Nota: No universo dessa fanfic os outros ganhadores do convite dourado, Violet, Veruca, Mike e Augustus, ao saírem da fábrica detalharam tudo o que aconteceu, e um filme foi produzido, o filme que a gente assistiu em 2005. Então tem a fábrica de verdade, e o filme.
Hoje ela iria conseguir tirar aquela foto, acordou sentindo que conseguiria. Trocou-se, lavou o rosto no banheiro rapidamente, em silêncio, e voltou para o quarto. Parou em frente à penteadeira, onde tinha um espelho velho, mas nem reparou em seu reflexo, já se conhecia muito bem pra saber que seu cabelo liso e chanel estava todo desarrumado.O penteou. Tinha cabelo castanho, uma cor muito parecida com a cor de chocolate, e seu corte era baseado em uma foto pouco nítida de um homem que fora tirada em uma ocasião há três anos atrás.
Abriu a janela de seu quarto e arrumou seu travesseiro e duas almofadas em baixo, pegou sua câmera fotográfica digital, ultimo presente que ganhara de sua mãe, e desceu as escadas, pulando os degraus que faziam barulho, pois havia alguém além dela na casa, e a ultima coisa que ela queria agora era acordar essa pessoa.
Ao passar pela porta e fecha-la se arrependeu de não ter pegado nenhuma blusa, mas não se atreveria a voltar para dentro de casa. Era um dia de outono, o sol era apenas um ponto no horizonte, a sombra da fábrica era longa e cobria a cidade do lado oposto ao sol. Ou seja, estava frio.
Correu rua acima, não queria perder seu tempo, tudo o que sonhava por dias era conseguir aquela foto, e se o dia fosse hoje, podia ser a qualquer hora, de manhã tão cedo quanto agora, ou tão tarde da noite como ela havia voltado no dia anterior. É claro que estava cansada, é claro que hoje ela não pretendia acordar cedo, mas tivera um sonho, e o sonho dizia para ela que conseguiria. É claro que aquilo não significava nada, podia estar errado, mas lhe dera mais esperança.
E lá estava ela, Wendy Fickelgruber, em frente aos portões da fábrica, as 5:50 da manhã.
Wendy Fickelgruber, sobrinha de Cripple Fickelgruber, o dono de uma loja de doces que tinha roubado uma receita secreta – um homem que para ela tinha o nome que merecia, pois ele realmente tinha uma parte do corpo faltando: o cérebro.
Ela era a criadora e presidente do maior fã clube da América dedicado ao maior chocolateiro que existia. Só havia um problema, ela não morava mais na América, e seu atual cargo de presidente corria o risco de ser perdido e passado para a vice-presidente. É claro que ela não ficaria assim tão triste se o cargo fosse passado, afinal, a vice era sua amiga, havia colaborado muito para a criação do fã clube, e mais ainda para que ele se tornasse O maior. Elas haviam assistido ao filme "A fantástica Fábrica de Chocolate" juntas varias e varias vezes... Mas ainda assim, ela não queria perder seu lugar no fã clube, e para isso precisava de alguma coisa para manter sua posição de fã nº 1 agora que morava na Inglaterra.
A única coisa boa de ter aquele cara asqueroso e sem imaginação própria como tio era que ele morava justamente na mesma cidade da fábrica, e desde que ela fora encaminhada para morar com ele, ela tentava conseguir alguma foto do verdadeiro Willy Wonka, pois a única foto que o fã clube tinha dele era a mesma foto pouco nítida que ela tinha usado para fazer seu corte de cabelo.
Sem dúvida uma foto dele garantiria que ela continuasse sendo a presidente.
Aspirou profundamente o aroma de chocolate antes de começar a contornar a fábrica. Era uma longa caminhada, mas ela não iria faze-la inteira agora, só iria até um lugar que ela sabia que tinha uma janela, embora nunca a tivesse visto aberta.
A janela ficava no alto, era de vidro juntamente com todo o resto em volta dela, um vidro que só via através quem estivesse do lado de dentro. Ela só sabia que tinha uma janela lá porque tinha passado muito tempo observando aquela parte de vidro com um binóculo tentando ver alguma coisa do outro lado, embora ela soubesse que era impossível, mas pelo menos conseguira encontrar o contorno da janela.
Parou em frente à janela, pra variar um pouco, ela estava fechada. Isso a desanimou... 'Quero dizer, eu não estou desanimada... Está bem, talvez esteja um pouco, mas já faz um ano que eu estou nessa cidade e tento conseguir essa foto... Estou tão cansada, eu não devia ter levantado da cama por causa de um pressentimento.' Continuou andando e chutou uma pedrinha no meio da a rua. Aquela cidade tinha poucos carros, e nenhum passeava de tão cedo.
-Sai da frente garota! – ela levou uma buzinada.
Seu relógio apitou a mudança de horário. Sim, quase fora atropelada as 6h da manhã em pleno domingo. 'É melhor eu voltar para a cama mesmo'. Virou-se para voltar, e ouviu uma risada estranha. Na rua não tinha ninguém... 'Será que...' olhou para a janela no alto, para, pela primeira vez em sua vida encontra-la aberta. E não era só isso, tinha alguém ali, e essa pessoa tinha o cabelo igual ao dela e ria muito. Embora o riso chegasse bem baixinho onde ela estava, ela ainda conseguiu identificar alguma coisa que ele falava, que eram: quase atropelada, hahahahaha, manhã, hahahahaha, domingo.
Só podia ser ele! Não conseguia acreditar que finalmente conseguira. Seria a chance ideal para tirar uma foto dele, mas não conseguia encontrar forças para se mover.
WW
Willy Wonka havia já fazia muito tempo, e quando ele resolvera abrir um pouco sua janela (Na qual ele raramente abria) para tomar um pouco de ar puro, viu uma cena muito engraçada. Uma menina andava desoladamente e tinha acabado de chutar uma pedrinha na rua quando um carro passara, quase a atropelara... Sem contar a cara de completo espanto dela, havia sido muito hilário.
Quando parou de rir percebeu que a menina estava olhando para ele, e então foi a vez dele de se assustar. Quando abriu a janela não esperava que alguém o visse, e então a garota se moveu, parecia estar pegando alguma coisa na bolsa. Quando ele viu a câmera fotográfica, ele saiu correndo, esquecendo a janela aberta.
WW
'Droga! Eu não acredito, eu estraguei tudo! O destino me deu essa chance e eu a joguei for... Espera, ele esqueceu a janela aberta!' Ela tentou ver alguma coisa lá dentro, mas só via o teto.
"É impossível ver alguma coisa daqui!" Então ela olhou em volta e seu olhar parou na casa atrás dela, mais especificamente no telhado da casa...
'Ah não, é muito alto, e você não tem chance de chegar lá em cima...'
Minutos depois ela já havia armado todo um "plano" de como chegar até o teto.
Ela subiu a escada que dava até a porta, pulou para a janela ao lado e se segurou com dificuldade nas extremidades... Começou a tentar subir no ar condicionado quando a porta foi aberta com um estrondo e uma velha com uma arma apareceu.
-Mai u qui é qui ta acontecendu aqui hein? – Gritou a velha falando tudo errado com um sotaque meio caipira. – Será que uma veia não pode mais descansaR em paz não?!
Wendy ergueu as mãos acima da cabeça assustada, a sua maquina fotográfica quase caiu, e quando ela conseguiu salva-la, perdeu o equilíbrio e caiu na escada.
-Me desculpe senhora – disse ela gemendo no chão, o corpo dolorido – Eu não queria acorda-la!
-O qui cê tava fazenu na minha janela ô garota? – perguntou ela, a arma apontada pra pobre menina.
-Eu só queria subir no seu telhado...
-E Purque cê queria subi no meu telhado? – Perguntou a velha.
-Olha senhora... Ai!... Será que dá para abaixar essa arma, por favor? Eu não pretendo te roubar, nem saquear, nem pilhar, nem te raptar, nem nada, está bem!
-Du-vidu! – Disse a velha.
-Estou falando sério, por favor, abaixe a arma logo, e então nos podemos conversar.
A velha deu um suspiro e abaixou a arma.
-Não tava caRRegada mesmu uai! – Exclamou ela.
Wendy tentou se levantar, sua costa doía um pouco, mas com um pouquinho de sorte não seria nada além de uma mancha roxa e alguns arranhões.
-Será que a senhora poderia me ajudar?
-AjudaR uma garota qui eu num sei quem é, e qui depois puderia mi assalta e mi mata? Não mesmo.
-Eu sou Wendy Fickelgruber, criadora e presidente 3W.
-Cê? Presidenti du Wonderful Willy Wonka? Num creditu naum! Uma fickelgruber? Cê só podi ser uma mintirosa! O trei W é izclusivu na América.
-Já que não vai me ajudar, eu me levanto sozinha, muito obrigada! – Ela se levantou, uma mão nas costas – Ai! Ui... Tenho duas coisas pra te falar cara senhora. Primeiro, eu não estou mentindo, e segundo, como a senhora sabe do 3W?
-Cê acha qui só purque eu sô uma veia que eu não devia sabe é?!
-Bom, ótimo que saiba então – ela pegou uma carteira pequena em seu bolso – Se a senhora puder colaborar então, eu já perdi tempo demais e não quero jogar essa chance fora. – pegou uma carteirinha e praticamente a colocou na cara da mulher velha – Está é a carteirinha oficial do fã clube, com carimbo e selo, onde a senhora pode ver que eu realmente sou a presidente do fã clube...
-Oh meu pai! Intaum era verdadi memu! Puxa, eu num credito na minha sorte! –A mulher pegou a menina pelo braço e começo a puxar ela pra dentro da casa – Eu tenhu umas fotu qui eu queru ti mostra...
-Por favor, senhora – Wendy puxou o braço – eu realmente não tenho tempo para isso agora! Pela primeira vez na vida eu encontrei uma janela da fábrica aberta, e eu preciso subir no seu telhado para poder tirar uma foto decente do que tem lá dentro, e da pessoa que ira vir fecha-la!
-A fábrica tem uma janela é? – A velha espiou pelo ombro – Nossa uai, puRque num falô antes! Venha logo minha fia, cê pode subiR pelo sótão! E depoi qui cê tiraR essa sua foto ai, eu posso te mostra as fotos qui eu tenhu, cê ia adora vê.
-Muito obrigada mesmo, eu realmente posso subir pelo sótão? – Wendy não esperou a velha responder novamente, afinal ela já tinha dito pra ela usar mesmo. Entrou correndo na casa, subiu a primeira escada que levava ao segundo andar, subiu a segunda que levava ao sótão e subiu a escada reta do sótão que levava ao telhado. Ela sabia o caminho porque existiam apenas três tipos de casa naquela cidade: casas pequenas, médias e grandes. A da velha e do seu tio eram médias.
Andou devagar sobre o telhado e parou um pouco longe do final do telhado. A visão dali era bem melhor que lá de baixo.Pegou a câmera e ajustou o foco.
-Sim, sim! Que dia mais feliz, mas que feliz dia! Mas que lugar é esse? Parece um escritório, mas tem tantas coisas diferentes. Hei, gostei da cadeira! – Click –E do papel de parede! – Click – E da mesa – Click Click...
-TÁ TUDO BEM AI FIA? – Veio a voz da velha do sótão – CÊ TÁ FALANU SÓZINHA!
-Está tudo bem sim, não precisa se preocupar não! E muito obrigada por me emprestar seu telhado.
-NUM TEM DI QUÊ!
-Olha, tem um retrato ali! Sim, um pouco mais... Vamos câmera, só um pouco mais de zoom! Droga, não dá pra dar mais zoom, e o retrato está meio torto... Mas vai assim mesmo. - Click
Depois de tirar foto de praticamente tudo que a maquina conseguia alcançar com o zoom, ela se sentou no telhado.
-Bom, agora é só esperar alguém vir fechar a janela.
WW
Willy Wonka entrou desesperado na casa dos Buckets, esquecendo que era cedo no domingo e eles estavam provavelmente dormindo. Assim que entrou ele perdeu o equilíbrio e caiu sonoramente no chão.
Todo mundo acordou assustado, e o Sr. Bucket foi o primeiro a se levantar. Ao ver que era Willy caído estendeu uma mão.
-Está tudo bem? – perguntou o Sr. Bucket. Willy estava pálido, e como ele já era muito branco, agora ele se caísse na neve sumia, pelo menos o rosto dele.
Willy aceitou a mão oferecida e se levantou.
-Me desculpem... Eu... Eu esqueci que... Que vocês e... estavam dormindo...- Willy parecia meio desorientado.
-Tem certeza que você está bem Willy? – perguntou a Sra. Bucket levantando da cama e colocando um roupão.
-Eu disse... Disse que eu es... Estava? –perguntou ele, realmente não se lembrava de ter respondido a pergunta do Sr. Bucket.
-Melhor você se sentar – disse o Sr. Bucket.
-Quer alguma coisa para beber? – A Sra. Bucket percebeu o erro que ela havia cometido, mas não era grande coisa – Água, chocolate quente, suco?
Charlie desceu do seu quarto e já estava do lado de Willy.
-Eu não quero incomodar... Mas adora...Ria um cho... Chocolate Quente.
-Willy, você está tremendo! Mas o que aconteceu? – perguntou Charlie.
Todos ficaram atentos, estavam preocupados, Willy havia se tornado membro da família, e era igualmente importante entre eles.
A Sra. Bucket preparou o chocolate quente rápido e entregou a Willy, que tomou devagar, a curiosidade crescendo em cada um. Assim que terminou de tomar, Willy já estava se sentindo um pouco melhor.
-Então? – Perguntou George cansado, querendo acabar logo com isso e voltar a dormir.
-Deixe o homem se acalmar George! –Disse Joe.
-Não, não, eu já estou me sentindo bem melhor! – Respondeu Willy Wonka, e recebeu muitos olhares suspeitos, pois ele ainda parecia feito de neve.
-Então Willy, você vai nos contar o que aconteceu? – perguntou novamente Charlie.
Willy deu um suspiro então disse.
-Eu fui visto.
Isso causou um pandemônio de perguntas e exclamações entre os Buckets.
-Visto?
-Como?
-Aonde?
-Olhe as borboletas!
-Você tem certeza?
-Mas você quase nunca sai da fábrica...
-E as joaninhas!
-...Você saiu hoje?
-E mesmo se tivesse saído, hoje é domingo, além do que ainda é muito cedo!
Toda essa confusão não ajudava nada a situação. "É melhor eu conversar com os Doretty, talvez ele possa me ajudar, pq eles não parecem que vão parar com isso cedo".
Doretty era o irmão gêmeo de Doris – O único ponto importante em gêmeos Umpa-Lumpas era o fato deles terem nascido em um mesmo parto, e terem a mesma idade, porque afinal, todos são iguais mesmo. – Era bom em resolver assuntos dificílimos e sempre encontrava solução para problemas fora da fábrica.
Voltando aos Buckets, eles começaram a discutir tudo entre eles, e nem perceberam a saída de Willy Wonka da casa, quer dizer, Charlie percebeu é claro, e saiu atrás de Willy.
-Hei Willy...
-Oh Charlie! Ainda bem que você veio! Eu resolvi conversar com Doretty, mas você sabe como eu fico nervoso quando eu converso com ele...
eu sei... – Os dois caminharam até a outra margem do rio e sentaram em baixo de um cogumelo. Willy já estava bem mais calmo.
-Sabe... – Começou Willy Wonka – Eu estava no meu escritório assinando uns papeis, e você sabe como assinar papéis pode ser cansativo – Charlie sabia pois já tinha ajudado Willy a assinar vários documentos, imitando a assinatura dele. É claro que se ninguém soubesse disso, não daria nenhum problema. – Aquilo estava tão chato...
-Você podia ter me chamado. Você sabe, eu te ajudava – Disse o garoto.
-E te acordar antes do sol nascer? Não, não meu garoto, eu só precisava de um pouco de ar fresco... – Suspiro – E foi ai que tudo aconteceu. Eu abri a janela do escritório, como ainda era cedo e domingo, não achei que tivesse alguém na rua, Na verdade tinha uma garota, ela estava no meio da rua bem em frente, chutando uma pedra, e um carro quase atropelou ela... Foi... Háháhá... Foi muito engraçado... Háháhá – Willy lembrou da cena e voltou a rir.
Charlie arregalou os olhos, "engraçado?" pensou ele.
-Não arregale os olhos desse jeito menino! – desaprovou Wonka – você fica estranho. Há! Você sabe, não aconteceu nada grave, se não eu não teria achado engraçado.
Charlie sabia muito bem, Willy poderia parecer sádico às vezes, mas seu tutor não era, pelo menos não tanto. Ele até podia até achar engraçado um homem caindo em um buraco que levava ao incinerador, mas só era engraçado se o incinerador estivesse desligado. Ou então sentir prazer em ver uma menina ser transformada em amora, mas só permitiria que isso acontecesse se tivesse alguma coisa que fizesse ela voltar ao normal, ou pelo menos metade normal.
-Tudo bem, mas como ela te viu?
-Ela ouviu minha risada.
-E você riu tão alto assim? Porque a janela do escritório é bem alta...
-Deve ter ouvido bem baixinho lá embaixo... Agora, o que fez ela olhar para cima em vez de pensar que era imaginação dela a rizada eu não sei... Charlie, até parecia que ela sabia que tinha uma janela ali! – Disse Willy baixinho e assustado.
-Hum... – Charlie estava pensando – Você quase nunca abre aquela janela, mesmo porque você assina papeis uma vez por semestre... Como ela poderia saber?
-Eu não sei! – Respondeu Willy virando para ele. – O pior... O pior vem depois! – Disse ele sinistramente.
-O que é? – perguntou Charlie baixinho.
-Ela tinha uma câmera fotográfica!!!
-Ela tirou uma foto sua?
-Não sei! – Willy tremeu uma vez. – Charlie o que eu faço? E se ela tirou?
-Mas o que ela poderia fazer com uma foto sua?
-Eu não sei! Qualquer coisa! Você já ouviu falar em vodu?
-Vodo?
-Vodu! Isso é um ritual em que se usa alguma coisa de alguém para fazer mal a outra pessoa. Se ela tiver uma foto minha ela pode me prejudicar!
-Só prejudicar? – perguntou Charlie suspeito – E se ela quiser fazer outras coisas?
-Que tipo de coisas? – Perguntou Willy com medo.
-Eu não sei...
-Ela pode fazer qualquer tipo de coisas... – Dessa vez foi Willy que arregalou os olhos.
-Não arregale os olhos senhor Wonka! Você também fica estranho assim! Há! – Charlie o imitou. – Bom, talvez ela não tenha tirado nenhuma foto, ou se tirou, talvez ela não pretenda fazer vodu nenhum.
-Espero que você tenha razão meu garoto! Então acho melhor eu ir fechar a janela! – disse Willy.
-Você deixou a janela aberta!? – Charlie aumentou a voz sem querer – Me desculpe! – disse normal – E se vôo alguma coisa, os papéis!
-Oh meu pai! Charlie! Vem comigo! – Willy se levantou e puxou o menino pelo braço. – Você tem que me ajudar! Se ventou... Se ventou...
-Ai estão vocês! – disse a Sra. Bucket – O que vocês estão fazendo? – Perguntou ela ao ver Willy e Charlie passarem correndo, Willy puxando Charlie.
-Agora não mãe, depois a gente conversaaaa – Charlie foi aumentando a voz porque eles estavam longe já.
-Mas Charlie, você tem que tomar café – Charlie ouviu a voz da sua mãe, já distante.
Entraram no elevador de vidro e Willy apertou o botão do escritório sem nem mesmo procurar. O elevador partiu com um zumbido.
-Willy, acho que você apertou o botão errado, a gente não estava indo para o escritório?
-Estamos Charlie! Claro que estamos menino! Ora, que pergunta. Há, há!
-Mas você apertou o botão da sala de invenções!
-Ah! Exclamou Willy olhando para o botão que ele tinha apertado... Heh! Você sabe, é meu botão favorito... – Então ele procurou um pouco e achou o botão certo.
WW
Já tinha passado uma hora e nada ninguém aparecer para fechar a janela. Wendy sentiu seu estomago se revirando, não tinha comido nada desde o almoço de ontem, pois chegara tarde em casa e de castigo seu tio não a deixara jantar.
Um vento passou e entrou pela janela fazendo muitos papeis se espalharem no chão do escritório. – Wendy fotografou isso também.
"Minha culpa dos papeis estarem espalhados... Me desculpe Willy Wonka, mas eu preciso de uma foto sua".
Seu estomago roncou. Para a sorte dela, ela não teria que esperar muito mais para conseguir aquilo que há tanto tempo queria.
Um outro movimento na sala. Era só o vento.
"Espera, tem alguém ali! Sim, é alguém!" Tirou uma foto. E foi tirando.
Charlie tinha entrado primeiro, Willy meio escondido atrás. Nenhum deles haviam visto a menina no telhado.
-Oh não! Está tudo espalhado! – Exclamou Willy.
-Não se preocupe, eu te ajudo a arrumar, mas primeiro vamos fechar a janela.
-Sim, mas antes de arrumar você vai tomar café.
-Pode deixar Willy – Charlie Deu um sorriso para ele. Uma cena que fora capturada por uma câmera digital com um ótimo zoom.
"Maravilha! Já estou garantida como presidente depois dessa! Meu lugar ninguém tira!"
Charlie foi primeiro ate a janela e olhou na rua. O menino já era uma figura mais conhecida pois ele freqüentava uma escola local, e ela já tinha certeza que já tinham tirado foto dele antes, então ele não ligava muito.
-Não tem ninguém na rua Willy – Disse ele.
-Mas que ótimo! – Willy se aproximou e debruçou-se na janela, só então viu a menina, que já havia tirado muitas fotos.
-Mas tem no telhado – respondeu ele.
-Você – Gritou ele apontando o dedo para a menina – Tome muito cuidado garotinha! Você não sabe com o que está brincan...
Charlie o puxou e fechou a janela.
-CONSEGUI! – Gritou Wendy.
O que me motiva a escrever são reviews, então deixem elas, porque se eu não souber se estão gostando, eu nem continuo, kay?!
