Nome da fic: Sonhos, paixões e desejos.
Autor: Sheyla Snape.
Beta: Gabrielle Briant.
Shippers: Severo Snape/ Lilian Evans / Remo Lupin
Censura: 18 anos. (cenas de sexo)
Gênero: Romance, NC-17, mas segundo minha beta é uma Teen Porn!
Spoilers: Sem Spoilers.
Pedido: 3 - SS/LE/RL - Como eu acho convictamente que os dois nutriam um amor platônico por ela, eu quero saber quem ficaria com ela num triângulo desse!
Resumo: A timidez é algo complicado, mas isso nunca impediu ninguém de delirar um pouco sobre seus sonhos, desejos e paixões, não e mesmo?
Notas: Uma fada muito, eu disse MUITO, com letras maiúsculas, da sem vergonha passou por aqui enquanto eu escrevia essa "doce e inocente" Fanfiction e revirou tudo de pernas pro ar. Literalmente! Portanto crianças... Mantenham distancia dessa fic e respeitem a censura. Às Snapetes adultas que tiverem coragem pra ler... Espero que gostem!
Agradecimentos: À minha irmã-beta-comensal, Gabrielle, cujas ameaças... Quero dizer..., cujo incentivo me ajudou a escrever essa fic!
Disclaimer: Todos os personagens que você consegue reconhecer são de JKR, os outros são meus.
Esta fic faz parte do Amigo Oculto de Dia dos Namorados promovido pelas Snapetes e é um presente para Roxane Norris. Parabéns querida espero que você goste.
Sonhos, paixões e desejos.
By Sheyla Snape.
Capítulo 1 –
Definitivamente o ano de 77 seria quente. O inverno se despedira rapidamente depois das festas de fim de ano e os alunos alegravam-se com achegada do calor e da primavera. Parecia que o sol resolvera disputar com alguém em quanto tempo conseguiria derreter toda a neve que se acumulara nos jardins da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, e aparentemente ele ganhara a disputa.
O calor e o sol brilhante convidavam os alunos a um passeio, distraindo-os das aulas a cada segundo do dia, tentando-os a escapulir e desfrutar de alguns minutos de paz e liberdade...
Claro que temperaturas tão elevadas para aquela época resultavam em menos roupas e corpos mais expostos. E isso, numa escola mista, abarrotada de adolescentes em "temporada de caça", cheios de hormônios prestes a entrar em ebulição, resultava em mais trabalho para qualquer adulto responsável.
Contudo, enquanto alguns realmente partiam em busca dessas aventuras e tentavam a todo custo realizar seus sonhos e desejos – para não dizer que simplesmente seguiam seus instintos e saciavam seus hormônios – outros, tímidos demais, apenas observavam à distância, imaginando como seria se chegassem perto o suficiente para sentir o perfume, para sussurrar algum elogio ou simplesmente para... admirar a pessoa que os deixava completamente desnorteado, sem ar e suando frio – apesar do calor escaldante –, e sonhavam acordados, imaginando como seria se num desatino se permitissem ser apenas adolescentes e viver a vida sem pensar nas conseqüências que seus atos cobrariam. Afinal... todos os seus colegas eram assim, não é mesmo?
Dois desses adolescentes, porém, não conseguiam render-se aos apelos de seus hormônios e corações. O motivo para tal atitude eles tinham vários... ela era bela e popular demais, eles eram feios e magros demais. Ela era o melhor partido de toda escola, enquanto pouquíssimas garotas sequer dariam a eles um segundo olhar. Sem contar que eram tímidos e fechados demais para se aproximar de qualquer uma delas.
Severo Snape era um desses jovens rapazes. Não que ele se importasse se era bonito ou não; na verdade, o que o incomodava naquela situação era outra coisa. Ela era uma Grifinória nascida trouxa, alegre e meiga, e ele um sonserino mestiço lutando com todas as forças para ser aceito entre seus colegas puros-sangues, tentando ao máximo entrar para o restrito grupo de poderosos bruxos ligados às Artes das Trevas que tanto o fascinava.
Durante os últimos meses ele se surpreendeu ao perceber o quanto pensava nela... A freqüência com que a bela ruiva de olhos verdes invadia seus pensamentos estava deixando-o preocupado. Renegava todo e qualquer sentimento que possivelmente aflorava nele com todas as forças que seu jovem, e já sofrido, coração poderia ter. Isso durante o dia, pois, cada vez que a noite caía e seu corpo cansado deitava-se na cama, ele sabia que o dia de negação seria recompensado por uma noite inteira de sonhos repletos de paixão e um desejo incontrolável, quase animal, de ter Lílian Evans só para ele.
Assim ele passara os meses, sonhando com ela a cada noite, desejando-a cada vez mais intensamente e perdendo o controle de seus pensamentos e, algumas vezes, de suas ações.
O problema agora se agravava cada vez mais. Não fosse somente as noites a incomodá-lo, agora ele se surpreendia admirando-a em plena aula e esticando olhares furtivos quando ela passava por ele nos corredores e tão gentilmente sorria para cumprimentá-lo. Ninguém sorria para Severo Snape... Ninguém, é claro, excerto Lílian Evans! Ela era a única pessoa que se aproximara dele sem nenhuma segunda intenção; a única que, aparentemente, apenas queria ser sua amiga. No começo isso o deixava confuso e desnorteado, mas, agora, com essa amizade estabelecida, ele sentia-se diferente... algo mais surgira em sua mente e ele lutava para que não brotasse estragando a única coisa sinceramente pura que ele tinha na vida.
Não era fácil resistir, mas ele tentaria.
Mesmo que todo o universo conspirasse contra ele... Mesmo que o maldito professor de Poções, Horácio Slughorn, tivesse mais uma de suas idéias brilhantes e os levassem para uma maravilhosa aula ao ar livre para aproveitar o calor e o sol daquela manhã de primavera. Mesmo que vê-la, linda e estonteante, com os cabelos presos num coque sobre a cabeça, dificultasse e atiçasse seus instintos mais primitivos, e a visão da camisa branca da escola com alguns botões abertos, mostrando a pele alva e suave do colo, o pescoço longo e apetitoso que ele tão secretamente adoraria enterrar o nariz para apreciar o perfume que se desprendia suave e doce dos cabelos próximos a orelha... a vontade gritante nele era de beijar e lamber-lhe a pele até arrepiá-la. Severo suspirou pesadamente ao perceber a linha que uma gota de suor traçou enquanto descia pelo colo até perder-se dentro da camisa dela.
Severo prendeu a respiração e, junto com ela, um gemido em sua garganta. Ele não sabia se estava realmente vendo todo aquele espetáculo ou se estava viajando deliciosamente em mais um de seus sonhos. A única certeza que ele tinha era a do seu desejo de levantar-se e tomá-la ali mesmo. O leve e continuo movimento dela em levar a ponta dos dedos à boca para umedecê-los antes de virar uma página de seu livro o fez tremer involuntariamente e, sacudindo a cabeça, ele se forçou a sair de seus devaneios.
"Por Salazar, vou enlouquecer antes do fim desta aula!" – Com um nó na garganta ele forçou-se a baixar a cabeça e dar atenção a sua poção. Se continuasse naquele caminho logo ele teria evidências embaraçosas demais pra explicar sobre em que realmente ele andava pensando.
Mas Severo Snape não era o único jovem que prestava atenção na bela grifinória de cabelos vermelhos. Havia também um outro rapaz, tão tímido quanto ele, sim, mas com uma natureza um pouco diferente. Enquanto o sonserino era sombrio e completamente arredio a todos que tentassem esboçar uma aproximação, amigável ou não, Remo Lupin era completamente o oposto... Prestativo, solidário, carinhoso e atencioso... Remo era amável com qualquer um que se aproximasse dele, mas com Lílian Evans a situação ia um pouco além da simples amabilidade e amizade.
No começo pareceu-lhe apenas isso... Ela era linda, inteligente e fazia amizades tão facilmente quanto realizava um simples feitiço para aquecer roupas durante o inverno. "Por Merlin, por que eu tinha de lembrar-me desse maldito calor?" Os sentidos dele estavam mais aguçados e alertas do que nunca nos últimos meses. Não obstante a proximidade da lua cheia, Remo Lupin sentia como se o lobo que existia dentro dele, e que uma vez a cada lua surgia e lhe tomava completamente os sentidos, estava interessado em sua melhor amiga, e a queria para si. Não importando o quanto ele reprimia aquele desejo, bastava olhar para ela e tudo vinha à tona.
Seus sentidos aguçados não o ajudavam a esquecer a presença de Lílian, bastava sentir o cheiro do perfume dela, mesmo que disfarçado pelos odores dos caldeirões à volta, que cada célula do corpo do jovem lobisomem respondia e reagia à altura, forçando-o a travar uma batalha interna na qual ele sinceramente temia perder.
O problema não era só o desejo animal que o consumia, era o fato do seu melhor amigo também estar interessado nela.
"Dane-se James Potter, ele pode ter qualquer garota, mas jamais terá Lílian!" – era o que o lobo gritava em sua mente, fazendo o franzino Remo estremecer com as lembranças que saltavam em sua mente.
Dia após dia ele sonhava com Lílian e as diversas coisas que seus hormônios em ebulição adorariam fazer com ela. Ele respirou fundo tentando, sem sucesso, se controlar... o perfume dela parecia inebriá-lo e a visão dela logo ao seu lado, completamente concentrada em sua poção, mordendo o lábio inferior daquele jeito tão enlouquecedoramente sensual estava minando suas forças.
Foi impossível evitar que o desejo que o consumia por dentro projetasse uma visão dele avançando sobre ela e tomando-lhe os lábios com uma fome tão voraz que o fez gemer de verdade, chamando a atenção da ruiva ao seu lado.
- Remo você está bem? – ela estendeu a mão e tocou o rosto do rapaz ao seu lado, o rubor nas faces comumente pálidas a preocupou. Talvez ele estivesse febril.
- Estou sim Lílian, não se preocupe, é apenas esse calor, eu... eu estou bem! – ele lutava para conter o rubor de ter sido flagrado. Mas estava aliviado, mais um pouco ele teria...
- Tem certeza Remo, não quer ver Madame Pomfrey?
- Não é necessário..., eu estou bem. – ele forçou o sorriso mais tímido e inocente que conseguiu, o que foi realmente um feito extraordinário devido a suas intenções de poucos segundos atrás.
Remo nunca fora um aluno excepcional em poções. De fato, ele sequer pretendia cursar a matéria em seus NIEM's, mas a insistência dela e a proposta de ajudá-lo sempre que precisasse foi impossível de ser recusada. A possibilidade de ficar mais algumas horas ao lado dela não poderia ser perdida em hipótese alguma. E lá estava ela... linda e deliciosamente tentadora... Sem a menor idéia de como e o quanto conseguia provocá-lo com cada gesto e sorriso. "Céus eu preciso de um banho frio com urgência!"
O restante da aula transcorreu normal e rapidamente –, aos olhos do professor Slughorn, é claro, pois para Severo Snape e Remo Lupin os segundos foram deliciosamente torturantes e mostraram-se um exercício contumaz de paciência e autocontrole.
Mas ainda não estavam completamente livres...
Assim que todos os estudantes apresentaram suas poções devidamente engarrafadas para avaliação o professor dispensou a turma com exceção, é claro, de três alunos.
- Eu gostaria que os senhores Snape e Lupin ficassem mais alguns instantes, por favor, e a senhorita Evans também. O restante da classe está dispensada!
Eles não sabiam o que os esperava, se haviam sido flagrados em algum momento, o certo era que os três tremeram ao ver o rosto sério do professor.
Continua...
