Mais outra história de Jily. Esta é muito triste. Juro que quase chorei a escrevê-la. Deixem reviews.

Respondendo aos reviews de "Just you", fanfic Hinny:

lazsayuri: Obrigada querido/a! Continue a deixar mais reviews!

Algumas histórias começam e acabam com o "felizes para sempre".

Fiquem sabendo que esta expressão não existe. Sempre soubemos que não viveríamos para sempre.

Acordei naquela manhã sentindo-me algo sombria. O sol bateu-me na face e eu abri lentamente os olhos. Olhei para o lado e vi o meu marido (ó esta palavra! MARIDO!) respirando profundamente, obviamente adormecido.

10 anos de conhecimento, 1 ano de namoro, 3 anos casados. Apenas o pensamento me deixava com um sorriso nos lábios. Encostei-me ao seu ombro. Como sempre, senti-me protegida.

Os olhos de James abriram-se e eu pude perder-me naquela piscina avelã e dourada. Ele sorriu para mim, deliciado. Sussurrou, roucamente:

"-Bom dia."- Sorri de volta.

Ele costuma dizer que me ver de manhã torna o seu dia mais brilhante e muitíssimo melhor (não compreendo como ver-me despenteada e com olheiras vai melhorar o dia de alguém, mas não discuto).

Passei a minha mão pelos seus cabelos indomáveis e ri suavemente. Ele beijou-me. E então…

"-Mamãeee! Papaiii!"

Levantei-me da cama. O meu filho estava à porta, andando debilmente e com um sorriso apenas com quatro dentes.

- Harry, o que fazes aqui tão cedo? Era para estares a dormir! -James repreendeu, divertido, esfregando os olhos.

Peguei-o ao colo e ele balbuciou:

-Foomew…

Voltei a rir.

O dia passou demasiado depressa. O Harry voltou a andar na sua vassoura e voltou a colidir com o sofá. E depois aquilo aconteceu. Gostava tanto que o dia durasse mais que 24 horas!

Tinha acabado de lavar a loiça e olhei para o relógio. Passava bastante tempo da hora de dormir de Harry. Abri a porta da sala e vi James fazendo alguns feitiços básicos para diverter o Harry.

-Amor, vamos deitar o Harry?- Olhei para o rosto sorridente do nosso filho, que se virara para mi ao ver-me entrar.

-Sim, claro, querida.

Não o vimos aproximar.

James esticou-se no sofá e largou a varinha, após entregar-me Harry. Houve um estrondo.

Apertei Harry contra mim. James correu, reparei que não trazia a varinha.

-Lily, pega o Harry e corre! É ele! Eu atraso-o!

-James, não… Por favor, não… Eu vou contigo!- sussurrei desesperada, Eu não estava pronta para perdê-lo.

-Corre, por favor!

- Ma..aass… Jamie…

Ele beijou-me. A paixão, o amor que ele sentia por mim dominou aquele momento.

-Eu amo-te tanto.- Ele sussurrou.

-Eu também te amo tanto!- E corri escada acima.

No entanto, não foi a distância que bloqueou a gargalhada aterradora que se fez ouvir e o reflexo da luz verde. As lágrimas saltaram-me dos olhos imediatamente. Comecei a soluçar. O meu mundo era o mundo dele! Eu não podia viver sem ele, não podia nem queria. Entrei no quarto e barriquei a entrada.

Memórias assaltaram-me naqueles míseros segundos.

Um James de doze anos saía do expresso de Hogwarts, procurando por uma certa cabeça vermelha.

-Evans! São os teus pais?- perguntou quando percebeu uma senhora loira de olhos acastanhados e de sorriso doce e um homem de cabelo ruivo e olhos azuis, também ele de rosto gentil. Uma rapariga de cabelo loiro, pescoço alto e de ar contrariado permanecia ao lado dos Evans. James presumiu que era a irmã de Lily.

-Sim, Potter. O que queres?

James avançou e apertou a mão do Sr. e Sra. Evans.

-Olá, eu sou James Potter. E um dia hei-de casar-me com a sua filha.

Era verdade e os anos que passou com ele foram os melhores que alguma vez iria ter.

Uma rapariga do terceiro ano estava sentada perto do lago com as suas amigas. Ela viu os Marotos sentados numa árvores adianta. E, então, James Potter avançou e parou perto dela.

Lily! Eu queria perguntar-te uma coisa.

Podes perguntar.

Eu queria saber se querias ir comigo no próximo fim de semana de Hogsmeade.

Ela franziu as sobrancelhas.

Não, mas obrigada pelo convite.

Ela decidiu ser educada, pois James não era seu amigo mas dava-se razoalvelmente bem com ele. Ela nunca viu a expressão ferida de James.

Quem me dera ter aceitado aquele convite.

Encostada à parede, ela chorava. De repente, sentiu um braço rodear-lhe os ombros. Virou a cara e viu sem mais nem menos James Potter. A sua expressão traduzia preocupação pura.

-O que se passa, Lils?

- Foi o Martin… E-ee-le a-aca-b-b-ouu co-oo-mig-oo…

E aos soluços, ela explicou a situação. Não sabia porque confiava nele.

-Lils, olha para mim. Se ele não consegue ver como és incrível, então não vale a pena.

No dia seguinte, Martin foi encontrado num armário de vassouras com a pele azul e cabelo rosa, com rãs no lugar das mãos. E Lily sabia que tinha sido James e, pela primeira vez, não ficou chateada por ele ter amaldiçoado alguém.

Eu amava aquele sentido de humor que ele tinha. Ele era irresponsável e algo imaturo. Mas era todos os seus defeitos que o tornavam tão especial.

Ela odiava quando o sentido de humor dele se virava contra o seu melhor amigo. Ela sempre defendeu Sev, mas foi a defendê-lo que ela ficou magoada. No entanto, ela não culpou James pelo fim da sua amizade. Já há muito tempo que esta amizade estava instável e ela sabia que não reconhecia que Severus, não, Snape começava os duelos também.

Ele começaram a conversar como colegas, mais tarde como amigos. Era fácil falar e rir com ele e ela não podia deixar de comparar as conversas dos dois, tão leves e prolongadas, com as que tinha com Snape.

Ia doer tanto não ouvir a sua risada ou ver o brilho malicioso dos seus olhos.

O primeiro jogo da temporada de Quidditch era um clássico: Gryffindor x Slytherin. Ela assistia James e Sirius, ou Snuffles como lhe gostava de chamar para provocar, ao lado das suas amigas e Remus e Peter.

Gryffindor estava a ganhar por 420 a 20. James marcara a maioria dos pontos. Ela aplaudia e gritava como uma louca e James sorria-lhe docemente. E depois aconteceu. Uma maldição atingiu-o no peito no momento em que o Seeker Gryffindor, Mara Jones, capturava a snitch. Ele caiu da vassoura.

Ela olhou de onde a maldição havia sido lançada. Viu um espaço vazio entre os apoiantes Slytherins e jurou baixo, enquanto corria para o campo.

-James, estás bem?

-Ganhámos?- perguntou o meu idiota favorito.

-Sim, ganhámos.- sorri para ele.

Divertia-me sempre com a sua obcessão por Quidditch.

Era o final do sexto ano e Lily Evans estava a descer os degraus do dormitório feminino, pronta para uma viagem de comboio.

Ia prestes a sair pelo retrato da Dama Gorda, quando James pediu para ela esperar.

Ele estava nervoso, via-se à distância. Aproximou-se mais dela e segurou-lhe a mão.

-Ouve, Lily, eu gosto muito de ti. Mesmo muito. E, apesar de sermos amigos agora, eu queria perguntar-te mais uma vez. Vais sair comigo?

-Sim- disse ela. Não houve hesitação.

Eu adorava que as mãos dele percorressem o meu corpo. Era como eletricidade.

O primeiro encontro ocorreu durante as férias de verão numa pastelaria muggle perto da sua casa.

Foi tão perfeito porque ambos estavam descontraídos, apenas sendo eles próprios.

E quando o primeiro beijo ocorreu foi como se ela levitasse e estivesse num diferente universo. Quando ele se separou dela, riram baixinho com olhos a brilhar de felicidade.

Os beijos dele transpareciam todos os sentimentos do mundo e eram imperfeitos, mas era por isso que eu queria mais.

Na graduação, houve o pedido de casamento. Foi tão belo e tão simples.

Sirius tinha chegado ao centro do Salão e havia dito:

-Bom, meus amigos, eu queria passer a palavra aqui ao meu amigo Prongs, que se tornou num lamechas.

E James começou:

-Lily, eu amo-te tanto. Tu és tão linda, tão gentil, amiga, inteligente. Adoro o teu temperamento ardente, a dificuldade com que transpareces os teus verdadeiros sentimentos. Adoro a tua risada, o teu olhar, os teus lábios, enfim, tudo. Eu não te mereço, mas se me deres uma oportunidade de passer o ressto da minha vida contigo fá-lo-ei. Por isso, meu amor, a pergunta que te fazer é muito simples. Aceitas casar comigo?

-SIM!

E dois meses e meio depois, ela atravessava a igreja com confiança porque sabia que ele a amava e morreria por ela, tal como ela morreria por ele. Era o amor em bruto, em diamante. Inquebrável.

Das vezes que discutimos, resolvemos tudo. Afinal fazia parte da nossa personalidade discutir, mas éramos uma ótima equipa.

-James, estou grávida.

-Oh meu merlin! Eu amo-te tanto Lily!- e beijando a barriga ainda lisa, disse- O Papai já te ama muito, sim bebé?

As memórias passavam cada vez mais rápido. Voldemort aproximava-se.

Uma grávida Lily entrou na cozinha, onde estava o caos total. O gato flutuava pela cozinha, havia farinha e ovos e açúcar por todo o lado.

-James, o que estás a fazer?

-Estou a cozinhar, amor.- disse ele inocentemente.

E sabia o que tinha de fazer. Olhei para o meu filho, não o poderia ver crescer. Era a cópia de carbono do pai, com exceção dos olhos.

James…

Voldemort explodiu a porta que eu havia bloqueado. Implorei pela vida do meu filho. E quando vi a luz verde, fechei os olhos em paz.

James…

Sempre soubemos que não viveríamos para sempre. Mas o nosso amor viveria.