Bond
Advertências: Rated M, slash, language. 1995 (5º ano em Hogwarts), sem Voldemort. Os capítulos não vão ser muito grandes, e não segue os dias (pode haver curtos ou longos espaços de tempo entre os capítulos e, mais raramente, entre momentos), excepto os capítulos que têm datas. Se não se sente confortável, ou se sente ofendido com alguma destas advertências, melhor não ler.
Shipper: Severus Snape/Harry Potter (outros shippers no meio também);
Romance/Drama
Resumo: Severus Snape acolhe Harry para o resgatar dos Dursley's. Fazendo isso, Snape dá a Harry a única pessoa que pode considerar como família. Juntos como um garoto e o seu guardião, Snape é praticamente tudo o que Harry conhece. Mas, será apenas algo normal ou, dados os acontecimentos, desenvolvem uma ligação mais forte do que alguma vez pensavam?
Prólogo
22 de Dezembro de 1985
Severus Snape estava à frente da porta de madeira, com uma cor castanha escura, que entrando, dava acesso ao escritório de Dumbledore. Pensando, desde que tinha sido chamado, o que poderia ser que o diretor de Hogwarts queria falar com ele, bateu firmemente na porta três vezes. Ouvindo um 'entre', Snape pousou a mão esquerda na maçaneta, e rodou um pouco, fazendo a porta se abrir.
Com um passo à frente para entrar, olhou em volta, como quase sempre fazia. Dumbledore tinha, definitivamente, a sala de professores mais interessante do castelo. Era uma sala circular, com bastantes janelas que deixavam que a luz do dia entrasse, e muitos retratos de antigos diretores e diretoras de Hogwarts. Nenhum dos dois falava, mas a sala não estava em completo silêncio. Haviam pequenos e engraçados sons que se faziam ouvir, ainda que não completamente identificáveis, mas provavelmente provenientes de alguns dos muitos curiosos objetos que Dumbledore ali tinha.
- Desculpa te incomodar, Severus. – Dumbledore falou, sentado na sua cadeira, escondida atrás da grande secretária. – Eu imagino que estaria preparando as suas coisas, para voltar para casa nestas férias.
- Sim, mas não tem problema. O que queria falar comigo? – Snape perguntou.
- Na verdade, eu preciso que venha comigo a um sítio, depois de preparar todas as suas coisas. Eu te chamei agora, porque eu não te queria apanhar de surpresa com isso depois. – O mais velho informou, olhando atentamente o homem em pé. Este estreitou um pouco os olhos.
- Posso saber do que se trata?
- Harry Potter. – A voz de Dumbledore notava-se um pouco mais severa. Snape deu um passo para trás sem pensar.
- E o que é que Harry Potter pode de alguma forma ter a ver comigo? – Perguntou. – Por favor, não comecemos com a mesma conversa que tivemos quando.. – Olhou para baixo quando a sua voz falhou um pouco. O seu tom estava agora mais baixo. – quando a Lily morreu. Eu não posso, Dumbledore.
- Só peço para vir comigo. Daqui a uma hora? – O diretor disse. Vendo o outro homem extremamente relutante, voltou a falar, seu olhar ainda mais penetrante. – Severus.
Este, ficou parado mais uns segundos, pensando. Por fim, antes de se virar e sair, fechando a porta, suspirou e assentiu levemente com a cabeça.
Dumbledore e Snape aparataram em frente a uma casa, ainda que do outro lado da rua. Tinha aparentemente dois andares, um tom castanho claro e alguns tijolos mais escuros, e telhas castanhas escuras. Tinha um pequeno relvado em frente à casa, com uma árvore e alguns arbustos também, tudo parecendo perfeitamente arranjado.
Mais que isso, em frente à porta fechada que tinha o mesmo tom que as telhas, estava um menino sentado, que não olhava em frente para poder reparar neles. Ele não aparentava ter mais do que os seus 5 anos de idade e apoiava a cabeça nos braços, estando estes apoiados nos joelhos levantados. Os seus olhos estavam fixos no chão. Usava umas calças rasgadas de cor preta, e uma camisola verde escura, também parecendo velha. Parecia estar muito mais desagasalhado do que deveria, para uma criança sentada na rua com o frio que fazia.
- Dumbledore.. – Snape começou, tirando os olhos do garoto, e olhando agora o outro homem. Porém, este não o deixou continuar.
- Eles maltratam-no, sabia Severus? – Ele disse. – São coisas muito más, as que acontecem. Eles não aceitam a pobre criança naquela casa, de qualquer maneira. De alguma forma, acho que uma das razões é que eles têm medo. Ainda mais quando ele crescer. – Ambos voltaram os olhos de novo para o garoto sentado, e Albus parou de falar por um minuto. – Ele devia ter ficado com você em primeiro lugar.
- Eu não podia. – O outro respondeu. – E eu não posso, ficar assim com ele..
- Você pode, apenas não queria. Provavelmente também porque ele é filho do James. – Dumbledore disse. – Mas se lembra, ele também é filho dela. Lily deu a vida por ele, ambos deram, ela não iria querer que isso acontecesse. Iria apoiar se você cuidasse dele. Severus, por favor. Vamos tirar essa criança daqui.
Levou mais alguns minutos mas Snape finalmente concordou. Não o poderia deixar ali. Ambos atravessaram a rua e, chegando ao menino, falaram com ele por um pouco. Assim que este se levantou também, Dumbledore bateu na porta dos Dursley.
24 de Dezembro de 1985
Era véspera de Natal e Harry Potter estava sentado no sofá preto de dois lugares que Snape tinha na sua sala. Ele parecia bastante embaraçado, não sabia o que fazer, se falar ou não, para onde olhar. Tinha chegado aquela casa fazia dois dias e, apesar de Snape lhe parecer um pouco severo e, também um pouco estranho, se sentia melhor do que em casa dos tios.
Já não precisava de dormir e fazer tudo no cubículo por baixo das escadas, mas tinha sim um quarto próprio e uma cama confortável. A comida, cuja ele já não tinha que fazer, apesar de se ter oferecido no primeiro jantar, pelo que Snape tinha ficado deveras chocado, era saborosa.
Snape entrou na sala com uma pequena caixa na mão, sem algum tipo de embrulho. Se sentou ao lado do menino e colocou a mão no seu ombro.
- Não se parece em nada com um presente, e também foi um pouco à última da hora, mas… toma. – O homem disse, ao que a criança pegou na caixa com o maior cuidado.
Abrindo, viu duas bolas que pareciam feitas de madeira, e um pequeno bastão. Olhou para Snape, com um ar de inquisição.
- Não são iguais às de verdade, mas as bolas se chamam Bludgers. É de um jogo que temos chamado Quidditch. Eu não sou bom nisto, mas eu achei que você iria gostar. – Ele disse, enquanto Harry voltou a olhar para a caixa aberta por mais alguns segundos. – Elas também voam.
Quando o garoto voltou a olhar para cima, uma lágrima escorria pela sua face. Deu um sorriso meigo.
- Obrigado.
Snape não abriu a boca, apenas retribuiu com um pequeno sorriso. Sentiu emoção se formar dentro de si mas, se contendo, apenas olhou o menino começar a brincar com o que tinha recebido.
Fora o primeiro presente, ou gesto simpático que Harry tinha recebido em toda a sua vida desde que seus pais tinham morrido.
N/A: Minha primeira fanfiction Snape/Harry, mas eu tive a ideia, decidi fazer e eu espero que gostem. Se lerem e gostarem, façam review. Não custa nada, e me ajuda muito a continuar. Obrigada.
