Disclaimer: Harry Potter pertence a JK. Rowling, Bloomsbury Publishing, Scholastic Inc. e AOL/Time Warner Inc. Só os personagens originais, a fanfic e seu plot me pertencem. E também não ganho um knut com isso, apenas reviews que leitores maravilhosos deixam.


Vox Sanguinis

por Potterfoy

Prólogo


No espaço de tempo entre Walburga mandar que Kreacher chamasse Sirius e isso realmente acontecer, Narcissa havia tido que convencer um elfo doméstico a fazer o que se suponhe que deveriam fazer de bom grado: obedecer as ordens de seus senhores.

A criatura olhava para o retrato um tanto quanto incômodo e torceu as orelhas pelo o que diria a seguir a sua adorada senhora: – Milady... Kreacher não pode, Kre-

– Como não pode? Apenas vá, elfo! – Narcissa o cortou e isso fez com que mudasse a atenção para ela, desviando os olhos cautelosamente do retrato.

– O traidor não aparece aqui há anos, milady. Só Kreacher vive aqui, só Kreacher zela pela Muy Nobre e Antiga Casa dos Black.

– A julgar pelo aspecto da casa pude deduzi que não estava – e também que foi abandonada completamente as fadas mordentes. Pensou, mas não disse. – O que eu quero é que vá atrás dele e o traga aqui.

– Mas, mas... Minha senhora, o traidor, ele... Ele não virá. Não confia em Kreacher, vai desconfiar e não vai vir. Kreacher não pode arrastá-lo, é um traidor desgraçado, é sim, mas, agora infelizmente é o mestre e senhor de Kreacher, milady.

– Kreacher! SEU ELFO IMPRESTÁVEL, ESTÚPIDO E- Walburga claramente irritada com o que via como a ousadia de um servo negar e argumentar contra uma ordem começou o que seria uma longa série de ofensas, seguidas de uma lição sobre a obediência que eles lhes deviam e logo a reafirmação da ordem que foi dada. Mas Narcissa a cortou no início, se dirigindo ao elfo.

– Ouça, eu também sou uma Black, posso oficialmente não carregar mais o nome, não ter herdado a casa e nem você, mas tenho o sangue da família a qual é leal. E sua lealdade verdadeira está para quem, Kreacher?

– Aos Black, realmente, minha senhora!

– Então... Vá buscá-lo! Se não for capaz de aparatar com Sirius, diga para vir imediatamente. Diga a ele que Cissy o chama, em nome do sangue que corre em suas veias. Mas só diga em particular, ouviu bem? O elfo doméstico ainda parecia receoso sobre conseguir trazer seu mestre, mas a lealdade de bom grado a Narcissa ganhou. Ele assentiu entusiasmadamente, com os olhinhos mexendo de lá para cá, e antes que aparatasse, ela chamou sua atenção novamente:

– Não! Espera! Traga... Um pergaminho, pena e tinta. Irei lhe escrever, é melhor.

Aquela era a carta mais curta que já havia escrito.

Narcissa muito bem poderia ter posto as palavras num pequeno pedaço de papel, pois só havia uma única frase entre "Caro Sirius," e suas iniciais. Mas uma frase pode significar muita coisa. Pode resultar em muita coisa.

E aquela frase, ela sabia, poderia ser o princípio da mudança. Poderia.

E se dependesse dela, iria.