Nome do autor:Honey G
Título: Just Like Us
Beta-reader: ~naanda
Persongens: Ron / Arthur Weasley
Gênero:Family / Gen
Classificação: K
Fic escrita para o Mini-Chall de Natal da seção Sidekick (Ron/Hermione) do Fórum 6v. Opção utilizada: Ron + televisão.
Enquanto sua mãe tentava controlar a bagunça que Fred e George estavam fazendo na cozinha, Percy ajudava a pôr a mesa e Charlie brincava com a pequena Ginny. Bill tinha mandado um enorme embrulho, cheio de lembranças para todos, mesmo que isso não suprisse sua presença.
Todos estavam bem e contentes. Natal é sempre uma data de se comemorar em família, ainda mais n'A Toca, com uma família grande daquelas...
O pequeno Ron sabia que não podia esperar grandes presentes. Sua família não tinha muito dinheiro, e acreditar em Papai Noel é coisa de criança trouxa. Então ele se contentava em ficar feliz por ver todos reunidos.
Seu pai não estava na sala, mas estava em casa, então Ron quis procurá-lo. Não estava nos quartos, nem no galinheiro, não estava no jardim nem na dispensa. Por fim, achou-o no depósito onde o pai guardava (ou escondia) objetos trouxas pelos quais era tão fascinado.
"Ron!", Arthur Weasley exclamou surpreso. Sempre tinha medo que fosse Molly espiando e obrigando-o a devolver os artefatos ao Ministério.
"O que você está vendo aí, papai?", perguntou o menino de seis anos.
"Ah, bem... é isto aqui", o pai apontou para uma caixa em cima do balcão. Tinha um vidro numa das faces e um fio comprido que terminava num negócio engraçado trouxa que Ron sabia se chamar topada.
"E o que é isso?", o garoto ainda estava sem entender.
"Chama letevisor... acho... ou vitelisão, como preferir", disse o pai sorrindo.
"Mas pra que serve?", Ron já estava empoleirado no balcão para ver melhor o objeto.
"Para ver coisas. Programas, como os de rádio, mas você vê. Precisa de topadas e tudo, não vou conseguir ligar aqui, mas... é interessante. As pessoas aparecem nesse vidro, dentro da caixa..."
Ron olhou bem para o pai, desconfiado. Trouxas não eram capazes de pôr pessoas dentro de caixas pequenas como aquela. "Pai, isso não é possível", disse arqueando a sobrancelha.
"É possível sim. Você vê, Ron, não damos o valor necessário ao trouxas, e como podemos querer que eles dêem a nós? Eles arranjaram métodos extremamente criativos para se virarem num mundo sem magia".
"Mas precisa de magia pra pôr pessoas nessa caixa, papai!", Ron então cutucou o vidro com algum receio – tinha medo de alguma pessoinha sair de dentro.
"Não, filho. Os trouxas conseguiram se transportar para essa caixa sem magia. Quer dizer, com a magia que eles têm, não é mesmo?", Arthur agora ria da cara do filho. "Ron, você tem algum problema com trouxas?"
"Claro que não, pai!", o garoto se zangou. Na verdade, tivera pouco contato com eles para saber. "Mas eles são estranhos, não?"
"E nós somos para eles. Mas no final, somos todos iguais, Ron. Nas casas dos trouxas da vizinhança, os filhos estão nas casas dos pais agora, as famílias reunidas, comemorando o Natal, assim como nós. Estão trocando presentes e comendo, assim como faremos daqui a pouco. Aliás... é melhor irmos, Ron, antes que sua mãe vem fuçar por aqui", o pai deu uma olhadela para trás, verificando se estavam sozinhos, e ajudou o filho a descer do balcão.
"Você está certo, pai. No fundo, eles são como nós. Feliz Natal", o menino abraçou as longas pernas do pai.
"Feliz Natal, Ron", desejou Arthur, retribuindo o abraço.
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