Título: It's Taste(Nc-17)

Autor: Thatiinha

Beta-Reader: Layê e Nane

Categoria: House MD. – Sexta Temporada – Fanfic sobre o Pós-Wilson

Advertências:Essa história contém cenas de sexo explícito e palavras inapropriadas para menores. Se você não gosta de ler esse tipo de história ou tem coração fraco, afaste-se... Sério, porque aqui tem muito sexo! Portanto, não me responsabilizo por ataques cardíacos, respiratórios ou desejo exacerbado de brincar de fazer bebês. ;D 'Tá! É brincadeira... Aproveitem!

Classificação: Nc-17

Capítulos: Sete

Completa: [X] Yes [ ] No

Resumo: House e Wilson já estão acomodados em sua nova casa. Em mais um dia comum no que Gregory resolve faltar ao trabalho, ele recebe uma visita inesperada.

Nota da Autora: Personagens não me pertencem, a história não é real nem é nenhum spoiler da série; é apenas uma criação da minha mente insana.

Como a fic é muito grande – mais de vinte páginas – e é um one-shot, eu resolvi dividi-la em partes para leitura não ficar tão cansativa.

Agradecimentos especiais a Layê e a Nane pela paciência com a betagem da fic e por aturarem todas as minhas crises existenciais quando não conseguia escrever. Rs. Junto com essas duas insuportáveis, agradeço de coração também a Min e a Kah pela insistência para que eu não desistisse da fanfic. :D Preciso ressaltar que eu fui chantageada e ameaçada de morte pelas quatro caso eu não terminasse e postasse a one! Rs. Enfim, é isso. Espero que gostem.

It's Taste

Parte 1.

Eram seis da manhã quando Wilson acordou para mais uma jornada matinal com os seus costumeiros preparativos de beleza antes de ir trabalhar. Utilizando o banheiro de sua suíte ele fez a barba, penteou os cabelos três vezes, passou o fio dental, escovou os dentes, tomou um banho demorado, arrumou-se e perfumou-se para, finalmente, sair do quarto a fim de tomar o café da manhã.

Todos os dias Wilson fazia sua refeição matinal sozinho, pois Gregory sempre estava dormindo às sete. No entanto, aquela manhã foi diferente; assim que o oncologista adentrou a cozinha, pôde observar um House confuso parado em frente à geladeira aberta. Antes de conseguir abrir a boca para comentar o estranho comportamento do amigo em acordar cedo, esse se virou ainda mantendo o eletrodoméstico descerrado e indagou-lhe.

- O que aconteceu com essa casa?

- Do que está falando, House? – Questionou aproximando-se e empurrando o infectologista da frente da geladeira para pegar uma fruta.

- É exatamente disso que eu estou falando! – Falou apontando paro o amigo. – O que aconteceu com as minhas compras? – Bradou.

- Eu joguei fora! – Deu de ombros enquanto mordia sua pêra. – Precisava de espaço para minhas frutas e meus legumes. – Sorriu.

- Você... Não... Não acredito! O que tinha na cabeça quando fez isso? – Indagou jogando os braços para cima em tom de indignação.

- Estou apenas dando meus passos de bebê, papai. – Sorriu e deu as costas, pegando as chaves do carro e partindo rumo ao trabalho.

House ficou incrédulo. Escutara realmente aquilo? Wilson estava "caminhando" rumo à personalidade infantil do infectologista? Gregory riu. Aquilo provavelmente não duraria muito; seria apenas uma brincadeira semanal para descontrair e relembrar o quase "furto" o qual deram em Cuddy. No entanto, considerar um novo Jimmy seria, no mínimo, interessante.

Tirando o sorriso do rosto, o médico sacudiu a cabeça a fim de espantar os pensamentos e concentrou-se no seu real propósito para aquele dia: cozinhar. Como a muito não acontecia, House acordara desejando cozer; pura nostalgia dos momentos de felicidade por sua saída de Mayfield como um novo homem. Ele caminhou até a sala e pegou uma caneta ao lado de telefone; em sua própria mão, apontou alguns ingredientes os quais aparecia em seu intelecto conforme se lembrava da receita mentalmente anotada. Recolhendo as chaves da casa e prendendo-as junto com o chaveiro da motocicleta, o infectologista pegou sua bengala, sua carteira e saiu rumo à loja de conveniência vinte e quatro horas mais próxima.

...

Com o capacete encaixado no antebraço, House adentrou uma lojinha simples, e estendeu a mão para ler o que estava escrito enquanto caminhava pelos únicos dois corredores do local, buscando pelos produtos.

- Shoyu, Nozes, Saquê, Limão, cogumelos e coxas de frango! – Falou ao seguir pelos corredores pegando os produtos já memorizados, amontoando-os sobre um braço enquanto apanhava com o outro.

- O senhor não deseja uma cestinha para colocar as coisas? – Indagou uma senhora atrás do balcão estendendo o objeto.

- Obrigado. – Respondeu ao pegá-lo. – Frango com nozes! – Riu, explicando para mulher o motivo das compras.

Após repousar as coisas na cesta, continuou as compras.

- Uma lata de leite condensado. – Falou ao pegar o ingrediente e continuou a busca. – Achocolatado... Chantilly... – Apanhou os produtos. – Leite de verdade, e não o de soja do Wilson... – Segurou a caixa, colocando-a dentro da cesta juntamente com os outros mantimentos. – E, finalmente, duas tigelas de morango! Voilá! – Riu. – Morangos com chantilly para sobremesa!

Carregou todas as coisas para o balcão e pagou à senhora o valor calculado. Recolhendo os produtos os quais jaziam nas duas sacolas de compras, ele seguiu até a sua motocicleta e ajeitou-se, descansando as mercadorias nos punhos de direção do veículo para, em seguida, dar partida rumo ao seu loft.

...

Com o braço direito transpassado por dentro do capacete e as sacolas e a bengala na mão esquerda, House utilizou os dedos livres para rodar a chave na fechadura enquanto fitava o relógio: oito horas e nenhuma chamada do hospital. Ao passo que adentrava sua residência, agradeceu mentalmente por terem esquecido ele.

"No mínimo Cuddy não chegou ao trabalho; se já estivesse lá, estariam me ligando há horas...". Refletiu encostando-se à porta. "No mínimo teve uma noite de sexo selvagem com aquele projeto de homem e, como é fraquinha, não conseguiu acordar hoje..." Ponderou sentindo o sangue ferver em suas veias.

- O que a idade não faz com uma pessoa? – Concluiu com uma risada ao fechar a porta e caminhar para o interior do loft.

O infectologista entrou rapidamente em seu quarto para colocar o capacete sobre a cômoda ao lado da cama e seguiu distraidamente para a cozinha a fim de preparar o almoço antes de ser interrompido pelo seu tão amado e perturbador emprego. Desatento, House andou até o cômodo de cozer deixando de observar o restante do apartamento e sem perceber a presença de certa pessoa encostada na lareira apagada.

- Lindo loft, não? – Cuddy falou em um tom alto enquanto descruzava os braços e caminhava lentamente até o médico.

Gregory, que estava de costas para a sala, tomou um intenso susto fazendo-o virar-se e dar dois passos para trás, encostando-se na mesa a fim de não perder o equilíbrio. Quando percebeu tratar-se da chefa, apenas sorriu e, utilizando todo o seu sarcasmo, respondeu:

- Se pretende constituir uma família aqui, sim... Ele é ideal! – Virou-se novamente para retirar os mantimentos da sacola.

- Seu cretino! – Lisa bradou acelerando seus passos para aproximar-se do médico. Em segundos ela se encontrava na cozinha com ele, apontando seu indicador para o mesmo. – Você é um idiota, House! Como pôde ser capaz de descer tanto o nível só para estragar minha vida?

O homem, em silêncio, terminou de colocar os ingredientes sobre a mesa, guardou as sacolas em uma gaveta do armário da cozinha e virou-se para ficar de frente para mulher. House ergueu uma sobrancelha, apoiou-se na bengala e riu.

- A menos que eu estrague sua vida apenas por existir, não vejo motivos para estar indignada comigo.

- Não se faça de desentendido! Você armou tudo isso! – A indignação estava visível nos olhos da endocrinologista.

- Tenho apenas duas coisas a dizer... – Começou a falar enquanto caminhava com os morangos até a pia a fim de lavá-los. – Você veio ao lugar certo... – Disse vagarosamente ao banhar as frutas. – Mas está reclamando com a pessoa errada.

Cuddy bufou.

- É sério, chefa! Seu problema é com o Wilson! – Falou enquanto secava os morangos e colocava-os em um prato de cerâmica branco, antes guardado no armário. – Ele é o ex-marido da Bonnie, sabia sobre o seu interesse no apartamento e, o principal... – Imitou som de tambores de circo ao fazer suspense em um número perigoso. – Sabia o seu lance!

- Cínico! – Bradou! – Você manipulou o Wilson para comprar esse loft, pois sabia que eu o queria!

Dando de ombros, Gregory pegou um morango.

- Eu posso ter ajudado um pouco... Mas a decisão final foi dele. – Fez uma expressão de inocência.

- Isso... Confesse que você é um idiota! Admita que... – Lisa não conseguiu terminar a frase, pois um morango foi empurrado em seus lábios, a fim de calá-la.

Cuddy mordeu o morango e jogou as pequenas folhas da fruta dentro da pia com força, demonstrando sua raiva. Apesar de não ser seu real interesse, a mordida pareceu muito mais sedutora do que devia; ao invés de causar ira, aquele ato despertou excitação no homem, fazendo-o desejar saborear os lábios umedecidos pelo caldo da fruta. O contraste do batom violeta avermelhado dela com o vermelho da frutilha estimulava um ardor por todo o corpo dele, obrigando-o a esconder seu sexo rapidamente com a mão apoiada na bengala.

- Não tente me calar, House! Eu não vou deixar você em paz até...

- Até o que, Cuddy? – Sua voz saiu com impaciência. – O que mais você pode fazer? Expulsar a gente daqui?

Ela mencionou falar algo, mas calou-se. Gregory abaixou a cabeça.

- Eu já disse: não fui eu!

- Claro que foi você, House. E eu sei muito bem como aconteceu!

Ele a fitou e, com os olhos, pediu para que continuasse.

- Quando eu contei do apartamento, o Wilson estava em um momento delicado por causa da doença do amigo... Depois disso, houve toda a complicação no câncer, fazendo o James optar por salvá-lo doando parte de si mesmo. No entanto, no final da história esse homem não merecia nada do que recebeu, levando o Wilson a perceber sua única amizade verdadeira: você. Foi justamente nesse momento em que você entrou em ação com seu plano de "House infeliz e injustiçado", fazendo o James ter pena e comprar o apartamento para ajudar seu amigo-irmão a acabar com a felicidade da Lisa Cuddy.

O infectologista gargalhou.

- Tirando a parte do: "Wilson perceber sua única amizade verdadeira... Eu!" Todo o resto é maluquice da sua cabeça.

- É? Então qual a verdadeira história? – Questionou cruzando os braços.

- Meu pequeno Jimmy está crescendo... – Imitou um choro de um falso pai. – Eu estou tão orgulhoso... – Limpou lágrimas irreais.

- Você é o mesmo idiota de sempre, House. Isso nunca vai mudar! – Falou dando as costas para sair.

- O que aconteceu com o "Eu não vou te deixar em paz", Cuddy? Desistiu tão fácil de sua vidinha medíocre com aquele detetivezinho de mer...?

Lisa retornou para perto dele, colocando o dedo próximo ao rosto do homem.

- Não, House. Eu não desisti. Pode tentar me transformar numa pessoa tão desgraçada como você, mas não vai conseguir... Sabe por quê? Porque eu tenho o Lucas para me encher de felicidade! – Concluiu dando novamente as costas para sair do apartamento.

House sentiu uma raiva invadir-lhe; não poderia aceitar aquelas palavras... Lucas conseguia mesmo proporcioná-la tamanha felicidade capaz de anular todo o efeito o qual o infectologista tinha sobre o humor e a vida dela? O egoísmo e o ciúmes tomaram-lhe por inteiro. Ver Lisa feliz era o maior sonho de Gregory, mas perder era uma lição que ele ainda não havia se acostumado. Sua mudança era incontestável, no entanto, ouvir tudo aquilo de sua amada realmente o revoltava.

Em uma atitude impensada, o médico agarrou-a pelo pulso, puxando-a para perto. Sua mão esquerda apertava o punho da mulher sobre suas próprias costas - forçando um abraço - enquanto a direta pressionava a cintura dela contra seu quadril - colando os corpos. Fitando-a nos olhos e abaixando um pouco a cabeça a fim de igualar o máximo a altura da médica, House indagou em um sussurro:

- Ele consegue mesmo te fazer feliz?

Cuddy não conseguiu responder. O calor e a fragrância do doce hálito dele embriagavam-na como nenhuma substância poderia fazer assim como aqueles penetrantes olhos azuis hipnotizavam-na inexplicavelmente.

- Ele conseguiu proporcionar a você em todos esses meses a mesma felicidade que eu pude te dar em uma noite? – Murmurou. – Responda, Lisa...

A mulher sentiu suas pernas tremerem; aquele modo informal de chamá-la trazia as recordações de um romance mal resolvido o qual ocorrera em um passado distante, porém a perseguia em todos os minutos de seu presente.

Seria tão fácil responder "sim" àquela pergunta, no entanto os hipnotizantes olhos azuis pareciam impedi-la de mentir... Permanecer em silêncio parecia a segunda melhor opção, porém o som da respiração pesada por conta da falta de ar, causada devido à proximidade, denunciava a verdadeira resposta.

- Ele... Tenta... – A mulher tartamudeou e House riu. – Me conquistar todos os dias. Existe maior prova de amor para uma mulher? – Concluiu rapidamente, atropelando palavras.

- Não perguntei se ele te ama, mas se te faz realmente feliz como sabemos que eu sou capaz de fazer... – Sussurrou sedutoramente aproximando suas faces.

Seus lábios ficaram a milímetros de distancia; um simples arfar os selariam. Aceitando a falta de controle sobre suas emoções e entregando-se aos desejos de seu corpo, Lisa apenas cerrou os olhos enquanto esperava pelo inevitável. House, por sua vez, sentiu a mulher entorpecer sobre seus braços, dando-lhe a deixa para executar seu mais intenso anseio. Em um movimento brusco, o homem avançou sua cabeça de encontro à dela, pressionando seus lábios rispidamente a ponto de sentirem o contorno dos dentes sobre os beiços colados. O tão esperado beijo aconteceu.

Os lábios sedentos de ambos devoravam-se com volúpia, demonstrando a insignificância de todo o mundo diante do sentimento regente naqueles corpos. Na batalha por espaço e poder travada pelas línguas, mordidas eram depositadas nos beiços umedecidos como uma evidência do desejo sexual reprimido por anos.

- Não... – Lisa sussurrou em meio a um gemido abafado.

- Shiii... – Gregory calou-a com mais um beijo voraz enquanto guiava-a até a mesa.

A endocrinologista sentiu suas pernas tremularem a cada passo dado e, se não estivesse sendo segurada, tinha certeza de que cairia. As grandes mãos do médico percorriam as costas dela, sempre pressionando seus corpos e fixando seus sexos.

- House, eu não posso... – A mulher colocou a mão sobre o peito do infectologista, afastando-o delicadamente – Eu não posso! – Virou a face para esquerda a fim de evitar o beijo o qual o médico demonstrara ter intenção de dar e apoiou-se com a outra mão na mesa, encostando suas nádegas no móvel como um suporte.

- Enquanto você diz não, seu corpo pede por mais... – Aproximou-se colando novamente seus corpos. Delicadamente, ele segurou o queixo de Cuddy e virou-o em sua direção, fazendo-a fitá-lo nos olhos. – Não negue seus desejos, Lisa... O que aconteceu com a filosofia daquela estudante de medicina em Michigan? – Sorriu, deixando-a paralisada pelo brilho do mesmo. – "Aproveite o momento"...

- Eu aproveitei... Mas o momento acabou, House. – Respondeu tentando desvencilhar-se dos braços os quais a envolviam.

Gregory, por sua vez, abaixou-se um pouco e segurou-a pelas coxas, colocando-a imediatamente sentada na mesa.

- Não acabou, Lisa, e você sabe disso. Nosso momento não vai acabar até ficarmos juntos... – Sussurrou no ouvido dela, lambendo e mordendo rapidamente o lóbulo da orelha da médica em seguida.

Com suas mãos hábeis, Gregory percorreu das pernas até as nádegas da médica, apertando-as enquanto tomava os lábios da mulher nos seus com voracidade. Sua língua invadiu-a como a sede de um andante do deserto ao fim do dia diante de um copo d'água enquanto suas mãos apalpavam-na como se sua própria sobrevivência dependesse da fixação naquela macia e excitante superfície.

Em sua mente, uma voz insistia no quão errado era o que Lisa estava fazendo, no entanto a mulher não conseguia controlar seu corpo e, muito menos, o desejo de entregar-se aquele homem tão ansiado por décadas. Um flashback de sua única noite com seu amado a mais de vinte anos atrás apareceu em seus pensamentos, finalizando em uma imagem perturbadora: Lucas.

Fim da Parte 1.