Ficlet produzida para o I Ship War com o tema choro.


Histórias
Meel Jacques


James não era o tipo de criança que gostava de ler. Na verdade, ele detestava ler, mas sempre gostara de coisas coloridas, como o Teddy. Os cabelos e olhos do amigo mudavam de cor constantemente porque sempre estava tentando fazer James rir e tinha pouco controle da metamofogia. Essas suas situações apenas deixavam James mais feliz. Mas hoje ele não estava em casa. Tinha partido em uma longa viagem para Hogwarts; um castelo feito para educar jovens bruxos e bruxas que ficava em algum lugar entre a Irlanda e a Inglaterra.

Subiu vagarosamente as escadas com a tensão surgindo. Estava com medo de ser pego por seu pai enquanto vasculhava a Malsão Black. A Ordem estava em reunião. Ninguém lhe contava o que estava acontecendo e ele não queria ficar na cozinha com Monstro.

Seguiu direito para o quarto que tinha uma porta pixada com um grande S.O.B na frente como se algum vândalo tivesse passado. Abriu a porta lentamente e olhei para ver se alguma coisa avia sido roubada. Mas não, estava tudo intacto, ou o mais intacto que um quarto bagunçado poderia ficar. Era como se depois de muitos anos tivesse descoberto um baú velho e cheio de folhas de caderno rasgadas. Apanhou um papel no chão. Eram histórias de aventuras. Catou uma a uma e comecei a ler. Era como se eu tivesse entrado dentro delas e Hogwarts fosse um lugar completamente diferente do que Teddy tinha lhe contado; não para estudar, mas para se divertir. Dobrou os papeis cuidadosamente no bolso. Mostraria a Teddy quando ele voltasse.

Desceu as escadas antes que alguém percebesse que tinha sumido e sentou no sofá. Puxou cuidadosamente os papeis para poder apreciar as histórias e foi quando percebeu que elas não eram tão felizes assim e que vez ou outra as paginas estavam marcadas com rasgos. Tocou as marcas do rasgo e sentiu que poderia entender os sentimentos da pessoa em relação a família, ao medo do desconhecido e por não ser o filho preferido. Reclamações infantis, mas muito mais intimamente ligadas a ele do que jamais imaginou.

Permitiu que as lágrimas descessem cada vez mais expressas.

- O que aconteceu, Jay? – seu pai perguntaria mais tarde, mas não existiria uma resposta certa para o que estava acontecendo. Esconderia os papeis e negaria a dizer qualquer coisa.

- Quem foi Sirius Black? – perguntaria totalmente indiferente que tivesse se o nome encravado no seu. Harry congelaria no sofá sem saber o que dizer ou mesmo como agir diante da situação e suspiraria, infeliz, e o contaria toda a história.

- Ele morreu fazendo o que mais queria – diria Harry no final da explicação tão triste quanto o filho e o abraçaria sem medo que James percebesse as lágrimas que se formavam em seus olhos. James nem estava prestando atenção, porque sua mente estava direcionada para outra situação, para um outro alguém.

Sirius Black, sua mente repetiu o nome diversas vezes como se fosse algum jogo.

- Ele era amigo do vovô, não é? – James perguntaria preparado para mais um história que mais tarde contaria a Teddy e juntos seriam os novo marotos. Ou, pelo menos, era o que ele desejava.