A Guarda-Costas

Em um estacionamento num bairro médio de Tóquio, Natsuki Kuga, uma ex- agente da Fuuka Gakuen, responsável por treinar agentes altamente capacitados para qualquer missão, após ter perdido sua parceira, e a pessoa que amava, em uma de suas missões, ela decidiu desligar-se de Fuuka Gakuen, e seguir sozinha por um tempo, trabalhava de guarda-costas, afinal de contas, era a única coisa que sabia fazer e era muito boa nisso, seu cliente era Sergey Wang, um político muito respeitado em Tóquio, e também muito procurado:

- Abaixa! - Natsuki grita para Sergey que se assusta com o grito súbito de sua guarda costas, mais lhe obedece. Um... Dois... Três... Tiros Natsuki disparou em seu alvo que caiu inerte no chão, suas mãos tremiam um pouco, Sergey ameaçou se levantar: - Fique abaixado! - gritou mais uma vez Natsuki empurrando a cabeça do político para o chão, ela ainda estava alerta para qualquer movimento suspeito, ouve passos atrás dela, se vira subitamente, apontando a arma e dizendo para o sujeito:

- Fique onde está! - disse ao homem que parou bruscamente e ergueu as mãos para o ar:

- Calma sou eu, o motorista! - disse o pobre homem tremendo, Natsuki o reconhece e abaixa a arma lentamente, suas mãos tremiam um pouco:

- Não faça mais isso... - ela guarda sua arma no coldre. -... da próxima poderá ser a ultima. - disse dando um olhar que quase fez o homem virar uma estátua de gelo de tão gelado que foi.

- Hein, Kuga, vai ficar muito tempo em cima de mim... - diz Sergey, Natsuki apenas sai de cima dele sem dizer nada, ele levanta e olha para o corpo do homem que sua guarda costas matou. - Precisamos chamar a policia. - Natsuki tira seu celular do bolso dizendo:

- Vou chamar alguns agentes de Fuuka Gakuen, eles vão levar esse caso adiante... - pegou o aparelho e discou um numero. Um... Dois... Três... Quatro... Cinco... Toques, Natsuki estava perdendo a paciência, ia encerrar a chamada quando ouve alguém falando através do aparelho:

- Yuuki falando!

- Nao! Porque demorou tanto tempo para atender o celular, sua aranha maldita! - Natsuki bufava de raiva, ela ouve uma risada do outro lado da linha e sente seu sangue ferver: - O que é tão engraçado?

- Eu estou bem, obrigada por perguntar... e respondendo sua pergunta... eu adoro te irritar vira lata... - diz Nao dando uma gargalhada que até Sergey ouviu. - mais diga... você não me ligou porque estava com saudades... então o que é dessa vez? - Natsuki suspirou, mudou o aparelho de orelha e falou:

- Eu tenho lixo para você recolher aranha... ele tentou matar Sergey Wang...

- Sim, o famoso político... amado por uns e odiado por outros... - diz Nao do outro lado da linha.

- É... isso se tornou um caso para vocês resolverem... Sergey vai precisar de proteção policial... e toda a ajuda que vocês poderem oferecer a ele... agora eu sou uma simples guarda costas,eu não sou uma super Woman...

- Você é uma guarda costas por escolha própria... e ... ai fora você pode não ser considerada uma super Woman... mais aqui em Fuuka Gakuen, você sempre será uma...

- Obrigado, Nao... você sabe que eu preciso de mais tempo... - as duas ficaram em silencio por dez segundos. -... pois então... você vem ou não? - pergunta Natsuki.

- E eu tenho escolha... aonde vocês estão? - pergunta Nao, Natsuki lhe diz onde estavam. - Ok. Eu e Takeda iremos até ai...

- A não! Por que Takeda, Nao? Ele é um pé no saco... você me ama tanto assim?

- Não reclama vira lata... ele é o único que estava disponível...

- Sabia que você mente muito mal.

- Sim eu sei. Mais é que ele esta morrendo de saudade de você, vira lata, ele tem uma queda por você.

- Ele sabe muito bem as minhas PREFERENCIAS!

- Sim, mais como a esperança é a ultima que morre... bem e tem também que ele nunca iria me deixar em paz se eu não o levasse ... estou indo pra ai, até mais.

- Até, aranha. - disse desligando o celular.

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Natsuki estava agora no escritório de Sergey, após ter relatado a Nao o ocorrido e tudo que ela precisava para seguir com o caso adiante, e também varias cantadas recebidas de Takeda, sua tarefa como guarda costas de Sergey chegou ao fim, ele pega dois copos e uma garrafa de conhaque, ele ainda tremia um pouco antes de servir um copo:

- Suas mãos sempre tremem Kuga? - diz Sergey pegando o copo com conhaque.

- Às vezes, é adrenalina. - fala indiferente Natsuki. Sergey se aproxima de Natsuki lhe oferecendo o copo, ela balança a cabeça e diz: - Não.

- É claro... Como você soube? - pergunta a olhando nos olhos.

- Eu o vi lavando o carro. - disse sem nenhuma emoção em suas palavras.

- Eu também.

- Eles não lavam carros em estacionamentos. - Sergey solta um suspiro e com um sorriso pequeno,caminha até sua mesa, pega um envelope branco, volta até onde estava Natsuki e diz:

- Eu gostaria que ficasse. - diz ainda com o envelope em suas mãos. Natsuki o olha e diz:

- Não. Eu não gosto de trabalhos fixos... Meus pés ficam dormentes. - diz com um pequeno sorriso, Sergey sorrindo lhe entrega o envelope, ela o pega, ele pega o copo de conhaque o ergue como se fosse brindar, Natsuki apenas da um pequeno aceno de cabeça, e sai pela porta.

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Natsuki chegou a seu apartamento, foi em seu quarto, pegou uma mala e colocou suas roupas e seus pertences nela, inclusive o dinheiro que acabou de ganhar, fechou a mala que ficou em cima de sua cama, foi ao banheiro, tomou um banho, após 45 minutos de banho, ela saiu do banheiro, pegou seu traje de couro, o vestiu, pegou seu capacete juntamente com sua mala, caminhou até a porta de seu apartamento, saiu, fechou, se dirigiu até a garagem do prédio onde estava sua Ducati. Era cerca de 8 horas da noite quando saiu da garagem, ela estava indo para Kyoto, onde ela e sua parceira tinham comprado uma casa, aonde elas nos finais de semana se escondiam para fugir um pouco do trabalho, apenas Nao sabia dessa casa, mais ninguém.

Foi 3 horas de viagem até chegar a Kyoto, Natsuki, andou mais meia hora até chegar à casa que era bem afastada do centro da cidade, estacionou na frente da casa, era pequena, mais aconchegante vista de fora, apesar de os anos terem lhe pesado muito, mais ainda era bonita, um sorriso triste se formou no rosto de Natsuki encoberto pelo capacete, ela pega as chaves da casa no bolso e aperta o botão do controle que abre a porta da garagem, ela se admirou que após esse tempo todo ainda estava funcionando, entrou com a moto, apertou o botão novamente a porta se fechou. Entrou na casa e viu que estava tudo em seu devido lugar, a ultima vez que esteve aqui foi depois do ocorrido, prometeu nunca mais voltar a esse lugar, mas... A saudade a estava consumindo, com um suspiro Natsuki joga a mala na cadeira que estava perto, e a sacola com alguns mantimentos em cima do balcão (depois de limpa-lo), ela começa a retirar as capas que estavam por cima da cama e sofá, depois de retirado as capas, foi à cozinha preparar algo para comer, fez um sanduíche de maionese, abriu uma lata de cerveja caminhou até o sofá e deixou seu corpo cansado relaxar. Terminou seu sanduíche, continuou bebendo sua cerveja olhando para os quadros na parede, dela e sua parceira, " parece que foi ontem..." disse para ela mesma, se levantou foi até a parede e tirou um quadro de uma mulher em seus 20 anos sorrindo , pegou o quadro e voltou a se sentar no sofá, enquanto olhava para o retrato lagrimas escorriam de seu rosto. - Já faz um ano... Que você me deixou... - deu um sorriso triste, ela se deitou no sofá e as pálpebras começaram a ficar mais e mais pesadas, antes de o sono vencer ela sussurrou: -... Mai. - e caiu num sono profundo.

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Fãs alucinados gritam por ela, fleches de todas as direções tentam gravar a imagem da diva, mãos tentam desesperadamente toca-lá por um segundo ou dois talvez, ela era adorada e idolatrada por onde passava uma cantora reconhecida mundialmente, nessa noite iria se apresentar em Tóquio era uma pequena aparição, mais que moveu centenas de fãs, muitos presentes foram entregues:

- Por favor, poderiam colocar no meu camarim? - pediu com um sotaque doce mais firme a cantora, um de seus ajudantes apenas acenou afirmando e levou os presentes para onde tinham lhe dito. Vários ramos de flores foram colocados em vasos e um presente inusitado, uma boneca idêntica a cantora, o ajudante a colocou perto de uma pequena televisão que estava na mesa do camarim da cantora, que estava mostrando a cantora em seu show, ele se virou para ir fazer seus afazeres, quando se assustou com a explosão, a pequena boneca tinha virado carvão.