim como qualquer coisa que envolvesse frutos do mar. Dessa forma, a única escolha segura era uma massa, cujo molho não fosse pesado e que pudesse ser acompanhada por um delicioso vinho.

Mario deixou sua casa na sexta-feira de manhã sentindo-se confiante e animado. Nem o tempo fechado foi capaz de abalar seu espírito e quando chegou à mansão ele encontrou quem procurava. Giuseppe havia dormido na mansão na noite anterior e nessas ocasiões começava o trabalho cedo. Naquela manhã, o irmão estava próximo ao chafariz conversando com o chefe da segurança. De sua posição Mario não conseguia ouvir a conversa, mas pelo semblante de ambos o assunto era animado.

Niccolò era o chefe da segurança da Família há anos, cargo que havia herdado do pai.

O homem era da mesma idade de Giulio e os dois provavelmente compartilhavam a mesma altura, embora Niccolò fosse bem diferente de seu amante. Não havia sorrisos tímidos de sua parte ou olhos ternos e preocupados, seus cabelos sempre arrumados e os óculos na ponta do fino nariz davam-lhe um ar austero e sério. Sua família servia os Cavallone desde a época do pai de Ivan, e durante todos esses anos Niccolò trabalhou com dedicação. Profissionalmente falando, ele era impecável. Seu senso de proteção era infalível e todos os empregados o respeitavam, inclusive os mais velhos.

Pessoalmente, porém, Niccolò era uma pessoa difícil... para Mario. A antipatia que o homem sentia por ele era direta e visível, sem a necessidade de máscaras ou palavras polidas e educadas. O único assunto que tratavam era trabalho e isso quando fosse estritamente necessário. O ruivo não sabia ao certo o que havia feito para criar aquela inimizade, mesmo que uma vez houvesse tentado perguntar e cuja resposta foi um olhar de escárnio. Sua confiança em Niccolò era total e enquanto ele estivesse realizando seu trabalho com zelo nada poderia afetá-lo.

"Bom dia."

A conversa cessou e dois pares de olhos o encararam. Para sua não surpresa, Giuseppe sorriu ao vê-lo, no entanto, a mudança na expressão de Niccolò foi visível. Os lábios se tornaram uma fina linha e os olhos negros apertaram-se por trás dos óculos. Mario teve a nítida impressão de que era fitado como se fosse o ser mais repugnante da Itália.

"Bom dia, Mario. Você chegou cedo."

"Eu preciso falar com Ivan, por acaso ele já acordou?"

"Ainda não," Giuseppe virou-se e encarou a escadaria principal, consultando o relógio de ouro dentro do bolso do colete. "Mais cinco minutos ou vou buscá-los."

"Eles ainda estão tomando café?" O ruivo fingiu não notar que Niccolò havia discretamente meneado a cabeça em sinal de respeito antes de tentar se afastar. Essa é minha chance de ganhar um ponto positivo. Eu sei o quanto ele admira meu irmão. E Giuseppe ficará extasiado... "Niccolò, um momento."

O homem virou-se devagar e o encarou com extrema seriedade. Mario engoliu seco, apressando-se em explicar por que o havia chamado.

"Já que estou aqui, por que você não acompanha Niccolò, Giuseppe? Há um lugar vago no carro e acredito que Francesco e Catarina ficarão felizes com a sua companhia."

As palavras pareceram ter o mesmo peso e significado para os envolvidos. O louro ergueu as sobrancelhas e piscou várias vezes, perguntando se realmente poderia ir e lançando um olhar tímido na direção de Niccolò ao questionar se não haveria problema. A outra parte, por sua vez, não conseguiu esconder a felicidade, repetindo que não seria incômodo algum tê-lo como companhia durante aquela curta viagem. Minha boa ação do dia.

Mario adentrou à mansão, avisando que apressaria os estudantes. Seu trabalho, contudo, não foi completo já que ao abrir a larga porta quase esbarrou nos herdeiros.

"Mario!" Catarina parou bruscamente ou lhe teria atingido. "Bom dia!"

"Bom dia, Catarina" ele sorriu ao encarar a única dama da casa. Catarina vestia o uniforme da escola, um vestido azul-marinho até os joelhos, sapatos pretos e uma boina também azul. Os cabelos vermelhos estavam perfeitamente escovados e presos em duas charmosas tranças que quase tocavam sua cintura. Aposto que isso é coisa de Giuseppe... "Francesco."

O rapaz estava ao seu lado e daquele ângulo Mario pôde notar que em poucos anos Francesco chegaria à sua altura. Ele está se tornando uma cópia de Ivan. É um pouco assustador. O uniforme masculino era composto por uma calça social azul-marinho, uma camisa branca e um colete azul, não muito diferente das roupas que ele costumava vestir. Entretanto, mesmo com vestimentas simples, a herança dos Cavallone dava ao rapaz uma beleza que Mario lembrava-se bem dos tempos de juventude e que foi capaz de conquistar moças e rapazes.

"Giuseppe vai acompanhá-los à escola hoje. Ele está no carro com Niccolò."

Catarina ergueu os braços animada, mas Francesco sequer respondeu, saindo da mansão às pressas e despedindo-se com um mero aceno. O ruivo suspirou, fechando a porta e cruzando o hall principal. Ainda não eram sete da manhã e ele sabia que Ivan não sairia da cama antes das oito, uma vez que não havia nenhum trabalho relevante e que necessitasse de sua presença. Eu tenho tempo e nada para fazer. A mesa do café da manhã estava sendo retirada pelos empregados quando ele entrou na sala de jantar e como um estalo o ruivo teve uma ideia brilhante.

"Lorenzo está na cozinha?" Ele dirigiu-se a um jovem que empurrava o carrinho contendo a louça.

"S-Sim, senhor. Ele está separando os ingredientes para o almoço." A moça estava na Família há algum tempo, uma das três gêmeas que auxiliavam o cozinheiro. Ele nunca conseguia diferenciar nenhuma das irmãs.

"Hm..." Mario ergueu uma sobrancelha. "Nós já temos o cardápio para o jantar?"

"N-Não, eu acho que não."

"Perfeito."

O sorriso que cruzou seus lábios foi triunfante. A prática leva à perfeição, hm?

Continua...