Sétima arte.
Ela é uma cineasta que já conseguiu fama no ocidente; ele é um ator japonês de olhos verdes e cabelos ruivos que fez mais sucesso nos Estados Unidos do que em sua terra natal. Ambos passam a trabalhar juntos e a enlouquecer um ao outro, mas... será que de apaixonado e de louco, todos acabam sendo um pouco?
-Fala.
"Pensamento."
N/A: notas da autora.
-o-o-o-o-o-o- Mudança de cenário.
Cena 1: Fama.
Botan estava em frente a uma grande TV em seu apartamento em Nova Iorque, revendo o DVD do último filme que dirigira. Estava prestando a atenção em cada detalhe da edição das cenas e, assim que acabou de assisti-lo pela segunda vez, conseguiu ficar contente com o resultado. Sorveu o resto do vinho tinto que tinha na taça em suas mãos e a colocou na mesa de centro, em cima de um descanso de copos. A moça estava com vinte e seis anos e uma carreira promissora; se seus pais não fossem uma dupla musical de sucesso no Japão, teria sido impossível chegar onde estava sendo tão jovem. Os contatos de seus pais a ajudaram muito, assim como seu talento e sua forma de ver as coisas. Mesmo com a vida confortável que sempre tivera e o fato de ser filha única, jamais foi do tipo mimada que gostava das coisas prontas em suas mãos; foi com a história da carreira de seus pais que se inspirou a lutar pelo que queria.
E conseguiu.
Atualmente, seu nome está nos sites especializados em filmes do mundo todo. Sua visão sempre mutável para cada filme que faz é algo que marca sua carreira. Não importa o gênero escolhido por ela antes de escrever algo para ir para o cinema, Botan sempre acertava sobre o que o público mais queria assistir durante duas horas ou menos. Com um sorriso torto, a moça se levantou e tirou o DVD. Pegou o telefone do quarto e discou um número que já estava cansada de discar todos os dias: o número de um dos editores.
-Ei, Yusuke, sou eu. Acabei de assistir. –Disse ela, olhando a vista da cidade à noite pela janela.
-Oi, Botan, eu estou bem e ainda não consegui dormir, e você? –O tom sarcástico usado pelo rapaz não pareceu ter muito efeito em Botan.
-Não também porque estava assistindo ao filme, queridinho. –Um leve sorriso sarcástico se fez presente no rosto da moça.
-Vai, manda a bomba... o que você achou?
-Incrível. Você finalmente conseguiu captar minha visão nos filmes. –Afastou-se da janela e foi procurar algo em cima da mesa de centro. –Eu fiquei muito feliz mesmo com o resultado.
-Isso é ótimo! Isso quer dizer que você vai encher menos o meu saco agora?
-Não, pelo contrário, vou começar a cobrar ainda mais de você. –Ao achar três papéis em cima da mesa, mudou o assunto imediatamente. –Olha, tenho três entradas para um teatro que terá amanhã na cidade. Está a fim de ir? Chame o Kazuma também, seria uma boa.
-Hmm... mas o que você viu nesse teatro que chamou sua atenção?
-A história parece boa. É baseada numa obra de Shakespeare, pra variar, e tem atores que, pelo que percebi dos nomes, não são americanos ou são descendentes de outros lugares.
-Ou seja...?
-Ou seja: não tem aquela falsidade estranha de americanos em teatros, aquela coisa amadora, sabe?
-Tudo bem, eu vou com você e ligarei pro Kuwabara. Agora, por favor, vá dormir.
-Eu posso pensar no seu caso. Boa noite, Yusuke.
-Se cuida.
Desligaram. Botan colocou o telefone sem fio em sua base novamente e foi para o quarto, esticando os braços enquanto caminhava. Tirou o roupão bege que usava, revelando o pijama longo que cobria seu corpo na noite fresca e deitou-se na cama grande e macia. Adormeceu em pouco tempo, mais tranqüila com o resultado positivo de seu trabalho.
-o-o-o-o-o-o-
Shuuichi fechava o livro que andou lendo naquela semana, aliviado por terminá-lo e louco para começar outro. Sua filosofia de ator era simples: para atuar bem, é preciso ler muito, pois só nos livros e textos se encontram detalhes importantes de personalidades ilimitadas de vários tipos de personagens. A leitura o ajudara a ponto de conseguir o que queria: trabalhar como um ator decente. Nenhum cineasta teve muito trabalho para fazê-lo entrar no personagem e aquilo era bom para ambos os lados. O último filme que fizera foi um de ação japonês que, graças ao seu rosto, talento, e à sua fama no ocidente, foi visto por vários cinemas de vários países. Estava, aos poucos, se tornando um ícone e recebendo papéis maiores e mais desafiadores. Não tinha mesmo do que reclamar.
Naquele momento, seu celular se acendeu na cômoda e vibrou. Ao verificar, via uma mensagem de Shizuru, que perguntava se ele tinha planos para o dia seguinte. Mal enviou uma resposta dizendo que não teria e chegou uma nova, chamando-o para ir a um restaurante com jazz ao vivo, na parte mais calma de Nova Iorque. O rapaz deu de ombros e resolveu responder que iria com ela, estava precisando relaxar um pouco. Bocejou e se levantou da cadeira onde estava, deu uma olhada na cidade pela janela do quarto e deitou-se na cama, adormecendo ao pensamento de que estava no caminho certo em sua carreira.
Continua.
Eu quis fazer algo curto e foi divertido escrever de novo um UA com OOC. Isso me inspira. 3 E sobre as outras fics que tenho ainda sem ter um fim, estou continuando aos poucos e com alguns novos projetos. Esses – que vergonha dizer – ANOS que andei adormecida com as fics antigas me deu uma bela renovada e, graças a Deus/graças a coisas lógicas se você for ateu/atéia, consegui mudar meu português (espero que pra melhor '-'). Enfim, capítulo dois está escrito e o três está pela metade, logo eu posto aqui. Até mais, pessoar. \o
PS: estou providenciando um novo blog, menos pessoal e mais estranho que o que eu tinha. Quando eu o tiver criado, passo a vocês. Um beeeeeijo. :*
