Punishment

Título: Punishment
Autor(a):
Ari Denali
Shipper:
Edward & Bella
Gênero:
Romance
Censura:
NC -17


Sinopse:
Uma punição sempre soa como algo ruim e doloroso. Mas no caso deles ela veio para mudar tudo, para trazer a tão esperada felicidade e para acabar com todo o fingimento e a mentira.

Ela era uma mulher que desejava morrer. E ele era um vampiro que precisava matar. Ele tinha uma punição para cumprir. E ela tinha o que ele mais desejava: A vida.

Essa é a história de quando unimos o útil ao agradável. E quando finalmente uma punição serviu mais como uma salvação.

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- Narração: Isabella Swan. ( Primeira pessoa do singular )

- Punishment: Punição.

- Vampiros, sangue e tudo que se pode extrair do mundo sobrenatural.

- Essa fic foi inspirada em vários seriados vampiricos, portanto não estranhe se fugir um pouco das habilidades e características dos vampiros de Stephenie Meyer. Aqui você irá encontrar um pouquinho de tudo: Twilight, True Blood e até mesmo The Vampire Diaries.


Mais um gemido forçado escapava de meus lábios.

O membro pulsante e asqueroso entrava e saia de dentro de mim com força e precisão. Gemidos e urros adentravam em meus ouvidos e o homem com o corpo esguio agarrava-se com mais força em meu corpo.

E eu não sentia nada. Absolutamente nada.

Apenas permanecia estática, com as pernas abertas, enquanto ele abusava de meu corpo com o meu consentimento. Com a minha permissão e a minha apatia.

Era apenas mais uma noite ao lado de meu noivo. Era apenas mais um momento onde eu fingia sentir algo que não existia. Onde eu vestia a minha mascara e encenava um personagem.

Escutei o grito alto e escandaloso de Mike e o meu corpo estremeceu de asco. Fingi que estava no mesmo êxtase que ele e esbocei a minha expressão falsa de orgasmo que o fez delirar em orgulho e autoconfiança.

Ele retirou o seu pênis de dentro de mim e tombou ao meu lado com o seu sorriso de presunção brincando em seus lábios gordos e nojentos. Ele me enlaçou com as suas mãos e me puxou para o seu peito, ronronando de uma forma que achava que me agradava.

Não sabia em que momento que tudo na minha vida havia desmoronado. Poderia ser bem no começo quando meu pai decidira me abandonar. Ou então naqueles momentos onde eu tive que cuidar de minha mãe como se ela fosse a filha indefesa, e não eu.

Com experiência e habilidade eu me desvencilhei de seus braços e me afastei rapidamente de seu corpo. Levantei da cama e quando meus pés tocaram a madeira fria, senti o primeiro estremecimento real.

Com um sorriso e o prazer da distancia daquele corpo que me enojava, eu fui caminhando para o melhor momento do meu dia.

Ainda dentro do quarto eu peguei a minha camisola de seda que estava jogada no chão, e a vesti. Sem parar ou até mesmo sem olhar para trás eu fui em direção a saída, ouvindo os meus passos ecoando na madeira.

Abri a porta de casa e uma brisa gelada bateu contra meu corpo. Com um suspiro de alivio meus olhos caíram sob o homem que estava sentado no banco do outro lado da rua.

Eu morava em frente ao cemitério daquela cidade de interior onde todos os descendentes daqueles habitantes estavam repousando. Percebi que o homem estava sentado exatamente no mesmo lugar do que na noite passada, em um banco ao lado de uma lápide. Ele apenas permanecia com a cabeça abaixada, fitando o tumulo com tristeza e pesar.

Abri um sorriso verdadeiro e me apoiei no corrimão que ficava em frente a minha porta. Ele estava lá todas as noites. Sem falta. E era só nesse momento - quando meus olhos o fitavam - que eu conseguia finalmente relaxar e ser eu mesma.

Era só vê-lo que todo o meu sofrimento valia a pena.

Não sei dizer se ele já notou a minha presença, mas eu realmente não importo. Não me escondo atrás das cortinas da minha casa e nem tento disfarçar. Apenas sento nos degraus e fico o encarando.

Eu tinha vontade de me aproximar, de vê-lo de perto, de finalmente poder saber a cor de seus olhos tristes, porém sempre que estava prestes a ir, uma covardia preenchia o meu corpo e me fazia permanecer sentada, estática.

Um arrepio em minha espinha me trouxe de volta a realidade e fez com que todos os pelos de meu corpo se eriçassem. Não sabia há quanto tempo estava ali e desisti mais uma vez de esperá-lo ir embora.

- Até amanhã. - Sussurrei baixinho, enquanto me levantava.

Virei e entrei em casa novamente, mergulhando de cabeça nas mentiras e fingimentos que eu mesma criara. Com os ombros caídos me dirigi até a minha cama e me deitei o mais longe possível de Mike.

Com desespero notei que ele acordara e que seus dedos insaciáveis estavam se aproximando novamente de meu corpo.

- Onde estava? - Ele agora estava bem perto, sussurrava em minha orelha. - Senti sua falta.

Engoli um seco e fechei os olhos. Durma, por favor. Implorei mentalmente.

- Estava com sede. - Minha voz saiu convincente, algo que chegou até a me surpreender.

Suas mãos me tocavam com volúpia e ele roçava a sua ereção em meu ventre, achando que aquilo me excitava.

Decidi que naquele momento não ia ceder. Eu estava tão cansada daquela loucura. Estava tão cansada de viver com um homem irritante e nojento.

Estava cansada de fingir.

- Agora não, Mike. - Falei com a voz autoritária, tentando conter as suas mãos.

Ele pareceu não me ouvir e continuou seu ritual medíocre que apenas me brochava cada vez mais. Reconhecendo aquilo como uma batalha perdida, eu simplesmente abri as pernas e o deixei se saciar dentro de mim novamente.

Dessa vez não fiz questão de gemer ou de reagir. Apenas permaneci de olhos abertos, parada, perdida em devaneios.

Como sempre senti um par de olhos me vigiando e esses não pertenciam ao homem que me penetrava. Instantaneamente a minha mente voltou-se ao homem que estava lá fora sentado sob um corpo sem vida que havia sido abandonado por sua alma.

Será que ele sabia que agora a mulher que o observava estava tendo a pior transa de sua vida?

Será que ele ao menos sabia da minha existência?

Um gemido mais alto fez com que eu voltasse ao presente e encarasse as íris azuis de Mike. O que mais me irritava nele era a sua perfeição. Ele tinha o emprego perfeito, o corpo perfeito, o carro perfeito, o rosto perfeito e a noiva perfeita. Aquela que cedia a todas as suas vontades e desejosos.

Uma ânsia de vomito me fez ter alguns espasmos que ele logo pensou serem em conseqüência do prazer.

Eu o odiava com todas as forças e naquele momento desejei morrer ao senti-lo bater no inicio do meu útero.

Desejei que tudo aquilo acabasse, que a escuridão me engolfasse no sono eterno e talvez o meu homem misterioso sentasse em frente a minha lápide.

Ouvi mais uma vez o grunhido de prazer escapando dos lábios do meu noivo imperfeito e agradeci por ter acabado a tortura. Não lhe dei a expressão de orgasmo, apenas um sorriso singelo e confortador que indicava que eu sabia que a culpa não era dele pela falta de prazer.

Afastei-me e virei de costas para ele.

Morrer seria bom. Muito bom. Desejei novamente, enquanto eu me abraçava e deixava a exaustão vencer, mergulhando a minha mente em sonhos que envolviam lápides e aquele homem.

Desejei não acordar. Desejei sonhar eternamente.

Nota da Autora: Mais uma..

Essa não era pra ser uma fic.. e sim uma short. Já estou terminando de escrever e posso afirmar que não ficou tão curta como eu esperava. Essa foi só uma palinha para vocês sentirem como vai ser a fic.

Essa Bella é diferente de todas que vocês já viram. Ela é melodramática e pode soar horrível..

Espero que tenham gostado, porque eu simplesmente amei escrever. Dependendo no número de reviews, eu posto outra parte - só que bem maior - ainda nesse fim de semana.

Beijinhos!

Ari Denali.