Sumário: E Ginny nunca lhe pareceu tão bonita quanto naquele instante.
Harry Potter não me pertence.
Bronze no VI Challenge Tom/Ginny do fórum 6v.
Moira
- Sorte sua.
Sentiu as bochechas corarem levemente, diante daquelas palavras tão frias e acusadoras. Como ele podia esquecer o que ocorrera em seu segundo ano? Como podia esquecer a garota deitada no chão, a vida escapando de seu corpo, gota a gota, igual à água que ecoava na Câmara?
Pequena e fraca e pálida e morta e ele se esquecera.
- Sinto muito. – e sentia de verdade. Como não sentir muito, numa situação daquelas? - Assim... Assim, você acha que eu estou sendo possuído, então?
Houve um silêncio desconfortável, onde os olhos de Ginny brilharam como os de Voldemort – devia ter aprendido o truque com o próprio, porque o brilho era perturbadoramente igual, mesmo que os motivos não fossem. Era bom estar no controle; saber alguma coisa que Harry Potter não sabia, principalmente sobre seu maior inimigo.
Perguntou-se se ela não sabia de algum segredo dele, mas isso seria loucura. Há sua frente estava a única pessoa que um dia partilhou de seus mesmos problemas; que caiu na mesma sina que Harry. Por que esconderia algo um do outro?
(E, pensando assim, ignorou o fato de que escondeu tudo dela. Ela não precisava saber de seus planos e sonhos. Ignorou que, depois de salvá-la, não deu palavras de conforto, não prestou atenção nos vícios e medos da menina, simplesmente seguiu em frente. Ela que se curasse sozinha, como você sempre fez)
Por fim, ela falou. E o desconforto do silêncio conectou-se à sua voz.
- Bem, você pode recordar tudo que estava fazendo? Há grandes períodos vazios onde você não sabe o que estava fazendo?
Sua mente trabalhou na resposta com facilidade. Negação para as duas perguntas, mas demorou em respondê-la, simplesmente porque era interessante. Ginny esperava a resposta e, enquanto o fazia, Harry podia ver as lembranças escapando pelos poros da menina. Lembranças que viravam palavras e palavras que se tornavam citações de um diário amaldiçoado.
Na. Pele. Dela.
Como um diário vivo. E a tinta era feita de seus cabelos; longos fios cor de sangue que teciam o destino de Voldemort. Cresciam com o passar dos anos, junto com a ambição de um homem que nunca foi um homem.
E Ginny nunca lhe pareceu tão bonita quanto naquele instante.
N/A.: nem sei o que dizer. Really. Só que I smell TomHarry!
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