Valentines Day

Sinopse: Uma mini – fic sobre uma rapariga que esperava tudo menos 'Alguém' no dia 14 de Fevereiro junto de si

N/A: Esta pequeníssima fic passa-se no 6ºano em Hogwarts, mas existe uma pequena alteração: Harry nunca namorou com Ginny [Ginny também não gosta de Harry], apenas com Cho e agora verifica que se apaixonou por outra pessoa. Na verdade, esta fic baseia-se num verdadeiro amor que nasce de uma amizade. E apenas centra-se nisso. Algo que devia ter 'postado' no dia 14 de Fevereiro =O Upps! Guilty =$ Espero que gostem


Numa bela tarde do dia 14 de Fevereiro …

E neste momento olho para ti e vejo os teus lindos olhos verdes a olhar a imensidão do horizonte.

Como foi possível apaixonar-me por ti?

Como foi possível apaixonares-te por mim?

E como foi possível a nossa ligação? O facto de estarmos juntos?

Adoras ver-me a estudar e és tão gentil para mim. Adoro estar aqui no jardim e de vez em quando olhar para ti e desfrutar da tua beleza natural. E da tua bondade. Eu já conhecia a tua bondade, mas destinada a mim tem outro valor.

Oh Merlin, estou mesmo apaixonada por ti. Para dizer a verdade já algum tempo. Anos, talvez.

Antigamente este dia não era nada para mim. Não significava mesmo nada. Era um dia como todos os outros. Talvez por desejar tanto ter um. Mas hoje sei que não o é. Olhando para ti percebo então a magia deste dia. Percebo a magia de todos os dias que passo contigo. E quando digo magia, não estou a referir um feitiço qualquer. Nada disso.

Estou a falar da magia do 'Verdadeiro Amor'.

Estás num silêncio absoluto. Na verdade isso não me perturba. Sei que o fazes para eu me concentrar nos estudos, pois sabes que são relevantes para mim. Mas mal sabes tu que neste momento não estou a estudar. Estou apenas a escrever esta carta que vou colocar cuidadosamente e sigilosamente no meu baú de recordações. É onde guardo coisas que significam muito para mim.

Uma folha onde escrevo o que acontece na minha vida? Não seria melhor chamar, uma espécie de 'diário'? Talvez…

Talvez seja um diário, talvez não. Só sei que é algo que faço desde pequena. E por isso, neste momento, escrevo esta carta… Talvez um dia a leias, se possível. Um dia em que eu não possa dizer o quanto de amo, pessoalmente.

Hoje presenteaste-me de várias maneiras. Sabes o quanto este dia significa para mim. Nunca tive na minha vida um 'dia destes'. E aquilo que hoje fizeste foi muito importante para mim.

Todos os dias são especiais, desde a semana passada.

A semana que para sempre ficará memorizada na minha mente e principalmente no meu coração.

Lembro-me tão bem.

Estava uma manhã amena e eu sentei-me perto do lago a folhear o meu enorme [e bonito] livro de Runas Antigas. Estava tão empenhada na minha leitura que nem dei pela tua presença ao meu lado.

- " Tu nunca te separas dos livros, Hermione?" – perguntaste-me, sorrindo. [O teu lindo sorriso!]

- "Oh Harry. Estás aqui. Nem dei pela tua chegada. Peço imensas desculpas." – desculpando-me, fechei o livro.

Olhei para ti directamente e colocaste-me a mão sobre as minhas, que se encontravam juntinhas em cima do livro.

- "Eu sei. E não tens que te desculpar. Sei que és muito empenhada nos estudos e isso é algo que aprecio em ti." – disseste, corando logo de seguida.

Já há muito que sentia algo mais por ti. Algo que iria para além da amizade. E ouvindo aquela frase, todo o meu mundo gelou.

Adorava quando dizias coisas amorosas, apesar de saber que não era muito o teu género. Também sabia que não eras muito de demonstrar afectos, então, porque raio tinhas colocado a tua mão sob as minhas?

Acredita que estava confusa. E mal sabia eu o que vinha a seguir.

- "Lá estás tu a gozar por eu ser uma marrona, Harry. És do pior". – E rindo, comecei a contornar as letras douradas do livro.

Abanaste a cabeça como se te culpasses por eu ter dito aquilo. De repente levantas-te e estendeste-me a mão.

Parou tudo!

Harry Potter a dar-me a mão para me convidar carinhosamente a levantar-me? Que estranho.

Mas aceitei. Apesar de estar estupefacta com tal procedimento.

Dei-te a minha mão e tu puxaste-me para cima. Continuando com a minha mão na tua, tu levaste-me para a margem do lago, longe de olhares indiscretos. E deixando o meu livro para trás e todas as minhas coisas, deixei que me levasses.

Paraste e largaste a minha mão. E tudo ficou em silêncio. Tudo, excepto o chapinhar da água que os pequenos peixinhos acinzentados provocavam.

Quebrei o silêncio. Aquele silêncio sufocava-me.

- "Harry? Passa-se alguma coisa? Aconteceu algo com o Ron? Digo isto porque ele não se encontra contigo."

- "Oh o Ron está óptimo. Na verdade, melhor não poderia estar. Deixei-o na sala comum com a Lavender. Quando saí ela estava-o a massaja-lo. Ao que parece estava tenso." – disseste, rindo à gargalhada e desviando o teu olhar do meu.

Estava muito feliz pelo Ron. Todos estavam. Muitos pensavam que eu sentia algo pelo Ron e vice-versa. Por Merlin, não! Amo-o mesmo, mas como se de o irmão tratasse. E ele sente o mesmo por mim. Disso eu sei. Mas se esse não fosse o caso não poderia fazer nada. Há muito que o meu coração pertence a outra pessoa.

E mais uma vez o silêncio foi quebrado, mas desta vez por ti.

- "Hermione, é verdade que estás apaixonada por alguém?" – esta pergunta surgiu do nada e eu nem acreditava no que ouvia. Porque estavas a fazer aquela pergunta?

- "Porque estás a fazer essa pergunta, Harry? A que propósito veio ess…"

- "Responde, por favor" – perguntaste sem nunca olhar para mim. Fitavas o reflexo do sol no lago e não fitavas os meus olhos.

Não haveria problema em responder-te até, porque já há muito que te dava indícios do meu verdadeiro sentimento por ti. Nunca revelei a verdade com medo. Oh, como sou cobarde. Mas tive medo e por isso sonhava com o momento em que tu compreenderias. Demorou, mas aconteceu. Mas e se não acontecesse? Como fui parva.

Olhei para ti, de novo. Continuavas a olhar para o lago. Mas respondi:

- "Sim, é verdade que estou apaixonada por alguém. Há já bastante tempo, até. Sinto que nunca gostei tanto de uma pessoa como desta. Adoro-a imenso por tudo aquilo que faz, por tudo aquilo que diz. Por tudo aquilo que é. Tenho pena de nunca ter coragem para dar o passo necessário, mas tenho tanto medo. Medo de perder a sua amizade. Que para mim é importante. Oh tão importante."

E foi neste momento que olhaste para mim. Não de lado, mas de frente. Pegaste nos meus ombros e rodaste-me para ti. Ficámos frente a frente e disseste. Tiveste coragem para dizer o que há muito ansiava:

- "Sei o que sentes Hermione. Sinto tudo isso que disseste, também. Sinto que se não estiver com essa pessoa, então nada faz sentido. Tudo o resto é irreal. Sinto um formigueiro na barriga ou um friozinho quando estou com essa pessoa. Tenho vontade de a proteger, de a amar como se ela dependesse disso para sobreviver. Sinto tudo isto. Sinto todo este amor, por ti!"

E o meu mundo gelou. Mais uma vez.

Lembro-me de ficar sem palavras. De olhar bem fundo para os teus lindos olhos verdes. E foi aí que entendi. Que entendi que também me amavas.

- "Hermione, durante todo este tempo tentei procurar algo, mas esse algo esteve sempre comigo. Simplesmente não conseguia ver. Mas agora, vejo. Vejo-te a ti. E tudo o que eu sinto por ti vai para além da amizade. Amo-te Hermione. Tinha que dizer-te isto. Apesar de saber que estás apaixonada por…" – e desta vez fui eu que interrompi a tua dedução.

Comecei a rir. A dar gargalhadas. Não estava mesmo em mim. De certeza que pensaste que estava a gozar com os teus sentimentos, mas não.

Simplesmente estava a rir de tanta felicidade e também porque apesar de tudo não sabias que era mesmo de ti que gostava.

- "Harry! Tu ainda não entendeste? Depois de tanta pista? Tantos indícios que enviei para ti. Ao longo deste tempo todo, nem desconfiaste? É por ti que estou apaixonada. Agora, amanhã e sempre. Nunca te disse nada porque simplesmente tive medo de te perder, entendes? De perder a tua amizade, apesar de saber o quanto ela é forte. Perdoa-me Harry, perdoa-me." – e olhando para o chão, comecei a chorar.

E o silêncio voltou.

As minhas lágrimas teimavam em cair e tu nada dizias. Pensei que te tivesses arrependido do que tinhas dito. Ou pior. Que não tinhas gostado da minha falta de coragem durante este tempo todo.

Mas foi o teu acto que me fez acreditar no contrário.

Colocaste a tua mão no meu queixo encharcado de lágrimas e levantaste o meu rosto.

Aproximaste-te de mim.

Sentia a tua respiração. A tua leve respiração.

Aproximaste-te mais.

Conseguia ver o meu reflexo nos teus óculos, mas também conseguia ver no fundo dos teus olhos.

E por fim, oh Merlin, senti o calor dos teus lábios nos meus. Aqueles mesmos lábios, que tantas vezes desejei, estavam naquele momento a tocar nos meus.

Foi o beijo mais emocionante e importante em toda a minha vida. Nunca o hei-de esquecer.

Um beijo apaixonado.

Não sei quanto tempo estivemos naquele estado, mas também o tempo era insignificante comparado com aquilo.

Depois do beijo, afastamo-nos um pouco para recuperar o fôlego. Nem acredito que tu me deste aquele beijo. E sorriste para mim. Sempre abraçando a minha cintura.

- "Hermione, não tens que pedir perdão. Compreendo. E o facto de não o fazeres, possibilitou-me chegar ao estado em que estou agora. Fez com que eu percebesse, sozinho, que é de ti que gosto. Que sempre gostei de ti. Amo-te Hermione e fui muito estúpido em não ter percebido o que eu sempre senti."

E foi a partir deste dia que começámos a namorar.

A minha felicidade está no auge. Apesar do período negro estar a aproximar-se cada vez mais depressa.

Mas eu sei que agora estou bem. Que contigo ao meu lado vou sempre estar bem.

Sempre segura, porque tu vais me sempre proteger.

E aqui estamos nós. Juntos, como sempre, mas de uma maneira diferente.

Passei de amiga e conselheira para isso tudo e algo mais.

Agora também sou tua namorada. E sou feliz. Somos felizes.

Já partilhámos tantas confidências e tantos momentos. Já passamos por muito, mesmo. Já tivemos outras pessoas. Outros gostos.

Mas na verdade, isto tudo aconteceu para descobrirmos o verdadeiro caminho. Para nos levar ao momento exacto.

O meu destino é amar-te e o teu é amar-me.

Esse e destruir Lord Voldemort, claro. E depois de o destruíres, só terás que te preocupar com uma coisa. Em ser feliz. Comigo, espero.

Adorei o facto de hoje acordar e ver um ramo de orquídeas ao meu lado. Sei que foi a Ginny que o levou, uma vez que não podes entrar no dormitório das raparigas.

Adorei o bilhete que vinha com o ramo, dizendo que eu era tudo o que tu sempre sonhaste e que tinha outra surpresa na sala das necessidades. Que bastava eu ir lá, pensar no que realmente queria e a porta surgiria.

Caminhei por entre alunos enamorados e por fantasmas felizes por mais um dia de São Valentim. Quando cheguei ao 7º andar coloquei-me em frente à famosa parede. Não sabia em concreto no que pensar, mas depois de sentir o teu bilhete no meu bolso soube a resposta.

Pensei em ti e no quanto eu te amava.

E a porta apareceu.

Entrei e não acreditava no que os meus olhos viam.

Balões em forma de coração sobrevoavam a sala, que tinha o tamanho ideal para duas pessoas. Não muito pequena, nem muito grande.

Perto de uma janela encontrava-se um velho, mas bonito, gira-discos. Ia jurar que estava a dar uma música muggle que eu adorava. Refrescos e pequenos petiscos permaneciam quietinhos numa bela mesa com uma toalha vermelha. E no centro da sala encontrava-se uns puffs fofinhos.

Mas aquilo que eu mais queria surgiu à minha frente.

Tu surgiste à minha frente. Vinhas todo sorridente e acredito que coradinho. Eu sabia que não és muito de lamechices, por isso sabia o esforço que estavas a fazer. Um esforço por mim. Como fiquei contente.

- "Espero que tenhas gostado das flores. Espero também que tenhas gostado desta surpresa. Sabes que eu não sou um perito nestas coisas. Mas fiz tudo com muito carinho, Mione. Acredita."

- "Harry, estás parvo? Claro que gostei. Muito obrigado. Foste muito amoroso." – e abracei-te. Envolveste-me também num abraço apertado e senti-me tão protegida. – "Mas, para a próxima não é preciso teres tanto trabalho."

- "Porquê? Tu sempre desejaste algo especial no dia de São Valentim. Com alguém que gostasses." – revelaste, incrédulo.

Olhei para ti e sorri, como há muito não fazia.

- "Eu sei que sempre desejei isso. Mas agora entendo."

- "Entendes o quê?"

- "Entendo que desde que esteja com a pessoa que amo, todos os dias são o dia de São Valentim. Todos os dias são especiais desde que esteja contigo."

Beijei-te apaixonadamente e pegaste-me ao colo. Sorrimos. Dançámos. Comemos os belos aperitivos. Divertimo-nos imenso.

E agora estamos aqui. No local onde demos o nosso primeiro beijo. Pelo que vejo acabaste de adormecer, encostado à árvore. Ficas tão bonito quando estás a dormir [E lá estou eu com as minhas lamechices].

Obrigado por tudo aquilo que me fazes sentir.

Obrigado por me deixares ser quem eu sou.

Obrigado por me apoiares em todo o tipo de situação. Por estares ao meu lado.

Obrigado por me protegeres.

Obrigado por toda a tua generosidade

E principalmente, obrigado por todo o teu amor.

Hermione Granger

Hermione pousou a pena e dobrou o papel, colocando-o dentro do livro.

Olhou para Harry e este continuava perdido nos seus sonhos.

Deixando os livros no chão, encostou-se mais a Harry, silenciosamente.

Pousou a sua cabeça no seu peito e abraçou-o, fechando os olhos.

- "Amo-te Harry." – sussurrou, sem esperar resposta.

- "E eu também te amo, Hermione. Com toda a força do meu ser." – disse um Harry que afinal não estava a dormir.

Abraçou Hermione e esta sorriu.

Agora tinha tudo o que sempre desejara.

Estava feliz.

Olha para as estrelas

Contempla os anjos

Apesar de todas as nossas tristezas

É bom dizer que nos amamos

- FIM -


N/A: Então o que acharam? Demasiado lamechas, não é?

Pois.. deve ser =O Mas pronto, tenho esta veia dentro de mim. Uma outra faceta da Catii [super corada]

Espero que tenham gostado e que deixem review's. Se não gostaram deixam review's à mesma, sim? Por favor! Suplico, suplico. Já estou de joelhos e tudo. LOL

Beijinhos e abraços

Catii F. Malfoy

Ps: A pequena quadra que aparece no final é da autoria de um grande amigo meu. O rapaz tem jeito para a coisa. Eu acho. Eu também escrevo poemas, mas não chego aos calcanhares do moço. Portanto deixo aqui os parabéns ao meu amiguinho =D