A decisão de Rony!
- Ei, Harry...
- Ei, Harry... sabe quando eu digo que alguma coisa não me cheira bem?
- Sim, Rony. Eu sei disso, mas você diz isso pra tudo – resmunga o jovem de cicatriz na testa.
- Pois bem... da próxima vez que eu disser isso, por favor, escute!
Se a situação não fosse trágica, seria cômica. Afinal, quais as chances de que um Comensal tivesse senso de humor suficiente para esconder uma horcrux no Castelo de Edimburgo, na Escócia. Mas a verdade é que isso fora deliberadamente pensado, pois o castelo, possuía um misto de armadilhas trouxas e mágicas.
Essa era uma das últimas paradas do trio em busca das horcruzes, ela era a sexta. O cálice de Hiperppluf estava escondido em seu interior. Com uma ajuda de conhecimentos e instintos, Harry, Rony e Hermione conseguiram passar por quase todas as armadilhas ilesos, mas a pressa fora sua inimiga e, acidentalmente, Harry havia acionado uma armadilha que fez com que Hermione ficasse presa em uma sala que ia se enchendo magicamente de água, em uma mistura de armadilha trouxa e mágica incrível.
- Harry, Rony. Façam alguma coisa. Este lugar tem feitiço anti-aparatação – gritou Hermione.
- Explosivus!! – gritou Harry sem efeito, enquanto Rony estava pensando se algum feitiço de transmutação resolveria a parada.
- Transparentis – gritou o ruivo, com grande concentração, deixando a parede cada vez mais transparente até que esta ficasse intangível e só restasse o campo de magia para segurar a água e Hermione do outro lado. Agora eles podiam ver o que estava acontecendo com a garota. O quanto ela estava pondo sua parte para sair dali e o quanto não adiantava. Eles tentaram o transparentis de novo, mas não obtiveram resultado.
- Harry, esse lugar é uma mistura de mundo trouxa e mágico certo? Como os trouxas resolveriam a situação? – perguntou Rony.
- Com explosivos! Boa idéia, Rony! – felicitou a castanha.
- Não adiantou nada usarmos o explosivus. Se transmutássemos algo em dinamite ainda assim teria a mágica envolvida. – desanimou Harry.
- Sai da frente Harry – disseo ruivo tomando distância. Correndo como um louco, se chocou de ombro com a barreira, voltando assim alguns metros.
- É sempre assim. Quando ele tem uma idéia brilhante, ele vem com uma estúpida na seqüência – bufou a morena.
Rony ainda estava no chão, se recuperando quando ouviu as palavras da amiga. Isso doeu mais nele do que seu ombro deslocado pela pancada. Ele a amava há muito tempo, mas nunca fora capaz de revelar seus sentimentos. Nunca se achou no nível dela, mas não podia deixá-la morrer assim. Ele iria salvá-la, nem que isso o matasse.
- Rony, quando você bateu na barreira, ela emitiu uma luz. Vou tentar de novo – disse seu amigo, forçando com o corpo a barreira enquanto Hermione lutava contra a água. Nisso, o jovem Weasley notou que o armário onde estava o cálice de Hiperppluf também tinha um campo protetor em volta dele. nesse campo, alguns símbolos formavam uma frase.
- Hermione, você aprendeu algum desses símbolos na escola? – perguntou Rony.
- Não, não se parece com nada que eu tenha visto.
Enquanto isso, Harry, que não tinha visto as imagens continuou chocando-se com o campo de energia mística, tornando os símbolos cada vez mais nítidos, até formarem uma frase, ainda ininteligível para eles. Rony forçava o campo com as costas, com os olhos grudados na imagem, processando-a.
Foi então que algo no cérebro do ruivo deu um estalo. E de repente, era óbvio, mais do que óbvio aquela letra, aquele idioma aqueles sinais.
- É celta, Hermione. Estou certo disso – disse animado.
- Que bom para você, Rony, mas no momento, tenho outras prioridades – disse sarcasticamente.
Hermione Jane Granger nunca lidou bem com o perigo. Sim ela adorava a sensação de correr riscos, não a de sentir a morte se aproximando. Ela precisava de uma válvula de escape para a sensação de ter estudado tanto e ainda ser inútil nesse momento de necessidade. E para ela, a válvula de escape perfeita era quem sempre fora: Ronald Billius Weasley.
Esse foi mais um comentário que ele deixou passar, embora sentisse na carne a acidez da palavra. Conforme olhava mais para a frase celta, mais ela parecia fazer sentido. Até que um raio percorreu seu córtex cerebral e ele entendeu o que tinha que fazer.
- A frase significa "se veio aqui sozinho, és feliz. Para sair daqui deve deixar o que mais estima".
- Como você sabe disso, Rony? – perguntou Harry, que a essas horas já tinha percebido a frase.
- Não sei, amigo. Eu apenas sei disso. – e, olhando para a garota, que estava completamente molhada e lutando por um pouco de ar. Ele nao sabia de onde, mas teve certeza do que faria. Uma idéia louca? Talvez, mas por eles... não. Por ela arriscaria – Não se preocupe, Mione. Já sei o que fazer. Vou tirar você daí!
- Agora... é oficial... Ronald Weasley tem um plano... estou morta... – criticou a jovem.
Rony fechou os olhos e respirou fundo. Quando os abriu, seus amigos não gostavam da mirada que eles tinham. Eles conheceriam esse olhar em um espetacular jogo de xadrez bruxo, quase sete anos atrás.
- Rony, não! – disse o moreno – sempre demos um jeito. Não precisa fazer isso.
- Sempre soube que poderia dar nisso, Harry. Prepare a espada de Griffindor.
- Harry... não deixe... ele... – tentou em vão, Hermione, pois o jovem bruxo já tinha se jogado em direção ao outro campo de energia.
- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh – gritou de maneira apavorante, o jovem.
Por um instante, pareceu que este campo devolveria Rony ao chão, mas não foi assim. Ao invés disso uma onda de energia começou a percorrer seu corpo uma e outra vez , cada vez mais rápido. Em seus cabelos o efeito da energia parecia fazer com que o jovem ficasse com o cabelo grisalho e novamente voltando ao seu tom natural. Ao passo que isso acontecia, a energia que mantinha Hermione separada na outra sala começou a desaparecer e Harry foi atingido por uma tromba d'água que escorreu, trazendo a castanha junto. Assim que ela se incorporou, tentou tirar o ruivo dali, mas seu corpo não respondia aos estímulos. Assustada, apenas conseguiu fechar os olhos.
- Eu não consigo olhar, Harry. – choramingou ao jovem.
- Eu preciso olhar. Para que o sacrifício dele não seja em vão.
Preso à corrente de energia, o jovem Weasley conseguiu mexer seu braço são até onde estava o cálice. Com muito esforço depois de eras, conseguiu pegar o objeto.
- HARRY!! AGORA!! – gritou, jogando o cálice para trás, em direção à seu amigo. Quando ele soltou o cálice a energia cessou. No ar, Harry acertou um golpe perfeito no cálice, que se partiu em dois. Uma imagem aterradora de um Voldemort, pouco mais velho que eles se insinuou pela sala para logo desaparecer. Rony estava parado na mesma posição que ficara.
Quando Harry se aproximou deste, o corpo do ruivo foi pesadamente em direção ao chão. Agachando-se ao lado do corpo, um temor foi constatado.
- Ele está sem pulso. Hermione o que eu faço? – gritou desesperado. Para ver a jovem em estado de choque, olhando de maneira esbugalhada para o corpo do amigo.
Sem ninguém para contar, Harry começou com as medidas de primeiro socorros trouxas que aprendeu nas férias de verão com os Dursleys, massageando o coração do ruivo e fazendo respiração artificial.
- Hermione, o Rony precisa de você, sai dessa, por Merlin. – desesperou-se o moreno e desferiu um tapa no rosto da amiga. Esta, foi tomando ciência da situação e foi ter com o jovem caído.
Com um pouco de esforço, o jovem Weasley voltou a ter seu coração sob controle, ainda que Hermione teve que mandar um Eletricus em seu coração para conseguir isso. Mesmo pálido, ela pôde observar seu herói em toda a sua beleza, enquanto Harry, com sua varinha, solicitava um auxilio medibuxo de emergência, que era como chamavam-se os hospitais de bruxos nesses tempos de trevas. Um portal se abriu e dois medibruxos conjuraram uma maca e transportaram Ron até seu hospital próximo e, após um exame de emergência e uma serie de encantamentos, conseguiram a autorização necessária para mandar os jovens para Hogwarts.
Essa história está em minha cabeça há meses, mas com um pouco de paciência vou colocando-a para fora.
Tenho que confessar, li os livros, mas não me considero um especialista no universo de J.K. por isso, peço alguma ajuda, especialmente com os nomes de personagens secundários que possam aparecer na trama e sua grafia. Como leio muitas Fics em espanhol, por vezes, algo de lá acaba me pegando.
Reviews por caridad!!
Nos lemos.
Fan Surfer!
