Breve conversa entre Lee e Gaara antes do chunnin de Konoha retornar à sua vila, logo depois de ter resgatado o Kazekage da Suna.
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Os personagens dessa fic pertencem a Kishimoto Masashi
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Razões
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Gaara estava certamente feliz por voltar à vila e mais ainda por ter tido uma recepção jamais esperada por ele, mas sonhada por vários anos.
Finalmente, fora reconhecido e todos o esperaram com fé e o recepcionaram com festa. Era de longe o dia mais feliz de sua vida.
Agora, com alguns pergaminhos abertos sobre a mesa, analisava que não apenas os de sua vila o agraciaram com sorrisos e orações, mas também outras vilas aliadas e que contrataram os serviços da Suna enviavam cartas de cumprimentos e felicitações pelo seu retorno e, mais ainda, agradeciam a Buda por ele estar são e salvo.
Felicidade era o que definia seu estado, fora também a alegria de saber que Naruto o salvara dando-lhe o fogo de sua vida para trazê-lo de volta, ajudando a Chyio com seu jutsu. Naruto o fazia bem e, em todos os momentos, o ruivo dava um jeito de lembrar-se do sorriso aliviado que vira no rosto do loiro quando ele o olhou de volta.
A doce lembrança dos orbes azuis do ninja de Konoha o fez esquecer por um instante das cartas que não paravam de chegar e pôs-se a pensar em tempo integral nos poucos momentos que compartilhara com o grupo que veio da vila da folha.
Ouviu de repente alguém bater na porta e, saindo de suas lembranças, pegou um dos papéis sobre a mesa e deu a ordem:
- Entre.
- Gaara-sama! – a voz aguda adentrou a sala do Kazekage, revelando o chunnin de roupas verdes e olhos redondos.
O Kazekage o olhou de cima a baixo e mordiscou o lábio inferior, recobrando sua memória.
- Rock Lee, né? – uma lembrança pesada percorreu seus olhos verdes e sentiu-se levemente envergonhado por estar diante daquela pessoa. – Entre e fique a vontade – concluiu, apontando a cadeira diante da sua.
- Com licença – acomodou-se devagar e sorriu timidamente, sem encarar o ruivo. – Gaara-sama, eu queria lhe perguntar uma coisa.
- Pois não? – olhou o rosto um pouco ruborizado de Lee e notou que ele não estava completamente pronto para fazer a tal pergunta. – Assim que estiver pronto.
O silêncio tomou conta do recinto e prolongou-se por alguns minutos, até que, pela própria impaciência, Lee forçou-se a falar, mesmo que não estivesse totalmente preparado.
- Você ainda me odeia?
A pergunta veio de repente, obrigando Gaara a abandonar os papéis sobre a mesa e fitar demoradamente o olhar suplicante por uma resposta do jovem diante dele. Permitiu-se fazer um suspense incômodo para procurar as palavras certas a dizer.
- Eu quase o matei. Duas vezes – disse, pausadamente. – Você deveria me odiar, não o contrário.
- Mas... – insistiu Lee, baixando o olhar. – Você ficou com raiva por que o meu sensei me salvou naquela vez...
- Lee, - sua voz grave calou o outro. – o Gaara que você conheceu há três anos... já não existe. Por mais estranho que possa parecer, eu mudei realmente e... garanto que não o odeio. Mas... – agora, ele próprio baixou a cabeça, escondendo a insegurança que crescia em seu olhar. – Posso devolver a pergunta?
- Como... – entendendo finalmente a intenção, o ninja de cabelos negros sorriu. – Gaara-sama! Eu o admiro desde aquela vez em que me salvou do tal Kimimaro! Você é um homem que admiro muito!
O Kazekage liberou um suspiro aliviado, junto de um sorriso curto que mal lhe curvou os lábios, mas que fora o suficiente para abrilhantar o olhar de Lee.
- Obrigado, Lee. Eu me sinto bem melhor depois disso...
- Não me agradeça! Por favor! Mas permita-me lhe fazer um pedido! – agora, mais animado, ele mostrou todos os dentes num amplo sorriso e juntou as mãos como se estivesse a fazer uma oração.
- Ah, como quiser.
- Dê-me um abraço para firmarmos nossa reconciliação!
- Reconciliação? – repetiu Gaara, estranhando o termo utilizado para o acontecido entre eles. Como se fossem um casal de namorados a reatar um relacionamento antigo e esquecido, que parecia reacender como as chamas da fênix. – Lee... não é para tanto...
- Eu insisto, Gaara-sama!
Hesitante, Gaara ficou de pé e com as sobrancelhas arqueadas, olhando todos os detalhes do rosto de Lee, ainda descrente no pedindo incomum do ninja. Este, por sua vez, levantou-se com rapidez e, mantendo o sorriso, abriu os braços e partiu para cima do ruivo, prendendo-o num abraço apertado que o impedia de movimentar-se e deixava seu nariz colado ao pescoço do outro, quase o sufocando, visto que Gaara era bem mais baixo que Lee.
- Lee... – sua voz abafada quase não saía. – Lee! Por favor!
Entendendo a mensagem, o rapaz de verde se afastou um pouco, mas manteve-se segurando os ombros do Kazekage e fitando seus belos olhos verdes.
- Gaara-chan! - seu rosto ganhou um tom rubro de repente, notando que usara um sufixo pouco adequado. – Digo... Gaara-sama... eu agradeço muito por isso.
- Eu... não entendo suas razões, mas tudo bem, Lee.
- Minhas razões? – apertou os lábios, contendo um comentário. – Eu queria poder dizer minhas razões...
Vendo a inquietação do visitante, Gaara o pegou pela mão e o levou calmamente até um sofá, fazendo-o sentar ao seu lado e mantendo a mão dele entre as suas, tentou transmitir-lhe a paz que agora existia nele.
Entreolharam-se com uma pequena cumplicidade e, finamente, o moreno sorriu, mais aliviado.
- Lee, seja lá o que está lhe deixando assim, vai se sentir melhor se falar.
- Você é muito gentil, Gaara-sama...
Percebendo a preocupação do Chunnin em usar sempre o sufixo, o ruivo acenou com a mão diante dele, curvando os lábios.
- Não precisa me chamar assim.
- Gaara-kun... – contorceu-se sobre o sofá, como se esperasse uma repreensão pela insistência em chamá-lo assim. – Posso?
- Sim, claro. Agora, diga o que o fez vir até aqui para... me perguntar aquilo?
- Eu... queria que o homem a quem eu admiro pudesse ser pelo menos meu amigo... – fez uma pausa, cuidando para que as próximas palavras não lhe traíssem. – Já que... é o que podemos ser, não é?
- Amigos... é? – apertou a mão do moreno e o olhou nos olhos. – Então, seremos amigos, Lee.
Uma alegria e um desapontamento brigaram por um lugar no coração do chunnin e seus olhos já não sabiam o que demonstrar diante da face inalterável de Gaara.
- Então, é isso – concluiu ele, ficando de pé. – Agradeço por me escutar, Gaara-kun!
- Não precisa me agradecer por isso... fico feliz em poder ser útil.
Lee mais uma vez mostrou os dentes brancos, dessa vez acompanhados pela sua tão familiar pose de nice-guy. Deu as costas e, a passos lentos, dirigiu-se até a porta, porém, antes que conseguisse sair, virou-se novamente para olhar Gaara.
- Gaara-kun... eu não fui completamente sincero.
- Oh, não? – Gaara não demonstrou surpresa, pois parecia até já saber. – Então volte aqui e seja sincero comigo, por favor.
Obedecendo ao pedido, o ninja voltou alguns passos e fitou Gaara por alguns instantes, até criar coragem para tocar o seu rosto e guiar o seu olhar para prender-se ao dele.
- Eu... realmente me preocupei quando soube que aquele estranho o tinha capturado, Gaara-kun. E se eu vim até aqui foi mais por não querer que acontecesse algo de ruim, do que por ter recebido essa missão.
- Lee, eu agradeço e...
- Espere! Eu preciso dizer tudo enquanto ainda tenho coragem! – tomou fôlego e prosseguiu. – Eu esperei anos até poder vê-lo novamente, então... preciso dizer que...
- Lee...
- ...que eu daria minha vida pela sua se fosse preciso, Gaara-kun! E... e me senti um fraco quando vi Naruto-kun entregando seu chakra para salvá-lo... Queria eu ter feito aqui...
- Lee... por favor! – insistiu o ruivo, colocando o dedo indicador sobre os lábios do outro para calá-lo. – Não precisa invejar uma atitude tão nobre como a do Naruto. Você é capaz de grandes coisas também!
- Eu queria ter feito mais por você, Gaara...
- Por que isso tudo? – indagou, curioso.
- Nenhuma palavra pode responder essa pergunta.
- E há então alguma ação que substitua palavras?
Num susto, Lee soluçou, contendo qualquer afirmação que entregasse seu nervosismo. Suspirou longamente e, abandonando o medo de ser repreendido, segurou novamente os ombros do ruivo. Num total abandono da razão, o beijou.
Recebendo uma repreensão, Lee afastou-se ao sentir as mãos de Gaara a empurrá-lo.
- O que você... por que fez isso? – Gaara limpou os lábios, aparentando um asco aterrorizante, mas parou ao fitar os olhos brilhantes do outro. – Lee?
- Gaara-kun... seus lábios... parecem cerejas...
- O quê... Lee! Isso não é algo que se possa fazer assim de repente! E... Cerejas?!
Um riso abafado saiu dos lábios do moreno e tirou a tensão que se formara no rosto do kazekage.
- Sim, cerejas. Perdoe minha ousadia, Gaara-kun, mas era a única ação que poderia descrever minhas razões de vir até aqui.
- Queria vir aqui para me beijar? – interpolou o ruivo, ainda limpando a boca. – Mas que loucura lhe tomou?
Sem esconder seu nervosismo, Lee colocou-se de joelhos e baixando a cabeça, pôs-se a pedir perdão.
- Eu lamento, Gaara-sama! Perdoe minha ousadia! Prometo não fazer mais algo desse tipo!
- Ei... – aproximou-se do jovem de joelhos e colocou a mão sobre o seu ombro. – Não fique assim também! Olhe pra mim, sim?
- Mil desculpas!
Gaara ergueu as sobrancelhas, denotando uma suave alegria de ter o chunnin ali perto, de joelho a seus pés.
- Eucalipto – disse o ruivo, sem se preocupar com a conseqüência de tal palavra. – Seus lábios têm gosto de eucalipto.
Num largo sorriso, Lee fitou os orbes verdes-musgo do ruivo e, de joelhos como estava, abraçou o Kage pela cintura, apertando-o contra seu rosto.
- Eu queria não precisar ir embora, Gaara-kun!
- Ora, Lee, fique de pé!
Mais uma vez, o chunnin obedeceu à ordem do Kazekage e, pondo-se diante dos olhos inebriantes do ruivo, ele sentiu-se tentado a repetir o beijo, mas temia que a sua atitude fosse novamente repreendida.
Num milésimo de segundo, o coração de Gaara disparou, percebendo a proximidade do rapaz de olhos brilhantes diante dele. Seria mentira se dissesse que o queria bem longe. O calor daquele abraço fora certamente mais real do que o seu desejo de ficar sozinho.
Sem muito romantismo, Gaara colocou a mão na nuca do moreno e puxou-lhe o rosto, chocando seus lábios contra os dele. Mantiveram-se num beijo intenso por alguns minutos, sem mais o medo de se anularem.
- Lee! – a voz de Tenten vinha se aproximando pelo corredor. – Lee! Onde você se meteu? Lee!
- Gaara-kun! – olhou seu querido Kage com uma preocupação evidente.
- Hora de ir, Lee – sentenciou Gaara, levando-o pelo braço na direção da porta. – Vou acompanhá-los até a saída da vila.
Na despedida, Lee olhava para o ruivo o tempo todo e ousou sentir ciúmes quando percebeu a fina areia que ele controlava puxar a mão de Naruto e mantê-la segura entre seus dedos longos. Os olhares do Kage e do loiro estavam fixos um no outro, era impossível não se sentir acuado.
Gaara finalmente encarou Lee, não disse uma palavra sequer, mas lançou-lhe um olhar singelo, suave e gentil. Iam se encontrar de novo em breve, era o que esperavam, e, com aquele olhar, deixou claro para Lee que aquele não fora um simples beijo, mas sim o seu beijo. Com certeza, aquele olhar explicava as razões de Gaara permanecer calado. Aquele gesto falava por ele.
"Até breve, Gaara-kun." sussurrou para si mesmo, tendo a certeza de que seu olhar dizia o mesmo. Estava feliz.
"Até mais..."
- Gaara? – Temari tocou seu ombro. – Vamos para casa.
Depois de um longo suspiro, ele deu as costas, sabendo que, mesmo sem olhar pra trás, teria a imagem de Lee à sua frente e um suave sabor de eucalipto em sua boca.
"Eu nunca te odiei, Lee."
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N/A: Bem... vou ser sincera com vocês... Eu NUNCA gostei de Gaara e Lee... motivos? Ah! Eu e um amigo meu cultuávamos os dois! Eu o Gaara e ele o Lee, mas, depois da luta no exame chunnin as coisas mudaram... Eu simplesmente passei a idolatrar o Gaara e ter raiva do Lee, o mesmo aconteceu com o meu amigo, mas ele odiou o Gaara e adorou ainda mais o Lee... daí surgiu essa rincha o.O Eu não suportava a idéia de Gaara e Lee serem um casalzinho yaoi...
"Mas então por que caixas d'água fez essa fic tão fuffly?"
Ah, eu sempre só passo a gostar de certo casal quando eu mesma faço uma fic dos dois... e tendo em vista que esse era o único ship que eu ainda não aceitava... resolvi cortar o mal pela raiz, criando uma fic pros dois!
"Mas por que não tem Lemon?"
Peehzinha aqui num escreve mais lemon / (me matem) hauhuahua É gente... fico no Lime, fuffly, shounen-ai e outras coisinhas fofas!
Depois desse um milhão de explicações o.O (alguém leu?) Peço que deixem suas reviews!
